Snow Crash

Snow Crash Neal Stephenson




Resenhas - Nevasca


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Antonio Luiz 10/01/2013

Falha de sistema
A edição brasileira de "Nevasca", romance de ficção científica cyberpunk de Neal Stephenson, publicado originalmente nos EUA em 1992, chegou às livrarias em setembro de 2008.

Muito bem vendido e cultuado nos EUA, esse livro fez poucos adeptos no Brasil. Para começar, o título e a capa não foram bem adaptados e não ajudaram a aclimatá-lo. O título original, "Snow Crash", refere-se a uma falha de sistema característica dos primeiros computadores Macintosh, que resultava numa tela de pontos aleatórios semelhante à estática de um televisor antigo sintonizado em canal não existente, efeito conhecido em português como "Chuvisco". Teria sido preferível usar essa palavra, o título em inglês ou outra adaptação qualquer (até o francês "Le Samouraï virtuel" soa mais convidativo). De resto, a tradução de Fábio Fernandes, fluente e coloquial, é bastante satisfatória. Excetuados uns poucos tropeços, principalmente no que se refere a unidades de medida.

A capa também não foi feliz. A composição parece vagamente inspirada na edição estadunidense (http://en.wikipedia.org/wiki/Snow_Crash ), mas deixou que se perdesse seu significado. Na capa original, o herói olhava para uma Los Angeles futurista através de um portão em uma muralha babilônica, aludindo a um segredo dos antigos sumérios que se mostra decisivo para a trama. A versão da Aleph mostra uma cidade tradicional (nada parecida com uma metrópole californiana) através de uma arcada convencional, em nada relacionada com o livro. Ninguém diria que se trata de ficção científica. A combinação de título e capa provavelmente não chamou, nas estantes, a atenção dos fãs do gênero, ao passo que texto e chamadas não são de entusiasmar os apreciadores de uma literatura mais tradicional.

De qualquer modo, é preciso dizer que um sucesso estrondoso seria de surpreender. Não merece, nem de longe, a influência que teve, nem a classificação (em 85º lugar) entre os 100 melhores romances em língua inglesa desde 1923, que lhe deram dois críticos da revista "Time" em 2005. É discutível até se deveria constar nem entre as cem melhores obras de ficção científica. Parece ter sido um dos livros de ficção científica mais superestimados de todos os tempos, além de já chegar fora do prazo de validade. Quase tudo que ali se apresentava como a última palavra em moda pseudointelectual já envelheceu e tornou-se lugar-comum ou maneirismo obsoleto. Vale notar que, embora não seja mencionado o ano dos acontecimentos, o personagem principal nasceu nos anos 70 e está na casa dos trinta, o que permite concluir que, a rigor, o futuro ali descrito estaria acontecendo... em 2010.

A obra inclui detalhes de especulação tecnológica divertidos ou interessantes, mesmo se não muito verossímeis, como skates supertecnológicos que valem pelos melhores carros da franquia James Bond e são usados por mensageiros apressados, equivalentes mais jovens e menos responsáveis dos piores motoqueiros de São Paulo. Também são curiosas as "coisas-ratos", cães de guarda cyborgs capazes de correr a velocidades supersônicas.

Já o "Metaverso", universo virtual imaginado nessa obra, certamente também pareceu interessante na época, mas hoje soa datado e parece mais pobre - e, ao mesmo tempo, mais elitista - que qualquer Second Life da vida. Vale notar que a expressão "avatar", hoje lugar-comum para as imagens que representam usuários da internet em fóruns e jogos e título de um dos maiores sucessos de Hollywood, foi popularizada (mas não inventada) por esse livro.

Também há algo de aproveitável no humor irônico em relação aos valores e ao modo de vida da classe média californiana de condomínios fechados mais ou menos análogos às nossas Alphavilles. No livro de Stephenson, esses condomínios se tornam estados soberanos em rede, chamados "franchulados" - uma tradução não inteiramente satisfatória de franchulates, cruzamento de "franquia" (franchise) e consulado (consulate), com suas próprias alfândegas, moedas, leis, prisões e, por assim dizer, justiça.

Mas é uma ironia superficial e em parte cúmplice: o autor vê com simpatia essa perspectiva de uma sociedade individualista, egoísta e fragmentada, concebida de acordo com as concepções libertarian ou anarcocapitalistas tão populares entre autores de ficção científica e geeks dos anos 90.

