Um Estranho no Ninho

Um Estranho no Ninho Ken Kesey
Ken Kesey
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Resenhas - Um Estranho no Ninho


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isabel_fmelo 24/05/2024

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Quantas vivências que podem ser analisadas! Como estudante de psicologia já fiquei imaginando as pautas que devem ser abordadas.
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Vini 20/05/2024

Essa é uma obra completamente cativante, brilhante e povoada por personagens inesquecíveis.
O autor Ken Kesey começou a escrever "Um Estranho no Ninho" em 1959, que foi publicado em 1962 em meio ao Movimento dos Direitos Civis e profundas mudanças na forma como a psicologia e a psiquiatria estavam sendo abordadas nos Estados Unidos. Um dos pontos altos dessa obra literária é fazer o leitor questionar a ideia de "insanidade" que existia na época, se perguntando o quanto isso é uma doença, e o quanto é simplesmente intolerância.

"Um Estranho no Ninho" para mim se destaca em vários pontos, mas os personagens Chefe Bromden e Randle McMurphy são o que há de melhor aqui, pois a fala em primeira pessoa conduz muito bem o leitor ao longo da trama, porém a narrativa é confusa no início até começar a perceber que Chefe Bromden sofre de alucinações.

O nível de detalhe e precisão em que Ken Kesey descreve as emoções de seus personagens são uma das melhores partes da obra. Alguns episódios podem ser desorientadores, alguns momentos me fizeram questionar, não só a sanidade dos personagens, mas a minha própria compreensão da história.

O personagem Randle McMurphy é o que mais carrega a crítica que o autor quer passar, já que ele finge ser louco, em um certo momento ele expressa essa ideia dizendo que o grupo de pacientes na enfermaria, apesar de algumas atitudes, parecem homens normais para ele. É através desse personagem que conseguimos criar uma visão mais clara sobre a crítica do autor.

"Um Estranho no Ninho" nos leva para um manicômio que entrega alguns momentos difíceis de ler. A obra leva o leitor para os tratamentos que esses pacientes recebem como parte de sua "recuperação". Além dos medicamentos, os pacientes também são expostos à terapia de eletrochoque ou, em alguns casos, à psicocirurgia. Uma certa melhora nos procedimentos e seus efeitos é sugerida por alguns personagens quando comparado ao passado, mas ainda assim, alguns deles são perigosos e têm efeitos colaterais graves.

O livro retrata uma ala onde esses tratamentos não são usados apenas para ajudar na recuperação, mas também como punição. A enfermeira chefe, Ratched, tem controle total sobre seu local de trabalho, os pacientes e os membros da equipe, usando sua natureza manipuladora para intimidar a todos.

Ratched não reside em sua crueldade aberta, mas em seus métodos de humilhação e sua maneira impecável de manipular as pessoas para fazê-las acreditar que estão tomando suas próprias decisões, em vez de serem controladas por ela. Ela tem ódio dentro de si, o que a torna impiedosa e produz o medo das pessoas sob sua influência.

A descrição de Chefe Bromden dá a ela traços de monstro e a aponta como agente de Combine. "Um Estranho no Ninho" apresenta um dos personagens mais interessantes que já conheci na literatura, a enfermeira é um vilão bem construído, e pensar que realmente alguns profissionais na época tinha esse mesmo comportamento da personagem achando no direito de humilhar os pacientes.

Eu também gostei da construção do personagem McMurphy, que não é nenhum herói. Ele age de acordo com sua conveniência, sempre tentando obter lucro, uma característica que Ratched destaca sempre que tem a chance, juntamente com a vida criminosa que ele levou antes de ser enviado ao hospital. No decorrer da história, McMurphy passa por uma transformação. Acho que, em um certo nível, ele começa a entender por que os homens se comportam da maneira que se comportam. Ele começa a entender seus medos e a sentir real consideração por alguns deles.

Essa é uma obra completamente cativante, brilhante e povoada por personagens inesquecíveis. Apesar de ser confuso em alguns momentos e ter algumas partes desnecessárias, a narrativa ainda sim é fluida. O autor Ken Kesey entrega uma escrita um pouco exagerada e sua história é o óbvio enredo "homem contra o sistema", mas a sua obra é madura em tudo o que propõem a entregar. Os temas abordados em "Um Estranho no Ninho" permanecem atemporais.

A obra foi adaptada para uma peça de 1963, estrelando Kirk Douglas (que comprou os direitos para produzi-lo para o teatro e cinema) como McMurphy e Gene Wilder como Billy Bibbit. Uma adaptação para o cinema, estrelada por Jack Nicholson, foi lançada em 1975 ganhando cinco Oscar.

