Um artista do mundo flutuante

Um artista do mundo flutuante Kazuo Ishiguro




Resenhas - Um Artista do Mundo Flutuante


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Karina.Sasaki 22/11/2020

Gostei muito da experiência de ter lido, a tradução foi impecável, pra mim fez toda a diferença o tradutor ter deixados algumas palavras como "oji", "sensei", "obasan", em japonês. Foi um livro que eu tive vários pensamentos e conversando com outras pessoas, percebi que poderia ter várias interpretações. Mas acho que por eu saber que o autor* ganhou um prêmio Nobel de literatura (eu nunca tinha lido antes), eu estava esperando que seria o livro da minha vida, mas não foi bem assim. Foi uma leitura fluida, mas não me prendeu taaanto.
Krishna.Nunes 03/03/2021minha estante
Não é um livro que ganha o prêmio Nobel de Literatura, mas sim o autor. O prêmio não é por uma obra específica.


Karina.Sasaki 12/03/2021minha estante
ah sim. deixo a minha retificação.




Aegla.Benevides 23/12/2021

Leitura sem muitos acontecimentos
Em ?Um artista do mundo flutuante? (1986), Masuji Ono, o protagonista, embarca em uma viagem ao passado ao negociar o casamento da filha mais nova. Ono foi, durante a Segunda Guerra Mundial, um famoso pintor que fugiu do tradicionalismo japonês e utilizou a produção propagandística a favor do seu país. Com a culpa que carrega pelos posicionamentos políticos da época, a reputação que construiu e um pouco de saudosismo, ele recria acontecimentos dos seus anos áureos em uma monótona, mas interessante narrativa.

Sem dúvida nenhuma, Ishiguro tem uma forma única de falar sobre o tempo. Embora o livro em questão não possua um clímax, a história se desenrola de maneira marcante ? palavras de quem pausou a leitura por dias diversas vezes e conseguiu retornar sem precisar ler as últimas 20 páginas para entender o que estava acontecendo. Foi uma boa e cativante primeira experiência com o autor e definitivamente pretendo conhecer mais da sua escrita.
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EduardoCDias 22/01/2023

A arte e aguerra
O Japão pós-guerra se reergue com o trabalho de sua população, que engole sua derrota, se reinventa e assimila uma nova forma de viver, mantendo as tradições. Um pintor de renome, com alguma nódoa no seu passado da guerra, se preocupa com o futuro da filha mais nova que ainda não se casou, ao mesmo tempo que convive com os problemas da idade e recorda seu passado.
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Diego Almeida @diegoalmeida999 11/08/2021

Tive muitas reflexões sobre o tempo e o papel de cada um
ORELHA DO LIVRO: Masuji Ono, protagonista e narrador deste primoroso romance do vencedor do prêmio Nobel de literatura, é um homem de seu tempo. Pintor de grande renome do Japão antes e durante a Segunda Guerra Mundial, ainda jovem Masuji desafiou o pai para seguir a vocação artística e, durante seu desenvolvimento criativo, lutou contra as amarras da arte tradicional japonesa para dar lugar a uma produção propagandística a serviço de seu país. Usando a influência de que gozava perante as autoridades do governo imperial, Ono buscava ajudar pessoas de bem em situações menos favorecidas do que a sua.
Ambientado nos anos imediatamente após a rendição, o romance descortina a vida de Masuji já aposentado, procurando entender as mudanças vividas pelo país e impressas na mentalidade da geração mais jovem, da qual fazem parte suas duas filhas. Ao procurar entender por que as negociações para o casamento da mais nova delas foram abruptamente interrompidas, o protagonista se vê levado a rememorar sua vida de artista e professor respeitado e a enfrentar a consequência dos próprios atos no destino de seus descendentes.
Retrato comovente de um momento histórico cujos desdobramentos se veem até os dias de hoje, Um artista do mundo flutuante é também um poderoso romance sobre a velhice, a culpa e a passagem do tempo.
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Cibele 03/08/2022

Chato
Chatinho, foi um parto acabar esse livro. Sensação que não aconteceu nada :( acho q minhas expectativas estavam muito altas
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Nathalia 18/07/2022

Um artista do mundo flutuante, Kazuo Ishiguro.
Na narrativa de 'Um Artista do Mundo Flutuante', de Kazuo Ishiguro, ao contrário de um enredo comum, nos deparamos com o simples, embora tortuoso, processo de Masuji Ono, um pintor japonês aposentado, de entender e se colocar entre as diversas mudanças culturais à sua volta (daí a imagem de um mundo que é flutuante), estas marcadas não só pela nova paisagem de uma nação derrotada e, de certa forma, invadida na Segunda Guerra Mundial, como também pelo trauma e o peso de uma memória coletiva dolorosa. Seguindo por esse caminho, iniciado pelas negociações do casamento de sua filha mais nova, Ono coloca em perspectiva todas as suas escolhas e atitudes pregressas, interpelando-se acerca de sua própria participação, enquanto propagandista, nesse passado sombrio e procurando lidar com as consequências de sua parcela de responsabilidade por uma causa – o nacionalismo - que acabou por se mostrar danosa.

