Ainda estou aqui

Ainda estou aqui Marcelo Rubens Paiva




Resenhas - Ainda Estou Aqui


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Nanda 26/02/2020

Teve Ditadura e ela está aí, batendo a nossa porta novamente...
Uma biografia de Eunice Paiva, esposa do ex deputado federal Rubens Paiva, preso, torturado e morto pela Ditadura Militar brasileira por ser um opositor ao regime. Li diversas resenhas sobre esse livro e percebi que ele encanta as pessoas por motivos distintos. Algumas são pegas pela descrição de uma mulher forte, a que não se resignou com as mentiras do Estado e da Mídia sobre o paradeiro do seu marido, a que voltou a estudar depois dos 45 anos e se formou em Direito, a que foi uma advogada de sucesso e abraçou a causa indígena. Outras pessoas ficaram emocionadas com as memórias do autor, filho de Eunice e Rubens, sua infância e adolescência nesse período conturbado tenebroso da história do Brasil. Também li resenhas que destacaram a luta da família Rubens Paiva contra a doença que acometeu Eunice na sua velhice, Alzheimer, tirando a capacidade de discernimento de uma mulher tão culta e inteligente. A mim, Ainda Estou Aqui impressionou pelo escancaramento do que foi o regime militar: uma sucessão de mentiras, repressão à liberdade de pensamento, extrema violência, torturas e assassinatos. Impressiona-me mais ainda, e dá até medo, a semelhança com a atualidade. Como naquele período, hoje quem se opõe ao governo é comunista. Ser comunista é ser do mal. O Brasil tem que se livrar dos comunistas, então precisamos do militarismo para nos defender. Como na ditadura, já temos censura à arte, clima de ódio nas ruas, um mundo de fake news, aumento da desigualdade social. Enfim, como naquela época, temos um governante autoritário, defensor de torturador e da tortura, que no momento está incitando o povo a pedir o fechamento do congresso nacional. Recomendo a todos a leitura, o texto é fluido e instigante, você não consegue parar de ler apesar de ficar chocado com os relatos. Mas eu recomendo principalmente a você que diz que a ditadura não existiu ou que acha que os militares são a solução para nosso país.
Hely 26/02/2020minha estante
"O povo brasileiro não tem tempo pra ler, anda muito ocupado para poder pensar"

Raul Seixas




Dyonathan 25/04/2021

Eu ainda estou aqui. Ainda estou aqui.
"(...) Caso alguém não tenha reparado: Eu ainda estou aqui. Ainda estou aqui."

"Ainda estou aqui" é um livro que emociona e choca:
Emociona ao tratar do Alzheimer de Eunice Paiva. Choca com os relatos de tortura em Rubens Paiva.

Não pensem que aqui é uma "continuação" de "Feliz Ano Velho", porque não é. Sabe o acidente do Marcelo? Ele é citado pouquíssimas vezes ao longo das quase 300 páginas. Como ele mesmo diz no fim de um capítulo: "No fim de 1979, sofri um acidente. Quando acordei na UTI, eu estava paralisado do pescoço para baixo. Ela ficou do meu lado. Mas aí é outro livro." Aqui é sobre Eunice, ela é o destaque. Ela é a heroína.

No decorrer da leitura questionamos o porquê do Alzheimer em Eunice. Porquê uma família que já sofreu tanto, deveria sofrer mais? Porquê Eunice, uma mulher que se reinventou na vida, que nunca chorou em público para não demonstrar fraqueza alguma, que fez direito depois dos 40, se tornou advogada, assessora do Banco Mundial, defensora das causas indígenas, frequentadora de reuniões na ONU, não poderia passar sua aposentadoria calma e tranquila? Eunice queria um descanso. Aquela família merecia um descanso. Contudo, como Marcelo cita no livro, o descanso não chegaria: "Por que provação mais a minha família devia passar? Por que nos testavam até o limite? Chega! Queríamos um descanso. Não teríamos." p.
230"

Existem, ao longo da leitura, páginas e trechos que nos levam as lágrimas sobre o Alzheimer em Eunice. Quando Marcelo fala sobre as fases da doença, citadas pelo Doutor Dráuzio Varela, e o impacto de cada uma em Eunice, é difícil não se emocionar. Tem uma página que me tocou profundamente: a página 250. Essa foi a que me devastou, me fez chorar como criança. Apesar de tudo, de toda confusão, choque, doença, o instinto materno estava lá. Se preparem, porque o primeiro parágrafo aqui vai te fazer chorar copiosamente.