Os personagens da enfermeira Ratched e do chefe Bromden aparecem como personagens recorrentes na série "Era uma Vez", onde são interpretados por Ingrid Torrance e Peter Marcin. A Netflix e Ryan Murphy produziram uma série prequela intitulada "Ratched", que segue Sarah Paulson como uma versão mais jovem da enfermeira Ratched.

site: https://www.estantedovini.com.br/post/um-estranho-no-ninho-1
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@emcadacapa 29/03/2024

Clássico que deve ser lido!
Imersivo de uma forma que poucos conseguem!

Um Estranho no Ninho traz a história contada por um narrador bem interessante, acompanhamos o dia a dia em uma ala psiquiátrica através dos relatos de Chefe Bromden, um interno que se finge de surdo e mudo. A narrativa dele é pautada em presente, memórias de seu passado e surtos alucinatórios devido aos abusos da equipe.

Aqui temos uma história difícil em diversas partes, mas também altamente imersiva e viciante. Quando McMurphy se une aos internos e trava uma "queda de braço" com a enfermeira chefe é impossível parar de ler. O personagem McMurphy é daqueles que mudam toda a rotina do espaço onde estão, trazendo caos e explorando diálogos precisos sobre ser são ou não.

O texto traz um bom retrato da época, como eram essas instituições e quais pessoas acabavam internadas lá. O preconceito, a negligência, a crueldade e a total falta de empatia permeiam as páginas desse livro. Traz também uma luz sobre o tema saúde mental, que só agora, anos depois e de forma lenta, está sendo dada a importância devida.

A escrita de Ken Kesey não é de difícil compreensão, mesmo se tratando de uma obra do ano de 1962. Existem momentos de bastante densidade, mas também temos partes super dinâmicas e fluidas.

Um clássico que faz refletir e que, se possível, deve ser lido antes de assistir a adaptação de 1975. Caso seja do interesse do leitor existe também uma minissérie baseada na personagem Ratched, na Netflix.
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Caco 28/03/2024

Um estranho no livro
Obra bem-quista e aclamada pelos norte-americanos, Um Estranho no Ninho é um romance envolvente num agradável enredo em que o narrador da história é um surdo-mudo. Entrementes, consideremos a adaptação cinematográfica realizada por Milos Forman. Se você acaso já assistiu e sente a necessidade de ler o livro, um adendo, não leia.

A adaptação feita para as telinhas foi tão bem construída que em algumas partes na qual considero sem relevância ao enredo foram retiradas do resultado final, sendo assim, a película consegue transmitir toda a mensagem contida no livro.
Em suma, a enfermeira Ratched foi tão bem explorada por Louise Fletcher no filme que curiosamente ganhou até uma série na Netflix cuja temática é a história de origem dela no sanatório.
Vale ressaltar que o autor Ken Kesey não soube conduzir a figura de Ratched na trama literária com a mesma eficácia do diretor tcheco Milos Forman.
Para concluir, o livro será mais agradável para aqueles que não têm qualquer conhecimento sobre o enredo.

É mais fácil se identificar com os personagens do filme, logo me senti um estranho no livro.

Nota: 9,07 (0 a 10,5)
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Leticia.Fernanda 03/12/2023

Gostei bastante. Foi um Mix de sentimentos do início ao fim, me recordou uma parte da infância na qual somos crianças travessas na escola, e temos medo das consequências quando somos levados para sala da diretora. Essa parte é bem leve! Porém tem a parte sombria do livro sobre os tratamentos usados nessas instituições para pacientes insanos na época.
Os tratamentos (punições), deixam aquele sabor de desconforto e o injustiça....
Vale a pena lê... recomendo.
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Gi Santos 19/10/2023

Um Estranho no Ninho é um romance interessante. A história é ambientada em um hospital psiquiátrico e gira em torno de Randle McMurphy, um prisioneiro que finge insanidade para escapar do trabalho na prisão e acaba sendo transferido para a instituição, mas a narrativa é do Chefe Bromden, um paciente que simula ser surdo e mudo e que observa o mundo ao seu redor.

A obra é uma crítica à desumanização dos tratamentos psiquiátricos da época e à institucionalização excessiva dos pacientes. Kesey utiliza a metáfora do hospital para questionar a autoridade e o conformismo na sociedade. É uma leitura impactante e provocativa, que levanta questões sobre a liberdade individual, o poder institucional e a identidade. Kesey aborda temas profundos, como a loucura e a sanidade, de uma maneira que desafia o leitor a refletir sobre o que é considerado normal e quem são os verdadeiros "loucos" na sociedade.
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Samantha.Facincani 10/07/2023

Totalmente Caótico
A história é contada do ponto de vista de um dos pacientes, o Chefe Bromden. Entretanto a personagem principal é um preso que finge ser um louco para fugir de sua condenação, Randle P. McMurphy. Ele pensa que sua vida se tornará mais fácil por estar em um hospital, mas percebe que o hospício pode ser infinitamente pior que a prisão, já que os pacientes estão sob a tutela da perversa enfermeira Mildred Ratched.

