spoiler visualizarVih 17/05/2021
PERSPECTIVAS ACERCA DO ENSINO DO NÚMERO
Decorar, formar sistemas de memorização, induzir e exigir respostas corretas é uma forma da presença da heteronomia presente em sala de aula já que diante do erro, não são considerados o caminho percorrido para a construção do pensamento produzido pelo próprio aluno, suas experiências e conhecimentos prévios a respeito do assunto exercitando e incentivando a construção de hipóteses e racionalizações voluntárias, Constance reafirma as implicações das concepções teóricas piagetianas que criticam e apontam como forma de controle, os méritos, sanções e castigos, prejudicando o sucesso efetivo na escola.
Pode-se afirmar que os frutos de uma abordagem ou metodologia mensuradas e determinadas entre erros e acertos, respostas corretas e incorretas, notas altas e baixas, memorização, moldadas pela heteronomia e por métodos tradicionais que consistem em fazer o que esta preestabelecido sem investir na liberdade de pensamento ou em formas que permitam uma analise voluntariamente formulada pelo próprio individuo, não formam o alicerce para a construção de estruturas de número e a quantificação de objetos ou contagens de memória são abordagens que devem ser analisadas e revistas. A importância de desenvolver a inteligência da criança por meio do uso, trabalhando de maneira dinâmica, natural e com fluidez permite aos alunos a construção do conhecimento lógico-matemático por meio de relações diversas com diversos objetos e diversos contextos, situações e ambientes.
Diante da perspectiva construtivista é feita uma relação em conjunto entre a autonomia e o sucesso da educação demonstrando sua natureza essencial.
A importância da Pedagogia da Autonomia citada e fortemente explanada por Freire é defensora de práticas pedagógicas que atinjam com facilidade a autonomia dó aluno, para que sejam “capazes de comparar, de valorar, de intervir, de
escolher, de decidir, de romper, por tudo isso nos fazem seres éticos” (FREIRE,
2010, p.33).
Independencia, pensamento critico, questionamentos, são essênciais no processo da aquisição e uso do conceito de número pelas crianças, o professor deve mediar, organizar-se e ter criatividade para estabeler diversas relações com objetos, além de incentivar interações em grupo são abordagens que podem favorecer e criar uma estrutura mental do número. O planejamento de vivências práticas espontâneas que não foquem na contagem e na escrita mecânica dos numerais fazendo com que o aluno decore os números ao invés de construir estruturas mentais e compreender conceitos referente ao número
O presente exposto tem por objetivo analisar a perspectiva educacional de Constance Kamii frente às Teorias Educacionais de Piaget no que diz respeito aos objetivos do ensino do número, suas implicações e com maior ênfase em uma metodologia que valorize o ato de pensar logicamente em detrimento às formas mecânicas de ensinar e aprender.