Resenhas - A Cor Púrpura

euliteraria_ 17/03/2024

Lindo ?????
?Você tá dizendo que Deus é vaidoso? eu perguntei.?Não, ela falou. Num é vaidoso, só quer repartir uma coisa boa. Eu acho que Deus deve ficar fora de si se você passa pela cor púrpura num campo qualquer e nem repara.?

Púrpura é uma cor um tanto enigmática. Até que quando vemos, ousamos falar que é roxo ou violeta. Para os Católicos, significa penitência. Usado em tempos de quaresma e advento.

É a cor que simboliza o que esta debaixo do corpo, a veia, do nascer até a morte, a transformação do ser humano.

Celie tem 14 anos quando escreve suas cartas para Deus descrevendo tudo que vive, dos abusos sexuais, ao racismo marcado nos EUA, do machismo ao patriarcado.
Iremos acompanhar a história emblemática da protagonista criando sua história.

Durante o período, acompanhamos também as cartas a sua irmã desaparecida Nettie, a quem ela tanto ama, forçada a viver longe, pra viver distante de todo o ambiente hostil e marginalizado.

Celie tem uma missão: servir ao Sinhô, ser sua empregada por trás de um casamento forçado. Viver sua vida na sombra de uma grande tristeza, abusada pelo seu pai, sem notícias de seus dois filhos.

No decorrer da história somos inseridos no contexto de vários personagens, do enteado de Celie, Harpo, e suas paixões, de Sofia, Mary Agnes e de Shuga Avery, grande estrela e ex-amante do marido, que por sinal, a relação das duas da uma grande guinada no enredo, Celie passa a descobrir um mundo maior, um mundo com grandes perspectivas.

A cor púrpura é um livro sobre resiliência, fala de um realidade distância, mas ao mesmo tempo tão próxima. É uma leitura violenta e forte, mas ao mesmo tempo agridoce, e que arrebata nosso coração, e nos faz pensar que ninguém esquece um ferida aberta. ????

Se tornou um dos favoritos do ano, e da vida!

Fortalbooks 17/03/2024

Uma celebração deslumbrante do que significa ser mulher negra, ambientado no sul dos Estados Unidos dentre os anos 1900 e 1940, conta a história de Celie, uma mulher negra, pobre e semianalfabeta. Brutalidade desde a infância, sofreu abuso dos diversos tipos e forçada a se casar com Albert, um viúvo violento, pai de quatro filhos, que enxergava a esposa como uma serviçal e fazia dos sofrimentos físicos e morais sua rotina.

Mareufq 16/03/2024

O tempo anda devagar, mas passa depressa.
Ah, Celie, A incredulidade é uma coisa terrível. Como também é o mal que fazemos aos outros sem saber.

Existem tantas coisas que nós não compreendemos. E tanta infelicidade acontece por causa disso.

Tem vez que eu morro de raiva dela. Sinto queu bem que pudia arrancar os cabelo da cabeça dela. Mas aí eu penso, a Shug tem o direito de viver também. Ela tem o direito de ver o mundo em qualquer companhia que ela escolher. Só porque eu amo ela, num tira nenhum dos direito que ela tem.

E eu num podia entender porque a gente vive se tudo que a vida faz na maior parte do tempo é fazer a gente se sentir mal.

Deus tá dentro de você e dentro de todo mundo. Você vem pro mundo junto com Deus. Mas só quem procura essa coisa lá dentro é que encontra. (...) Uma coisa? eu perguntei. É. Uma coisa. Deus num é homem, nem mulher, mas uma coisa. Mas como? eu perguntei. Num é como nada, ela falou. Num é um show de cinema. Num é uma coisa que você pode ver separado de tudo o mais, incluindo você. Eu acredito que Deus é tudo. Tudo que é ou já foi ou será. E quando você consegue sentir isso, e ficar feliz porque tá sentindo isso, então você encontrou ele.

Mas eu num sei como brigar. Tudo que eu sei fazer é continuar viva.

