Um Estranho no Ninho

Um Estranho no Ninho Ken Kesey
Ken Kesey
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Resenhas - Um Estranho no Ninho


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DaniM 11/03/2020

O livro é de 1962, o filme é de 1975. Eu amo tudo nessas obras - o título (one flew over the cuckoo’s nest), os personagens, a temática, a dinâmica, o final surpreendente - tudo.
O assunto me fascina, pois o olhar sobre como as sociedades tratam seus ditos loucos me é muito caro. As doenças que já foram ‘de hospício’, a própria existência dos hospícios, a dificuldade de se lidar com o diferente, a resistência com o que está fora do padrão, assuntos fascinantes e que não envelhecem, pois ainda hoje não sabemos – como sociedade- como lidar, tratar, conviver ou reagir a várias doenças mentais ou até mesmo a comportamentos inusuais.
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Lipe 28/02/2020

Essencial para profissionais da saúde mental
A obra nos conta como um malandro de rua chamado McMurphy, que alega loucura para fugir do sistema penal comum dos EUA, tenta transformar o dia a dia do hospital psiquiátrico que ele é internado.
O narrador é o índio Bromden, um dos pacientes mais antigos do hospital e que finge ser surdo. Vemos tudo o que acontece no livro sob sua ótica.
Durante todo o livro uma batalha moral e ideológica é travada entre Murphy e a temível e calculista enfermeira chefe Hatched.
Os personagens do livro são muito carismáticos e a estória é super interessante de se acompanhar. Muitas reflexões podem ser feitas a partir do livro, principalmente pra galera que quer trabalhar com saúde mental. Indico fortemente!!!
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João Lucas 18/02/2020

Agora só falta ver o filme
O livro é ótimo. Ri em vários momentos e em outros fiquei refletindo sobre como seria dentro de um centro psiquiátrico e me perguntando se realmente as pessoas não têm direito a se divertir. Vale a pena a leitura.
Sandro.Gomes 26/02/2020minha estante
Um grande filme.
Interpretação excelente do Jack Nicholson.
Falta eu ler o livro.




Junior.Paris 15/02/2020

Excelente história
Sensacional o livro, mostra claramente a linha tênue entre a sanidade e a loucura, o sadismo descabido e a manipulação vindo de onde jamais deveria vir, uma leitura muito boa que elucida alguns questionamentos sobre sanidade ou não, pontos de vista diferentes de uma perspectiva e as causas e escolhas de algumas pessoas, baita livro com, aflição, luta pela liberdade, escolhas e redenção, dentre muitas outras coisas.
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Maitê 13/05/2019

Um livro sobre o estranho, também sobre um estranho em um ambiente cheio de familiaridades e rotinas. Esse estranho é aquele que quebra, que transgredi, o do mal estar e o do não familiar.
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Sunamita Conti Santos 30/12/2018

Um estranho no ninho: liberdade e insanidade
“Um estranho no ninho”, famoso na contracultura americana, foi o romance que tornou mais conhecido o autor Ken Kesey, americano nascido em 1935, na cidade La Junta no Colorado, EUA. A obra foi inspirada nas próprias experiências do romancista enquanto esteve trabalhando num hospital para veteranos, como também na troca de experiências que vivenciou como monitor num hospício de São Francisco.
Narrada em primeira pessoa pelo Chefe Bromden, o livro conta a história do protagonista R. P. McMurphy, um preso que se livra de uma condenação fingindo passar-se por louco.
O enredo começa quando McMurphy é internado num hospital psiquiátrico, sob a tutela da enfermeira Ratched, a impiedosa Chefona, responsável por comandar os internos com suas sessões de terapias, rigorosas eu diria, e também com o uso de eletrochoque.
Demorei um pouco para engatar na leitura, principalmente porque no começo senti certa reserva a respeito de McMurphy, seu jeito “esperto” e fora da lei de ser, deixaram-me num estado de repúdio. Mas, com o decorrer do enredo, a postura deste protagonista, até mesmo todo o seu sarcasmo, acabou por chamar minha atenção.
Aos poucos, McMurphy foi percebendo que o ambiente do hospício poderia ser pior que a prisão. Desde sua entrada, começou a perceber os erros que permeavam aquele lugar, desde o controle comportamental dos pacientes pelas sessões terapêuticas da sádica Chefona, os tratamentos de choque, os dopamentos constantes, até à lobotomia.
Nesse ambiente envolto por pacientes inseguros, dopados, controlados e infelizes, McMurphy com toda sua postura altruísta e empática, fará suas tentativas de tornar o lugar um pouco mais livre para os pacientes, mesmo que para isso seja necessário enfrentar a Chefona. Certamente, o fato de ele ser o estranho naquele ninho, possibilitou essa percepção da realidade dos internos e do tratamento rígido e desumano daquela instituição, o que o levou a expressar seu espírito altruísta, batendo de frente com as leis internas daquele lugar e persuasivamente contribuindo para que os pacientes tivessem um pouco da autoconfiança e alegria restauradas, causando assim uma reviravolta naquele lugar.
Com seu estilo literário e com sua bagagem histórica, Ken Kesey nos apresenta uma crítica autêntica a respeito do funcionamento dos hospitais psiquiátricos daquela época, entre os extremos da liberdade e da loucura, e nos brinda com essa obra prima que é, sem duvidas, uma viagem ao interior da mente humana.

