Resenhas - As Fenícias

Charleees 27/03/2023

AS FENÍCIAS - Eurípides
Estou aqui de novo como sempre faço, como diria Inês Brasil para falar mais uma vez de uma tragédia grega sobre Édipo.
Talvez tenha virado uma fixação minha? É, talvez (risos & choros), mas vamos lá!

Nesse livro Eurípides vai contar a mesma história que Ésquilo contou em Sete contra Tebas. A peça acontece alguns anos depois que Édipo descobre que é filho de sua esposa, Jocasta, mas com algumas mudanças. Jocasta não se enforcou quando descobriu toda a verdade relacionada a Édipo como na versão escrita por Sófocles, nem Édipo se exilou, ele continua vivendo no Palácio.

No início da peça, Eurípides usa um recurso bastante utilizado na época que é levar um personagem ao centro do palco para explicar ou contar as ações que explicam a história precedente, no caso de As Fenícias é Jocasta quem vai contar sua história.

Recluso no palácio, Édipo lançou uma maldição aos filhos Etéocles e Polinices que ambos matariam um ao outro disputando o trono de Tebas, tentando fugir da maldição do pai, eles decidem alternar o reinado, um ano de cada um. Etéocles é o primeiro e pede que Polinices saia de Tebas e retorne ao fim do primeiro ano para assumir o poder. Encantado pelo poder Etéocles desiste de entregar o reinado ao irmão e Polinices que casou com a filha do rei de Argos, se volta contra sua própria cidade, ao lado do exército Argivo para retirar o irmão do trono e assumir o poder de sua cidade natal.

Jocasta tenta fazer com que os filhos resolva o impasse sem guerrear, para isso Polinices entra em Tebas escondido de Etéocles para uma conversa mediada pela mãe, mas os planos de Jocasta falha e a guerra dá inicio.

Antes do combate, Etéocles encontra-se com Creonte seu tio, irmão de Jocasta e lhes dá instruções de como proceder caso ele morra no combate, uma das recomendações é proibir que Polinices seja enterrado em solo Tebano e a quem tentar enterrar ou prestar homenagens fúnebres seja condenado a morte.

Tentando encontrar uma salvação para Tebas, Creonte manda seu filho Meneceu ir buscar o adivinho Tirésias que traz duras notícias para Creonte: se quiser salvar a cidade Tebana, Creonte deve dar seu filho Meneceu como sacrifício. Creonte vai contra a mensagem de Tirésias e pede para seu filho fugir da cidade, Meneceu que parece acatar o pai, acaba indo para um canto da cidade onde dá sua vida em sacrifício para salvar a cidade pátria.

No embate, Polinices e Etéocles decidem guerrear juntos e o vencedor fica com o trono, sabendo disso por um mensageiro, Jocasta chama a filha Antígona e juntas vão ao encontro de Etéocles e Polinices.

No final é um mensageiro que narra a Creonte o que se passou no combate: Etéocles e Polinices morreram no combate, vendo os filhos mortos, Jocasta pega um punhal e o enfia em sua garganta matando-se.

Creonte então ordena que Édipo seja expulso da cidade e que o corpo de Polinices seja deixado fora da cidade para que os cães o devorem, Antígona nega que esse deva ser o tratamento do irmão Polinices e junto de seu pai Édipo sai de Tebas rumo ao exílio e leva o corpo do irmão para enterrá-lo de forma digna.

As Fenícias
Livro 16 de 2022

Dávila 10/01/2023

Trágico digno do nome.
Eurípides era trágico pra valer.
Exemplo está nessa...tragédia que conta os destinos dos filhos e filhas de Édipo, esse eterno coitado da nossa dramaturgia e q dá nome aquele complexo que Freud batizou.
Aquele em q temos uma queda pela mãe e queremos ver o pai comendo grama pela raiz.
Essa história é longa, fica talvez pra outra oportunidade.
O tragediógrafo Eurípides seguindo a moda do tempo reconta o mito a sua maneira como faziam seus parças de profissão.
Uma joia como dramaturgia, como literatura e o que mais você pensar.

Lidiany.Mendes 21/05/2022

Uma grande tragédia.
Uma tragédia que dá continuidade ao ocorrido com Édipo, porém traz uma alteração importante à tragédia de Sófocles. Jocasta não morreu e Édipo vive no Palácio de Tebas ao cuidado da mãe/esposa.
Seus filhos Polinices e Etéocles, o atual soberano de Tebas disputam o trono.
Cumprindo uma maldição lançada pelo próprio Édipo, os dois irmãos se matam e Jocasta ao ver os filhos mortos tira a próprio vida.
O filho adolescente de Creonte Meneceu tira a próprio vida para salvar Tebas da ruína. Cumprindo o vaticínio de Tirésias.
Creonte, cumprindo os desígnios de Etéocles, determina que Polinices não terá as honras fúnebres e não será sepultado.
Decreta também o exílio de Édipo.
Antigona deve se casar com seu primo Hêmon.
Porém, a donzela não aceita os desígnios do irmão morto.
Ela decide partir em exílio com o pai Édipo.

Leo Lopes 19/10/2021

A tragédia sob a visão materna
Essa tragédia é mais uma releitura do mito de Édipo, o homem marcado por uma maldição desde o nascimento e cuja sina alcançaria a geração dos filhos. E é sobre o destino dos filhos que a peça fala, mais especificamente, a maldição do pai que destinou dois irmãos a se matarem pelo trono de Tebas. A obra possui um ritmo frenético de intrigas e discussões entre os dois irmãos, supervisionado e lamentado pela mãe. A esposa de Édipo, Jocasta, faz todo o possível para evitar que a tragédia caia sobre seus descendentes, nos dando não apenas uma visão feminina, mas uma visão materna da guerra que ameaça tanto a cidade quanto a família.

Marjorie_mr 05/06/2021

Ótimo
Sigo apaixonada pela mitologia grega. ?
Leitura essencial pra quem ama a trilogia tebana!

Jeffer 22/01/2009

A visão feminina da tragédia de Édipo
http://www.jefferson.blog.br/2008/08/as-fencias-de-eurpedes.html