Sagarana

Sagarana João Guimarães Rosa




Resenhas - Sagarana


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DIRCE 07/08/2012

Histórias da carochinha para gente grande.
Quem diria? Logo eu, uma urbanóide, me vejo vivendo um caso de amor com G. Rosa, melhor dizendo, com a escrita de G. Rosa. Tudo bem que não sou tão extremista como uma amiga que , ao se referir ao que eu costumo chamar de mato, disse : um pé de alface crespa é o máximo que aguento(risos).
Porém, prefiro um lugar confortável a me embrenhar em meio das flora e fauna silvestres. Mas então, por quê os livros de G. Rosas me fascinam tanto? Por quê me sinto tão tocada com histórias de boiadeiros, de boiadas, de violas , de violeiros e de jagunços em meio de paisagens rudes e inóspitas? Bem, G. Rosa afirmou; "(...)Gostaria de ser um crocodilo porque amo os grandes rios, pois são profundos como a alma de um homem. Na superfície são muito vivazes e claros, mas nas profundezas são tranquilos e escuros como o sofrimento dos homens".
Tá explicado. É por isso. É porque G. Rosa consegue mergulhar na alma humana, e é isso que ele faz nos 9 contos, que compõem "Sagarana", e que ele diz ser histórias da carochinha – lê a alma do sertanejo.
Eu ouso acrescentar, que são histórias da carochinha para gente grande.
Puro deleite "viajar" nessas 9 histórias da carochinha, histórias como a de Augusto Matraga – um pecador arrependido ,que queria, porque queria entrar no céu nem que fosse à base do porrete.
Puro deleite viajar em histórias onde se vê um duelo do bem x mal , em histórias onde o animal é animizado e o homem animalizado, como ocorre no conto Conversa de bois, que foi o que mais gostei.
Enfim, ler G. Rosa é se metamorfosear de sertanejo.
Explicando a razão das 4 estrelas: minha culpa, minha máxima culpa – a narrativa do 1º conto: O burrinho pedrês , é intercalada com outras narrativas, e eu me demorei para " despertar ao som do berrante" e fiquei meio sem " ritmo e afinação" por muitas páginas.
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Luiz 02/01/2012

Indispensável!
Guimarães Rosa dedilha as características do sertão e sertanejo com tamanha habilidade, que nos leva para dentro das estórias facilmente. Alguns contos melhores que outros, ao meu gosto, mas isso não passa nem perto de desmerecer esta grande obra, que para quem quer entender o sertão se faz certa a leitura. Aviso: caso você numca tenha tido contato com cidades, pessoas, expressões do interior, poderá ter alguma dificuldade com o significado dessa ou daquela palavra; mas nada que motive o abandono da leitura, pelo contrário lhe estimula, lhe felicita a sabedoria.
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Toni 14/11/2011

"Um animal bravo e vivo"
Após a efervescência que caracterizou a literatura brasileira do decênio de 30, a partir de 1940 foi característico “um certo repúdio do local, reputado apenas como pitoresco e extraliterário; e um novo anseio generalizador, procurando fazer da expressão literária um problema de inteligência formal e de pesquisa interior.” (Antonio Candido, ‘Literatura e sociedade’). Nesse ínterim, a literatura de Guimarães Rosa conseguiu articular o narrador oral e as matizes populares com as angústias e preocupações formais da cultura letrada: a partir de um esquema narrativo que privilegiava a ligação do homem com a terra e uma visão mística do universo, Rosa construiu uma obra em que leva às últimas consequências à intenção de chocar, causar estranhamento, tirar o leitor do lugar-comum – linguagem oscilando entre o particular e o universal.

Declaradamente arredio à frase feita, o autor de Grande Sertão: veredas procurava com sua prosa dar um sabor próprio ao texto literário, fornecendo ao leitor “uma pequena sensação de surpresa, isto é, de vida” (em carta para Harriet de Onís). Segundo Rosa, “o leitor tem de ser chocado, despertado de sua inércia mental, da preguiça e dos hábitos. Tem de tomar consciência viva do escrito, a todo momento. Tem quase de aprender novas maneiras de sentir e de pensar. Não o disciplinado - mas a força elementar, selvagem. Não a clareza - mas a poesia, a obscuridade do mistério, que é o mundo.” (idem)

Ler a coletânea de contos Sagarana consciente desse aspecto da poética de Guimarães Rosa permitiu uma leitura menos preocupada e até certo ponto prazerosa do autor. Ainda que nenhuma daquelas estórias se iguale ao deleite literário de obras maiores ('Corpo de Baile' e 'GS:V'), elas compõem de qualquer maneira um excelente exercício de percepção (quando não, aqui e acolá, de paciência). Alguns contos são engenhosas transposições de causos que prendem o leitor por toda sua longitude, como ‘Duelo’, ‘A volta do marido pródigo’, ‘Corpo fechado’ e ‘A hora e a vez de Augusto Matraga’. Outros são maravilhosos estudos de atmosfera, a exemplo de ‘Sarapalha’ e ‘São Marcos’. Os restantes, todavia – e aqui vai incluso o famoso ‘Burrinho Pedrês’ que talvez comova alguns, mas que a mim custou findar a travessia –, são composições sem qualquer brilho que somente a complacência (ou mesmo certo ufanismo) insiste em atribuir-lhe valor excepcional ou genialidade, aproveitando-se tão somente dos raios daquela estrela maior em que foi transformado pela crítica o relato do jagunço Riobaldo.
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Ana Cacau 08/09/2011