Não recua nem mesmo ante a consequência óbvia de fazer do crime organizado, principalmente a tradicional Máfia siciliana, um dos maiores beneficiários do sistema. Entre outras coisas, essa organização monopoliza o serviço de entrega de pizzas na América do Norte, com o compromisso de atender a qualquer pedido em até 30 minutos. Em caso de falha, o próprio capo de tutti i capi pedirá desculpas pessoalmente ao cliente - e o entregador, presumivelmente, perderá a vida.

Assim como um cartel do narcotráfico colombiano, a Máfia governa muitas comunidades e é pintada como humana e extremamente competente nessa atividade. Stephenson faz do supremo capo um dos seus heróis mais simpáticos e de sua organização uma benfeitora da humanidade. É o caso de nos perguntarmos se a verdadeira Máfia não ajudou a persuadir os críticos das qualidades dessa obra que tanto a exalta.

Já o que resta do governo federal dos Estados Unidos - que continua a ter um presidente e emitir uma moeda extremamente desvalorizada, apesar de controlar apenas uns poucos prédios e terrenos esparsos - não merece sequer a dignidade de ser um antagonista respeitável. Não passa de uma patética organização de pistoleiros e programadores medíocres contratada pelo verdadeiro vilão, L. Bob Rife, dono de uma igreja neopentecostal cujo nome e personalidade são claramente calcados no falecido L. Ron Hubbard, escritor de ficção científica que fundou a chamada Dianética e a seita da Cientologia.

A verdadeira chave do sucesso deste livro parece ter sido a adulação despudorada dos valores geek e teen. O personagem principal, Hiro Protagonist (sic), além de entregar pizzas, é o melhor hacker do mundo, um organizador de shows de fuzz-grunge que fazem sucesso estrondoso e de quebra é samurai, "o maior espadachim do mundo". Filho de um negro com uma coreana, é dono de aparência única e chamativa.

Um agregado de características mais que um tanto improvável, que só faz sentido enquanto devaneio de um nerd dos anos 90, fanático por videogames de ação com armas vistosas. Mais ou menos como Superman era o devaneio do nerd dos anos 30. É pobre e tem dificuldades com as mulheres, mas de resto é praticamente invencível e tem uma sorte inacreditável.

Vale notar que, para esse Protagonista com P maiúsculo, só há quatro coisas que a vaga "América" de seu tempo e realidade (conceito puramente geográfico, pois os Estados Unidos, enquanto nação, deixaram de existir) faz melhor que todo mundo: música, cinema, microcódigo (software) e entrega de pizza em alta velocidade, exatamente as quatro coisas que ele, modestamente, faz. Seu julgamento parece coincidir com o do autor e seu público e revela sua estreiteza, ao menos no que se refere ao primeiro item. Por "música", entende-se, única e exclusivamente, o pop norte-americano. Mesmo se a bem-sucedida banda que o personagem promove é liderada por um ucraniano.

O segundo personagem em importância é Y.T., uma adolescente skatista bonitinha, sócia de Hiro, que zomba dos piores vilões na cara deles, enfrenta os piores perigos e sempre se sai bem - é o Robin do Batman da história. Todo mundo a adora, inclusive o chefão da Máfia e o assustador Corvo, assassino munido de bombas de hidrogênio que é o mais temível agente do arquivilão. Por mais que tenha um aspecto cool e modernoso, Y.T. representa a mais brega e bobinha das fantasias femininas: o sonho de ser capaz de seduzir e manipular até os piores bandidos com beleza e jeitinho. Assim como Hiro, representa o que entre ficcionistas amadores é conhecido como uma "Mary Sue": um personagem idealizado, praticamente sem defeitos que representa uma projeção do desejo do autor - e eventualmente do leitor, se este estiver sintonizado nas mesmas expectativas e valores.

Os outros personagens são ainda mais estereotipados: arquivilão, namorada do herói a ser reconquistada, mafiosos, assassinos eficientes e silenciosos, russos toscos e brutais. As relações entre eles são forçadas e arbitrárias (sendo a mais forçada a maneira como Y.T. se torna protegida do chefão e paixão do assassino). A história, desconjuntada, tem mais cara de quadrinhos de super-heróis ou videogame, sem muita preocupação com plausibilidade e verossimilhança, do que com literatura. Muitas perseguições e tiroteios com veículos e armas vistosas, ainda que improváveis. O final, tosco e abrupto como um golpe de sabre, deixa inúmeras pontas soltas.