Uma narrativa caótica, delirante e por muitas vezes "sem sentido", que evidencia a precariedade dos tratamentos psicológicos à que a sociedade esteve submetida durante os psicodélicos anos 60.

Uma leitura interessante, por vezes cansativa, mas de uma grande importância como crítica aos sistemas de saúde que não respeitavam pessoas que buscavam guarida da sociedade nos hospitais psiquiátricos, por serem considerados inseguros, ansiosos, esquisitos, loucos ou qualquer outro tipo de definição.

Vale ressaltar que pela condição de submissão de todos os pacientes, Randle é a figura conflitante que busca a liberdade. Ele instiga nos outros a rebeldia e faz com que os pacientes despertem de seu torpor, enfrentando a tão famigerada enfermeira. Para evitar perder o controle do seu pequeno reinado, a Srta Mildred faz de tudo para que Randle arque com suas atitudes e sirva de exemplo para os demais.

Com um final surpreendente (pelo menos pra mim foi, pois não assisti ao filme nem havia lido nada a respeito) posso dizer que a liberdade foi alcançada por todos aqueles que decidiram optar por ela.

Boa leitura e boa diversão.
??
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Peterson Boll 16/05/2023

Inevitável
Por mais que se tente, inevitável comparar ao filme (até a capa da edição nacional o fez), mas apesar da base da estória ser a mesma, ela é substancialmente diferente; no filme o narrador está em terceira pessoa, no livro o narrador e protagonista é o chefe Bromden, que permeia a obra com visões e analogias (que algumas vezes beira a uma digressão entediante), em um grande manifesto pró-causa indígena (que absolutamente some no filme). A edição que eu li é antiga (creio que da década de 70, não informa a data) e é permeada de termos racistas e homofóbicos (não li o original e creio que o tradutor para o português tenha preservado a conotação em inglês), então pode assustar algumas pessoas.
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Nati Sampaio 16/03/2023

Eu não imaginava que ia gostar tanto desse livro. Até porque, o começo dele me pareceu bem arrastado e sofrido de seguir em frente. Mas a partir da segunda parte, foi super fluido e me prendeu muito.
Mas vamos lá: o livro é separado em 4 partes, e é contado em 1a pessoa pelo sr. Bromden, um velho índio que se fingia de mudo no hospital. O livro se passa no Hospital Psiquiátrico e é comandado pela sádica enfermeira Ratched, que por sinal é uma pessoa horrível.
Temos como nosso personagem principal e herói o McMurphy, um sentenciado pela justiça.
O livro traz muitos questionamentos interessantes sobre várias questões, mas principalmente como os homens são ?quebrados? pela sociedade, e o quão ?pequenos? eles podem se tornar. McMurphy muda muita coisa nesses homens, através da risada, do bom humor e da auto confiança.
O livro também critica alas psiquiátricas e os tratamentos absurdos da época, assim como o sadismo das enfermeiras, e a pouca alegria das pessoas que lá vivem.

Não posso esquecer de mencionar que há várias (várias mesmo) passagens racistas e machistas na obra, e isso não pode ser ignorado. Por muitas vezes me vi irritada com o autor, momentos esses que nem mesmo o contexto da época me fez relevar. Não dá para ignorar.

Ainda assim, levando em consideração o contexto do autor - época e lugar em que viveu - é um livro incrível, muito bem escrito e que traz grandes reflexões interessantes. Não à toa teve um filme maravilhoso como sua adaptação.
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purestxheroine 14/10/2022

um voo de ganso por cima do ninho do cuco
lembro-me de que estava dando passos enormes enquanto corria, parecia que tomava impulso e flutuava durante muito tempo antes que meu outro pé batesse na terra. eu me sentia como se estivesse voando. livre.
Mariana 14/10/2022minha estante
Nossa, li faz tantos anos! Que nostalgia! Marquei vários trechos desse livro fazendo paralelo com a sociedade!




Priciliana0 01/10/2022

Favoritado!
Conhecia o filme apenas, mas a leitura da obra me fez gostar mais ainda da história, até mesmo a certa "apatia" superficial do Brodem como narrador/observado deixa tudo ainda mais verossímil, dramático e cômico em certos pontos.
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Wesley 25/09/2022

Fora do habitual
O livro é muito bom, construiu uma narrativa, com uma história totalmente diferente do que estava acostumado a ler, cheio de reviravoltas e algumas partes engraçadas, mas sem perder o foco, o livro tem uma pitada de comédia(pelo menos pra mim), ao mesmo tempo que o personagem principal é totalmente calculista sobre suas ações, fazendo perecer que era algo que tinha acontecido ao acaso... Enfim, um ótimo livro.
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