"Sabe, esta foi a primeira coisa que me chamou a atenção com relação a este lugar, ninguém rindo. Eu não ouvi uma única risada de verdade desde que entrei por aquela porta, sabe disso? Cara, se você perde a sua risada você perde o seu ponto de apoio."
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Yuri410 18/12/2017

RANDLE PATRICK MCMURPHY: MESSIAS MERCENÁRIO
Clássico do movimento de contracultura que marca as entranhas da filosofia norte-americana na década de 60, Um Estranho no Ninho é uma história que aborda sobretudo a saúde mental e o modo como as pessoas com deficiência eram marginalizadas nos manicômios, acompanhados por profissionais que trabalham através de técnicas sádicas como a lobotomia e o eletrochoque. Nessa época estava em voga o método behaviorista de vigia e controle de comportamento, uma intensificação da frieza e da crueldade a que os pacientes eram submetidos nas mesmas instituições. Narrada sob a ótica do Chefe Bromden, mestiço indígena de dois metros e que aparentemente é surdo e mudo, além de ser tratado como um doente crônico. Provando sua lucidez e perspicácia, o nativo narra a chegada de Randle Patrick McMurphy ao Hospital Psiquiátrico de Oregon e os confrontos que o corpulento e ruivo irlandês de temperamento rebelde e marcial, e detido por estelionato e estupro, causa contra a autoritária e manipuladora enfermeira Mildred Ratched, inúmeras vezes mencionada na narrativa através da alcunha de "Chefona". O rebelde e astuto McMurphy, espirituosamente interpretado por Jack Nicholson na clássica adaptação cinematográfica vencedora de cinco estatuetas do Oscar (Melhor Filme, Direção, Melhor Ator e Atriz e Melhor Roteiro Adaptado), é considerado como um messias para os demais pacientes por subverter aos poucos a ordem vigente da instituição. Dessa forma ele entra em constantes atritos com a "Big Nurse" (que, além de maravilhosamente interpretada pela Louise Fletcher, também será a próxima atuação da Sarah Paulson em na série Ratched, produzida pelo Ryan Murphy-o mesmo criador de American Horror Story e American Crime Story, que também contam com a presença da atriz-e distribuída pela Netflix em 2018), atritos esses que resultam em circunstâncias trágicas no final para ambos. Esse livro requer toda a paciência e perseverança do leitor no início, pois ele começa de forma lenta e branda. Porém, se esse mesmo leitor tiver curiosidade em continuar a leitura, ele certamente será recompensado a partir da segunda parte, com uma trama recheada de intrigas, críticas realistas tanto ao sistema de assistência social norte-americano quanto ao "American way of life" e alusões a jogos de poder.
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Gustota 25/11/2017

