A câmara clara

A câmara clara Roland Barthes




Resenhas - A Câmara Clara


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AB1 11/09/2020

Um livro que faz repensar sobre a fotografia
A pequena avaliação de 2,5 estrelas foi feita por mim certamente por não ter tido a capacidade de entender 100% do livro. Ele é um livro complexo, denso e difícil de ler. Muitas vezes tive que parar a leitura, reler e até pesquisar palavras para entender o contexto geral. Ele fala muito da poesia da fotografia. Barthes não é um fotografo, mas um observador. Por isso no livro ele me fez ter um outro olhar para a fotografia e seu detalhes pitorescos.
Li o livro para um seminário da faculdade, demorei para ler bem mais do que pensei que demoraria. Mas no geral gostei.
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Renata1004 18/08/2020

Descreve o Lado Paradoxal da Fotografia
Inicialmente o autor Roland Barthes, discorre o porquê de abordar sobre a fotografia. Após uma rápida pesquisa sobre o autor. Percebi que este tema tem uma relação intrínseca a corrente de pensamento filosófico do mesmo: o Estruturalismo.

Basicamente essa corrente conceitual pretende explicar as estruturas inerentes às relações humanas, e como tais são percebidas e sentidas pelos indivíduos. E escrever sobre a fotografia, foi uma maneira prática do autor explicar suas afirmações sobre o processo de significação, da qual a corrente do Estruturalismo, objetiva. O mesmo faz diversas comparações com a fotografia e pintura, e relaciona suas diferentes formas de representar a pessoa ilustrada, ou o referente.

Nas primeiras páginas, Roland cita as divisões classificáveis da fotografia: empíricas Profissionais/Amadoras, retóricas Paisagens/Objetos/Retratos/Nus, ou estéticas Realismo/Pictorialismo. Em seguida o mesmo apresenta três ideias ou intenções, que a fotografia possui: fazer, suportar, e olhar. O mesmo explicita o que compõe uma fotografia, e quais os elementos relacionados a ela, os quais são: o Operator - Fotógrafo. O Spectator - todos nós: que vemos jornais, livros, álbuns, coleções de fotos. E aquele (a), que é fotografado, ou seja, o referente, pessoa, que é denominado de eídolon, ou Spectrum da fotografia, que significa espetáculo. Nos capítulos posteriores o autor discorre a respeito deste conceito, o Spectrum, e os outros termos citados inicialmente pelo mesmo. Sendo que no conceito do Spectrum, o mesmo demonstra a partir de fotografias, seu senso crítico sobre os referentes ou, signos, nos mais diversos tipos de fotografias, abrangendo análise da semiótica, e da conotação, a partir da qual o mesmo utiliza para argumentar sobre os processos de significação da fotografia em si, da ideia e intenção dos tipos de fotos; explicando a linguagem, que a fotografia utiliza, para exercer no Spectator. Ou seja em nós que visualizamos, a atenção ou o espetáculo, do qual ele discorre ao longo do ensaio.

Paralelamente a isso, o autor explica em vários momentos sobre a estranheza que a fotografia ocasiona no Spectator, visto que câmara registra um momento, e o eterniza, porém o Spectrum, que vemos, não será eternamente aquilo que vemos, mas sim, alguém que irá morrer, ou que já morreu, ou que mudou, ou seja, registra alguém que é efêmero, e que não representa nada mais substancial que isso, apenas um corpo, uma pessoa. E portanto, em sua perspectiva, a fotografia muitas vezes é superficial, a não ser que apresente uma ideia universal, uma ideia assertiva do que determinada foto intenciona dizer. Ou seja, a mesma não deve apresentar uma compreensão dual, sua intenção, signo, deve ser claro e óbvio ao Spectator. Esses aspectos do ensaio, foram os que mais me recordo. Mesmo que pelo fato de apresentar conceitos, e linguagem demasiada filosófica, o que dificultou um pouco meu envolvimento com a narrativa.

Mas o ensaio garante uma boa leitura. Mesmo que de difícil compreensão, é uma obra que tira o leitor da zona de conforto e agrega conhecimento, a respeito do substancialismo da fotografia, sua linguagem e os tipos de foto, e como tais quando estamos na posição de Spectrum, nos objetifica. Além de mostrar a monotonia desta arte que captura e eterniza o que é tão passageiro. O autor por sua vez tem uma escrita bastante poética e metonímica.