Vale mencionar o bom trabalho do autor em falar mais sobre essa doença, que ainda permanece um mistério em muitas frentes, para o leitor. É feita uma ótima pesquisa contando mais sobre a doença de Alzheimer e como existem muitas incertezas ao redor dela, mesmo em 2015, ano de publicação do livro e com tantos avanços na medicina.

Marcelo também fala sobre os horrores da tortura de seu pai na Ditadura. Mergulha fundo na história que fez o telefone da sua casa tocar naquele dia 20 de janeiro de 1971, feriado no RJ, em que seu pai foi retirado para sempre da vida dele, de sua mãe, e de suas irmãs. Da família Paiva. É chocante algumas páginas sobre a tortura e como após tantos anos, DÉCADAS, o caso parece longe de terminar.

Não podemos flertar, NUNCA, com uma ditadura novamente. E tivemos momentos nos últimos anos, em que flertamos. Que em 2022 vá embora esse Presidente, pelo bem da democracia. Não podemos tolerar mais alguém que demonstra ter saudosismo pela ditadura militar.

Rubens Beyrodt Paiva pode ter sido morto pela ditadura, mas ele jamais será esquecido.

Eunice Paiva morreu em 13 de dezembro de 2018. Ela não está mais aqui em vida, mas sua história estará para sempre neste livro. O Alzheimer não vai levar isso embora. Vai ficar aqui.

Eu ainda estou aqui. AINDA ESTOU AQUI.
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Karina.Carvalho 30/01/2022

Leitura fluida, bem ágil.
Um importante relato sobre a ditadura, sobre uma família que foi vítima dela e também sobre um homem que foi morto pelo regime.
Um livro em homenagem à mãe e aí pai do autor.
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Alexandra 29/09/2015

Memórias
O que é história? São somente datas decoradas? Nomes de presidentes? História é mais que isso. É a análise das transformações na sociedade, política, economia e cultura em um período de tempo, mudanças cujas consequências ainda hoje nos afetam. É entender da onde viemos e para onde queremos ir.

Em “Ainda Estou Aqui”, Marcelo Rubens Paiva conta a história de sua família; da infância e juventude nos anos 60 e 70; da convivência com as quatro irmãs; da mãe dona de casa que se transformou em uma advogada renomada; e do pai torturado e morto pela ditadura na sede do DOI-Codi, um dos casos mais famosos analisados pela Comissão da Verdade.

Em 1982, Marcelo Rubens Paiva publicou “Feliz Ano Velho”, um relato autobiográfico de um jovem estudante que ficou tetraplégico. Cheio de ousadia, um livro que tinha tudo para ser triste consegue ser alto astral. Marcelo é divertido e cheio de ideias bacanas, um cara com quem as pessoas desejam tomar uma cerveja no bar.

Nesse seu último livro, também autobiográfico, encontramos um Marcelo com uma escrita mais amadurecida, mas não endurecida. Agora ele é pai e vê todo os dias novas memórias sendo formadas na cabeça de seu filho, ao mesmo tempo em que vê sua mãe, que tem Alzheimer, não conseguindo assimilar novas memórias.

No obra, o escritor mostra a visão de uma família de classe média alta durante a ditadura militar, fala tanto das assustadoras torturas sofridas por quem era contra o regime, como dos efeitos repercutidos na sociedade em geral: a construção de apartamentos para militares no Leblon, expulsando uma favela que lá havia; o genocídio indígena; o falso “milagre econômico”; e a sua posição como estudante, em uma geração diferente da de seus pais.