O aspecto especulativo, talvez o mais importante para o leitor de ficção científica, é um amontoado de bobagens a serviço da adulação da ideologia geek. Faz dos hackers literalmente os donos do mundo desde a Suméria, programando corpos e mentes por meio da religião e da cultura. Todo dado cultural, toda ideia é tratada como um programa que roda nos sistemas nervosos humanos e deles toma posse. Religiões e ideologias são vírus criados por antigos sumerianos - ou, talvez, simplesmente caídos do espaço - pelos quais os humanos são dominados.

Mas Stephenson acredita também em antivírus ou vírus benignos criados por "bons" hackers, que são aqueles das religiões com as quais simpatiza (aquelas que ele considera racionalistas e individualistas), a saber um imaginário judaísmo isento de legalismo e um imaginário cristianismo isento de hierarquia, teologia e dons do Espírito Santo, como "deveriam ser" se não fossem contaminados pelos vírus arcaizantes das prostitutas da Babilônia, culturadoras de Asherah... das quais a manifestação moderna seria o pentecostalismo e seu irracional "falar em línguas". Isto seria nada menos que o retorno à superfície e expressão direta de antigos programas sumérios, cuja língua, como "linguagem de máquina" original do cérebro humano, teria estranhos poderes.

Baseada numa versão especialmente fantasiosa de uma especulação de Richard Dawkins sobre a cultura como agregado de "memes" (informações que buscam reproduzir a si mesmas, independentemente de significado e utilidade) essa teoria é explicada de forma literariamente inábil, através de diálogos longos e tediosos do Protagonista com um bibliotecário virtual, no qual se misturam programação neurolinguística, teoria da informação, arqueologia mesopotâmica e uma leitura curiosamente fundamentalista da Bíblia - entre outras coisas, leva-se praticamente ao pé da letra o mito da Torre de Babel.

Além de dar por fatos estabelecidos e enciclopédicos teses bastante polêmicas sobre história e religião antigas, o narrador quer fazer crer que o sumeriano foi em algum momento a única linguagem humana, aparentemente ignorando que essa civilização conviveu com muitas outras, destacando-se apenas por ter sido uma das primeiras a desenvolver uma escrita. É mostrar um bocado de ignorância a respeito da existência de outras culturas, outras religiões e outras interpretações da história e da arqueologia.

Aparentemente, o autor ignorava, ativa ou passivamente, a existência de civilizações a leste da Mesopotâmia. Mais que isso, não conhece ou prefere não tomar conhecimento das complexidades e contradições de sua especulação e prefere disfarçá-las com as distrações pirotécnicas e um maniqueísmo dos mais ingênuos. Se tudo são programas que nos manipulam, por que preferir ser manipulados por estes e não por aqueles? Se tudo é código auto-replicante, se nenhuma expressão tem real significado ou conexão com o que seu autor pretende significar, que resta da experiência humana?

Ao que parece, apenas a satisfação de receber uma pizza em menos de trinta minutos e sentir-se um pouco mais seguro que os miseráveis refugiados asiáticos que vagam pelo mar em busca de um lugar onde pisar (e que os heróis se dedicarão a empurrar de volta para o mar), portadores todos de um temível vírus promíscuo, coletivista e pentecostal que ameaça liquidar o individualismo egocêntrico e solipsista dos geeks californianos.

É esse o programa com o qual Neal Stephenson quis nos inocular. Mas chegou tão atrasado e desconectado em relação à realidade brasileira de 2009 quanto um vírus escrito para o Windows 3.0 em um laptop Linux de hoje.
sagonTHX 10/01/2013minha estante
Antonio Luiz, parabéns. Sua resenha ficou ótima. Uma das melhores que li no Skoob até hoje. Por conta disso, desisti de comprar esse livro. Já tomei na cabeça com O Guardião e A Companhia Negra, por causa da sinopse. Concordo contido quanto a capa do livro. A norte-americana é zilhões de vezes melhor que a adaptação brasileira.