Este livro possui um desenvolvimento incrível. Os contos nos levam realmente a uma saga. A M O ! Não é atoa que tatuei na minha perna! :)
DIRCE 28/01/2012minha estante
UaU! Ana,
O que você tatuaou na perna? O nome do livro : Sagarana, ou J.G.Rosas?


João Henrique 09/07/2015minha estante
pois é, o que você tatuou?


Ana Cacau 01/12/2017minha estante
Tatuei a xilogravra de "O burrinho pedrez" feita pelo Poty Lazarotto, ilustrador de muitas obras do Rosa. Confiram aí: http://2.bp.blogspot.com/-ZRYkFX3u4-U/TeTq_XuLFNI/AAAAAAAAABs/m7WA1EG3JUw/s1600/002126009013.jpg




Bit 01/03/2011

Apresentando a paisagem e o homem de sua terra numa linguagem já então exclusiva, por meio de contos como 'O burrinho pedrês', 'Duelo', 'A hora e a vez de Augusto Matraga', Guimarães Rosa fez deste livro a semente de uma obra cujo sentido e alcance ainda estão por ser inteiramente decifrados. Prêmio Jabuti de Produção Gráfica (menção honrosa) em 2002.
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Eli carneiro 14/12/2009

"o sertão é o mundo"
.
logo, sagarana não trata apenas sobre o sertão e sim sobre o sertão,o mundo, o universo e tudo mais....

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Jaccuz 20/10/2009

Nova novissima gramatica errada.... quem concorda que esse livro ainda deve ficar em alguma lista de livro de vestibular??? Manifestese!!!!!
Solidifica a ideia que no Brasil quem tem dinheiro e influência, é capas de deitar e rolar na lingua portuguesa... e tem gente que acha bonito isso... Vai um pre vestibulando fazer uma redação seguindo esses neologismos... ha.... ha.... ha....































Graças a Deus esse Livreco SAIU da Lista da FUVEST......







o RESTO além de resto é blá blá blá....



[não tenho espirito de cachorro vira-latas, comentarios indevidos serão respondidos ao mesmo nível(não inteligentes e sem argumentos e cheios de ódio, visando a mim e não a obra)]
Nalí 26/07/2011minha estante
ha-ha, não sabe fazer crítica! Quem liga pro que você diz?


Deividy 15/10/2014minha estante
fazia tempo que eu lia tanta ignorância! também era de se esperar alguém que procura a leitura pra passar numa prova de vestibular... ha.... ha.... ha....


MSJU10 22/02/2015minha estante
Eu vejo pura birra nesse comentário.


Juliana 12/03/2016minha estante
"Graças a Deus esse Livreco SAIU da Lista da FUVEST......"

E o "livresco" voltou a ser leitura obrigatória da FUVEST kkkkkkkkk




Ana 22/05/2020minha estante
Guilherme, a língua portuguesa vai muito além do que é prescrito em gramáticas, como é comprovado por diversas pesquisas da linguística, que buscam DESCREVER a língua, como ela é USADA por falantes REAIS. Guimarães Rosa, em suas obras LITERÁRIAS (e, portanto, passíveis de variações linguísticas, visto que os escritores têm licença poética para "brincarem" com a língua), busca representar essa variedade popular do português e faz isso de forma brilhante. É preciso ter um conhecimento extenso das várias dimensões de um idioma para conseguir "deitar e rolar" com ele, ou seja, não é fácil representar tão bem a fala e os "causos" populares e realizar neologismos tão inteligentes. Esse conhecimento vai muito além das regras que a gramática nos "obriga" a seguir e tem uma carga cultural muito maior, o que justifica a relevância desse "livreco" em processos seletivos. Vale lembrar que as diferentes modalidades da língua devem se encaixar ao contexto de produção e ao gênero textual em que se inserem. Logo, a escrita de obras literárias ocorre em um contexto diverso em relação a uma redação de vestibular, que, geralmente, solicita que o candidato utilize a chamada "norma culta" da língua portuguesa escrita, em um contexto formal, diferentemente de uma obra ficcional.




