Resenhas - Diário de um Sedutor

Rychard S. Paes 13/01/2024

Esteticismo e Hedonismo
A obra conta a história de Johaness, sedutor nato e conhecedor profundo do amor, em sua busca para fazer Cordélia se apaixonar por ele.
Para além de uma história romântica (e trágica), o livro gira, principalmente, em torno do estilo de vida hedonista assumido por Johaness (estilo de vida que este não se preocupa em esconder, antes o afirma).
No fim, Johaness, após uma árdua luta em busca do amor de Cordélia, rompe com o noivado estrategicamente, para que a jovem o desejasse assiduamente, enquanto ele, o sedutor, buscasse outros rumos e vítimas. Assim vive o homem esteta, como diz Kierkegaard: ou seja, aquele que vive no estágio estético da existência, caracterizado pelo hedonismo exacerbado.
Os sentimentos esvaem-se com facilidade neste estágio. Diria Baumann que, neste estágio, tudo é líquido. Tudo vai embora.

Natha 04/09/2020

Um Don Juan
Eu devo ter iniciado a leitura desse livro em 2013, ano em que comprei o livro. Foi muito difícil ler, quando começava os devaneios eu me pegava pensando em alguma coisa muito longe do livro, daí a demora pra terminar haha.

Sinceramente, não sei se entendi muito bem o lance desse livro, talvez, não tenha entendido nada kkkk no entanto, me arrisco a dizer que esse Johannes é como bem disse ele, um Don Juan que tem prazer em seduzir e abandonar as donzelas.

Johannes não é normal, deve ser algum psicopata ou sociopata ou qualquer coisa pata no final, não pode ser normal um homem cercar, acompanhar e manipular todos os passos de uma mulher, jurando profundo amor e ao mesmo tempo repetidas vezes tramar o abandono da mesma.

Em alguns momentos me sentir assistindo aquela série Você que o cara vigia todos os passos da mulher ... Enfim, achei o Johannes um doido debochado e manipulador sem escrúpulos.

Sorrir algumas vezes dos devaneios como por exemplo a classificação do beijo, se você aí não sabe, mas existe, de acordo com Johannes, o beijo tangente, o beijo aflorante e o beijo aderente uahahaha

Resumindo tudo, de forma bastante tosca, o livro é um diário de um cara que persegue e manipula uma donzela, jurando amor eterno, propondo casamento e no final depois de tirar a sua inocência (pelo menos eu acho que ele conseguiu, tudo leva a crer) a abandona.

"A inocência é, no homem, um elemento negativo, mas na mulher é a essência da sua natureza"

"nada me repugna mais que lágrimas e súplicas de mulher"

"Amei-a, mas de agora em diante não pode já me interessar."

Ridículo esse Johannes né haha

Wanderreis 06/02/2014

Ou Isso, Ou Aquilo: Um Fragmento de Vida
Este texto não deveria nunca ser publicado isoladamente, pois trata-se de parte do Livro "Ou Isso, Ou Aquilo: Um Fragmento de Vida.", que contém análises de três modos de vida ou estágios, o estético, o ético e o religioso.

Marcelo 13/01/2014

O diário do relógio
Onde roda o ponteiro do teu relógio? O frio congela quando o tempo se torna hora? quando ora o desejo pelo alento do corpo?

Seria o diário um capuz? a máscara de um destino roubado? ou que se perdeu no delírio de uma noite sem estrelas? quem sabe se o que brilha é uma trilha ou uma explosão? se o invisível sente mais que o palpável?

Terão as lágrimas da paixão mais propriedade para falar do que o riso de um caso fortuito? A vaidade pode invadir sem destruir? o sonho pode construir um lar para se repousar no concreto? que fazemos do afeto sem intelecto?

urielmarx 11/01/2014

Filosofia ou literatura? Talvez ambos...
Uma obra literária que, no estilo do autor, traz à tona questões de sua filosofia. Como no momento em que o personagem, um esteta acima de tudo, comenta como a ética afasta a estética com sua dureza. Ou o ideal estético (que muitos tomam por ético) de fazer algo "por toda a humanidade".