Orlando 15/04/2014minha estante
concordo com algumas coisas e discordo de outros, mas sua resenha é realmente ótima e acima da média do que normalmente se encontra no skoob e até mesmo em grandes sites por aí.

você toca em pontos chave sobre as falhas do livro, mas sobre a questão de ficar datado, isso ocorre com todas as obras do cyberpunk, inclusive com coisas em Neuromancer, esse sim merecedor de seu lugar entre os 100 mais.

a literatura cyberpunk tem essa característica de pegar as coisas muito próximas de si mesma e extrapolar com elas... por isso a questão da moda ser algo próximo do presente da época da obra do que algo futurista propriamente dito, como é o caso do já citado Neuromancer que usa a moda e o estilo punk como sendo predominante em muita coisa num futuro próximo, sendo que a moda é algo extremamente mutável e recorrente, faço essa concessão ao Nevasca (título péssimo mesmo, hein).

mas no geral achei um bom livro, tem umas boas referências e tem grande valor como sendo praticamente a última obra cyberpunk lançada antes do fim do movimento iniciado lá atrás por William Gibson e seus comparsas


Serpassan 29/05/2022minha estante
Parabenizo por sua maravilhosa resenha, há pouco tempo fiquei sabendo do livro ao ver um documentário na Netflix e recentemente baixei o livro, comecei a ler e não fluía de forma alguma, daí hoje ao ver sua resenha está muito óbvio que não tem condições de continuar a leitura, e realmente suas observações são super válida.


Nathaniel.Figueire 05/12/2022minha estante
"Mas é uma ironia superficial e em parte cúmplice: o autor vê com simpatia essa perspectiva de uma sociedade individualista, egoísta e fragmentada, concebida de acordo com as concepções libertarian ou anarcocapitalistas tão populares entre autores de ficção científica e geeks dos anos 90."

Eu estava discutindo exatamente isso, então não é somente minha impressão. Há todo um tom festivo em torno dessa sociedade extramente individualista, elitista e doentia que o romance constrói. Eu já não sou grande fâ de cyberpunk, e achei esse para lá de desinteressante.

Não terminei de ler (estou na metade), acabei pegando um leve spoiler na tua resenha, mas foi bom, porque acho que vou desistir. Não vou ficar perdendo meu tempo com elegias ao ancapistão e seus valores doentes de hiperindividualidade.


Mateusgv 23/07/2023minha estante
2023, lendo a 3ª edição (de 2022), os erros de tradução envolvendo unidades de medida ainda persistem, além de eventuais outros erros que podem confundir e muito a interpretação de alguém mais desatento ou sem conhecimento de inglês. Exemplo: uma cena envolvendo um helicóptero de repente trás as palavras ?avião das lâminas do rotor?, o que não faz sentido algum. Certamente uma tradução incorreta de "plane?, no inglês, que deveria ter sido traduzida para ?plano?, ou seja, o plano de rotação das lâminas. No geral me entreti pela história, mas vários erros como esses (e até erros de digitação, não apenas de tradução) me causaram um grande desconforto.


Alexandre 04/09/2023minha estante
Eu concordo que esse livro não deveria figurar nem entre os 100 do sci-fi mundial. A partir da página 250 se arrasta de várias maneiras. Apesar da descrição ser boa, o livro fica parado e parece que autor não sabe aonde vai chegar com aquilo tudo que ele descreve no começo do livro.




Chiquinho 27/07/2009

TERMINEI A LEITURA PARA PROVAR QUE SOU CAPAZ DE LER COISAS RUINS
É verdade, o livro chamou-me a atenção pela frase que traz na capa, como sendo um dos melhores livros da literatura inglesa dos últimos tempos. É uma grande mentira!
julio.filipe.5 29/05/2018minha estante
Hahahahah, eu acho que vou terminar a leitura do livro pelo mesmo motivo




Benditos livros - Luana 08/01/2023

Olha o metaverso aí, gente !
Se você, como eu, gosta de ficção científica e cultura cyberpunk, Snowcrash, de Neal Stephenson, é o livro para você.

Temos aqui um futuro onde as grandes marcas e corporações dominam a sociedade após o colapso da conhecida estrutura politico-economica. É uma aldeia mundo, estranha , o sumo do capitalismo selvagem. Aqueles que tem grana escapam se conectando ao Metaverso, um ambiente virtual mais livre, onde você pode ser quem quiser.

No centro da história temos Hiro Protagonista, um hacker freelancer mestiço que acumula muitos empregos e poucos interesses. Quando um dos seus amigos experimenta uma nova droga no Metaverso e adoece, descobre-se que essa substância é na verdade um vírus capaz de controlar pessoas, e também parte de um grande plano de dominação mundial , tanto no mundo real e no metaverso.

