Roland Barthes estabelece neste livro uma correlação entre dois processos óticos de reprodução da imagem, a câmara clara, em que a imagem é copiada pela mão do homem, e a câmara escura, em que ela é reproduzida mecanicamente sem a interferência humana. E o faz para mostrar que sem a intervenção pessoal, subjetiva, do observador, que pode ver nela muito mais do que o registro realista, ou a mensagem codificada, a fotografia ficaria limitada ao registro documental. A câmara clara é o último livro de Roland Barthes, publicado poucos dias antes de sua morte, em março de 1980, vítima de um atropelamento.
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