Todo o enredo se dá em torno de um jogo de sedução meticulosamente calculado, nos mínimos detalhes estéticos. O esteta não faz nenhuma concessão à ética; não se pode nem falar que tenha "más" intenções por que este aspecto do julgamento não é por ele considerado, de modo algum. Tudo é feito de maneira a atingir um certo nível de ideal estético - o sedutor não se vê, por exemplo, satisfazendo seus desejos pessoais, apenas a sua "arte" importa, como se fizesse até mesmo um favor à beleza da moça.

Há muitas questões de estilo da época - o valor dado às donzelas, a forma dos noivados contratuais e o sexismo exacerbado. Creio que a obra deva ser apreciada entendendo-a como um livro de seu tempo; talvez isso faça com que seu valor filosófico seja maior que o literário - não creio que poderia ser interessante a quem esteja buscando apenas o aspecto literário hoje.

Há também (não sei da tradução) um estilo estético na própria fala do personagem, o sedutor, que torna a leitura não trivial.

Prosasuzana 22/11/2013

Esse foi o primeiro livro que li do Filósofo e teólogo dinamarquês Soren Kierkegaard, e confesso que no decorrer da leitura me encontrei um pouco perdida e sem maturidade suficiente para entender a obra na sua essência. E aqui já me explico caso minha resenha fique um pouco superficial, mas pretendo voltar a ler esse livro e dar continuidade às leituras das demais obras do autor.

Por enquanto, somos inseridos no diário de Johannes, que narra suas técnicas de sedução. O que chama atenção é que o autor foge de padrões fantasioso, pois Johannes é realista em seus atos, descrevendo cada detalhe das ações das mulheres, e comentando o que pode ser feito a seguir e com qual finalidade. Sua atual conquista é Cordélia, por quem está apaixonado.

A critica ao que é "estético" é bem visível na obra, já que Johannes tem conhecimento de que a sociedade vive de aparências e usa isso a seu favor, conquistando quem ele quer, na hora que quer e se divertindo com isso.

Foi interessante conhecer a escrita desse filósofo, porém precisei exigir um pouco mais do que o normal da minha concentração e também precisei re-ler as primeiras 10 páginas pra finalmente me adaptar ao texto que estava encarando. Além da edição do livro também não ajudar muito, com as letras coladas e pequenas... Mas eu recomendo apenas para quem tem interesse em nomes e filosofias intrigantes...

site: http://www.adolecentro.com/2013/11/diariodeumsedutor.html

Mariane 22/05/2013

Johannes
Em sua filosofia existencialista, Kierkegaard conceitua dois modos de vida, o estético e o ético. O estético é caracterizado pelo hedonismo, por uma busca de prazeres constantes, que o filósofo dinamarquês explora muito em "Diário de um sedutor". O livro conta a história de Johannes e como ele faz para conquistar Cordélia, por quem se apaixonou intensamente. O que impressiona e intriga o leitor é ele já ter seduzido várias outras moças como faz com Cordélia, marca de um modo de vida estético. Parte fundamental da filosofia kierkegaardiana, esta obra é leitura indispensável para àqueles que querem entender o pensamento existencialista do autor dinamarquês.

Leo Carrer 15/02/2013

Poesia da Sedução
De maneira poética e bela, Kierkegaard faz o retrato de um autêntico sedutor. Acima de tudo, Johannes é um homem que respeita e admira as mulheres, e procura a melhor forma de agradá-las e seduzi-las. Encara o amor como uma troca, em que ambas as partes se relacionam e procuram formas e estratégias para conquistar ao seu opositor, cada um com seu papel social e se atendo ao contexto da época. Por isto a obra continua atual. Ela não constrói um personagem ideal, um homem perfeito que irá chegar no cavalo branco, como é comum em outras obras.

Leia na íntegra: http://antitelejornal2.blogspot.com.br/2013/02/50-tons-de-ilusao.html

Nanddrummer 29/10/2010

Neste levro soren coloca a vida "estética";o interessante é que o sedutor apesar de corrupto, ele vive intensamente o seu desejo

Camilla 26/12/2009

Resolvi ler quando ainda não tinha maturidade suficiente pra entender.
Essa foi a merda.