É uma corrida contra o tempo, por isso o livro é tão frenético e estranho quanto o mundo ali descrito. É preciso paciência na leitura. Stephenson nos inunda de informações, e ao mesmo tempo impulsiona cenas de ação alucinadas ( de qualidade cinematográfica).

Snowcrash tem papos interessantissimos sobre governo, neurociência, tecnologia, programação, linguagem e filosofia, tudo misturado a samurais, mafiosos, cachorros robôs e até surfistas de trânsito. Eu gostei bastante dessa variedade e profundidade na construção do mundo.

Achei que o livro peca no desenvolvimento/caracterização dos personagens, e no fato de reforçar muitos clichês, que eram comuns no período em que o livro foi lançado. Tirando isso, eu gostei muito da experiência que Snowcrash me proporcionou.

Um clássico desses não pode ficar de fora de quem gosta de ficção científica. Simples assim.
Então se jogue no ritmo louco de Snow crash e aproveite.
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Washington24 14/09/2022

Como é bom ler coisas futuristas reconhecendo na realidade
Como eu gosto de livros de ficção científica!!!

Mil coisas passam pela cabeça e a principal delas e pensar o que já é realidade e quabdo o restante será realidade.

Estes livros botam a cachola para rodar!

A editora @editoraaleph tem muitos livros assim. Sou fã.

Neste livro, em 1992 o autor introduz o termo METAVERSO, que está muito em alta nos dias atuais.

Um mundo virtual onde as pessoas vivem, trabalham, conversam, etc.

É o que o dono do Face tem investido.

Imagine em 1992 quando o mundo era outro, o autor escrever com tanta qualidade e detalhes algo que hoje é realidade?!

Há pessoas que namoram em ambientes virtuais, se apaixonam, etc. E não é tipo icq ou bate papo da UOl! Você tem um personagem que chamam de Avatar. É uma versão eletrônica de uma pessoa (pode ser de qquer característica/aparência que quiser). As pessoas caminham, fazem gestos, andam de carro, bicicleta... É algo bem diferente de salas de bate papo.

Na atualidade empresas fazem reunião num ambiente virtual com resultados que pod ser até melhores que o presencial/físico. Basta pensar nas vantagens do home office.

O que gosto no livro é viajar nisso tudo escrito na década de 90 que o celular era um tijolão.

Além da questão do Metaverso, a história é bem legal, personagens marcantes, escrita bacana, conhecimentos diversos como por exemplo coisas de religião, mitologia, etc.

Gostei demais!! O final achei meio corrido, tipo, fez 5 gols aos 45 do segundo tempo, mas ainda assim foi muito bom.

Devorei. Em alguns momentos não conseguia parar. Há de se dizer que também, além da ansiedade de bater minha meta de no mínimo, 24 livros lidos neste ano, também estou competindo no @skoobnews com outros seguidores para ficar entre os que mais leram. É tipo uma competição por páginas lidas. ? E olha que nem sou um cara competitivo, mas isso tem me motivado também.

Livro incrível!! Queria terminar rápido porque estou com outro de ficção científica para ler, também da @editoraaleph chamado ETERNIDADE. Este é sobre viagem no tempo. Estou ansioso para ler.

Bom, é isso!! Falei, falei, falei, mas não falei hahaha

Leiammm!! ?
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Rodrigo 04/08/2010

Nevasca?
O livro me chamou a atenção desde que li o comentário na parte de trás do livro. Ninja? Pizza? Hacker? Na hora, me lembrei de tartaruga ninjas mutantes. E como ele é um dos 100 romances da revista Times, comprei na hora. O livro é bem escrito e o autor tem uma imaginação bem fértil, para quem gostou de Blade Runner, o caçador de andróides. vai gostar desse livro. Estilo mundo pós apocalíptico com a tecnologia avançada em várias áreas e as corporações tomando o lugar das nações. Teoria da Conspiração aparece muito e os personagens são carismáticos principalmente o nosso Hacker/Samurai/Entregador de Pizza. Recomendo
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Alexandre 04/09/2023

Meio neuromancer
O livro é muito bom no começo. Daria 5 estrelas até a página 200. Depois não é ruim, mas tica um pouco maçante as descrições em meio a aventura dos acontecimentos. Esse livro é para ser lido com bastante paciência.
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NickMiyo 29/12/2022

