A Curious Beginning

A Curious Beginning Deanna Raybourn




Resenhas - A Curious Beginning


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julia 21/07/2023

Resenha: A Curious Beginning
A Curious Beginning foi um pouco confuso para mim em termos de... praticamente tudo. Eu realmente queria aproveitar o livro como um mistério histórico aconchegante, mas não funcionou bem assim.

Veronica Speedwell como personagem principal e narradora foi fantástica! Eu amei sua confiança e como ela era segura de si e como ela se recusava a se desculpar por isso. A maneira como às vezes causava conflito com um determinado personagem também criava algumas cenas adoráveis.

Meu principal problema foi com o estilo de escrita? Acho que não me acostumei totalmente com isso ao longo da minha experiência de leitura. Às vezes era um pouco difícil de entender, especialmente quando combinado com o ritmo lento da primeira metade do livro.

E isso, eu acho, foi um caso de expectativas incompatíveis? Eu esperava mais de uma investigação de mistério de assassinato do que o que recebi. O segundo tempo foi melhor para mim nesse aspecto, mas a reviravolta principal em relação à Veronica não funcionou para mim de forma alguma.

Ainda vou tentar ler o segundo livro, pois ouvi dizer que esta série fica cada vez melhor a cada livro que passa. Este foi um pouco morno demais para mim.
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Carous 16/05/2020

Às vezes eu acho que não me odeio, então pego livros como este e fico em dúvida se é verdade.
Se tivesse abandonado o livro como queria mês passado, estaria frustrada e aborrecida dele não ter atingido minhas expectativas, mas pelo menos conseguiria dar 2 estrelas. Porém eu decidi ir até o fim e agora não consigo dar mais que 1 estrela. Além disso, não estou mais aborrecida ou frustrada. Estou PUTA!
Minha vontade de espancar a Deanna com este livro até eu perder minhas forças. Ela não apanharia por muito tempo; verdade seja dita, eu não tenho mais energias para esses livros que prometem aventura com uma protagonista sagaz que quebra regras e um charmoso rapaz a tiracolo mas entregam uma história que já vi antes - e muitas vezes - girando ao redor de uma chata de galocha metida a besta e um panaca.

Deanna Rayborn não conseguiu botar um pingo de originalidade na sua protagonista de romance histórico. Eu não esperava muita coisa e concluí o livro decepcionada do mesmo jeito.
Óbvio que não acreditei quando Veronica Speedwell foi vendida como uma personagem aventureira à frente do seu tempo, ~diferente~ das outras donzelas do seu círculo social, feminista pra caramba. Não nasci ontem e sei que 99% das vezes isso encobre a dura verdade: uma protagonista que quebrou padrões (sem notar o quanto é privilegiada por ter conseguido isso)e julga as outras mulheres por não terem seguido o mesmo caminho. As que genuinamente estão felizes e satisfeitas em não serem mais do que esperam delas, Veronica diminui. Como se casar, ter filhos e gostar de conversar sobre frivolidades ao invés de embarcar em expedições pelo mundo fosse algo menor.
No fundo, entendo o horror de Veronica a tudo que é considerado adequado ao sexo feminino no século XIX. Mas Deanna é uma mulher do século XX, que provavelmente já viu abordagens equivocadas assim em outros livros. Isso não é feminismo, isso não é sororidade. Se não repetisse, seria menos um problema deste livro.

Mas ela preferiu entregar ao leitor uma personagem arrogante, metida, grossa. Eu não vou aliviar a barra dela só por ser mulher. Se houvesse um personagem masculino no livro com os mesmos defeitos de Veronica, o ranço seria igual.
Céus, se existisse a palavra "womenplaining", eu usaria para definir cada momento em que NINGUÉM perguntou sobre borboletas e ela dá uma palestra sobre o assunto, aproveitando para se vangloriar das expedições que participou, dos lugares que conheceu, das bebidas exóticas que experimentou, das espécies que descobriu e classificou, do perigo que correu, dos homens que beijou, de como é solicitada pelos museus e colecionadores por ser uma cientista tão competente.

Ela fala isso para cientistas mais experientes que ela, para o garoto que cuida dos cavalos, para a mulher que divide o trem o com ela. Ninguém nunca pergunta, ninguém nunca se importa, mas o fogo para se vangloriar parece sempre a vencer. É chato. É de revirar os olhos.

Ainda por cima, é constrangedor quando ela vem com esse papo para cima de Stoker: muito mais velho que ela, muito mais experiente que ela e que ainda publicou diversos volumes - diferente dela.
É forçado quando a gente lembra que, sendo mulher, ela não poderia ter feito nem metade disso. Veronica pode não ter viajado, mas a autora com certeza "aprendeu a voar".

E o Stoker. Também não é diferente dos personagens masculinos de romances históricos. Ele é um homem carrancudo com um passado misterioso - que não tive a menor curiosidade de saber. Segue a linha antes-sofria-agora-sou-fria que não me comoveu.
Ele tem cicatrizes no corpo e calos nas mãos derivado do seu trabalho, mas pasmem: nada disso o impediu de ser lindo de morrer, segundo Veronica (a feminista que não está nem aí para homem, mas a descrição de como ele é bonito é a primeira coisa que ela menciona).

Por último temos a parte principal deste livro: o sequestro de Veronica. No início nos perguntamos quem quer sequestrar nossa mocinha; se bem que lá pela metade do livro a gente se pergunta QUEM NÃO QUER sequestrar essa chata e dar um fim nela. O que posso dizer sobre esse ponto do livro é: assim como Veronica, como Stoker e as confusões que pelo caminho, isso decepcionou.

Às vezes me deparo com uns livros que me fazem pensar: valeu a pena? Não, não valeu. Perdi meu tempo, menosprezei a cara educação que meus pais me deram, desprezei o trabalho de alfabetização da minha tia da escola, submeti meus olhos a algo traumático. Mas a pior parte é quando penso nas árvores mortas para que o livro tivesse uma versão física. RIP, suas mortes desnecessárias serão vingadas.
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