O Primo Basílio

O Primo Basílio Eça de Queiroz




Resenhas - O Primo Basílio


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CinMeireles 26/02/2023

Resenha - O Primo Basílio - Eça de Queiroz
"Tinha suspirado, tinha beijado o papel devotamente..." 😍

Quando eu soube, ainda adolescente, que esse trecho da música "Amor I Love You", de Marisa Monte - música essa que eu ouvia incessantemente por volta dos 15 anos - era parte de O Primo Basílio, fiquei com muita vontade de ler o livro. Mas outras leituras foram entrando na frente, os anos foram passando, e o livro acabou por sair de vez da minha cabeça. Até que eu decidi que, esse ano, iria ler mais clássicos da língua portuguesa, e o primeiro da lista foi, em uma escolha completamente ao acaso, O Primo Basílio. No momento da escolha, eu nem me lembrava mais daquela curiosidade lá da adolescência.

Agradeço aos deuses do acaso por terem me iluminado com uma leitura simplesmente sensacional.

Eu não esperava nada desse livro. A sinopse parecia uma história clichê de novela: uma mulher casada é seduzida pelo primo, trai o marido, e passa por problemas por causa disso. Mas existe tanta coisa além disso, e a escrita de Eça de Queiroz é tão envolvente, que conseguiu, a partir de uma situação doméstica banal, destrinchar milhares de críticas a uma sociedade mergulhada em decadência e hipocrisia.

Com a história de Luisa, o autor faz uma análise sobre o preço que se paga pela ingenuidade em uma sociedade essencialmente corrupta. Rodeada de falsos moralistas por todos os lados, seu drama vai muito além de um simples "mulher casada trai o marido com o primo". Sua ingenuidade faz com que ela confunda carência e desejo com amor - e o preço a pagar é muito, muito alto.

Achei O Primo Basílio um livro primoroso em todos os aspectos, e ele me proporcionou uma ótima experiência de leitura. Recomendo demais, principalmente para leitores já um pouco acostumados a livros do século XIX, e que não se sintam inibidos com o português de Portugal.

site: https://www.instagram.com/p/CondWiHPTqR/
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Jander 24/02/2023

Família ê
Com um estilo naturalista, Eça de Queirós expôs toda a fragilidade e conservadorismo da Sociedade atrasada de Portugal.

Sobre a escrita, está se desenvolve com descrições detalhadas do ambiente, das características dos personagens, porém traz algo do supérfluo de cada um, não envolvendo emocionalmente tanto quanto das características.

Leitura válida para conhecer mais do estilo literario, e o melhor é deixar ao leitor, o complemento de algumas lacunas propositalmente deixadas em aberto.
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beayoncé 20/02/2023

Realmente um tapa na cara da sociedade.
Faz tempo que li, então não sei dar muitos detalhes, mas é uma leitura que me marcou tanto que toda vez que paro pra pensar nesse livro sinto o mesmo sentimento de indignação quando terminei de ler.
Eça de Queirós é realmente genial. Enquanto eu lia, conseguia perceber a ironia e o sarcasmo quase escorrendo das páginas. Retrata um relato da sociedade burguesa de maneira tão nua e crua, que chega a ser chocante e, infelizmente, muitas coisas podem ser aplicadas atualmente.
Acho que é a junção de tudo isso que faz o Eça ser um dos meus autores favoritos.
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Victoria361 15/02/2023

O clássico noveleiro
Contexto: A narrativa em 3ª pessoa narra história de Luisa e Jorge, pertencentes à alta burguesia de Lisboa - imagine a burguesia dos anos 1870 em Portugal -, e a relação que precede a uma viagem de Jorge, que deixa a esposa, um tanto rabugenta, em casa com suas criadas. Com a distância do marido, é visitada frequentemente por seu primo Basílio, seu também ex-namorado. A história seria rasa, se Eça de Queiroz não fosse brilhante em trazer Juliana, a velha empregada da família à cena, que depois de anos de trabalho e nenhuma recompensa, se depara em frente à um adulterio da sua Senhora com seu primo. A chantagem está feita, assim como uma oportunidade de se vingar.

