O Que o Tio Sam Realmente Quer

O Que o Tio Sam Realmente Quer Noam Chomsky
Noam Chomsky (Em Português)




Resenhas - O Que o Tio Sam Realmente Quer


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alanamendesm 11/07/2021

"Nós temos cerca de 50% da riqueza mundial, mas somente 6,3% de sua população... Nesta situação, não podemos deixar de ser alvo de inveja e ressentimento. Nossa verdadeira tarefa, na próxima fase, é planejar um padrão de relações que nos permitirá manter esta posição de desigualdade... Para agir assim, teremos de dispensar todo sentimentalismo e devaneio; nossa atenção deve concentrar-se em toda parte, em nossos objetivos nacionais imediatos... Precisamos parar de falar de vagos e... irreais objetivos, tais como direitos humanos, elevação do padrão de vida e democratização. Não está longe o dia em que teremos de lidar com conceitos de poder direto. Então, quanto menos impedidos formos por slogans idealistas, melhor."

Isso é só um pouco do que o livro expõe da política nortr americana. Uma nação em que o único triunfo consiste em combater ameaças inexistentes para manter países de terceiro mundo no terceiro mundo. É falado sobre as intervenções nos países da América Central, Europa Oriental e Ásia. Quem ainda defende a história, a constituição e sistema político desse país, alegando que países países o nosso precisam de uma política neoliberal seguindo os padrões dos EUA, é porque não sabe ou ignora o passado sangrento desse país.
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Rodrigues 06/12/2013

O que o Tio Sam realmente quer
Trecho da resenha publicada no meu blog, cujo link segue o post:

"A obra aqui analisada, O que o Tio Sam realmente quer, não difere drasticamente de outras obras do autor, sejam seus textos ou entrevistas concedidas. Porém, ainda que seja um livro que dá seguimento a análises anteriores sobre política, economia e sociedade de eventos recentes da história mundial – principalmente no que concerne aos Estados Unidos –, é uma obra muito direta, disposta a analisar aspectos pontuais e cuja linha de raciocínio é muito coesa. Arriscaria dizer que este é um dos melhores livros para aqueles que não conhecem Chomsky e suas sagazes críticas políticas e sociais, principalmente aos Estados Unidos.

Logo de cara, Chomsky inicia seu texto explicitando os objetivos da política externa dos Estados Unidos, desenvolvida sobre a insegurança constante e argumentos descabidos sobre proteção do território, tomando a Segunda Guerra Mundial como divisor de águas por ser após o conflito que tais políticas se intensificaram com força, mais precisamente por conta da dita “Guerra Fria”. Um período onde cerca de 50% da riqueza mundial estava sob controle dos Estados Unidos, além dos dois lados do oceano, um controle sem precedentes na história mundial, segundo o autor.

Nesse mesmo contexto percebe-se a necessidade de se intensificar a pressão sobre a União Soviética a fim de minar o país e controlar a sucessão do governo soviético. Chomsky defende no decorrer de todo o livro que o principal objetivo dos Estados Unidos em derrubar os soviéticos, atacar regiões supostamente inexpressivas como o Laos, Vietnã do Sul, Nicarágua e outros não se dá apenas por localização estratégia ou recursos – por vezes nenhum desses elementos faz parte da equação. O grande objetivo por trás dessas ações é a supressão de exemplos: na maior parte desses locais, governos realmente democráticos – ao contrário do governo dos EUA – desenvolviam-se de forma vigorosa, sob aval popular e, por vezes, com caráter nacionalista, fechado à intervenção do capital externo. Tais exemplos, se bem sucedidos, poderiam influenciar outros países, ou mesmo camadas populares nos EUA, o que seria inadmissível.

Eis o motivo pelo qual Chomsky defende que os Estados Unidos, se não conseguiram atingir todos os objetivos com a Guerra do Vietnã, pelo menos saíram vitoriosos. O país foi destruído, milhares de camponeses foram mortos, os efeitos do Agente Laranja e outras armas químicas e biológicas são sentidos até hoje e, principalmente, a economia do país foi arrasada, fazendo com que um desenvolvimento adequado nos moldes anteriores a Guerra seja uma realidade pouco plausível, pelo menos nas próximas décadas."

site: http://leituraobrigahistoria.blogspot.com.br/2013/01/noam-chomsky-o-que-o-tio-sam-realmente.html
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Clara 08/08/2009

Livro simples, nem um pouco cansativo e repleto de informações bem expostas, de modo que o autor se mostrou bem pontual na sua opnião sobre o assunto abordado na obra.
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Bruno 04/10/2010