4fun
A maioria das analises aqui dão um mérito muito maior pra esse livro do que ele realmente tem, ser um livro scifi completamente braindead. Ele não discute nada dos temas que apresenta, não tenta ser verossímil nem nada assim, ele captou bem a transição da epoca pra era da internet mas só. O storytelling vai e vem mas sem desenvolver nada, tudo é completamente raso (tirando o worldbuilding que aparentemente é o foco). Se eu tivesse 14 anos eu iria amar, é o powerfantasy do nerdola que quer mostrar que tem valor em alguma representação, mas de todo resto é só uma aventurazinha futurista com potencial jogado fora
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Jean Thallis 09/07/2013

Quase a Beira do Lamentável
1. Aquele lance de pizza é verdadeiramente ridiculo, mas dei uma chance pro cara. Fui pra frente.

2. De repente o lance dos sumérios, no meio do livro, fica massa a coisa, daew pensei que dali pra frente ia ser um livro legal.

3. Final like Rambo, uma verdadeira porcaria de explosões típicas dos filmes do E.U.A, MUITO FRACO!

4. Livro mal escrito, mal chega perto de ser uma F.C quanto mais cyber punk...

5. Fábio Fernandes também traduziu o Neuromancer, e curtir muito Willian Gibson, então ninguem vem dar desculpinha de tradução.

6. No final das contas é Y.T que parece ser a personagem principal ao invés de Hiro, e devo dizer que Y.T é o único personagem bem bolado e cativante.

7. Três estrelas por causa da Y.T e por causa dos sumérios, caso contrário, abandona. De certo modo massante. Nada de excepcional.
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V_______ 19/08/2022

Snow Crash
Snow Crash é um cyberpunk, um dos braços da ficção científica, e é livro responsável por criar o termo Metaverso, uma realidade virtual, que quem sabe possa fazer parte de nossa rotina em um futuro nada distante. Nada distante mesmo!
Em um mundo onde as grandes corporações, entidades e magnatas (e também a máfia) se tornaram donas de territórios, quase como micro países, com suas próprias leis. Hiro Protagonist é um simples entregador de pizza, isso no mundo real, no Metaverso seu avatar é um grande samurai, o maior de todos, é também um dos responsáveis pelo desenvolvimento dessa realidade virtual. Mas agora o Metaverso vem sendo ameaçado pelo o Snow Crash, uma espécie de vírus, que não afeta somente o indivíduo na rede, mas no mundo real, deixando hackers catatonicos. Caberá a Hiro, com a ajuda de Y.T., uma carismática entregadora de 15 anos, a descobrir o responsável por esse vírus e elimina-lo antes que os dois mundos venham a ruir.
Misturando diversos conceitos, como informática, política e religião, Neal Stephenson cria um mundo extremamente instigante, que nos faz expandir ideias sobre o futuro, passado e presente.
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Nathaniel.Figueire 05/12/2022

Ta faltando PUNK nesse cyber...
Como o camarada Antônio Luiz já dissecou resenhando aqui, esse livro é um longa e chata elegia ao ancapistão e ideologias derivadas.

Cheguei até metade do livro com MUITO custo, aí pensei, "poxa, mas só eu que acho esse livro uma bomba?". Aí li a citada resenha e me dei conta de que a vida é muito curta para ficar perdendo meu tempo com romance mal escrito, com personagens porcamente construídos (cujo única função é realizar as fantasias do escritor) e uma defesa cega (quase burra) de individualidade extremada.

Classificam esse romance como cyberpunk. Faltou muito PUNK nesse cyber. O que isso quer dizer? O elemento punk aí não é somente as roupas de couro e piercings de resto de computador e bandas de industrial alemãs, é também uma crítica ao capitalismo. Na temática cyberpunk, isso aparece através da especulação de uma sociedade distópica onde "a mão invisível" toma tal forma que as megacorporações suplantam os governos e a coletividade para fazer valer a individualidade somente dos "selecionados" em suas megatorres. Isso está em "Sonham os androides com ovelhas elétricas" (e mais ainda no filme Bladerunner), no Neuromancer... Tirar isso é transformar o gênero em puro fetichismo tecnológico, o que Neal Stephenson faz sem disfarce através da sua inabilidade como romancista.

