Jayhana 02/05/2017
Jonal Nacional Modo de Fazer, de William Bonner
O livro foi escrito por William Bonner em 2009, quando o Jornal Nacional completava seus 40 anos. Construir um Jornal, completar seus 40 anos e ter credibilidade, requer muito, mas muito trabalho mesmo, e é exatamente isso que Bonner tenta nos transmitir. Este é um livro que indico para todos aqueles que querem ou cursam Jornalismo, mas ele não é só voltado para esse público, para aqueles que são leigos a leitura flui muito bem, pois Bonner tenta esclarecer cada assunto para todos. Não, não é uma receita para ser um excelente Jornalista, mas com essa leitura você já pode ter uma noção de como preparar um bom Jornal.
Ao preparar um Jornal, seja ele televisivo, ou impresso, é necessário uma equipe dedicada e bem disposta (como em todos os trabalhos, ou pelo menos a maioria rs). Bonner explica ao leitor como funciona o Jornal Nacional, o que já podemos usar como base, pois a maioria dos Jornais caminham do mesmo jeito, o que pode diferenciar é em suas editorias, por exemplo. O autor nos traz uma rotina de quem trabalha no Jornal Nacional, a pesquisa pelas notícias, que são buscadas por todas as filias da Rede Globo que estão espalhadas pelo País e até fora do Brasil, quais notícias vão para o Jornal Nacional.
Além disso, ele fala um pouco sobre reunião de pauta, espelho, lead, como escolhem os assuntos, o que é relevante e irrelevante, o que é feito se surge uma notícia de última hora e precisa ser noticiada na edição daquele dia, e etc. Tudo isso com clareza para os que são ou não leigos na área.
Ele fala sobre as notícias que foram mais repercutidas, como a morte do Papa João Paulo II, o ataque às Torres Gêmeas, e a Copa de 2006.
O que eu gostei bastante foi relatos de momentos que ocorrem como Jornalista. Por exemplo, o dia que ele anunciou a morte do Papa João Paulo II, ele disse que ao chegar em Roma tinha que ir rapidamente para onde seria a cobertura do Jornal Nacional, cujo estava apenas um funcionário do jornal com o tripé da câmera para garantir o lugar. Até certo ponto Bonner conseguiu ir de carro, mas chegou em determinado momento que teve que ir a pé, o que não era nada fácil, pois de um lado havia uma barreira com guardas que não o deixaram passar, e a sua frente havia milhares de pessoas que o impediam de andar, foi então que surgiu uma “luz no fim do túnel”, algumas freiras iam passando, e as pessoas abriam o caminho para elas, foi assim que ele as seguiu, logo elas o reconheceram e até pediram que ele mandasse um abraço para Fátima Bernardes. Rs’
Acho muito legal, porque ao mesmo tempo que você trabalha, há uma diversão, eu gosto disso, adoro quando as coisas se resolvem, adoro quando sempre há alguém que com um gesto simples acaba ajudando. Assim como é legal vê você sendo reconhecido pelo que faz, e o Bonner é reconhecido por onde passa.
A leitura às vezes pode ser bem repetitiva, mas acredito que isso seja porque o autor quer deixar as coisas bem claras e fáceis de serem entendidas. Adorei o livro e super recomendo a leitura.
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