Resenhas - O Primo Basílio

Ana 16/06/2022

O livro traz um belo misto entre uma história que prende o leitor e uma crítica nítida da realidade de certa sociedade.
A trama é interessante - a dúvida ante as decisões da personagem Luísa, ante o futuro desta e das demais participações, as intrigas... Mas o que realmente mais me agradou na obra é o fato de que cada personagem traz consigo uma forma de representação do que encontramos numa sociedade que vai se corrompendo - desde as personagens realmente más de caráter até aquelas que não possuem intenções puramente ruins, mas vão cometendo atitudes decadentes.
Gostei como Eça também retratou a posição da mulher nisso tudo de forma bem ativa - dando ênfase aos pensamentos de Luísa e Juliana em relação às demais personagens, por exemplo, o que ajudou a criar um contexto do porquê de suas ações.

Guilherme909 14/06/2022

Amor I love you
O Primo Basílio é um romance de Eça de Queiroz. Publicado em 1878, constitui uma análise da família burguesa urbana no século XIX

Fiz uma prova tendo como temática esse livro. Tive a oportunidade de fazer observações e recortes do livro e comparar ao filme. Onde diga-se de passagem as diferenças já começam na geografia. Enquanto o filme traz a grande são Paulo na década de 80

O livro retrata o tradicionalismo pautado na burguesia lisboeta.

Mas toda vez que penso nesse romance me vem a cabeça a canção" amor I love you" que fora inspirada pelas páginas do romance proibido desse livro.

Vale apena ler

Luciana 09/06/2022

Não há mulheres más, minha rica senhora, há maus homens...
Publicado pela primeira vez em 1878 por Eçá de Queirós, o Primo Basílio é uma das obras mais importantes do realismo português.

Neste livro, o autor faz um panorama da sociedade portuguesa da época e suas críticas à burguesia e aos atos humanos são expostas por meio da análise psicológica de seus personagens, dos estereótipos e comportamentos.

Queirós retrata uma sociedade decadente que ainda ses acha grande, ao mesmo tempo que explora todas as camadas hipócritas da classe burguesa da qual Jorge e Luísa (personagens principais) fazem parte ao lado de Basílio.
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Achei a obra incrível, parabéns ao autor. Reconheço sua grandiosidade. Mas me irritou demais entender para onde a história de Luísa caminhava.

Foi muito real e muito injusto. Luísa pagou por tudo. Sofreu sozinha. Carregou o peso calada, por medo do marido e da sociedade. O marido que provavelmente a traiu.

Tudo isso enquanto Basílio fugia. No final, o infeliz ainda termina o livro rindo de Luísa, fazendo troça da mesma, a comparando a própria decadência que repudiava em Lisboa. Se esse livro teve um vilão, Basílio foi o maior deles.

"? E vai fazer isso por mim, Sebastião, por mim, que fui tão má mulher...
Sebastião corou, respondeu encolhendo os ombros: ? Não há más mulheres, minha rica senhora, há maus homens, é o que há!"

Sebastião melhor personagem. Soltou, na minha opinião, a frase que melhor resumiu este livro.

Dei três estrelas porque me irritei com o destino de Luísa, do contrário, merecia mais.

Lígia 05/06/2022

Decepcionante
O livro de certa forma é decepcionante, entendo que para a época que foi escrito era normal esses finais onde a mulher morre por não ?aguentar a pressão?, mas como um todo é decepcionante ver como a Luísa trai o marido, Sebastião a encoberta e ela sai impune da situação (não acredito que a morte seja uma punição, mas sim uma vitória para a pessoa que morreu, pois não vai ter que pagar pelo que fez), Sebastião também de certa forma sai impune, pois foi cúmplice do segredo. Se cria uma grande expectativa em cima da Juliana mostrar as cartas e no final ela morre também. O Jorge, a grande vítima da história, acaba com um par de chifres, sem esposa, com um amigo mentiroso e deprimido. E por fim, o primo Basílio, se da bem no final, algo que não vi como ruim, pois é a realidade nua e crua, ele era descompromissado e mesmo fazendo promessas a Luísa,
inúmeras vezes mostrou seu caráter, a Luísa ter acreditado em suas promessas que a fez de tola.

Marilda 02/06/2022

Fragmentos e opinião
-> Luísa: vítima do excesso de fantasias românticas, por isso distante da realidade. Incapaz de discernir valores morais, confunde amor com desejo e paixão com vulgaridade.
-> Personagens são representações esteriotipadas de comportamentos que o autor expõe ao ridículo.
-> Juliana e Basílio (cínico e bon vivant): baixeza de caráter? Reflexos da sociedade da época?
-> Por que Luísa se entrega a Basílio? Uma mescla da falta do que fazer com "(...) a curiosidade mórbida de ter um amante, mil vaidadezinhas inflamadas, um certo desejo físico (...)"
-> Juliana se conduz pela revolta, não suporta a condição de serviçal, ódio contra todas as patroas que teve.
-> Na obra, as ações são justificadas por um 'determinismo'.
-> Eça de Queiroz ataca a solidez das instituições: o casamento e, consequentemente, a igreja e a sociedade lisboense.

duda 24/05/2022

Um clássico
O Primo Basílio escancara a sociedade portuguesa da época. A burguesa recatada, as vizinhas fofoqueiras, os criados, o amante devasso e o marido chefe da casa.