A sociedade de Snowcrash é caótica, extremamente desigual e em nenhum momento há a menor crítica a isso, pelo contrário, o autor mostra isso inclusive como algo desejado. Empresas privadas controlando tanques de guerra, organizações criminosas possuem "franquias" em cada esquina e está tudo bem, desde que você receba uma pizza em 30 minutos, possa portar uma arma e "fazer o que quiser" .

Passou para mim do limite e virou um verdadeiro panfletão ancap a partir da metade do livro quando me dei conta do que na verdade é o tal "Snow crash". Quer um spoiler? É um "virus" religioso que inocula coletividade nas pessoas (e obviamente isso é muito ruim para nosso autor), inspirado naquela bobagem capenga do Richard Dawkins da religião/cultura como vírus (para constar, sou ateu, APESAR de ter lido Dawkins).

Dando-me conta de que eu estava com o "A Revolta de Atlas" da ideologia do Vale do Silício, larguei de mão sem culpa alguma.Não tenho paciência para ficar de público para fantasia de grupelho geek ligado a tal cultura "cyber" tarados pela última placa de vídeo lançada no mercado.
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Leandroaug 26/02/2024minha estante
Esse livro é difícil de terminar, concordo totalmente com a análise.


Mari Moraes 27/02/2024minha estante
Meu Deus, que análise incrivel! Vc conseguiu traduzir perfeitamente bem em palavras toda a experiência que eu venho tendo há 2 meses com esse livro que também não consigo terminar de jeito nenhum!




Lari Ribeiro 28/03/2021

Sem controle emocional
Para falar a verdade eu nem sei por onde começar essa resenha. Snow crash me fez sentir raiva, tédio, êxtase e curiosidade: tudo junto e misturado.

De certo, o livro no começo é bastante parado. A sensação que tive é que o autor estava apenas apresentando o mundo, sem focar muito na trama que o livro se propõe ao longo das páginas, ao ponto de que eu só comecei de fato a me interessar pelo livro a partir dos 50% dele completo. No começo tudo é muito jogado para o leitor, você tem bastante informação e um mundo completamente gigante, o que fica fácil de se perder.

Todavia, ao mesmo tempo que isso é um ponto a melhorar no livro, esse é um dos pontos mais fortes, e o que me faz dar quatro estrelas. A ideia de cyberpunk do Neal Stephenson é simplesmente genial: toda a comunidade dos Kouriers, a mafia do Tio Enzo, a Grande Hong Kong do Sr. Lee, e não podemos deixar de fora, o Metaverso, o sistema de Gargulas e tudo mais. Tudo isso é muito bem trabalhado com maestria, tanto que a ideia de juntar a linguagem de programação com coisas subjetivas é muito fácil de ser comprada.

Eu em vários momentos me vi pesquisando pra saber se de fato as informações que o livro trazia eram reais, porque é muito fácil de ser convencida.

De modo geral, o enredo é muito legal. Toda a questão da comunidade criada pelo L Bob Rife, o sumiço do Lagos, e a junção com as religiões e sociedades antigas, como a suméria, te envolve. É muito legal ver o Hiro pesquisando, conversando com Bibliotecário e passando horas somente estudando tudo aquilo que está acontecendo para entender o vírus que ta circulando naquele mundo.

Um ponto a citar é que é difícil de se apegar aos personagens. Eu mesma só fui entender o Corvo lá para o final do livro, que é quando acontece um relacionamento muito avulso, onde eu fui pega completamente desprevenida. Ri horrores quando aconteceu.

Eu acho que se o livro não tivesse tantas descrições específicas, ele não seria tão denso. Porém, entendo a quantidade de descrição, pois o autor está fazendo uma história em um mundo novo, diferente do nosso.

Sendo assim, eu recomendo a leitura do livro mas como adendo de que ele pode ser bastante denso no começo e demora para ganhar ritmo, no entanto quando ganha a leitura se torna bastante legal e envolvente.
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Edson Camara 01/01/2017

um soco no estômago
Este livro de 496 páginas escrito em uma linguagem direta e dura pelo maluco Neal Stephenson, com uma tradução brilhante para o português feita por Fábio Fernandes. Sim porque só alguém que vive em outra dimensão é capaz de bolar e e construir uma trama tão intricada e divertida como esta. O mundo do futuro descrito por Neal, Não vai ser bom PONTO. A história de Hiro Protagonist e Y.T. é...bom leia para você ver, não vai se arrepender.
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