Partindo dessa premissa, além de discutir a respeito do papel da arte - o que ela deve ser, qual é a sua influência no mundo real e qual o lugar do artista nele - este é um livro sobre memória, seja individual ou coletiva, e trauma. Nesse sentido, é também uma reflexão do autor a respeito do Japão que se reconstrói depois da Guerra e do reconhecimento dos crimes cometidos nesse período em nome de valores como o nacionalismo e a tradição. Pensando por esse ângulo, ele discute uma questão essencial – e, de certa forma, universal – no período pós Segunda Guerra Mundial: a responsabilização. Ono confronta a si mesmo com suas memórias e o peso de ter sido não apenas conivente, mas, sobretudo, apoiador e participante desses crimes por meio de seu trabalho propagandista e da perseguição a ‘elementos antipatrióticos’ na arte.

À vista disso, muitas de suas memórias são perpassadas ora pela culpa, ora pelo saudosismo e conforto, o que chama a atenção para a inconfiabilidade de Ono como um narrador, dada a natureza segmentada de suas lembranças – marcadas por deslocamentos, esquecimentos e confusões – e sua subjetividade na revisitação a eventos e personagens específicos de sua vida, guiada não só por emoções variadas, como o rancor, o pesar e a nostalgia, mas também por sua necessidade em se explicar e escusar pelos erros cometidos; isso é evidente, por exemplo, nos momentos em que ele relativiza seus erros ao afirmar que foram cometidos por boa-fé e convicção sincera em um ideal.

De forma geral, é uma narrativa simples que usa da sua singeleza e da complexidade de personagens reais e fragmentados para levantar questões amplas e importantes.
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bellaslivros 17/06/2023

Diferente
O livro de Kazuo Ishiguro pode enganar quem olha seus títulos e as capas pensando que podem ser histórias mais brandas. Nas verdade Ishiguro traz questões muito densas neste livro.
Nele acompanhamos os pensamentos e vida de um artista que foi de grande renome na campanha patriótica do Japão, durante segunda guerra mundial. Assim o livro passa em dois tempo do protagonista dele jovem com os seus sonhos e virtudes. E ele idoso preocupado com as ações no passado o que poderia causar problemas para a sua filha.
O livro retrata bem os conflitos internos do protagonista do que é moral ou não, se foi bom ou não.
Adorei o livro, não darei 5 estrelas por não ser algo que costumo ler, então me causou alguns momentos de insatisfação.
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Patricia 01/11/2020

A vida contada sobre a perspectiva de um idoso que viveu em um momento delicado da história e agora tem que lidar com os conflitos entre as gerações. Vale muito a pena a leitura.
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Felipe 07/05/2020

Interessante
Achei o livro bastante interessante, e a algum tempo queria ler alguma coisa do autor, e por eu ter achado o título muito interessante decidi começar por ele mesmo.
Bom, a história não é muito complexa de se entender, pois basicamente são relatos de certos momentos da vida do protagonista Ono, que era um artista plástico de grande renome na época dele. O pano de fundo que tem maior influência nos relatos, é situação de pós guerra no qual o Japão se encontra, então é através dessa situação que vai sendo contado esses relatos, que vão desde de como o Ono se tornou esse artista famoso, situações familiares, e a grande transformação que o Japão sofreu devido à influências do mundo ocidental.
Sinceramente eu fui desgostando cada vez mais do protagonista no decorrer da história, porque parecia que ele tinha a necessidade de inflar o próprio ego pelo simples fato de ter tido grande influência na vida de muitas pessoas que ele ajudou, e isso foi bem chato. Além disso, ele ainda queria ter a razão o tempo todo, e enquanto ele contava essas histórias, parecia que ele estava destratando todo que não tivesse o talento igual ao dele.
Mas, apesar de tudo, foi uma leitura leve e uma boa experiência que tive em relação a cultura japonesa, e escrita do autor colaborou muito para isso.
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edineideo 19/03/2021

Não é Ruim Experimentar
Livro: Um Artista do Mundo Flutuante
Título Original: Na Artist Of The Floating World
Autor: Kazuo Ishiguro
Editora Companhia das Letras, 2018, 1ª edição, 225 páginas.
Literatura: Japonesa em inglês
Gênero: Ficção

A obra aborda as consequências da 2ª guerra mundial, o período de transição sob o ponto de vista de quem não foi à guerra, incorporada da cultura familiar japonesa, casamento, influências ocidentais, reflexões do passado, escolhas, conflito entre as gerações.

