Graziely8 09/03/2023
E foi assim que Mary Poppins veio morar no número Dezessete da Cherry Tree Lane.
Mary Poppins é um clássico da literatura infantojuvenil escrito pela australiana P.L Travers e publicado em 1934. A rabugenta babá voadora, conforme descrita na apresentação do livro, recheia a rotina das crianças da família Banks com as mais inusitadas aventuras.
A receita é simples: deixar nossa imaginação nos levar e acreditar no impossível, mesmo que ao final uma ponta de ceticismo nos leve a questionar se o que aconteceu não foi apenas um sonho. Com sua escrita cativante, Travers nos faz voltar a ser criança e desejar ter uma tutora como Mary Poppins.
O livro é organizado de forma episódica, cada episódio uma aventura com uma lição de moral aos moldes dos livros infantojuvenis publicados na era vitoriana.
Jane e Michael com Mary Poppins se divertem à beça, como quando eles conhecem o simpático Tio Peruca que com seu gás de riso flutua e toma chá no ar. Ou uma vaca vermelha dançante que há sete dias não parava de dançar. Ou uma terça-feira ruim em que Michael estava muito malcriado, nos lembrando que todos nós, de crianças a adultos, temos nossos dias ruins.
Mary Poppins pode falar com os animais, como o cão Andrew da Srta. Lark que estava muito frustrado por ser tratado como objeto de decoração por sua dona. A temática dos animais é recorrente em outros episódios, como em A mulher pássaro, e em Lua Cheia, em que a autora, em uma visão a frente de seu tempo, nos questiona: e se os animais nos tratassem da mesma forma que os tratamos?
Em suma, Mary Poppins, com sua linguagem simples e direta, é simultaneamente, marcado por críticas contundentes acerca do comportamento humano e suas convenções.