Resenhas - O Primo Basílio

Maick 28/04/2024

O primo Basílio
Uma linguagem não tao muito difícil que se parece , em que você entrará em um tempo em que as pessoas terão que dar explicação em tudo que se faz.
Luiza sofreu tanto ,em uma posição tão difícil de sua vida amorosa que a confiança com as pessoas em sua volta faziam ausência nesses dias que nunca findaram.
Existem algumas Luiza hoje nesse século em que viemos ?? Talvez ,mas com uma mente tão esperta quanto !
Sem mais .

Jessica1248 27/04/2024

Único sentimento possível: Ranço. Ranço de absolutamente todos os personagens! Uma hipocrisia que enjoa... Terminei o livro na força do ódio!

Raysa Pinheiro 25/04/2024

O enredo é interessante, mas existe um pouco a barreira da linguagem e da escrita do século XIX. O final achei inesperado.

Helena 23/04/2024

Passeei o livro todo odiando com todas as minhas forças Luisa e Basílio pra no final a dona morrer e ele fazer um segundo filme de curtindo a vida a doidado???

manu1005 21/04/2024

É por um homem assim que uma mulher se perde!
"Que egoísta, que grosseiro, que infame! E é por um homem assim que uma mulher se perde! É estúpido!"

Na minha opinião essa é a frase que melhor representa a obra. E devo admitir que receava ler qualquer obra do Eça por ter assistido uma adaptação desse livro - e ter odiado. Entretanto, me surpreendi muito com sua escrita, com a sagacidade da narração em suavemente denunciar os próximos passos dos personagens. Além disso, o livro é insano, sempre há algo acontecendo, você vive o sofrimento do Jorge e se sente confidente, por vezes até um cúmplice incapaz da Luísa. O autor é capaz de te inserir dentro do contexto daquela família, a ambientação é perfeita e não faltam recursos descritivos; você se vê compartilhando muito daquilo que os personagens sentem: a aflição, a ansiedade, raiva, injustiça...Sem falar em ansiar pra descobrir o que vai acontecer.
Mesmo já sabendo boa parte do que acontecia na obra, o livro me cativou de tal maneira que consegui terminar em poucos dias.
A história é revoltante, e é esse seu objetivo. O Eça foi extremamente assertivo em sua crítica à sociedade da época. Uma mulher de classe média alta incapaz de controlar seus ímpetos, e que, por não saber lidar com o excesso de ócio toma uma decisão que arruína seu casamento - uma das poucas coisas bem firmadas da sua vida - por um homem que jamais seria capaz de amá-la como seu marido, e que de bom só tem a aparência e olhe lá.
Enfim, o autor com excelência expõe as mazelas e hipocrisias da sociedade lusitana do período, além de nos ensinar coisas valiosas pelo exemplo de Luísa: você compra o silêncio de todos, mas não pode ganhar da sua consciência...

@jana450 15/04/2024

Inesquecível
Por ter sido leitura obrigatória para o vestibular eu li com muita atenção e reli, fiz todos os questionários e por isso não esqueci nenhum detalhe.

Polianny Martins 09/04/2024

Fiquei agoniada com o romantismo e o machismo andando de mão dadas. Na maioria dos momentos não gostei da história, mas ela é muito boa perto do filme.

Scarx 06/04/2024

Primeiramente o livro fala mais sobre Luísa do que sobre Basílio em si. A escrita por ser em um português mais antigo, digamos assim, complica a leitura e a compreensão. Além de ser uma leitura pesada pelo enredo e pelo tamanho dos capítulos, digamos cansativos.

Não é meu estilo de livro mas é um clássico bom, muito bom.

Mari ws 02/04/2024

A Prima Luísa
Resolvi mudar um pouco o nome, já que, por mais que Basílio seja o ponto culminante da obra, a mesma fala mais de Luísa.
A leitura de início pode ser cansativa, muitos capítulos são externos e a leitura de um português mais antigo complica o desenrolar.
Gostei dos personagens, são bem estruturados e com características que os diferenciam facilmente.
Um amor platônico pela parte de Sebastião, uma paixão pela parte de Luísa, um caso pelo ponto de vista de Basílio.
Juliana muito "pra frente", independente e cheia de quereres, esperta e maliciosa, sabe que vingança é um prato que se come frio, mas fico chateada dela ter morrido dessa forma.
Em relação à Jorge, não sei se realmente gostaria dele, ele não é horrível, mas não é nenhum mocinho; ao que podemos ver, amava mesmo Luísa.
Basílio desde início já era um traste o que piorou com o desenrolar dos acontecimentos.
A história é cativante quando lida por inteiro, cheia de picos, porém com momentos parados também.
No final das contas, até que gostei.
:)

Iara Caroline 20/03/2024

?Quel giorno più no vi leggiemi avante?
Ambientação de uma vida burguesa sem preocupações urgentes e uma vida calma. É como começa o romance. Meu aspecto favorito talvez seja esse. Eu amei como o Eça possui uma sagacidade em sua escrita, uma maneira de traçar os desdobramentos antes mesmo de acontecerem. É como uma forma de impulsionar a narrativa antes mesmo dela acontecer. Ele passa o livro todo trazendo pequenas nuances do que quer dizer, do que se trata as personalidades e as perspectivas das personagens.

