Jornada de Esperança

Jornada de Esperança Brian Aldiss




Resenhas - Jornada de Esperança


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Carla.Parreira 30/09/2023

Jornada de esperança
Eis alguns trechos: ??As pessoas nem sempre fazem escolhas acertadas. Com isso, abreviam seus dias e, com os maus atos, fazem o mesmo com as pessoas ao redor, trazendo tristeza, sofrimento. Muitos desses atos são um mal necessário para o amadurecimento?
Dizia que, quando desistimos de nossos propósitos, deixamos de acreditar na vida, e que não podemos deixar de viver nunca?
Deus nos permite experimentar certas dores para nos dar força, a fim de suportarmos os desafios da vida??
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Cleber 11/01/2023

Brian Aldiss
Não conhecia o trabalho do Brian Aldiss até me deparar com este livro na biblioteca. O enredo tinha tudo para ser um ótimo livro, temos uma distopia com acidentes ou ataque nuclear, a esterilização do ser humano e grande parte dos animais. E tudo é contado de uma maneira em que vamos sabendo o que realmente aconteceu bem aos poucos, através de personagens que também vamos conhecendo ao longo da jornada. Só não gostei mais do livro porque, não sei se foi na tradução ou o autor realmente escrevia assim, mas tudo fica de forma muito rebuscada, com palavras que nunca vi sendo utilizadas no dia a dia, talvez seja por conta da tradução , mas parece que pegaram o dicionário e ficaram escolhendo as palavras mais estranhas para contar a estória. Mas tudo isso não diminui o enredo do livro e espero dar mais uma oportunidade para ler mais obras do autor.
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BetoPlacido 11/10/2018

A ideia sobre a responsabilidade do conhecimento sempre rende. Neste romance, o Homem enfrenta as consequências do uso inadequado de suas faculdades, ao encarar a própria e auto infligida destruição. A memória humana e sua própria relevância é parte do centro da discussão: porque lembrar, quando não haverá nada para ser relatado além de nossas vergonhas? Tapão na cara.
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Franco 20/02/2016

Antes de falar do livro, vamos falar dessa tradução, que ficou bem ruinzinha. Alguns termos e construções frasais ficaram bem estranhas. Alguns diálogos até parecem um pouco sem sentido. Nada que atrapalhe terrivelmente a leitura, mas é uma pena deparar-se com esse tipo de falha.

Bem, a história. A história é um tanto datada; meio que já estamos anestesiados com tantas histórias de ficção científica que exploram o pavor das armas nucleares (algo que era bem mais sensível lá quando o livro foi escrito, década de 1960). Mas a premissa central dessa história, o seu gatilho que a faz ser uma ficção científica é, ainda hoje, um tanto inovadora: um mundo sem crianças.

Assim, o livro é o desdobramento dessa situação aterradora: quando a radiação disseminada por todo o globo nos tornou estéreis e os únicos humanos vivos são pessoas na casa dos 50 anos para cima.

A narrativa, contudo, pode desanimar alguns leitores. Ela não conduz a um clímax decisivo, nem é um contundente encadeamento de fatos e acontecimentos que progressivamente levam a história até um desfecho. Ao contrário, é mais como se fosse uma somatória de crônicas sobre um grupo de sobreviventes neste mundo futurista sem crianças (mais ou menos como em 'Crônicas Marcianas' de Bradbury).

Nestas crônicas são desenvolvidas, sobretudo, as consequências de um mundo em que as pessoas sabem que não existirão mais descendentes. E é aí que o livro tem um enorme valor quanto ficção científica; é realmente instigante pensar o que seria de nossa sociedade quando retirada dela a perspectiva de sua reprodução através das novas gerações. No livro várias questões surgem, algumas mais interessantes do que outras, mas todas realmente legais (como das guerras que teriam as últimas crianças vivas como recursos em disputa, ou então o potencial pavor que atingiria aos velhos caso voltassem a aparecer crianças).