“Quando a gente é jovem, muitas coisas parecem chatas e sem graça. Mas ficamos mais velhos e descobrimos que essas são as coisas mais importantes.” P. 53

Narrado em 1ª pessoa, Masuji Ono, idoso, aposentado, pintor de renome durante a guerra, apresenta a história da sua vida, através de memórias fragmentadas, nostálgicas, misturadas ao presente.

“Existe certamente uma satisfação e uma dignidade que se conquista ao encarar os erros que cometemos no curso da vida.” P. 137

Apesar da ambientação intimista e escrita elegante, o protagonista não me cativou como eu esperava, achei ele meio arrogante e isso me desanimou um pouco.

“Não é preciso olhar as coisas sempre dos cansativos ângulos de sempre.” P. 152

As questões da juventude x velhice, modernização x conservadorismo, culpa, lembranças, as escolhas que fazemos e suas consequências diretas e indiretas na vida familiar... a sutileza com que são tratadas pelo autor, achei muito interessante.

“Não, não é ruim experimentar. Faz parte de ser jovem.” P. 195

Tudo se passa em um período histórico de transição, em meio aos escombros da guerra, com mudanças profundas na sociedade japonesa. Sem grandes reviravoltas, os relatos de Masuji Ono explicam como ele se tornou um artista famoso, a trajetória, questões familiares, perdas, luto, influências ocidentais, transformações sociais.

“A preocupação do artista é captar beleza onde quer que a encontre.” P. 189

Gostei de descobrir o significado de alguns termos, como haraquiri e miai.

Narrativa simples, sensível, reflexiva, com uma pitada de mistério, porém não me agradou tanto quanto eu esperava.
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Talia.Moniz 06/10/2021

Não sei o que achar
Esse ano a história irei "aprender" sobre o antes e depois das guerras mundiais, as suas causas e as suas consequências. Coincidemente comecei esse livro que narra a vida e as memórias de um pintor outrora conceituado, refletindo as grandes diferenças na sociedade japonesa após a 2?Guerra Mundial.

Adorei como esse tópico foi abordado. Ler as histórias destes soldados japoneses, que ao somar com a cultura japonesa de samurais, etc, cria uma narrativa única e envolvente. É muito interessante ler como os perdedores de uma guerra reagem à derrota. Porém havia algo que faltava. Assim como li numa crítica aqui do skoob, parece que a narrativa vai encaminhar para algo importante, aquele clímax da ação, um mistério que vai ser revelado mas no fim não há nada... há tantas pontas soltas que quando se termina o livro, sente-se a necessidade de entender afinal o que foi que lemos. Sinceramente, acho que nem entendi a obra como deveria ser, mas isso sou só eu. No fim, vejo essa obra como uma obra de um velho aposentado que tem muito tempo para pensar.

Ainda assim, adorei a leitura. Havia aquele sentimento de nostalgia e melancolia pelos tempos que já não voltam que me deixaram bastante refletida com a vida. Acredito que me lembrarei dessa leitura por muito tempo.
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Polliana Caetano 08/09/2023

Não deu match dessa vez!
Depois dessa leitura, deu vontade ler outras coisas desse autor, pois o livro é bem escrito, com uma leitura bastante fluida. Demorei um pouco para entender que as datas titulo dos capítulos, eram, na verdade, o momento em ele estava refletindo sobre os ocorridos, mas isso é inteiramente um problema pessoal e não da estrutura do texto.
Com relação à história em si, eu pessoalmente não gostei. NA MINHA OPINIÃO, a forma arrastada da história prejudicou a fluido natural do texto. Eu lia, lia, lia, lia e a história parecia não avançar. Os personagens também foram um problema para a minha conexão com a história, pois não consegui me envolver com nenhum dele - principalmente com o protagonista.
Particularmente acredito que comecei a ler esse autor pelo livro errado, pois goste muito de sua escrita. Infelizmente não tive match com esse livro, mas oriento que você leia e tire a sua própria conclusão.
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jamilesdutra 03/07/2023

Estava muito ansiosa para ler uma história do Kazuo Ishiguro, e um Artista do mundo flutuante é um belo cartão de entrada. A obra trata de Masuji Ono, um renomado pintor japonês que já não tem tanta certeza acerca do bem que a sua carreira trouxe a sociedade japonesa durante o período da 2ª Guerra Mundial. Os seus conflitos morais são muito bem representados e transmitem bem o sentimento do pós guerra japonês: uma geração mais velha que não quer dar o braço a torcer para o Ocidente, de frente com uma geração jovial que acredita que há mais a ganhar do que perder abrindo as portas para o resto do mundo.

Intrinsecamente, o livro é um grande estudo do mundo feito a partir dos olhos do protagonista; a fluidez entre as diferentes histórias narradas é admirável e me pareceu extremamente confortável ouvir tudo o que Ono tinha a contar, desde a sua trajetória na carreira artística até os arranjos do casamento de sua filha mais nova.

Não é exatamente perfeito, mas não sei se isso realmente importa tendo em vista todas as reflexões que essa leitura me proporcionou. Extremamente recomendado.
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