Minha opinião: Minha primeira leitura do Eça e eu amei muito. A construção dos personagens e da história em si é viciante, prende o leitor do começo ao fim. O jeitinho da Luisa e sua arrogancia as criadas, e Juliana em especial, é tão real e atemporal, que eu posso encontrar uma Luisa em Ipanema agora, assim como uma Juliana, ama que sempre foi considerada 'quase como um parente', sempre se doou, sempre ajudou e nada lhe foi retribuido, nem as devidas contas que ela precisaria caso não estivesse em condições. É uma sociedade burguesa e elitista, com viés imperaistas, que de forma alguma pensam em pessoas que sempre as ajudaram, como a Juliana, que sequer pode ter um colchão melhor, roupas melhores ou uma vida. O mais louco é que o autor teve tanto prazer em fazer essa obra, que eu sinto cada sentimento sem que seja descrito; a raiva da Juliana, a agonia e tentação que sentia Luisa, o desprezo nas palavras de Basílio e até a aurea de poder que o Jorge tinha. Já o mais engraçado- talvez não tanto - foi a entrega da Luisa com o Basílio, e a troco de nada, porque assim que fedeu pro lado dele, o bonito foi embora. Além de toda a prepotência e arrogancia com as pessoas da cidade, e teve à audacia de finalizar o que começou com a Luisa, e finalizar direito. Se Juliana não foi capaz se fazer o que queria, Basílio fez e nem porque tinha a intenção, afinal, ele não gostava tanto assim da Luisa. A coitada da Luisa, mesmo com o fim miserável e triste, sofreu o que tinha pra pagar, o que fez sua criada passar, e teve o fim similar.

Foi belissímo a forma que o Queiroz mostrou que independentemente do que acontece ao longo da vida, rico ou pobre, você tem o mesmo fim. É triste pela Luisa, pois acredito que seu fim foi causado pela própria culpa que carregava, assim como pelo esforço que exigia para o outro que voltou para si. Jorge, Sebastião, Basílio, todos erraram, e quem não está sujeito a erros que atire a primeira pedra. Ninguém é inocente, nem Juliana, nem Luisa e tão pouco Basílio. Tanta imagem distorcida, tanta exaltação de inteligencia e criatividade, inveja, uma sociedade falsa, de fachada, presa por essa ideologia cultural e burguesa, ainda assim, muitooooooo real.

Frase favorita: "Ao princípio a idéia do 'outro' pairava constantemente sobre este amor, pondo um gosto infeliz em cada beijo, um remorso em cada noite. Mas poupo a pouco esquecera-o tanto, o 'outro' [...] se não fosse a 'infame'!" (O primo Basílio, pág 304)
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Peter.Molina 14/02/2023

Uma traição
Essa história já tinha uma atração sobre mim desde a época da famosa minissérie de TV baseada no livro. A narrativa é muito boa e te prende. A criada amargurada é muito bem retratada, com certo exagero, mas em alguns momentos a gente chega a ter dó do que ela passa. O Basílio é um arrogante e manipulador, nada diferente do que vemos hoje nos golpes do amor. A Luísa se vê arrebatada e perde a cabeça muito fácil. O final achei que foi um pouco exagerado mas valeu a pena. Atenção para a linguagem com termos portugueses que podem causar uma certa dificuldade e com a opinião sobre a escravidão ainda bastante presente naquele tempo.
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penariol 07/02/2023

Li esse só por causa da minha irmã, que leu por ser obcecada pela música que cita um trecho... que arrependimento de não ter lido antes, um clássico que nasceu clássico, impressionante como o começo é construído para você pensar X dos personagens que logo se revelam Y.... atemporal
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Emilly 02/02/2023

Esperei romance e recebi racismo
Apesar das passagens racistas e xenofóbicas, o livro trata de assuntos polêmicos como críticas à monarquia, relacionamento lésbico. O que me surpreendeu na verdade foi que em momento nenhum se percebe que o autor é um homem como em muitos romances escritos por homens, onde a protagonista mulher pensa e possui desejos que são apenas fetiches masculinos. Não acontece isso. Mesmo o final da história que poderia haver uma certa vingança do autor foi feito com muita compaixão e apesar das tragédias que acontecem não senti uma cisma masculina.
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Cams 29/01/2023