Também é uma época de grandes transformações no mundo todo. Marcelo vê as mudanças nos hábitos e costumes, como na sua mãe, que após a morte – ou “desaparecimento” – do marido, não estava mais disposta a se tornar somente a esposa ideal de outro homem, e tomou as rédeas de sua família com bravura. Eunice Paiva é a grande heroína dessa história, e o vilão não é somente uma ou outra pessoa. O algoz é o Estado inteiro, ontem e hoje, que pratica a tortura, aplaudidos e apoiados por nós.

“Ainda Estou Aqui” é um relato sobre família, mas também sobre o país. Marcelo escreve as suas memórias, já Eunice não consegue assimilar as suas adequadamente. Esperamos, então, que o povo brasileiro não sofra de um problema coletivo de memória, esquecendo o regime ditatorial que assolou o país por 21 anos. Leia esse livro se você não lembra mais disso.
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Angela 18/05/2020

Marcelo retrata detalhes de sua vida e principalmente de sua mãe , viúva e vítima da ditadura. Ela voltou a estudar e formou-se em direito defendendo de maneira competente causas indígenas.
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ToniBooks 13/05/2023

Um regime de sangue
Neste livro, Marcelo Rubens Paiva faz um retrato emocionante de Eunice, sua mãe, e pela primeira vez traça um relato do que aconteceu - e do que pode ter ocorrido - com Rubens Paiva (o pai). Nessa narrativa biográfica, Marcelo toma "emprestada" a voz de Eunice para mergulhar em memórias sombrias da história recente brasileira, especialmente os horrores do golpe militar de 1964.
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Debora 19/02/2020

Uma boa surpresa
Tinha lido lá pelos meus 20 anos, do autor, Feliz Ano Velho. Lembro que gostei do livro, do tom desbocado e da história.
Ainda estou aqui foi escolhido pelo grupo de Leia Nacionais do qual faço parte e resolvi ler.
Que grata surpresa. O livro aborda os terrores da ditadura no país do ponto de vista de uma família classe media alta.
Mas não é sobre isso só. Também trata do Alzheimer da mãe do autor e de como ele afeta a família.
No bojo de tudo isso, trata da memória nacional.
Gostei bastante. Recomendo!
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isabellamolkoli 18/05/2022

Leitura necessária e imersiva
Amei a leitura, sou suspeita pra falar da escrita do Rubens Paiva, tantas vezes criticada por sua "informalidade", que sempre interpretei como veracidade
Eunice Paiva, eterna. Guerreira, forte, incrível.
Perdi uma avó pro Alzheimer e em vários momentos me deu gatilhos, então fica o aviso. Mas vale demais ler.
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Soliguetti 04/02/2020

Livro muito indicado pra quem olha a ditadura com saudade
Muito tem se falado ultimamente sobre o período da ditadura. É espantoso que um número considerável de brasileiros olhem para aquele período com saudade. Talvez essas pessoas não saibam ou mesmo estejam em negação sobre as atrocidades do terrível regime, que perseguia, torturava e matava cidadãos com base em nada. Bastava a leve suspeita de que você era parte do perigo comunista (que nunca representou perigo algum, na verdade) para ser arbitrariamente perseguido.

O livro de Marcelo Rubens Paiva nos esclarece sobre os atos cometidos em nome da defesa da Pátria, sem julgamento, passando por cima da lei que próprios militares estabeleceram. O fato de vermos isso acontecer com Rubens Paiva pai, que era apenas uma pessoa normal como eu, você ou algum parente próximo, nos faz perceber como algumas pessoas não têm a menor noção de que o mal que tanto desejam (a ditadura) pode se voltar contra elas próprias, sem nenhuma garantia constitucional apta a protegê-las.

Mais do que mostrar os desmandos do regime militar, porém, o autor narra a tragetória de sua mãe, Eunice Paiva que, sobrevivendo a todos os ultrages que a ditadura impôs à sua família, teve forças para se manter de pé e lutar contra o sistema a seu próprio modo, sem perder o orgulho e a postura perante as agruras impostas a sua família. Agruras que continuaram a se impor sobre os Paiva, quando Eunice passa a sofrer do mal de Alzheimer.