É interessante notar também o teor, digamos, moralista da história. Apesar de ter sido o acidente nuclear o grande responsável pela esterilidade humana, a todo momento somos expostos a perspectiva da humanidade como uma espécie que não aprende com os próprios erros e que, mesmo sem armas nucleares, dá um jeito de ferrar a si mesma - como muitas das ficções científicas de antigamente, essa história também nos dá uma lição de moral à respeito da 'natureza' humana.

Apesar de ser uma história sem muitos momentos de tensão, sua atmosfera torna a leitura agradável. Particularmente por ser como que um road movie em que os personagens vão viajando por aqui e por ali, conhecendo lugares e pessoas, e assim vamos entendendo como é este mundo sem crianças - e sem sociedade econômica, civil ou política organizada.

Além desse aspecto de road movie, há também o uso dos cortes temporais. Os personagens principais são explicados através de voltas no tempo, quando o acidente responsável pela esterilidade humana tinha recém acontecido. É aí que vamos entendendo a transição de uma sociedade organizada para uma sociedade corroída por fanatismos, guerras e fragmentação política - e tudo graças a perspectiva de não nascerem mais crianças.

Para quem gosta de ficção científica, certamente é uma leitura que recompensa. Entretanto, para o leitor mais casual, que quer apenas uma aventura de ficção científica para distrair-se, não é muito recomendado pois não é essa a proposta do livro.
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Helio 10/09/2014

Tentei ler mais de uma vez, mas é muito enfadonho. Quem sabe um dia eu não leio!
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Antonio Cesar 30/04/2013

Minhas impressões
Uma história contada de traz para frente, inicia com uma pequena comunidade inglesa de pessoas idosas onde não há crianças. Um tempo onde o governo centralizado já não existe e as pequenas comunidades se viram por si não gostando de estranhos. A cada capitulo volta-se no tempo e se vai entendendo o que aconteceu. É interessante perceber nas entrelinhas o medo que as pessoas tinham do holocausto final de uma guerra atômica ou de uma terra devastada pela radiação – ou o ambiente tecnológico existente na época em que a historia foi escrita (1964) ou o que se imaginava (pelo menos o autor) como o mundo poderia evoluir. Imagino que se escrita nos dias de hoje, a história em suas entrelinhas seria bem diferente. A ideia de um mundo sem crianças talvez não seja algo assim tão inverossímil. Se bem que recentemente não ouvi/li mais nada a respeito, já andei lendo sobre uma possível tendência de queda da fertilidade masculina. A fertilização in vitro e/ou clonagem seriam uma saída para isto? Outras imagens que me ocorreram foram sobre até onde nossa barbárie nos levaria em um mundo com baixíssima população, onde as indústrias e os atuais governos fortes seriam inexistentes. Gostei. Fica o convite para quem quiser se aventurar.
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Tamires 09/09/2010

Jornada
"Jornada de Esperança" é um livro que me desinteressou no título (que foge bastante ao título original), mas que devolveu meu interesse nas primeiras linhas, quando começa a nos contar de forma objetiva, onde se passa a história. Na verdade uma das coisas que mais gostei no livro foi isso, a objetividade, o livro não é muito detalhista, em relação ao lugares descritos, o que de certa forma deixa que nossa criatividade tenha mais liberdade para viajar por 2029.
O livro causa um certo pavor em muitas situações,embora o final deixe a desejar, gostei da história.
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Fabio Shiva 28/08/2010

Um terrível acidente radioativo...
...ocorrido durante a década de 1980, parece ter condenado a espécie humana a um triste destino: a esterilidade. Incapazes de procriar, os homens e mulheres remanescentes das grandes turbulências que se seguiram ao Acidente assistem à decadência total da civilização, decadência que reflete à própria senilidade de seus corpos e mentes.

