Wolf By Wolf

Wolf By Wolf Ryan Graudin




Resenhas - Wolf By Wolf


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Lauraa Machado 01/05/2019

Absolutamente excelente!
Como é que o mundo inteiro não está lendo este livro? Amando este livro? Idolatrando este livro? Pare de ler essa resenha, vá colocá-lo na sua lista de próximos, no carrinho da Amazon, baixar no seu e-reader. Só vai. Porque esse foi um dos melhores livros que já li e acho que vou passar as próximas horas de boca aberta aqui, tentando digerir tudo que aconteceu.

Meu maior medo para este livro era ele ser muito "livro de viagem", algo que costuma me incomodar muito. Fico bem entendiada rápido, admito. Mas as partes mesmo de viagem foram super rápidas, então fica difícil colocá-lo nessa categoria. Se isso é algo que te incomoda, nem precisa se preocupar. Você não vai ficar entendiado em momento algum aqui.

Como um livro que explora uma história alternativa, ele é realmente excelente. Me senti naquela época desde a primeira cena! Foi tão fácil de acreditar. E essa estética da época da Segunda Guerra Mundial é uma que, infelizmente, me atrai demais. Infelizmente, porque nada de bom saiu dela. Eu gosto mesmo de histórias dessa guerra, ainda que elas costumem me incomodar muito. Este livro me incomodou muito. Sei bem que é do tipo que vai me fazer ficar pensando sobre ele por dias e dias.

Essa é uma das melhores partes dele, o fato de que a autora encara toda a realidade da guerra sem medo e consegue analisar a personalidade e a identidade da Yael do começo ao fim. A escrita dela é maravilhosa aliás, definitivamente minha parte favorita. Fiquei bem abismada várias vezes com a capacidade dela de encontrar palavras inesperadas que encaixavam tão bem. E a Yael em si foi a segunda melhor parte do livro.

Existem pouquíssimas protagonistas que mereçam fazer parte de uma comparação com a Yael. Obrigada, Ryan Graudin, por mostrar mais uma vez que livros YA não precisam necessariamente ser bobos, fáceis e simples; que eles também podem ter personagens complexos, intrigantes e bem trabalhados, com defeitos, contradições, convicções. Você precisava publicar mais livro, por favor.

E eu até encontrei crush nesse livro, o que é algo bem raro para mim (devo ter uns seis só). Não tem realmente romance aqui, só uma amostra, por assim dizer. E é claro que eu torci para a Yael se interessar pelo carinha errado - primeiro, porque o outro é bem incrível (salvo o pequeno defeito de ser bem agressivo e precisar urgentemente fazer uma terapia de raiva), e, segundo, porque o charme convencido do carinha me fez revirar os olhos e não é nem um pouco atraente.

Mas o final do livro me fez sentir como esse último parágrafo está me fazendo sentir agora: bem besta. Porque existem coisas bem maiores nessa história do que romance - e ainda bem que a Yael é menos besta do que eu e nunca se esqueceu!

"Você aprendeu o que significa liberdade e, disso, não se esqueça jamais." (Frase que vi no muro de Berlim - faz tanto tempo já.)

Esta é uma história muito bonita, muito pesada e muito importante também. O enredo do livro é bem emocionante, você nem vai conseguir respirar direito. Confesso que eu estava desafiando a autora a dar um final diferente, um que ninguém tem coragem de dar (lembro de reclamar disso em dezembro, sobre Girls of Paper and Fire), mas ela escolheu outro caminho. Tá, também é um caminho bem inteligente e interessante, mas ao menos uma vez na vida quero ver alguém fazer esse final na cara e coragem.

Claro que eu recomendo este livro, não sei nem o que você ainda tá fazendo aqui e não começou a ler! Vou direto para o segundo livro da duologia, não vou nem fazer questão de tomar fôlego antes.
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