Bell_016 30/09/2009

Infelizmente o amigo aí acim nunca deve ter prestado atenção a uma aula de literatura e desconhece coisas básicas. Todos os "erros" do livro são estudados e têm um significado que alguns não podem entender, felizmente há gente séria que avalia com justiça sua obra. Tente estudar um pouco mais antes de sair falando besteira, qualquer um pode escrever do jeito que quer, difícil é ter conhecimento para sustentar sua linguagem e nisso G.R. não falta, portanto, é reconhecido. Deixo uma citação do próprio Guimarães Rosa:



"Eu falo: português, alemão, francês, inglês, espanhol, italiano, esperanto, um pouco de russo; leio: sueco, holandês, latim e grego (mas com o dicionário agarrado); entendo alguns dialetos alemães; estudei a gramática: do húngaro, do árabe, do sânscrito, do lituano, do polonês, do tupi, do hebraico, do japonês, do checo, do finlandês, do dinamarquês; bisbilhotei um pouco a respeito de outras. Mas tudo mal. E acho que estudar o espírito e o mecanismo de outras línguas ajuda muito à compreensão mais profunda do idioma nacional. Principalmente, porém, estudando-se por divertimento, gosto e distração."
Jaccuz 20/10/2009minha estante
Infelizmente o amigo aí acim nunca deve ter prestado atenção a uma aula de literatura(blá bláblá) e desconhece coisas básicas. Todos os "erros"(blá) do livro são estudados e têm um significado(Blá) que alguns não podem entender(BLÁAAAA), felizmente há gente séria que avalia com justiça sua obra(blá). Tente estudar um pouco mais antes de sair falando besteira(bláaaaaa), qualquer um pode escrever do jeito que quer(blá$$$$$$$), difícil é ter conhecimento($$$$$$$$$) para sustentar sua linguagem e nisso G.R.(blá) não falta, portanto, é reconhecido(blá). Deixo uma citação do próprio Guimarães Rosa:



Eu tenho Grana prestigio fama e reconhecimento isso enquanto respiro, almejo a imortalidade, então invento uma nova linguágem e mantenho meu nome pelaeternidade..... Blá blá blá.....


Eduardo 10/01/2010minha estante
Infelizmente o amigo aí acim nunca deve ter prestado atenção a uma aula de literatura [2]

Ótima resenha. ;D



PS: que piá ridículo.


Guilherme 02/01/2012minha estante
Não precisa, não precisa de aulas para tanto. Basta ser um leitor.


Deividy 15/10/2014minha estante
tenho certeza que o comentário a cima foi uma denúncia ao sistema educacional brasileiro. que procura a ler livros só pra passar no vestibular.


Salomão N. 09/07/2017minha estante
Se o pessoal desiste da leitura do Guimarães Rosa, imagina se lerem algo mais "sofisticado" como William Faulkner(meu amor) e James Joyce.


Juraski 30/06/2018minha estante
Concordo com você. Acho que a forma como ele escreve é tão inteligente que alguns leitores não tem inteligência suficiente para captar a sutileza, tal qual alguns que aqui se manifestaram.


Luiz993 22/03/2019minha estante
Guimarães Rosa não é pra jacu!


Marcos.Azeredo 03/08/2021minha estante
Eu li dois livros deste autor e não gostei.


Bell_016 05/08/2021minha estante
gostar e não gostar é direito de todos, isso não é problema algum já q todos tem seus gostos pessoais. estou falando de críticas q o autor "erra" qdo escreve, é mta soberba


Marcos.Azeredo 12/10/2021minha estante
Li dois livros do Rosa e nao gostei.




Carol 15/07/2009

Clássico Brasileiro
é bom mas difiiicil de se ler.
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Rômulo Carvalho 29/05/2009

legal ,porém uma leitura cansativa devido ao excesso de neologismos - característica ímpar de Guimarães.
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Larydam 22/05/2009

O livro é bom. Mas, é um tanto díficil de se ler, tem palavras que não existe nem no dicionário, há uma linguagem do sertão PESADA demais para quem nunca teve contato com esse dialeto. Consegui ler apenas 3 contos.
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Jeane 08/04/2009

Imperdível
O livro prende a atenção da gente com sua linguagem regional e o dia-a-dia dos personagens do sertão. Guimarães Rosa conta histórias dentro de outras histórias, como em uma conversa informal, entre amigos.Gostei de todas as histórias do livro, especialmente dos contos O Burrinho Pedrês e Conversa de Bois (os bois conversando e comentando a vida, achei demais!).Imperdível!
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Vânia 09/03/2009

É a parte que te cabe neste latifúndio
Somente quando o reli foi q entendi a profundidade de suas histórias. A princípio, com tanta miséria como cenário, o livro não parece muito aprazível.
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Langeani 26/02/2009

Para degustar com tempo.
Este é um dos livros que é preciso ter tempo para ler. A leitura é agradável, mas exige concentração, não é um livro que se pode ler no metrô ou no ônibus por exemplo (por causa do barulho, distrações e interrupções).
Meus contos preferidos são São Marcos pela mística e fantasia e A hora e vez de augusto matraga.
Recomendo muito.
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Pedróviz 13/05/2011minha estante
Também gostei muito de A hora e vez de Augusto Matraga. Depois que se leu, parece que se viu um filme.




Beatriz Almeida 29/01/2009

Vá direto para o ultimo conto, que é o melhor de todos.
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Pedróviz 13/05/2011minha estante
A hora e vez de Augusto Matraga é excelente, mas há muita coisa ótima no livro. Dizer isso é bobagem.




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