Itamara 16/03/2024

Esse definitivamente não me cativou. Os temas abordados são claramente importantíssimos, mas a escrita e a forma como a história foi contada, na minha experiência, foram uma tortura. Faz tempo que não sinto isso com uma leitura, mas não me conectei em absolutamente nenhum momento, nem com personagens, nem com a protagonista. Eu só queria chegar ao fim. As primeiras páginas até me empolgaram, mas além das cartas intermináveis entre as duas irmãs (e olha que amo esse estilo de trocas de cartas), outro ponto negativo foi quanto à marcação de tempo, que inclusive me pareceu bastante confusa e com situações inverossímeis. Vou dar uma chance ao filme, quem sabe seja até melhor?

Kamyla 16/03/2024

A obra apresenta com detalhes em primeira pessoa a vida de uma mulher negra na América, com muito sutileza Alice utilizou da protagonista Celia para trazer com riqueza todos os tormentos causados pela escravidão.


Trechos que me cativaram:

"Nós somos os responsáveis por mudar nossos caminhos. Isso não se faz de uma hora para outra, nem na solidão."

"Eu acredito que Deus é tudo, Shug falou. Tudo que é ou já foi ou será. E quando você consegue sentir isso, e ficar feliz porque tá sentindo isso, então você encontrou ele."

"Eu acho que Deus deve ficar fora de si se você passa pela cor púrpura num campo qualquer e nem repara."

mari maia 16/03/2024

Um retrato da realidade
A cor púrpura é doloroso, muitas vezes agoniante, mas também, extremamente necessário. Um livro riquíssimo em pautas de importância como o racismo, 4bus0 sexu4l, analfabetismo, misoginia e etc. Leitura rápida, fácil e envolvente.

Larissa.Lima 16/03/2024

Lindo!
Simplesmente amei! Celie aprendeu seu lugar, acordou para vida e entendeu seu valor e como é bom ver que não foi só ela que amadureceu, mas ver que quem estava próximo dela, mudou também, amadurecem.
A leitura é muito fluida! Amei ?

Lorena1059 15/03/2024

é tanto sofrimento, tanta luta e tanta dor. tive momentos em que senti esperança e alívio, em outros senti pura angústia e tristeza. é assustador pensar que muitas mulheres passaram e ainda passam por isso. principalmente na mão de homens cruéis e perversos. homens que ainda enxergam e tratam mulheres das piores maneiras possíveis, com desprezo, objetificação, violência e tudo mais. leitura muito forte. senti vontade de ler tudo outra vez assim que finalizei. mas não sei se conseguirei reler tão cedo.

Adria47 14/03/2024

-Que fez Deus por mim? - pergunto
-Celie! - diz ela, como se estivesse horrorizada. - Deu-te a vida, a saúde e uma mulher boa que há-de gostar de ti até a morte.
-Sim, - digo eu, - e deu-me uma pai linchado, uma mãe louca, um padrasto que é um estupor desonesto e uma irmã que se calhar nunca mais vejo. Mesmo assim, o Deus a quem eu rezava e escrevi é um homem. E faz tudo a quem fazem os outros homens que eu conheço. Engana, faz-se esquecido e não é honesto.

Eduardo Cassago 14/03/2024

Intenso e edificante
A Cor Púrpura é um romance escrito por Alice Walker e publicado em 1982, trazendo temas importantíssimos e que continuam atuais, como a discriminação racial, abuso sexual e opressão. No entanto, fazendo frente a estes temas, o livro também fala de amor, esperança e superação.

Nesta história, acompanhamos a vida de Celie, uma mulher negra no sul dos Estados Unidos no início do século XX. Todo o seu drama é contado a partir de cartas que Celie escreve para Deus e para sua irmã, onde ela compartilha suas experiências doloridas de abuso, violência doméstica e discriminação racial, desde a infância persistindo até a vida adulta.

Celie é muito sincera em suas cartas, uma vez que ela escreve a Deus, para quem a mentira é uma impossibilidade. Por isso, vemos com clareza todos os pensamentos e sentimentos mais profundos de uma pessoa que até certo ponto da vida, só conheceu o sofrimento – assim criamos uma relação de intimidade e cumplicidade com a protagonista.