No prefácio dessa edição há uma delineação acerca da escola literária realista, seu contexto histórico e sua base filosófica. Entre todas as escolas, ela provavelmente é a que me interessa mais. É no realismo, de fato, que as coisas são vistas pelo que são. E não há como ter um exemplo melhor do que O Primo Basílio. Na narrativa de Eça, tudo ganha uma perspectiva objetiva e real demais. Para além do ponto de vista do oprimido, a empregada negra, é impossível não me referir à própria protagonista e ao enredo principal. A traição de Luísa não é nem de longe uma trama supérflua, nem mesmo ela própria. Apesar de me causar repulsa a maior parte do tempo, a construção dessa personagem simplesmente me encantava. Luísa é a própria crítica que Eça faz da escola literária anterior, ela é a personificação dessa distinção. Sem muito o que fazer além de ser esposa e patroa, as horas que ela passava a ler romances (do romantismo) com certeza ironizaram seu destino. No entanto, um destino que por pouco tempo se pareceu com os livros que lia. A realidade sem encantos e cruel vem a tona como o próprio objetivo do livro. O seu amado, Basílio, não passa do que na realidade ele obviamente é. A sua atitude, por mais que se busque justificativas, não passa da atitude de alguém fraco que escolheu o seu próprio destino. Para minha surpresa, não foi sequer a personagem emblemática Leopoldida que a conduziu ao erro. Ela fora sozinha, por circunstâncias ou não.

É óbvio que a critica social que, no geral, o realismo busca vai além. Na cena em que aparece pela primeira vez Juliana, a criada, há um contraste muito alto entre a manhã tranquila de dois pequenos burgueses e a própria feição e linguagem corporal daquela que os servem. Juliana aparece doente, suja, com feições amareladas. É quase um incômodo à paisagem anteriormente criada. Como diz Lilian Jacoto no prefácio, é a primeira vez que uma personagem como ela tem sequer o direito de uma aparição real. A angústia e o sofrimento dessa personagem são colocados em destaque. As suas reclamações, o seu ódio, as suas dores e principalmente, seu quarto abafado são intencionalmente mencionados para causar esse incômodo. Não há como se incomodar menos com a sua situação do que com os questionamentos de conduta de Luísa. Paula, personagem essencial do romance, afirmara: ?Falo da alta sociedade, das fidalgas, das que arrastam sedas! É uma cambada. (?) No povo há mais moralidade. O povo é outra raça!? E é agora que o leitor, a não ser que se tenha uma conduta muito distorcida, irá se importar mais com o que acontece com a pobre, não mais com as pequenas decepções da protagonista delicada.

Com um final trágico, a agonia dos capítulos finais causam um desconforto sufocante. ?No culto da ironia que projeta sobre todos os elementos do romance a sua ambiguidade, a prosa de Eça sabe jogar com as expectativas do leitor, confundindo seus afetos de medo, raiva e compaixão.? A agonia de Luísa e os regalos e desmandos de Juliana, na inversão dos papéis, quase enganam o leitor. É, no entanto, nas mortes que tudo volta a ser reestabelecido. Na aflição de ver sua recompensa final fugir de suas mãos, morre Juliana sem um alma sequer para a velar. Morre também Luísa condenada com suas próprias escolhas, com uma casa cheia e com o perdão de seu marido. Pior ainda, continua vivo Basílio. Sua preocupação é estar sozinho, na repugnante cidade de Lisboa.

samy 13/03/2024

Esse foi um dos melhores livros que minha professora de literatura passou, até agora.
apesar de ser um clássico e a linguagem muito extensa, não achei a leitura tão maçante e acho que isso se deve por conta que a história não é parada, e sim sempre está acontecendo algo importante.
portanto, foi um livro bom para mim.

Gabriela 04/03/2024

Bomm
Eu tinha ficado triste com a morte da Luísa até ler a carta final do Eça. Só aí eu percebi a genialidade do final dela, eu realmente gostei muito do livro!
Os clássicos sempre me surpreendem...

Senhorita_morland 01/03/2024

"Devia ter trazido a Alphonsine"
E pensar que tudo poderia ter sido evitado se esse pulha do Basílio tivesse trazido a Alphonsine rs
Um clássico que nunca perde o brilho, adoro o jeito como o Eça escreve e sagazmente crítica a sociedade Lisboeta da época através dos seus personagens fúteis e hipócritas, burgueses desocupados.
A pobi da Juliana só tomou no rabicó, mas em compensação a Luísa teve seu final tão melodramático quanto ela. E embora ela fosse uma sonsa, gostava de acompanhar o relacionamento dela com o Jorge.
Sobre a servidão isso sempre vai me incomodar, vai cair a mão se um burguês a colher for pegar?
Enfim, fica aí esta reflexão...
Sem mais,

AlineLucia 28/02/2024

Fabuloso!
Essa foi minha segunda tentativa de ler O Primo Basílio. Na primeira vez, as expressões em português de Portugal me cansavam, não consegui me sentir atraída pela história, e acabei desistindo da leitura antes da metade do livro.
Alguns anos se passaram e resolvi dar mais uma chance à obra, e ainda bem que fiz isso! Que história emocionante!
O autor nos faz amar ou odiar os personagens dependendo do momento da história, aproximando-os de nossa natureza humana falível, ora ética, ora desprezível.
A exceção talvez seja o tal primo, que só possui mesmo o lado desprezível. Até a bruxa da Juliana tinha lá alguns motivos para sentirmos um pouquinho de pena dela.
Em se tratando de adultério, culpa e consequências, essa obra é muito mais interessante do que o chatíssimo Anna Karênina. Cinco estrelas!

Yasmim648 28/02/2024

Interessante só início ao fim e olha que eu particularmente não gosto muito de "Clássicos". Desenrolar legal e final inesperado. Notal:1000