McMurphy, o Cristo do manicômio.
Um Estranho o Ninho é um livro famoso na contracultura americana, fazendo parte da tríade sagrada beatnik, juntamente com "On the Road" e "Howl". Era o que me faltava ler e, surpreendentemente, foi o que mais gostei.
Ele não começa exatamente empolgante nem te faz gostar do estranho golpista que adentra o Hospital Psiquiátrico de Oregon. McMurphy, diferente do Jack Nicholson que o imortalizou no cinema, é um alto, corpulento e ruivo irlandês. Trambiqueiro, estelionatário e agressor que escapa do presídio convencional para cair num lugar muito pior.
Estamos entre os anos 50 e 60 e está em alta o método behaviorista de vigia e controle do comportamento. As rotinas são reguladas com uma crueldade sádica disfarçada de cuidados médicos.
Sabemos de toda rotina do local pelo Chefe Bromden, um mestiço indígena com mais de dois metros de altura que age como surdo-mudo e é tratado como estúpido e doente crônico por todos, a despeito de ser um sujeito mentalmente e fisicamente saudável, A chegada de McMurphy e sua atitude libertária contra o behaviorismo evidencia lentamente as engrenagens do poder e a forma como os sujeitos ali presentes são mantidos em estado letárgico para garantir a existência e os empregos daqueles que ali estão os cercando.
A autoridade é representada na figura da Big Nurse" Ratched, responsável pela instituição e a que tenta a todo custo manter o status quo e desdobrar os internos às normas. Os confrontos de poder entre ela e McMurphy, inicialmente por coisas simples, como mais horas de jogos, acesso aos cigarros, assistir um jogo de beisebol, logo plantam a semente da rebeldia nos corações dos internos. Indivíduos tidos como maníacos ou socialmente ineptos pouco a pouco vão ganhando pequenas migalhas de dignidade humana.
O livro vai transformando um a um os internos, na voz do Chefe Bromden; ele próprio lembrando como parou de falar, uma vez que os brancos que compraram as terras de sua família sequer ligavam para se ele falava ou não e como ele reencontra sua identidade a partir do espírito livre de McMurphy. Isso até o seu auge, quando os internos, a despeito de todas as sabotagens da enfermeira Ratched, conseguem sair para ir pescar. É nesse momento em que pouco a pouco encaram a sociedade, as provocações dos pescadores e dos frentistas no posto de gasolina, e quando têm sucesso na pescaria e são aplaudidos pelos "sãos" é que eles se revoltam contra a instituição da letargia. Sabemos que esse será o início de seus fins. Acho que essa passagem da pescaria se tornou uma das minhas passagens favoritas de toda literatura que já li.
McMurphy é uma espécie de Cristo moderno, há várias metáforas que sugerem isso, como quando quebra o vidro em paralelo com a revolta de Jesus no templo, ou quando vai pescar com seus "apóstolos" ou quando é "crucificado" na lobotomia, fazendo inclusive analogia à Cristo. É um personagem que começamos odiando para terminarmos amando e chorarmos com seu destino, seu fracasso contra o sistema é como o fracasso de toda uma geração.
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Antonio Maluco 03/09/2017

Emocão a 1000
legal o livro e espero que o filme seja legal
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Cláudia 09/02/2017