Roland Barthes publicou seu livro, A Câmara Clara, em 1980. O autor foi escritor, filósofo e crítico literário.
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Adriana Scarpin 01/05/2020

Meu lance com Barthes vai além da minha profunda paixão por Semiótica, mais do que sobre o que ele escreve, meu prazer em sua leitura está no como ele escreve.
Exalando cultura, Barthes é um dos mais deliciosos teóricos da palavra justamente por saber usá-la com maestria e estou dando cinco estrelas para este livro em que ele destrincha a arte fotográfica de forma afetiva, não porque concordo inteiramente com ele, longe disso, mas porque é um deleite absorver cada frase.
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JeffersonCevada 01/09/2017

Espanto
poderia ser prosa poética, poderia ser um romance moderno, poderia ser fragmentos filosóficos... mas são ensaios - e isso não importa. a vontade de escrever sobre a Fotografia só reforçava o desconforto de se considerar "um sujeito jogado entre duas linguagens, uma expressiva, outra crítica". do mesmo modo que, com espanto, ao olharmos para uma fotografia vemos os olhos que viram, lendo esse livro vemos o olhar de Barthes para a Fotografia. somos conduzidos por esse olhar e levados a sentir tal como ele: "a Fotografia sempre me espanta, com um espanto que dura e se renova, inesgotavelmente." um poeta renova o olhar para o mundo porque seu espanto recria o novo. e o novo chegou até nós, seus leitores de hoje, em palavras escritas pela arte do olhar de alguém que deseja aprofundar-se na Fotografia não como uma questão, mas como uma ferida: para ser vista, sentida e pensada. afinal, "no fundo, a Fotografia é subversiva, não quando aterroriza, perturba ou mesmo estigmatiza, mas quando é pensativa".
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Ju 01/09/2016

A Câmara Clara
Roland Barthes, incrível crítico. Em seu livro relata sobre o fotografado e não sobre o fotografo em si. Leitura difícil, palavras árduas. Importantíssimo para aguçar conhecimento sobre fotografia. Todo fotografo e estudante de fotografia deveria ler.
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Daniel Corcino 31/07/2016

Não se trata de manual: são reflexões filosóficas (e pessoais) sobre a fotografia
Leitura bastante rica, que não se propõe a fazer nenhum tratado sobre a fotografia, mas sim comentários e reflexões a respeito dela na visão e na vida do autor. É uma leitura bem válida, serve para descobrir novos fotógrafos, principalmente quando se para a leitura para ir conhecer mais o trabalho de fotógrafos que ele cita (eu descobri André Kertész devido ao livro, o que já foi ótimo). Há reflexões sobre alguns paradoxos da fotografia, como a “morte” sempre presente nela, o atestado de verdade (irrefutável e questionável) dessa arte, os diferentes níveis de apreciação que se pode ter a partir de uma foto, entre outras questões... Um outro ponto que me chamou a atenção é a diferença da época que ele fala para a nossa, pois hoje em dia vivemos num mundo em que quase não há “espaço” para permitir uma foto ganhar existência propriamente dita (somos bombardeados sem parar pelas imagens), imagine chegar no nível de “punctum” (quando uma fotografia atravessa, desequilibra você) que ele tanto comenta... É um livro desafiador, não traz as coisas mastigadas e serve de bom disparador para pensar sobre vários elementos filosóficos na fotografia.
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Jack 22/07/2016

Li esse livro pra faculdade de fotografia e devo dizer, não foi nada fácil, a escrita é confusa, o autor faz muito rodeio e cria vários termos pra explicar certas coisas. Foi um livro que acrescentou muito conhecimento para mim, horas tive que parar pra rever alguns conceitos pré formados que eu tinha. Mas se está procurando uma leitura fácil, procure outro livro
Lidianara 02/05/2017minha estante
Estou tentando ler, mas está bem difícil de entender =/




DIÓGENES ARAÚJO 16/12/2015

Mais filosofia do que fotografia
Um livro de fotografia sem fotografia (Ou quase sem).
Não é um livro que aborda a linguagem técnica ou artística da fotografia, mas uma visão mais filosófica por parte do autor sobre a arte da fotografia.
Ache uma leitura sonolenta.
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Leituras e Reflexões 01/12/2015

