Sangue Romano

Sangue Romano Steven Saylor




Resenhas - Sangue Romano


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Reccanello 23/12/2022

Roma, bela e corrupta!
Em um diálogo do filme Gladiador, um senador afirma enxergar Roma como ela realmente é: bela e corrupta! E toda essa beleza e corrupção são captadas com maestria por Steven Saylor nesta que, conquanto não cronologicamente, é a primeira história de Gordiano, o Descobridor, uma espécie de "detetive particular" que, contratado por Cícero para descobrir a verdade sobre o crime de que acusam Sexto Roscio, nos teletransporta para dentro da maior cidade do mundo, mergulhando-nos em seus mármores, em suas fontes, em seus subúrbios, em seus prostíbulos, em sua sujeira, seus cheiros, sua lama e seu sangue. Com um nível de detalhes que permite, com alguma imaginação, sentir o calor que nos faz suar com a proximidade promíscua de todo seu milhão de habitantes, vamos aos poucos descobrindo todos os mistérios e as verdades que envolvem as personagens de Sula, ditador que governa Roma com mão de ferro, de Cícero, jovem e ambicioso advogado, e de Sexto Róscio, um proscrito acusado de assassinar o próprio pai (atenção à descrição da horrível punição romana para o parricídio). Paralelamente a seus personagens históricos, a cidade nos apresenta a família e os amigos de Gordiano: Betesda, sua escrava/mulher, Eco, seu filho mudo, dentre outros... Históricos ou ficcionais, todos os personagens do livro são muito bem explorados, de forma que quase nos sentimos seus amigos íntimos. Igualmente elaborados são os cenários em que se desenrola a história, desde o centro de Roma até suas redondezas rurais. Apesar de descrever algumas cenas mais chocantes e violentas (que devem ser interpretadas sempre à luz da mentalidade da época), o livro não se trata de uma história que se possa chamar de pesada, sendo bastante fluída e com uma narrativa fácil de acompanhar. Dando um toque de maior interesse ao livro está o fato de seu personagem principal, Gordiano, não ser um super-herói sobre-humano como se dá, às vezes, com Sherlock Holmes e outros do gênero: pelo contrário, Gordiano é humano (até em demasia), falho e, muitas vezes, mesquinho e covarde, o que só faz com que gostemos ainda mais dele e de sua história.
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Flavia_fernandes 12/06/2020

História polícial história, extremamente bem pesquisado, nossa dá gosto de ler uns livros bem pesquisados como esse.
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