Uglies

Uglies Scott Westerfeld




Resenhas - Uglies


4 encontrados | exibindo 1 a 4


leticia.niehues 15/01/2023

Li porque foi o livro escolhido pra leitura coletiva com as minhas amigas e foi o motivo de eu ter terminado esse livro também. Nos últimos 30% a história fica mais fluida e eu consegui curtir mais a leitura. Não é necessariamente ruim, mas eu definitivamente não sou o público alvo desse livro - se eu tivesse 13 e não 23 anos talvez teria gostado mais
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Marina 07/05/2018

AMEEEI
Amei demais o início dessa série, achei diferente de outras séries distópicas pelo fato da personagem principal, Tally, não sentir qualquer desconforto na sociedade em que vive e ansiar por viver exatamente dentro dos padrões que essa sociedade impõe. Então, ao decorrer do livro vemos um desenvolvimento da personagem no sentido de enxergar que muitas coisas não estão certas e não são perfeitas como ela achava que eram... isso foi bastante interessante. Por outro lado, não vou muito com a cara da Tally e a personagem que realmente me cativou e que é TUDO nesse livro é a linda e maravilhosa da Shay. Ela é a verdadeira heroína desse livro, na minna opinião. Quero logo ler os outros livros dessa série para ver a conclusão da história e o desenvolvimento dos personagens a quem me afeiçoei (sério gente, a personagem principal é uma das que menos gosto, por mim ela morria de boas, tomara que eu mude de opinião nos próximos...)
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Vivi Barini 25/03/2012

Como toda feia, Tally está contando os dias para seu aniversário de dezesseis anos, quando finalmente poderá fazer a operação que a deixará perfeita, com olhos grandes, pele impecável, dentição indestrutível, e altura e peso ideais. E a espera é ainda pior agora que todos os seus amigos, incluindo seu melhor amigo Peris, foram transformados em perfeitos.

É essa saudade de Peris que faz Tally sair escondida à noite um dia para Nova Perfeição, onde os novos perfeitos ficam, para poder falar com o amigo. Mas se tem algo que a jovem não esperava era fazer uma nova amizade durante seu passeio.

Tally e Shay, ambas deixadas pelos amigos que se tornaram perfeitos, logo viram melhores amigas; passam os dias conversando, andando de pranchas voadoras e pregando peças nos feios mais novos.



- leia mais em The Bookaholic Princess: http://www.thebookaholicprincess.com.br/2012/03/feios-1-feios-por-scott-westerfeld.html
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Tayla Olandim 05/04/2011

A Ditadura da Beleza
“Besides,” Tally argued, “just because we get the operation doesn’t mean we can’t do stuff like this.”

“But pretties never do, Tally. Never.”

Tally sighed, tipping her feet again to follow. “Maybe that’s because they have better stuff to do than kid tricks. Maybe partying in town is better than hanging out in a bunch of old ruins.”

Shay’s eye flashed. “Or maybe when they do the operation – when they grind your bones to the right shape, peel off your face and rub all your skin away, and stick in plastic cheekbones so you look like everybody else – maybe after going through all that you just aren’t very interesting anymore.”
(Uglies, pg. 50)


Antigamente existiram os Rusties (Enferrujados) que, acima de qualquer outra coisa, eram especialistas em prejudicar à si mesmos. Eles desmatavam florestas, poluiam o ar e a água, e, nos países mais ricos, era normal uma família gerar dois quilos de lixo por dia. Lentamente eles destruiam o planeta e tudo aquilo que precisavam para sobreviver. Um dia, porém, eles ficaram bons de mais em causar dano à si mesmos. O Crash aconteceu e os Rusties desapareceram da face da terra.

Alguns humanos, é claro, sobreviveram. Eles então formaram Cidades. Nas Cidades os humanos começaram a se reorganizar e, graças ao medo deixado pelo Crash, aquele foi um período de paz. Mas logo as cidades cresceram e o medo de que algo horrível pudesse acontecer novamente por causa do egoísmo e da intolerancia humana voltou e eis que os cientistas sobreviventes vieram com uma solução: se todos fossem iguais tanto em relação às crenças quanto em relação à beleza externa, as guerras, as disputas armamentistas e os preconceitos por causa de cor e religião nunca aconteceriam novamente. Foi por isto que eles inventaram A Operação. Desde então, todos os adolescentes de 16 a 21 anos (a idade varia de acordo com a cidade) passam por uma cirurgia obrigatória que os transforma de Uglies (Feios) a Pretties (Perfeitos).

Foi desta forma que a paz foi estabelecida permanentemente.

Ou pelo menos é isto que é ensinado nas aulas de história em Uglyville (Vila Feia - vou continuar chamando a Vila Feia de Uglyville porque não gostei da tradução =P) e é isso que todos os Feios aprendem desde pequenos. Sendo assim, não é de se surpreender que Tally Youngblood, com seus dezesseis anos incompletos, mal possa esperar pelo seu décimo sexto aniversário e pela operação que finalmente a transformará em Perfeita.