Último livro de Roland Barthes, publicado poucos dias antes de sua morte. Neste, Barthes estabelece uma correlação entre dois processos ópticos de reprodução da imagem: a câmara clara (em que a imagem é copiada pela mão do homem) e a câmara escura (em que a imagem é reproduzida mecanicamente sem a interferência humana).
"O que a Fotografia reproduz ao infinito só ocorreu uma vez: ela repete mecanicamente o que nunca mais poderá existir existencialmente".
"A Fotografia é sempre apenas um canto alternado de 'Olhem', 'Olhe', 'Eis aqui'; ela aponta com o dedo um certo vis-à-vis e não pode sair dessa pura linguagem dêitica".
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Volnei 14/10/2015

A CAMARÀ CLARA
“A câmara clara” não é um tratado sobre a fotografia como arte, nem uma história sobre o tema. Como em muitos de seus trabalhos, Barthes rejeita os caminhos mais percorridos e se lança à tarefa de decifrar o signo expressivo, o objeto artístico, a “obra” entendida como mecanismo produtor de sentido.

site: http://toninhofotografopedagogo.blogspot.com.br/ https://twitter.com/volneicampos
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Priscila 30/03/2011

Sobre "A Câmara Clara"
Em seu último livro, Roland Barthes se propôs a ser um "mediador" da Fotografia, formulando traços fundamentais a partir de "movimentos pessoais", o que resultou em um livro ora subjetivo (pois traz sua visão sobre determinados pontos), ora objetivo (pois oferece nomenclaturas técnicas).

No início da obra, Barthes descreve seu espanto diante das primeiras fotografias e, ao longo do livro, divide com o leitor imagens que julgou belas, intrigantes, mágicas. Em determinado capítulo, classifica a Fotografia em empírica, retórica ou estética, porém afirma que "essa classificação é sem relação com a sua essência". Traz ainda as denominações: Operator (para o fotógrafo), Spectator (para quem vê a foto) e Spectrum (para quem é fotografado). Para ele, a Fotografia consistia em um entrecruzamento de dois processos: um químico e outro físico e cada imagem trazia em si um "Studium" (intenção geral da foto) e um "Punctum" (detalhe que atrai, choca).

Apesar de levantar aspectos e classificações técnicas, Barthes escreveu um livro essencialmente pessoal, pois: "Eu só me interessava pela Fotografia por 'sentimento'; eu queria aprofundá-la, não como uma questão (um tema), mas como uma ferida: vejo, sinto, portanto noto, olho e penso".
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Condessa 30/12/2010

A Câmara Clara
Atualmente as fotografias, bem como o ato de tirar fotos, já são tão presentes no imaginário e cotidiano da sociedade, e de uma forma tão massificada, que acabamos por esquecer pequenos detalhes tão belos, intrínsecos à filosofia da fotografia. São os pequenos e belos detalhes esquecidos, que compõe as teorias de Roland barthes em A câmara Clara.
Ótimo livro.

Dica: O vocabulário é bastante complexo, com palavras difíceis. tenha um dicionário perto.
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Angel 02/05/2010

Uma poética sobre... A foto!
Este livro assinado por Roland Barthes é um caso específico na questão poesia/filosofia. Assim como em outro livro de sua autoria, O império dos signos, o escritor deixa de ser um filósofo sério e matemático, para abrir lugar a suas emoções mais finas e humanas.

Porém, para muitos, este livro pode ser uma pequena decepção pois pouco fala do que é de fato uma fotografia boa/ruim, eterna/momentânea. Estes fatos duais são eventualmente retomados, mas com meros objetivos líricos.

No meu caso, li com muito carinho todas as linhas. Quando fala de sua mãe, e quer achar nas fotografias realmente o que era ela, ele relata muito do que acontece comigo, procurando o real da foto mesmo sendo uma superfície 2D impressa.

Como amante de fotografia e literatura, recomendo este livro.
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BelaBelli 30/08/2009

"E o faz para mostrar que sem a intervenção pessoal, subjetiva, do observador, que pode ver nela muito mais do que o registro realista, ou a mensagem codificada, a fotografia ficaria limitada ao registro documental."

Achei que o livro fosse mais interessante. E ele usa termos em latim muito repedidamente, achei desnecessário e chato.
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