Denuncia a sociedade do século 19
Dentro da perspectiva do realismo, o narrador descreve de forma imparcial os acontecimentos da burguesia hipócrita do século 19 de Portugal. Gosto muito dessa forma de narração, pois além de ressaltar as características físicas dos personagens, conseguimos entrar dentro da mente dos mesmos e entender melhor suas ações. Por ser um livro escrito há dois séculos atrás, temos a impressão de ser uma leitura lenta e arrastada, mas quando nos permitimos a entender que era necessário esse tipo de escrita para que as pessoas dessa época entendessem as coisas que o autor queria apresentar, tudo fica mais fluido. A crítica é da sociedade daquele período (mesmo encaixando perfeitamente nos dias atuais), lemos para entender o passado, a evolução da escrita, ou de enxeridos mesmo. Por ter essa narrativa mais lenta, é preciso de mais atenção e tempo para se dedicar, mas vale muito a pena.
A história retrata a vida da burguesia de Lisboa, do casal, as amizades, da relação com os empregados, traições e preconceitos. Os pequenos detalhes da narrativa vão enriquecendo a história e levando a gente para a tragédia do final. Os personagens são muito desenvolvidos, e consegui sentir raiva de todos, por serem muito ingênuos ou pilantras (ou os dois). Minhas impressões foram que o autor quis mostrar a dependência feminina, tanto do marido quanto da sociedade, porque as pessoas que realmente sofreram foram as mulheres. Talvez um alerta da época para as esposas não traísse os maridos? Ademais, os homens são péssimos, não consigo pensar no Jorge sem descrever ele como ‘🤬 #$%!& manso'. Mas os piores personagens com certeza são o Basílio e a Luísa. Ela consegue ser sonsa e preconceituosa por quase toda a narrativa, senti um pouco de empatia em algum momento mas logo em seguida ela conseguia destruir isso (ri um pouco quando ela ficou doente por ter que limpar a casa). Já ele é a definição de mau-caráter e canalha. Enfim, ótima leitura.
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Francisco240 25/01/2023

Uma obra primorosa, porém com suas ressalvas.
Primo Basílio vai discorrer a respeito de Luiza na senhora casada, que na ausência do marido por motivos de trabalho, Vai receber visitas de seu primo querido de infância e primeiro namorado Basílio ou senhor Brito.
? partindo dessa oportunidade, revisaram início a uma relação que despertará o interesse e a participação muito crucial e dolorosa dentro da história da empregada Juliana a qual é uma pessoa amargurada e velha.
Essa de queiróis vem através do seu romance criticar e expor a sociedade lisboeta do final do Século XIX.
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Juliana Amaro 11/01/2023

Ótimo livro.
Eça de Queirós, neste livro, faz uma crítica severa à sociedade lisboeta do século XIX. O autor mostra a lenta deformação do caráter de Luísa, mulher de formação romântica entediada com o casamento, sob o efeito de leituras e músicas sentimentais. Durante uma viagem do marido Jorge, Luísa envolve-se com seu sedutor primo Basílio. Porém, Juliana, a invejosa e vingativa criada, descobre o caso e arma um esquema de chantagem. Muitas emoções e reviravoltas num clássico do realismo português.
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Raissa.Valderamos 09/01/2023

Amor é amor, e um lance é um lance
Eu odeio o 🤬 #$%!& do Basílio. MISERÁVEL.
A Luísa é besta, mas ainda sim sinto uma simpatia pela coitada.
E o Jorge... bem, o Jorge é o Jorge.
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Dd/Ju 08/01/2023

Romance de novela da tarde
Esse livro terminou bem como eu imaginava, depois de tantos problemas no meio dessa leitura que se prolongou mais do que deveria e se tornou um pouco maçante. Mas de fato a história é um pouco maçante, porém acabei desenvolvendo um certo apego a essa obra devido a matéria da faculdade que o tornou interessante por se encaixar exatamente ao estilo que surgiu na época, que foi o Realismo português. Com a análise da obra é possível notar cada traço que compõem essa escola literária: a crítica a burguesia e a estrutura familiar hipócrita, a ironia, o ataque aos sistemas e afins. A estrutura é bem de uma novela das seis da tarde ou um caso de família.
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deeb.ly 08/01/2023

Bom livro realista da sociedade portuguesa
O livro é de verdade muito bom, mas a leitura é cansativa porque há muita descrição de tudo, devido a ser um livro realista. Ouvir o livro deixava tudo fluir melhor, porque assim eu conseguia me concentrar mais na história. A história é bem desenvolvida e vale muito a pena! A Luísa é uma boa personagem, só é muito ingênua. A Leopoldina era maravilhosa, pena que aparecia poucas vezes. Sem comentários sobre o Basílio...

"É que o amor é essencialmente perecível, e na hora em que nasce começa a morrer."
"? Não há más mulheres, minha rica senhora, há maus homens, é o que há!"
"(...) e amava-a mais desde que a supunha infiel, mas de um outro amor, carnal e perverso."
"? A saúde é um bem que só apreciamos quando nos foge!"
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Manu5 07/01/2023

Gostei muito
Gostei muito do livro a escrita é muito boa e envolvente, nunca imaginei que seria uma novelona mexicana kkkkk amei depois a trama, recomendo muito pra quem quer conversar a ler esse autor. Já tô com outro dele pra ler ?
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