Mas, como sempre, nem tudo são flores, algo aparece para questionar essa verdade absoluta que Tally aprendeu. Este algo é Shay, uma garota que não deseja se tornar Perfeita. As duas logo se tornam amigas e Shay depois de muita conversa e até algumas brigas tenta converser Tally que ser perfeita não seria assim tão bom e que as duas deveriam fugir. Ela fracassa e no dia anterior àquele que as duas fariam 16 anos (coincidêntemente elas fazem aniversário no mesmo dia...) Shay foge sozinha para um lugar chamado Smoke (Fumaça) onde há um tipo de colônia criada pelas pessoas que preferiaram continuas feias. Ela deixa para trás só um bilhete com algumas informações mais ou menos codificadas para, se Tally mudasse de ideia antes da hora da operação, a amiga pudesse seguí-la.

É claro que este pequeno gesto de amizade resultará em um problema muito maior do que Shay ou Tally poderiam imaginar.


“If you tell me what Special Circumstances is, I'll answer you.”

[...]

Dr. Cable narrowed her eyes, her face becoming even more like a predator's. "We exist in equilibrium with our environment, Tally, purifying the water that we put back in the river, recycling the biomass, and using only power drawn from our own solar footprint. But sometimes there are threats from the environment that must be faced.”

She smiled. “Sometimes there are Special Circumstances.”
(Uglies, pg. 107)



Tally não muda de ideia.O que ela mais deseja é ficar tão linda quanto os outros Perfeitos. Poder festejar a noite inteira em festas de gala e não mais encontrar seu nariz alguns milímetros grande de mais e seus olhos levemente estrábicos refletidos no espelho. No dia da operação, porém, enquanto ela conta os minutos até o momento da operação, Tally é levada para o quartel general do Special Circumstances (Circuntâncias Especiais) e é colocada frente a frente com os Specials (Especiais), um tipo de serviço secreto dos Perfeitos.

A chefe dos Especiais, Dra. Cable, ordena que Tally siga as instruções deixadas por Shay e encontre e reporte a localização de Fumaça. Assim os Especiais poderiam... a-ham... neutralizar a anomalia que o lugar representa. Inicialmente Tally recusa, mas ela acaba aceitando a missão diante da ameaça de permanecer Feia pelo resto da vida.

A parte da jornada de Tally até Fumaça da uma desanimada no ritmo do livro. São 7 capítulos (curtos - mais ou menos 35 páginas) onde Tally não faz muita coisa além de pernoitar ao relento e comer Espaguete à Bolonhesa. A parte mais interessante é o encontro com os Perfeitos de uma cidade desconhecida. Imagino que este acontecimento será relevante para os próximos livros da série.

O livro continua com a vida de Tally em Fumaça, alguns aprendizados e a descoberta de segredos em relação aos Perfeitos (segredos estes que me surpreendem por serem segredos já que são estupidamente óbvios). Após muito drama, um romance adolescente meio novela mexicana e uma reviravolta causada pela própria lerdeza inocência de Tally, a história chega a um desfecho que, se não previsível, pelo menos é um gancho interessante para o próximo livro.

-;-

All in All, apesar de ser uma distopia futurista e de possuir uma forte crítica social, o livro se apoia muito mais no lado YA (romances, vida adolescente e popularidade) do que na ficção científica (ciência e tecnologia) para conduzir a história. Isto faz com que o livro seja uma leitura leve e que as pouco mais de 400 páginas sumam rapidamente. Eu, particularmente, demorei por volta de um dia para terminar Uglies (e a minha leitura costuma ser muito lenta).

O que conseguiu pegar mesmo a minha curiosidade foi a crítica social e o passado do mundo de Uglies: a história dos Enferrujados, como as cidades se organizaram depois do Crash e o Dark-side dos Perfeitos, os Especiais. Agora os personagens... Sendo sincera com vocês, achei os personagens meio xoxos. Não consegui simpatizar com nenhum. Fora que o romance meio que cai do céu e faz a coisa soar meio forçada em certo ponto. Um dia destes, vi numa resenha algo que concordo plenamente: alguns autores ou algumas histórias deveriam abster-se do quesito romance. Adoro romance, mas importante notar que ele não é pre-requisito para uma boa história e, as vezes, podem até estragar algo que ia muito bem. Qual é o problema da personagem principal terminar sozinha?

Admito, esperava um pouco mais, mas, mesmo assim, o livro continua sendo bom. Gostaria que tivesse um pouco mais de suspense, que a crítica social fosse mais forte ou que o autor aprofundasse mais nas questões levantadas, mas tudo bem. A Lulu leu um outro livro do Scott Westerfeld este mês: Leviathan; e ela também mencionou o fato que o autor não aprofundou muito nas questões polêmicas. Me pergunto se este o estilo do dele...

Bem, eu comprei o box com os quatro livros (Uglies, Pretties, Specials e Extras) então vamos ver como o Scott Westerfeld aprofundará as discussões nas continuações.
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