O Alucinante e Sensacional
Mais um querido para a conta!
"Um estranho no ninho", de Ken Kesey, da BestBolso era mais um daqueles livros que já estavam criando raízes na minha estante.
Fazia anos e anos que estava lá, só me observando, e eu, nada! Até que num belo dia de sol resolvi tirá-lo do seu aconchego e colocá-lo num lugar melhor: minha mesa de cabeceira, também conhecida por criado-mudo!!!
Promovi ele de cargo e lá fomos nós. Começamos então o nosso relacionamento. E eu, como sempre, torcendo para dar certo.
A primeira parte parecia que o negócio ia desandar. Não me parecia que ia dar certo. Não via futuro naquilo. Foi um único capítulo, longo, longo, longo. Imaginem: um único capítulo que quase 200 páginas. É de chorar. E além do mais é meio massante, cansativo. Muita informação com pouca ação. Ufa! Quando chegou as demais partes, a coisa mudou totalmente de angulo, andou de uma maneira frenética, alucinante. Foi que foi!
As páginas anteriores, a primeira parte, aquela que demorei cerca de uma semana para acabar, ficou pequena diante do resto do livro, as outras 300 páginas terminei em dois dias!
A primeira parte é muito informativa, chega, é verdade, a cansar; mas não desistam do livro. Ele é bom demais, louco demais, irônico demais. Tudo é mais!
"Um Estranho no Ninho", é um clássico da contracultura que retrata os psicodélicos anos 60.
O romance de Ken Kesey é inspirado em suas próprias experiências quando participou de pesquisas com drogas psicoativas no centro psiquiátrico do Menlo Park Veterans Hospital, Califórnia. O livro tem como protagonista R. P. McMurphy, um preso que escapa da condenação fingindo-se de louco. McMurphy é então internado em um hospício, sob a tutela da sádica Chefona, a enfermeira Ratched, que comanda os internos com suas rigorosas sessões de terapia e eletrochoque. Aos poucos McMurphy percebe que o hospício pode ser muito pior que a prisão, e nesse novo universo cercado por pacientes inseguros, ansiosos e constantemente dopados ele vai tirando suas próprias conclusões, criando seus laços de amizade e companheirismo.
São pessoas que buscaram refúgio da sociedade no hospício. Um livro louco, mais muito real. E atual!
É uma história sensacional. É engraçado. É forte. Faz rir e chorar. Você consegue se infiltrar nesse universo. E vai sair de lá levando na bagagem muito mais que somente lembranças. Pode acreditar.
Recomendo muito.

site: http://umolhardeestrangeiro.blogspot.com.br/2016/09/o-alucinante-e-sensacional.html
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Israel145 23/10/2016

R. P. McMurphy é um malandro inveterado com uma longa ficha criminal que se faz passar por maluco para conseguir sair da penitenciária agrícola onde cumpre pena por briga e desordem. Ao entrar no sanatório achando que vai se tornar o rei do pedaço, dá com os burros na água ao ver que o local é rigorosamente controlado pela chefona, a enfermeira Ratched.
No livro de Ken Kesey, nada mais lisérgico que a atuação de Mc Murphy para “dominar” o lugar.
São os anos 60 e a combinação de personagens que mais parecem saídos de uma animação da Hanna-Barbera combina muito bem com o clima transgressor e revolucionário da época. Narrado pelo chefe Vassoura, como é conhecido o índio Bromdem, as peripécias de McMurphy regadas a jogatina, apostas, manipulação e uma guerra fria com a chefona colocam o sanatório de pernas pro ar.
Ken Kesey caracterizou muito bem as personagens, por ter sido ele mesmo voluntário em pesquisas de drogas psicoativas, fazendo os personagens do livro se tornarem marcantes e críveis durante toda a história.
Além disso, criticou o tratamento desumano dispensado aos pacientes, muitos deles voluntários e fugitivos da sociedade.
O livro marcou época e foi magistralmente adaptado pro cinema pelo diretor Milos Forman (Amadeus) com Jack Nicholson no papel principal.
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Cilmara Lopes 15/07/2016

Ainda bem que não desisti!
No início não foi fácil, afinal Ken Kesey não era um escritor, e sim um estudioso.
Trabalhou no centro psiquiátrico Agnew, localizado em San Jose, na Califórnia, se submeteu inclusive a uso de drogas alucinógenas, à partir daí a ideia do livro surgiu.
McMurphy para se livrar da prisão se finge de louco e acaba sendo encaminhado a um hospício.
Tal instituição tem como enfermeira chefe a Srta.Randle, conhecida por todos pacientes como "Chefona" , ou como prefiro denominar Srta. Hitler, sério gente, essa mulher é o cão. Fazia tempo que não sentia tanto ódio de um personagem. Uma mulher ranzinza, manipuladora, intolerante, extremamente fria, falsa entre tantos outros adjetivos abjetos que a definem.
McMurphy e Chefona vivem como Tom e Jerry, pois ele é àquela pessoa que não aceita ordens e liderança de forma alguma, e inicia-se uma guerra, neste momento o livro ganha um impulso que você se surpreende com a qtde lida em tão pouco tempo.
Em todo esse percurso, conhecemos vários outros personagens, que Kesey soube construí-los de forma cativante.
Torcemos para o sistema arcaico desse hospital cair por terra, afinal McMurphy tem potencial para iniciar tal façanha.
O livro contrapõe a todo momento o que realmente é o bem e o mal, o que é louco e o que é são e o peso que a sociedade traz para muitos.
Uma temática totalmente diferente do que estava acostumada a ler, vale muito à pena! E o final segura bem todo o enredo de forma brilhante deixando o leitor inquieto.
Como faz tempo que assisti o filme, vou ver novamente hoje. E torno a afirmar que o elenco está excelente, ressaltando que Jack Nicholson está incrível, o filme não seria tão bem apresentado sem ele. (Mesmo sabendo que Kesey preferia Gene Hackman.)
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Kl 27/12/2015