É nesse caótico panorama que surge Barbagris, protagonista da história, que decide enfrentar os desconhecidos perigos de um mundo moribundo e se lança em uma jornada em direção ao oceano. Sua esposa Marta, que possui o raro talento de manter-se espirituosa mesmo em meio a tantos sofrimentos, o acompanha, assim como alguns outros velhos sobreviventes.

Aos cinquenta e poucos anos, Barbagris é um dos mais jovens seres humanos na face da terra. Talvez nem mesmo ele saiba o que espera encontrar em sua derradeira viagem. Ao embarcarmos junto com ele, aos poucos vamos nos dando conta de que sua jornada pode ter muito a ver com a jornada de todos: é a busca de um sentido para a vida.

Brian Aldiss ficou conhecido por seus livros de ficção científica, onde o foco maior está não nos possíveis avanços tecnológicos, mas sim na natureza humana diante desses mesmos avanços. Aldiss é um autor interessado sobretudo no humano.

“Jornada de Esperança” foi publicado originalmente em 1964. Passados tantos anos, é natural que muito do impacto da obra tenha sido dissipado. Na época, deve ter sido uma crítica contundente à irracionalidade e ao absurdo da sociedade tecnológica, que muitas vezes sacrifica alegremente seres humanos em nome de abstrações como planilhas de lucratividade crescente.

Ainda hoje, causa um certo temor ver que não estamos de todo livres de uma perspectiva tão sombria quanto à descrita no livro. Ainda que a Guerra Fria seja coisa do passado, basta um só louco no poder para desencadear o Pesadelo Atômico que se tornou um triste clichê de nossa civilização (e aí está a Coréia do Norte com seus testes de mísseis para provar como isso é verdade).

Um livro triste, porém ainda mais triste porque ainda necessário.


Dois comentários paralelos à história em si.

O primeiro diz respeito à tradução. Logo de cara fiquei um pouco desconfiado, pois vi que o título original do livro era “Greybeard” (algo como Barbacinza ou mesmo Barbagris). A opção de traduzir o título como “Jornada de Esperança” mostrava uma perigosa tendência para a liberdade “criativa” demonstrada pelo tradutor.

Essa pulga atrás da orelha picou e coçou bastante ao longo da leitura, quando me deparei com alguns trechos empolados e de difícil compreensão. Creio que o texto não foi melhorado pela tradução.


O segundo comentário é sobre uma peculiaridade da ficção científica. Mesmo em um autor que se distancia do convencional do gênero, a ficção científica é muito marcada por prognósticos do futuro, por previsões. E não deixa de ser interessante ver algumas dessas previsões serem confirmadas com o passar do tempo, enquanto outras se revelam como grandes bobagens.

Esse foi o caso de uma das previsões feitas por Aldiss, que teria feito melhor se se ativesse ao cerne de sua história. Em um determinado ponto, em uma crítica totalmente gratuita, Aldiss afirma que em algum ponto do futuro a astrologia foi totalmente desacreditada como pura superstição.

Ora, o livro foi publicado em 1964. Cinco anos depois, em 1969, um estatístico francês chamado Michel Gauquelin publicou o livro “As Bases Científicas da Astrologia”, com as surpreendentes conclusões de seus estudos estatísticos. Gauquelin a princípio queria provar que a Astrologia era mesmo uma crendice. Os resultados de seus estudos acabaram tornando-o um dos grandes defensores do conhecimento astrológico. Para encurtar a história, ele fez um estudo com o mapa astrológico de campeões mundiais de atletismo e acabou provando cientificamente, sem a menor sombra de dúvida, que existe uma relação entre campeões de atletismo e Marte no Meio do Céu (uma posição específica do mapa). Os resultados foram cinco vezes superiores ao que seria de se esperar por mero acaso. Posteriormente, Gauquelin realizou estudos com políticos (Júpiter) e artistas (Vênus), com resultados idênticos.

Ou seja, o livro de Aldiss é bem interessante, mas nesse ponto ele fez uma previsão totalmente furada!

(05.06.09)
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