O Primo Basílio

O Primo Basílio Eça de Queiroz




Resenhas - O Primo Basílio


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Maia 10/08/2022

O enredo é super conhecido, é um clássico em língua portuguesa, Luísa leva uma vida tranquila e feliz e de repente surge sua antiga paixão, o tal primo Basílio. A partir daí temos uma deliciosa narrativa de amores, arrependimentos, consequências e desilusões.

O personagem que mais me incomoda, além do tóxico e detestável primo é a criada Juliana, as vezes a detesto, mas as vezes a compreendendo, afinal, ela tem uma vida bem infeliz, difícil ser uma pessoa agradável nestas condições.
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Izadora 07/08/2022

O primo Basílio - comentário crítico
Eça de Queiroz transita escancaradamente entre a misoginia da mulher "culpada" e o classismo da elite "inocente" e o pobre "perverso". Primeiro, que temos uma mulher recatada, vista como um prêmio a ser conquistado e desvirtuado pelo homem moderno, viril e centro das atenções. Na medida em que os desejos e o ego dessa masculinidade são saciados, Luisa se torna suja e enganada, no ápice de sua fragilidade. Sai a figura opressora do homem, entra a figura perversa e oportunista da mulher pobre, empregada, fazendo de Luísa a Mártir. Sai de cena a dinâmica da opressão machista, entra em cena a opressão social e racista, retrato da desigualdade. Ao longo da história, as opressões criam retratos inferiores das mulheres, em diferentes níveis.
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Martinha.Souza 03/08/2022

Um clássico
Uma leitura reflexiva, com uma análise sobre a posição da mulher na sociedade, a valorização do trabalho. Podemos comparar as mudanças que ocorreram ao longo das décadas.
Uma leitura inicial difícil, mas com o passar das situações você vai sofrendo e angustiando com os personagens.
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Maycon Silva Aguiar 20/07/2022

Luísa, Juliana e Basílio: diferentes facetas de ser humano
Peço desculpas aos amantes de Machado de Assis, de Clarice Lispector e de outros gigantes da literatura brasileira. Espero que não se entenda mal o que direi, por favor: apesar de meu enorme apreço pelos autores nacionais, encontrei, tanto em Eça de Queiróz quanto em José Saramago, ecos de minha voz e simulacros de minhas paixões.

"O primo Basílio", nesse sentido, é um preciso exemplo de como um livro pode me descrever na forma de figuras de linguagens e de artimanhas narrativas. Não se trata de um romance folhetinesco apenas, embora tenha sido esse, talvez, seu propósito principal. Subjacentemente ao enredo, há muito mais do que isso: pulsões se revelam e fazem com que o leitor defronte os próprios desejos, as próprias hipocrisias e as incoerências das conveniências sociais.
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Andressa 18/07/2022

Classico.
Um clássico, isso é claro. Mas confesso que, para mim, a leitura foi arrastada. Não conseguia me prender, li pq não gosto de abandonar leituras, sempre tento ler todos dos quais inicio. Quem sabe uma releitura, mas não sei se consigo.
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beatriz 15/07/2022

Foi o primeiro clássico que eu li, então acabou sendo uma leitura complicada no início, mas depois que acostumei melhor eu não conseguia parar de ler.
A escrita do Eça é genial, dá pra sentir a ironia do autor nas palavras, como se você achasse determinadas situações tão irônicas quanto ele, o que só demonstra a genialidade desse escritor.
Quando terminei esse livro tive que ficar em silêncio por uns 5 minutos somente refletindo o que tinha lido, é um livro genial que mostra a realidade da vida das pessoas de maneira muito crua e, apesar de escrito há anos, ainda trás questões muito atuais.
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Indy 15/07/2022

Um dos clássicos da literatura portuguesa, o livro traz questionamentos interessantes e atuais, principalmente referente ao casamento e as relações humanas.

Mas, além disso, conseguimos ter uma ideia de como era a burguesia portuguesa e todas as suas hipocrisias e também, seus preconceitos, racismos, e classes sociais. Mesmo sendo o plano de fundo da realidade da época (pouco distante da nossa atual), nos ajuda a entender a história e o desenvolvimento dos personagens.