Portanto, não se assuste caso chore junto com ela, se emocione e comece a sorrir a cada conquista da mulher – este é um livro capaz de fazer isso com o leitor.

Ao longo do livro, Celie encontra força e esperança em suas conexões com outras mulheres, especialmente com sua amiga, Shug Avery. Além disso, sua motivação sempre passa pela esperança de um novo dia, trazendo com ele a possibilidade de reencontrar sua irmã.

A Cor Púrpura é uma poderosa narrativa sobre resiliência, amor e autoaceitação, e aborda questões profundas de identidade, opressão e libertação – leia por misericórdia.

site: https://www.youtube.com/@canalosofredor

Carliana3 11/03/2024

Porque você é o que é, seu futuro será feliz e brilhante.
Neste clássico, Alice Walker busca, num protagonismo negro, apresentar todas as dores de ser uma mulher negra no sul dos EUA do séc. XX.

O grande trunfo desta obra, pra mim, é a maneira como Alice consegue desenvolver quase que perfeitamente a ambientação e desenvolvimento das protagonistas através de cartas. Um romance epistolar peca muito nesse quesito pois as vezes é mais fácil para o autor deixar de lado alguns detalhes que fariam toda a diferença, só porque a história foi contada em cartas. Bom, não é o caso desse livro.
Impactante e doloroso. Celie, Nettie, Sofia e - infelizmente- Albert não são meros personagens fictícios. Qualquer semelhança com o contexto da época não é mera coincidência.
A narrativa oscila algumas vezes, não dá para negar. É contraditório a redenção de Albert chegar do mais absoluto nada, a questão do padrasto, o apagamento de Shugg (por mais que eu não seja muito afeiçoada a ela) também são pontos mais fracos na desenvoltura história.
Os pontos positivos excedem, no entanto. Porém, na minha opinião, senti que a Celie não alcançou o futuro "feliz e brilhante", mas entendo que cada um possa ver esse tópico de forma particular. Senti um tom de perdição e contentamento do tipo "é o que é". Desta forma, o tom de esperança do livro não ganha muita força.
De todo modo, nada disso atrapalha a experiência. É isto. Ler esse livro é uma experiência!
Leia e seja impactado também.

cmvies 11/03/2024

Maravilhoso!
Eu já tinha esse livro há bastante tempo e não sei como não li antes. Na verdade eu sempre soube que ele era bem pesado e talvez isso tenha me deixado com aquela ideia de ?esperar o momento certo?. Que bom que resolvi tentar.

A Cor Púrpura é bem impactante, triste e incrível ao mesmo tempo. Celie nos mostra a força da mulher negra que busca acima de tudo sobreviver. A evolução dela ao longo da história me emocionou muito e a forma que a narração é feita contribuiu pra isso, de certa forma parecia que eu estava recebendo as cartas da Celie.

Todos os personagens são bem construídos, os temas sensíveis são tratados de uma maneira única. O amor também. Com certeza um dos melhores livros que já li na vida!

Beamenezys 10/03/2024

Que leitura maravilhosamente dolorida!
Este livro é tudo ao mesmo tempo, é lindo, sofrido, poético, triste, angustiante e apaixonante. Toda a história foi interessante demais para que eu conseguisse sequer parar de pensar nela.
Indico a todos que querem um bom livro pra ler!

mari.rsp 10/03/2024

Esse livro é extremamente triste e ao mesmo tempo é fluído, a todo momento eu só torcia para que a protagonista ficasse bem e fosse feliz.

Paulanessa 09/03/2024

O final quase me fez chorar então por aí vc tira
Definitivamente top 5 livros mais tristes e pesados que ja li.

Se você é uma pessoa sensível a temas de abuso e violência esse livro não é para você.

Cor púrpura é um romance de muitas camadas, que aborda desde questões espirituais até relacionamentos familiares, autoestima e racismo. Embora seja ambientado nos Estados Unidos, a autora também aborda algumas temáticas da geopolítica africana.

É lindo de ver o desenvolvimento e as reflexões da Celie, a complexidade das relações dos personagens. Ainda que seja ficção você consegue enxergar uma história real por trás de cada carta. Apenas maravilhoso, sem defeitos.