"Ainda Estou Aqui" é uma biografia tocante capaz de mudar a visão de mundo daqueles que não estão com o cabresto tão apertado a ponto de se negar a ver qualquer coisa além daquilo que seus ídolos lhes colocam imediatamente à frente.
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Marina 02/02/2023

Gosto muito de como o autor entrelaça a história da sua mãe, Eunice, e a do seu pai, Rubens. Ao falar sobre a mãe, separa momentos emotivos, lembranças familiares, admiração pela mulher forte e pragmática. Ao falar sobre o pai, mostra o sentimento de injustiça, uma tentativa de desvendar os fatos, a revolta.

Ao longo do livro, transitamos entre esses dois polos que compõem o autor. Por um lado, marcado profundamente pela perda do pai, torturado e assassinado durante a ditadura militar. Por outro, tenta se acostumar com o Alzheimer da mãe, que sempre fora tão forte e independente.

Achei tocante e inteligente a construção desse relato tão pessoal. O autor nos apresenta aspectos de sua vida aos poucos, e nesse vai e vem entre presente, passado e outro passado, consegue que cada trecho tenha seu impacto.

Começa o livro falando do Alzheimer da mãe. Logo, conta sobre sua infância tão gostosinha, sobre sua adolescência comum, suas primeiras experiências. Quando já estamos apegados à família, ele detalha o desaparecimento do seu pai, a luta por justiça, a resistência e reinvenção da sua mãe e, por fim, sua doença. Ao voltar à doença, no final do livro, quando já conhecemos a história de Eunice, é muito difícil não se emocionar. Principalmente quando pensamos que ela nunca obteve a justiça completa, que tanto almejou, pois os culpados pela morte do marido ainda estão protegidos.

"Ainda estou aqui" é uma homenagem linda à memória. À memória de Eunice, que está sendo perdida. À memória de Rubens, que nunca será esquecido. O título do livro tem tudo a ver com esses dois lados: a mãe que o autor tanto ama, mesmo doente, ainda está lá; o homicídio do pai e a impunidade é um exemplo de que a ditadura nunca se foi por completo e ainda paira sobre nós.

***

"A doença chegou no ano em que ela ganhou a ação que começou nos anos 80 e obrigava a União a ressarcir o seguro de vida que ela não pôde resgatar, pois não tinha atestado de óbito, e um pensão por danos morais. [...]
- Então, o que você quer fazer? O dinheiro está na sua conta!
[...]
- Vamos tomar um sorvete na lanchonete do prédio.
Comemoramos a sua luta de décadas tomando um picolé, só nós dois, numa mesinha de plástico da lanchonete da piscina do condomínio em que moramos...".
Roneide.Braga 08/02/2023minha estante
Esse livro é muito bom mesmo! ?


Marina 11/02/2023minha estante
Foi uma ótima surpresa




Lucy 16/09/2023

Um livro terrívelmente lindo
Eu li despretenciosamente desavisada.
Só recebi da amiga e iniciei. Nos capítulos iniciais eu escrevi um whats pra ela "quem é marcelo?", aí ela disse que era o do feliz ano... mas tb n o li ainda. Só o conheço.
O livro em si só e todo impressionante, a sua prosa, a sua linha histórica, o modo que o autor escolhe abordar as temáticas.
Eu nunca li nada sobre o AI-5, só vi filmes e documentários, achei a leitura tão impressionante quanto o que é isso companheiro e mariguela, e mais dolorido por sua aura intimista.
A mulher apresentada, em todas as suas fases é de uma bravura que Lancelote não poderia por à prova.
E o mais duro pra mim, por uma questão pessoal, foi lidar com sua condição de alzm, como comecei o livro sem saber o que encontraria ali (não li sinopse, n conhecia a história nem nada) eu n sabia que falaria disso e por isso o livro foi muito importante, pois falou dentro de um espectro que é de fato um tabu muito grande.
Este livro é uma grande caixa de tabu brasileiro.
E mesmo em sua dureza de todas as suas temáticas é bonito.
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Caio.Henrique 09/04/2020