É inegável que o relacionamento da Juliana com a Luísa é parte mais importante do livro e extremamente intrigante. Não há culpados e inocentes, e acho que o autor quis trazer esta reflexão. Em diversos momentos, vemos a Luísa com ações abusivas, injustas para com a Juliana (mostrando claramente estas separações de classes). Por outro lado, vemos Juliana manipuladora e vingativa, sempre se sentindo vítima e injustiçada (sentimentos mais comuns nas relaçoes) Porém ambas com segredos e com desejos.

Uma sonha com uma vida que nunca teve. E sente o tempo todo que as suas "senhoras" a roubam, por isso guarda um segredo para subornar outra e "ter finalmente tudo o que lhe é de direito". Por outro lado, Luísa se encontra "tediosa" de uma vida monótona e solitária, não sabendo o que fazer com a sua vida, pois não está sendo "como ela sonha", encontra em Basílio, um antigo amor, uma "quebra" na realidade.

Agora esta é uma das partes que mais me revoltaram no livro. O jeito que o Basílio manipulou a Luísa só para ter o que ele queria. Sem amor. Sem compaixão. Apenas luxúria e desejos momentâneos. Via a menina apenas como um "pedaço de carne". E simplesmente a abandona/despreza quando se encontra em dificuldade. E tudo isto é ainda extremamente real em nossa sociedade. O jeito dele malicioso e até sádico, em diversos momentos se gaba da "conquista"/"passatempo. É neste ponto que me deu vontade de parar o livro e taca-lo para longe.

A visão distorcida que os homens têm pelas mulheres neste livro é de uma crítica constante do autor, não sei se era a sua intenção, mas é inegável que ela estava presente. E claro, a hipocrisia do casamento. -------trecho seguinte com spoiler, pular para o próximo parágrafo -----O choque do personagem ao pensar na traição cometida pela mulher, mas ele mesmo passou tempo fora desnecessariamente apenas para continuar fomentando suas paixões locais.

Há uma adoração do autor e da sociedade pela pele clara da personagem. E todo o tempo, o autor coloca o trabalho de casa/serviçal associado a cor da pele negra. Ou seja, uma sociedade extremamente racista (inclusive o autor) e, por isso, é preciso tomar este ponto com atenção, pois não era uma crítica a sociedade, mas sim a realidade e que eles não estavam nem um pouco incomodados em mudá-la.

Eu me surpreendi bastante com a história e com as críticas. Esperava um pouco menos do livro, mas fiquei com estas reflexões durante a leitura que me marcaram bastante. Há momentos que demora um pouco para saber qual é a "voz" dos diálogos, pois muda bastante, por isso será bastante comum voltar e reler a mesma página algumas vezes, porém a leitura vale bastante a pena.
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Italo 14/07/2022

Primo? Tá mais pra filho da p...
Me entretive com esse livro, não estava esperando muita coisa dele porque não tinha morrido de amores por Os Maias, que é a obra-prima do Eça, e também porque na faculdade eu estudei a resenha carregadíssima do Machado de Assis sobre essa história.

E ele tem razão em algumas coisas, concordo quando a crítica ao avolumamento no final do livro, em especial o capítulo do jantar e do teatro. E também na falta de fibra moral da Luísa que realmente é uma porta, a mulher não move uma palha pra sair daquela situação.

No mais, eu me diverti lendo, a narrativa tem um ritmo bom, as críticas do Eça sobre a sociedade portuguesa da época é uma delícia de ler. Mas achei o desfecho da Luísa fácil demais como conclusão, poderia ter explorado mais a personagem.

(E todo mundo sabe que o Machado não gostava do Eça porque o português já deu uns pegas na mulher dele).
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Sthefany.Couto 17/06/2022

Ruim.
Não é o pior livro do mundo, mas passa longe de ser o melhor. A história não é ruim, de verdade. Mas é muito enrolado... O autor descreve cada suspiro, cada pedra... É cansativo! Esse livro daria para ter 100/150 páginas numa boa. Horrível.
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Matheus 16/06/2022

Leitura enriquecedora
Bem, devo confessar que tomei este livro para ler atraído pelo título, ou como muitos dizem, "uma escolha no escuro". Talvez seja esse o motivo pelo qual abandonei a leitura na primeira tentativa. Porém decidi dar uma segunda chance ao livro, dessa vez já ciente das intenções do Eça ao publicar tal romance; e consegui concluir a leitura.

