Fabrício Lôbo 20/09/20215 ESTRELAS PELA FENOMENAL 1° PARTE DA HISTÓRIA!!!Antes de mais nada, gostaria de te convidar para acessar o meu vídeo sobre este livro lá no Youtube. Preparei como muito carinho! ? -> Visite o "Literafoco" no Youtube. Fiz também outro vídeo mostrando detalhes da nova edição em Capa Dura da Martins Fontes!
Então, começo a resenha rasgando elogios para a 1° parte da trama( que é até onde o filme original vai, conseguindo ser o livro ainda melhor.)
Aqui acompanhamos o pequeno Bastian lendo um livro também chamado de "A História Sem Fim" que ele acabou roubando de um alfarrábio. Ao se esconder no sótão da escola, ele decide ler aquele livro enigmático e se dar conta que o mesmo está falando diretamente com ele.
A medida que lemos com Bastian a história dentro da historia, percebemos que nós leitores também fazemos parte desse universo e a narrativa é sobre - TODOS NÓS! ( FANTÁSTICA A FORMA QUE O MICHAEL ENDE FAZ ISSO!!!)
Nesse primeiro momento, a trama consegue ser densa, imersiva e muito original, a medida que explode fantasia e coisas que ficaram de fora do filme. Tal como, sempre nos pegaremos parando para apreciar as tiradas do autor e tacar post its nas passagens que nos fazem refletir sobre as coisas da vida, com quotes maravilhosos através de uma escrita polida e bem ornamentada. Até aqui considero um livro adulto onde crianças têm livre acesso.
ABAIXO CONTÉM SPOILERS DA 2° PARTE:
Pra mim tudo o que veio à seguir deixou a desejar, não sei se porque deu uma decaída no texto... mas me pareceu uma história paralela (a continuação que não deveria ter sido feita - kkkkk). Nesse ponto o mundo da fantasia se funde com o nosso e Bastian acaba sendo transportado para essa realidade paralela onde ele terá total poder de recriar Fantasia totalmente a seu modo ao se tornar o detentor do AURIN, o colar mágico da imperatriz criança que realiza desejos.
Fiquei chateado pelo sumiço do melhor personagem da trama: a própria imperatriz criança. A 2° parte até promete uma jornada para ela, para logo deixa-la de lado e o foco recair sob um novo Bastian. Pois a forma como ele lida com o poder gera consequências desastrosas ( a desconstrução do personagem de herói para vilão me surpreendeu, mas achei que não foi bem aproveitado.)
Atreiú e o dragão Fuchur( ou Falkor, como é chamado no filme) retornam mas sem o peso de suas respectivas presenças na 1° parte. Parece que estamos falando de uma outra obra, onde personagens novos entram e saem de cena a todo tempo. Inclusive, surge do nada uma vilã que muito lembra a Jadis de as crônicas de Nárnia em uma versão mais genérica. A trama se arrasta e as vezes me parecia não sair do lugar. O final foi legal mas no fim das contas todo mérito a essa obra atribuo a primeira parte da história. Me pareceu que o Michael escreveu no automático e até as reflexões presentes anteriormente foram substituídas por uma aventurinha infantil.
O final é simples mas é bem simbólico!
Recomendo fortemente a obra pelos motivos mencionados acima. Espero que curta a leitura tanto quanto eu!