Desinteressante.
"Slice of life" desinteressante, repetitivo e previsível.
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Rafa 11/10/2015

O livro tem como personagem principal Randle Patrick McMurphy, um malandro legítimo, que após ser preso, se passa por louco para ir para um hospital psiquiátrico.

Randle Mucmurphy observa toda a rotina monótona do manicômio, suas regras e como os seus pacientes eram submissos (coelhos) a elas não sendo capazes de dar uma risada. Murphy apresenta toda a sua irreverência, molecagem e consegue levar alegria para os integrantes do hospital, que sofriam constantemente com o autoritarismo da enfermeira Ratched.
Murphy era "duro de roer", infringia as normas e ditava as regras. Sua paixão era o pôquer, era bom com as cartas, e desafiava qualquer valentão que fosse melhor do que ele em alguma jogatina.
O livro aborda como os mecanismos da sociedade funcionam de maneira a eliminar os membros indesejáveis para estimular os outros, a exemplo das punições sofridas pelos pacientes do hospício, como agressões físicas, tipo choques elétricos, lobotomia e emocionais, como forma de coibir os demais que desejassem desobedecer às regras daquele lugar. O livro também discute com suavidade os ditames da sociedade e a exclusão daqueles que os desobedecem.

Adorei a capa, que faz menção a um monte de palitos de fósforos usados, queimados e sem valor nenhum e no centro da capa (Murphy), com seus cabelos ruivos pronto para ascender todos os palitos esquecidos e quebras as regras do jogo.
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28/05/2015

O que acontece quando você ousa ser diferente e questionar um sistema que se encontra solidificado há anos, décadas?

Quem nos conta o que acontece dentro do hospital psiquiátrico é o Bromden, um índio internado por esquizofrenia (o que vai te deixar bem confuso em relação à narrativa dos fatos), que se finge de surdo para continuar bisbilhotando o que acontece na ala das enfermeiras. Ele varre o dia inteiro e isso é uma desculpa plausível para estar na presença dos funcionários, já que se acostumaram com ele sempre limpando o lugar.

Bromden vai nos contar sobre o dia em que o McMurphy aparece. Ele foi preso por sedução de menor e agressão e finge ser louco para ser transferido ao hospício, afinal, a vida parece muito melhor lá, não é mesmo? Comida boa, cama macia e aparentemente ninguém te importunando. Aparentemente, porque entra em cena a Sra.Ratched, a chefe das enfermeiras, uma mulher sádica que tem a missão pessoal de manter o sistema como ele é, com métodos atrasados de eletrochoque e lobotomia. Além disso, ela é extremamente manipuladora e não está interessada na recuperação dos pacientes, mas sim no controle deles.

A partir da chegada de McMurphy tudo vira de cabeça para baixo. Ele já chega causando com todo o seu carisma - conversa com cada um, faz apostas, exige coisas, dá ideias - mas principalmente: questiona. Por isso acaba se tornando o inimigo número um da Chefona e assim começa o jogo de poder entre os dois.

O final do livro você fica digerindo por dias. É ao mesmo tempo triste e esperançoso. Um tapa na cara, um grito para te acordar.

Você compreende que o hospício acaba parecendo um pedacinho do mundo real, do “nosso” mundo, fazendo com que a mensagem do livro vá muito além daquele cenário e levanta a questão: quem é louco, afinal?
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