Sua vida tem muitos atos
Seguindo com as leituras da iniciação científica, este é a primeira obra em vários meses que não trata de análise literária, mas sim do relato de uma família que se viu arrasada pela ditadura que perdurou por tanto tempo em nosso país. Marcelo possui uma escrita que logo de cara me fisgou, e a forma como ele relata seu passado e experiências usando de um humor leve em alguns momentos e de fúria contida em outros torna a coisa toda melhor ainda. Conhecer um pouco dos Paiva, suas origens e tradições, aquece o coração e nos lembra do quanto a família é importante. Confesso que no começo achei que o foco seria mais em contar sobre o desaparecimento do pai do autor, e que isso seria o principal elemento a chamar minha atenção. No fim das contas, eu acabei com um misto de sentimentos ao conhecer Eunice Paiva e toda a sua luta. Mulher que depois de viúva não baixou a cabeça e lutou por justiça não só pelo seu marido, mas por outros que sofreram com a opressão da ditadura. As últimas páginas relatam sobre o Alzheimer que aos poucos leva sua memória, e rolaram até algumas lágrimas nessa parte. Por tudo isso é que essa excelente obra se tornou um favorito.
Eduarda 17/04/2020minha estante
meu amigo eh escritor




Bookster Pedro Pacifico 01/03/2020

Ainda estou aqui, Marcelo Rubens Paiva – 6/10
Esse foi meu primeiro contato com o autor e, apesar de ter lido muitas críticas positivas, não foi um livro que me agradou tanto (acho que muito vão descordar de mim 😬)! É um livro de memórias... Ao focar na vida de sua mãe, atualmente vítima do Alzheimer, o autor passa por momentos de sua própria infância, pelas circunstâncias do desaparecimento do seu pai, preso político na época da ditadura, e ainda traz outros relatos da época conturbada em que vivia o Brasil. Apesar de o tema tratado ser muito interessante, apresentando ao leitor um cenário fiel da época da didatura, achei a leitura arrastada e cansativa... Não é um livro ruim, tem suas partes boas. Gostei de como o autor retrata o perfil de sua mãe, Eunice, que, a despeito das adversidades, conseguiu - sem fazer o papel de vítima -se reerguer e criar os seus 5 filhos. No entanto, esse foi um daquelas leituras que eu queria acabasse logo... Como já ouvi falar muito bem do autor, ainda tenho vontade de ler Feliz Ano Velho, para ver se mudo um pouco essa impressão que fiquei depois dessa leitura... E para quem ainda não leu, não desanime! Tem muita gente que gostou da obra... leitura é sempre assim, cada um com a sua percepção!

site: https://www.instagram.com/book.ster
Cilene 08/05/2021minha estante
Leia Feliz Ano Velho, e outros do autor. Este ele contou a vida da mãe mas na verdade era o foco mostrar a verdade sobre a morte do pai, fazendo ser um livro duro... técnico no final...




William.Almeida 27/12/2022

Retrato necessário
Lembro de quando li o punho e a renda (inclusive, uma indicação), que narra a participação da diplomacia brasileira no regime militar, inclusive sua participação em outros regimes pela América do Sul, como, por exemplo, a do Uruguai e do Chile.
É isso, acho que esses livros se entrelaçam nesse período histórico e infeliz.
Contudo, senti uma imersão maior aqui, com maiores detalhes e trechos de documentos.
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Yasmim 02/06/2022

A ditadura foi quebrada
A história da vida de Eunice narrada por seu filho, Marcelo Rubens Paiva é, no mínimo, intrigante. Aos detalhes o sequetro e assassinato do marido, Rubens Paiva, sua demência, e tudo o que sofreu para criar cinco filhos sozinha e lutar pelos direitos de sua família. De quebra, uma bela aula de história sobre a ditadura brasileira de 64.

Os relatos detalhados sobre as crueldades feitas em meio a tortura é de quebrar qualquer leitor. Pensando em como deveria ter sido aqueles dias e se colocando no lugar das pessoas.

Uma escrita maravilhosa, em alguns momentos pesada ao descrever certos acontecimentos, mas em geral é algo super gostoso de se ler.
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