A democracia do Tio Sam
Considerado uma das figuras mais importantes da lingüística do século XX, Noam Chomsky, é autor de uma importante obra para o “entendimento” dos Estados Unidos. Baseando-se na crença de que os EUA são os defensores da democracia ele trás em “O que o Tio Sam realmente quer” um interessante ponto de vista sobre a “democracia Norte Americana”, através da interpretação da política externa americana aliada aos fatos ocorridos desde a segunda guerra mundial. Sustentado por volumosas provas documentais Noam trata dos “bastidores” desse evento, buscando apontar as atitudes Norte Americanas desde esse período.
Através de uma locução mais direta, Noam redige sua obra como se o próprio EUA conta-se sua história, tal atitude trás ao livro uma maior compreensão dos fatos tratados; entretanto para o claro entendimento de sua locução é interessante que o leitor apresente um conhecimento sobre a história do século XX, pois tal conhecimento auxiliará esse a encarar a obra de maneira mais critica.
De maneira sugestiva o livro inicia-se situando o leitor com a apresentação dos “Objetivos principais da política externa dos Estados Unidos” (p.2) a partir deste ponto discute-se qual é a relação desta nação com os demais países da época, baseando-se em importantes documentos como o “Memorando 68 do Conselho de Segurança Nacional” (CSN 68) e o “Estudo de Planejamento Político 23” (EPP 23), pode-se visualizar como os EUA busca atingir seus objetivos. Esses documentos trazem a tona aspectos polêmicos e também imprime a defesa do ponto de vista Norte Americano.
Ao discursar sobre as políticas intervencionistas adotadas pelo EUA nos outros países Noam cita a seguinte posição de George Kennan, autor do EPP 23, “A resposta final pode ser desagradável, mas... não devemos hesitar diante da repressão policial do governo local. Isso não é vergonhoso, porque os comunistas são essencialmente traidores... É melhor ter um regime forte no poder do que um governo liberal, indulgente, brando e infiltrado de comunistas.” (p.4-5). Essa é uma das maneiras de justificar a intervenção estadunidense como na República Dominicana, em 1963 e 1965; no Brasil, em 1964; no Chile, em 1973; no Irã, em 1953; na Guatemala, em 1954 alem de outros casos onde os governos parlamentares foram derrubados.
Desta forma pode-se atribuir aos EUA como um país contra a “democracia convencional”, pois buscando manter a “estabilidade” em sua área de influencia (A grande área), os Estados Unidos não se utilizam sempre de métodos democráticos, esses mesmos se representarem perigo a estabilidade devem ser eliminados antes que o “vírus” se espalhe.
O posicionamento norte americano como defensor da democracia nada mais é que uma atitude para estabilizar os nervos de sua própria população e justificar medidas tomadas pelo governo. Em outras palavras os EUA na verdade buscam derrubar grupos democráticos, que são como um vírus instalado na sociedade e que trarão desequilíbrio à natural ordem do prevalecimento dos ricos sobre as classes desfavorecidas. Dessa forma por ser a potencia global (na época) sentem-se no dever de extirpar esse vírus, de maneira sutil se possível caso não seja é justificável uma abordagem mais incisiva, que é suavizada com o apoio da mídia.
Vale ressaltar como o papel da mídia tem um importante significado para entender este livro, Noam mostra como a mídia apenas da ênfase aos assuntos que lhe agradam, ou melhor, que agradam aqueles que estão no comando dessa indústria, trazendo à tona a manipulação da imprensa.
Apesar de o livro ter uma peculiar tendência em incitar uma revolta contra as medidas adotadas pelo EUA, pode também confortar um leitor que espere um radical posicionamento nacionalista. Independente disto Noam trás um importante documento que apresentará um ponto de vista distinto dos EUA pela própria visão de Americano.

BIBLIOGRAFIA: CHOMSKY, Noam. O que o Tio Sam realmente quer. Tradução: Sistílio Testa e Mariuchka Santarreta. 2.ed. Brasília: Universidade de Brasília,1999. Disponível em: HTTP://www.tutomania.com.br/livro/o-que-o-tio-sam-realmente-quer-noam-chomsky. Acesso em: 01 de Agosto de2010
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Disotelo 28/09/2021

Denuncias
Grande parte do livro é constituída de denuncias a política externa dos EUA no "terceiro mundo" compreendidas entre o final da segunda guerra e o governo Do Bush pai, no começo dos anos 90. No final surgem uns pequenos ensaios sobre socialismo e mídia.
É um livro curto, direto e fácil de compreender. Eu esperava, pelo título, uma exposição maior dos interesses americanos, mas o autor se foca mais em denunciar mesmo, senti que a denuncia foi feita com honestidade, mas em alguns trechos faltou um pouco de distanciamento, nada tão grave.
A política externa estadunidense é predominantemente tóxica, como todas as outras potências do presente ou do passado, aqui temos um belo resumo desses aspectos negativos. Acho que o mais impressionante são os abusos dos EUA em países frágeis da America Central, como El Salvador, Guatemala e Nicaragua, as intervenções do Tio Sam nessa região parecem muito mais danosas do que as intervenções realizadas aqui na America do Sul, no fim é possível notar que os EUA e a URSS não eram tão distantes em termos de tiranizar o "quintal".
Continuo sendo crítico do regime cubano, mas compreendendo o contexto em que tudo se deu, é fácil entender os defensores da ditadura cubana, os ensaios não se focam em Cuba, mas ajudam a entender o contexto no qual tudo isso se deu.
O ensaio sobre a mídia é o ponto alto do livro, uma explicação breve e lúcida dos problemas da grande mídia.
Não entrou pros favoritos, mas pretendo ler mais coisa do Chomsky assim que a minha agenda literária permitir.
Isadora.Veloso 04/03/2022minha estante
Olá, você poderia me informar em que partes achou que seria necessário o distanciamento do autor ao abordar o tema ? Eu adoraria saber, se puder compartilhar agradeço.




Mariana113 30/12/2023

Livro incrível com situações revoltantes
Livro curtinho e que eu sabia que gostaria muito, pois Noam Chomsky dá o nome pra qualquer coisa que faz. No entanto trás duras verdades e a realidade escondida por de trás da midia, o que não é mostrado referente aos Estados Unidos e seu crescimento, são coisas que você muito provavelmente já sabe, mas a dimensão que é tratada é outra coisa, num outro panorama, que te faz refletir, te deixa com raiva... é tudo um absurdo, mas a intenção do livro é realmente essa: causar indignação, e isso conseguiu com mestria. Livro que recomendo pra todo mundo, sem duvidas
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