Agora falarei sobre minhas percepções.

Numa visão crítica da obra, se a intenção do Eça, além de denunciar o comportamento e as atitudes execráveis da burguesia portuguesa do séc. XIX, era provocar no leitor uma severa repugnância, ele conseguiu com mastria.

Os personagens que compõem a obra são a maioria, egoístas, mesquinhos e materialistas. Não prestam atenção no próximo, são focados em si mesmos e na satisfação dos seus desejos pessoais.


Não posso dizer que essa foi uma leitura prazerosa. Mas devo admitir, que mesmo no séc XXI, o Primo Basílio se faz muito atual e tem muito a ensinar, a quem dá uma chance ao romance.
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Ana 16/06/2022

O livro traz um belo misto entre uma história que prende o leitor e uma crítica nítida da realidade de certa sociedade.
A trama é interessante - a dúvida ante as decisões da personagem Luísa, ante o futuro desta e das demais participações, as intrigas... Mas o que realmente mais me agradou na obra é o fato de que cada personagem traz consigo uma forma de representação do que encontramos numa sociedade que vai se corrompendo - desde as personagens realmente más de caráter até aquelas que não possuem intenções puramente ruins, mas vão cometendo atitudes decadentes.
Gostei como Eça também retratou a posição da mulher nisso tudo de forma bem ativa - dando ênfase aos pensamentos de Luísa e Juliana em relação às demais personagens, por exemplo, o que ajudou a criar um contexto do porquê de suas ações.
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Guilherme909 14/06/2022

Amor I love you
O Primo Basílio é um romance de Eça de Queiroz. Publicado em 1878, constitui uma análise da família burguesa urbana no século XIX

Fiz uma prova tendo como temática esse livro. Tive a oportunidade de fazer observações e recortes do livro e comparar ao filme. Onde diga-se de passagem as diferenças já começam na geografia. Enquanto o filme traz a grande são Paulo na década de 80

O livro retrata o tradicionalismo pautado na burguesia lisboeta.

Mas toda vez que penso nesse romance me vem a cabeça a canção" amor I love you" que fora inspirada pelas páginas do romance proibido desse livro.

Vale apena ler
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Luciana 09/06/2022

Não há mulheres más, minha rica senhora, há maus homens...
Publicado pela primeira vez em 1878 por Eçá de Queirós, o Primo Basílio é uma das obras mais importantes do realismo português.

Neste livro, o autor faz um panorama da sociedade portuguesa da época e suas críticas à burguesia e aos atos humanos são expostas por meio da análise psicológica de seus personagens, dos estereótipos e comportamentos.

Queirós retrata uma sociedade decadente que ainda ses acha grande, ao mesmo tempo que explora todas as camadas hipócritas da classe burguesa da qual Jorge e Luísa (personagens principais) fazem parte ao lado de Basílio.
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Achei a obra incrível, parabéns ao autor. Reconheço sua grandiosidade. Mas me irritou demais entender para onde a história de Luísa caminhava.

Foi muito real e muito injusto. Luísa pagou por tudo. Sofreu sozinha. Carregou o peso calada, por medo do marido e da sociedade. O marido que provavelmente a traiu.

Tudo isso enquanto Basílio fugia. No final, o infeliz ainda termina o livro rindo de Luísa, fazendo troça da mesma, a comparando a própria decadência que repudiava em Lisboa. Se esse livro teve um vilão, Basílio foi o maior deles.

"? E vai fazer isso por mim, Sebastião, por mim, que fui tão má mulher...
Sebastião corou, respondeu encolhendo os ombros: ? Não há más mulheres, minha rica senhora, há maus homens, é o que há!"

Sebastião melhor personagem. Soltou, na minha opinião, a frase que melhor resumiu este livro.

Dei três estrelas porque me irritei com o destino de Luísa, do contrário, merecia mais.
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