Flávia Carvalho 13/06/2018CansativoConcordo que falar de Marcelo Rubens Paiva e falar de política é coisa inevitável.
Comecei o livro simplesmente amando e foi fluindo de forma bastante natural.
Muito bacana saber sobre suas lembranças de infância e a vida tumultuada de uma família italiana que ele possui.
Porém, antes da metade eu achei que o autor já começa a ficar repetitivo e o livro se torna cansativo.
Como exemplo (sem considerar spoiler porque a vida do autor já é um livro aberto) no início do livro ele transcreve o depoimento de Antônio Callado. Neste depoimento, o jornalista cita que Rubens Paiva: ?foi um dos homens mais simpáticos e risonhos que já conheci .?
E a partir daí, o autor começa a referir o próprio pai como ?um dos homens mais simpáticos e risonhos que Callado já conheceu.?
Na primeira vez que ele passa a referi-lo assim é até engraçado, pela forma como ele vai descrevendo as coisas, mas depois da milésima vez que ele cita já fica cansativa e enfadonha essa repetição.
Esse é um exemplo de varias repetições que a escrita do autor possui.
E pela sinopse do livro, a ideia principal é falar sobre a mãe e sua doença. Mas essa é a parte superficial do livro, não aprofundando em momento algum no sentido principal da escrita. Ele deu mais ênfase em citar na íntegra artigos de jornais, depoimentos e explicar detalhadamente sobre os acontecimentos da história política da época, o que, na minha opinião, os leitores interessados poderiam encontrar facilmente na internet.
Concluindo, é um livro excelente para quem quer se aprofundar no conhecimento político com relatos da vida do autor.
Mas como não era do meu interesse toda parte política, não foi uma leitura adequado para meu estilo.
*** Esta resenha se trata da minha experiência com a leitura, e não quer dizer que não indico o livro, se trata apenas de uma opinião pessoal e algumas pessoas podem até não concordar, mas são apenas formas diferentes de enxergar, sobre o mesmo assunto.
Salve a diversidade!