A começar pela minha personagem favorita: Juliana. Ela usou dos únicos meios que viu pra conseguir um pouco de dignidade pra sua vida. Ela só queria descansar da vida de trabalhos puxados e doenças. Ela tinha consciência de que, como ser humano, merecia mais do que aquilo que lhe era dado.

Outro ponto importante: Luísa foi massacrada pelo adultério, enquanto Basílio seguia sua vida na maior naturalidade. Nem se comenta sobre a reputação dele. Até hoje isso não mudou muito.

É um clássico. Um retrato histórico e crítico de uma sociedade.

Shirley 21/05/2022

Entediante
Tive que ler qdo estava na faculdade pela primeira vez e qdo fui ler novamente achei entediante. Isso não quer dizer q não gostei, só achei que poderia ser melhor pelo fato de ser esse grande autor. ?

Yuminie 19/05/2022

Lembrava de ter gostado bastante deste livro na adolescência, apesar de ter sido uma leitura obrigatória para os vestibulares. Por isso, resolvi reler agora com mais idade para saber se o sentimento era o mesmo.
E sim, gostei bastante novamente.
O livro é um pouco devagar, mas com um pouco de paciência é possível verificar a trama interessante que Eça de Queiroz montou.
Recomendo!

Wanessa Rastoldo 11/05/2022

fazia muito tempo que eu pensava em ler esse livro mas, por ter um certo preconceito com o eça sempre enrolei muuuito! até que um professor me incentivou tanto a ler que fiquei curiosa!

realmente gostei MUITO da trama e da história. tem um ar meio teatral que é muito interessante e deixa a história mais engraçada até! a juliana é uma personagem incrível e eu fiquei triste até pela forma que ela foi mal trabalhada nesse final? esperava algo maior! mas, entendo que talvez seja por ser um clássico e por ser o estilo do autor. ficou mais teatral esse final dela e da luisa.

fora isso, amei a discussão que a patroa trabalha para a empregada! achei genial! ainda mais pela época! Eça foi muito perspicaz nisso aqui! PORÉM, eu ODIEI o final! o fato das DUAS morrerem e o VAGABUNDO o Basílio simplesmente abandonar a Luísa e CAGAR pra morte dela só mostra que tudo o que ela passou (o que não foi tão sofrido mas por uma burguesa foi um horror) foi ATOA! sinceramente? que ÓDIO desse Basílio!

MAS, até nisso o livro se mostra atual! os homens se dando bem, enquanto quem se ferra em toda a história, são as mulheres. que livro, meus amigos.

Ale 08/05/2022

Mds, quase que não termino esses caps nada curtos. Achei legal a crítica que Eça faz para a burguesia, mas a intriga não fluiu muito para mim, quem sabe numa releitura melhore.

Paola 04/05/2022

...
Primeiramente é bom constar que o livro começa muito arrastado, sem se ter ainda a ideia que o livro procura passar, com uma ainda rasa construção de personagens.

Porém, quando se vai chegando a metade do livro, a situação começa a ficar mais complexa e é um grande prazer acompanhar os sentimentos de Luísa, que se fazem de muitas indecisões e inseguranças, sendo, para mim, o aspecto mais real da obra.

O seu relacionamento com Basílio, a base do livro, é o problema central, que a faz quastionar-se a todo instante, tendo nisso uma linha de pensamento complexa, mas compreensível, que acaba por te conectar a Luísa, mesmo após ter cometido o adultério; pois todos nós já erramos por algum desejo de momento, por um sentimento que achávamos que fosse real...

A história é retratado e fala muito sobre a sua época, mostrando os próprios pecados que todos escondiam, mas que deveriam ser vistos, muitas vezes, de uma maneira mais empatica, como o caso de D. Felicidade, que saia com muitos homens, mas nunca deixou de ser uma ótima amiga para Luísa...

Obra muito bem feita, mas também bem arrastada em algumas partes.

Nívea 23/04/2022

Gente do céu ?
Eu sabia que o Basílio era um m3rda, mas não sabia que era tanto. Sério que ele riu da morte de Luísa? E que a única preocupação foi ficar sem mulher? Que nojo ?.

Camila 19/04/2022

Romance água com açúcar
Romance século XVIII, bem água com açúcar, leitura não muito fluida, podia ter umas páginas a mesma, porém retrata a Lisboa de sua época.

Emilly 19/04/2022

É bom
Não gostei de nenhum dos personagens. Quis bater em todos. Contudo, a história é muito bem construída, parecendo tão palpável que sinto como se fosse um relato real.
Todo mundo deveria ler.

renata1004 19/04/2022

Incrivelmente, uma das únicas obras da literatura portuguesa que eu gostei de verdade. Algumas partes me irritaram um pouco porque senti que eram descrições cansativas, mas talvez tenha sido problema com a edição. De toda forma, gostei de como Eça traz as críticas e a hipocrisia da sociedade da época tanto ao falar sobre traição quanto sobre crença em Deus e diversos outros assuntos. Meu único problema foi com Juliana, a mulher negra, ser considerada a vilã e sempre ser retratada como feia/grosseira, enquanto as mulheres brancas eram tratadas como "angelicais". No momento dessa primeira leitura, não sei ainda se isso foi uma forma de crítica ou apenas racismo não muito velado. Talvez mais tarde, depois de alguns textos teóricos, eu saiba distinguir.