Fadas no Divã

Fadas no Divã Diana Lichtenstein Corso...




Resenhas - Fadas no Divã


25 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2


Sheila 14/01/2012

Fadas no Divã
"Quem tem medo do lobo mau ..." quem não se lembra deste e de outros bordões pedidos (algumas vezes insistentemente) para serem repetidos ao pé da cama, enquanto o sono não vinha? E aos que já são pais, quantos não os vem repetindo, assim como um dia escutaram?

Os contos infantis da literatura clássica: este é o foco deste livro, escrito pelos psicanalistas Mario e Diana Corso, eles próprios impulsionados por estes insistentes pedidos quando se confrontam com a realidade de ser pais.

Já na introdução, eles nos explicam que o livro segue a linha do livro de Bruno Bettelheim "A psicanálise dos contos de fadas" com algumas diferenças: em primeiro lugar, revisitando o conceito "de fadas" utilizado por Bettelheim para excluir alguns dos contos que aqui figuram; em segundo, incluindo uma parte específicas aos contos de fadas "modernos". E neste parte figuram desde a turma da mônica e Harry Potter, até um conto familiar criado pelos autores junto com suas filhas.


Por mais que o livro envolva em alguns momentos elucidações do campo da teoria psicanalítica - logo utilizando-se de uma linguagem mais técnica - é uma leitura acessível, que pode orientar pais, professores, psicólogos, cuidadores no vasto campo do folclore e do fantástico como uma maneira de elaboração de conflitos, metáforas e explicações de estruturas inconscientes que se repetem nos seres humanos.

O que fica de um conto para uma criança é o que ele fez reverberar na sua subjetividade, aliado ao fato de como chegou até ela. Caso tenha vindo pela mão de um adulto, pode ser tomado pela criança como se ele tivesse tido a intenção de dizer algo através da escolha daquele trecho dramático específico. Por sua vez, a criança faz suas encomendas, quer escutar determinada história, pede que lhe alcancem certo livrinho, propõe que se brinque com ela considerando-a como se fosse uma personagem. Enfim, essas trocas entre o adulto e a criança, tendo os contos como intermediários, podem operar como uma espécie de diálogo inconsciente.

Interessante também é o resgate histórico da criação dos contos de fadas, que passam a ser "suavizados" e direcionados aos pequenos após a invenção do infantil. Quando criados, estes contos eram narrados em praças públicas e salões para o deleite dos adultos - apesar de as próprias crianças serem consideradas "adultos em miniatura" à essa época. Basta saber que o desfecho de "Chapeuzinho Vermelho" quando colhido da tradição oral na França poe Charles Perrault, no séc. XVII, era seu devoramento pelo lobo.

Utilizando-se de uma linguagem clara e acessível, os autores transformam a leitura deste livro um prazer, inclusive abrindo a possibilidade de que este seja lido de forma sistemática - acompanhando passo a passo o desenvolvimento humano e as terias infantis oriundas de cada fase - como também de forma aleatória, escolhendo um capítulo e seu conjunto de contos associados, sem perder em entendimento ou profundidade. Um dos livros que mudou meu entendimento sobre o atendimento com crianças, quando ainda estava em meio a formação acadêmica. Super recomendado!

Disponível em http://psicologias2011.blogspot.com/2012/01/fadas-no-diva-mario-e-diana-corso.html
comentários(0)comente



Biia 24/07/2021

Fadas No Divã
Fadas No Divã se trata de avaliação psicanalista para leigos sobre os contos de fadas antigos e os modernos, como Harry Potter e O Mágico De Oz.
Livro interessante, para ler como hobby, não como fonte de estudo e conhecimento teórico. Achei muito acessível e com certeza me acrescentou muitos conhecimentos, indico para todos que se interessam por esse tema.
comentários(0)comente



Vitor Dilly 24/08/2020

Responsabilidade dos contadores de histórias
Diana e Mário Corso fazem uma psicanálise aprofundada dos principais contos de fadas que vieram da oralidade ancestral até os dias de hoje. Por tudo o que representam para as crianças de todas as épocas, refleti sobre a responsabilidade social dos contadores de histórias, e conversei a respeito disso com a minha terapeuta. Os contos de fadas são uma apresentação do mundo para as pequenas vidas, revelando tanto a beleza e a bondade, quando os conflitos humanos e a maldade. O final dos contos assegura que o crescimento, amadurecimento, o equilíbrio e a felicidade são frutos da superação das inúmeras dificuldades enfrentadas ao longo da jornada da vida.
comentários(0)comente



Vânia 25/03/2009

Batatinha qdo nasce se esparrama pelo chão...a gente qr passar e não pode!
Dos primeiros contos de fadas (eróticos - para adultos!) à transformação num mundo de mágicas infantil. A trajetória de tudo isso e sua explicações. Atualizado: tbm fala sobre Mafalda e Turma da Mônica.
comentários(0)comente



Betodepoa 04/09/2021

Fadas no Divã
Diana e Mário definem a sua obra como um “traçado inicial do crescimento de uma criança até a adolescência e seus contratempos”. Concomitantemente, dispõem-se a analisar diversas situações vividas na paternidade e na maternidade: papéis, frustações, expectativas, neuroses, fantasias, .... E os contos infantis, segundo eles, ofereceram excelentes oportunidades para ilustrar alguns conceitos.

Por outro lado, inspirados pelo trabalho de Bruno Bettelheim, sentem-se também instigados pelo...

[...] porquê de determinados contos terem se celebrizado, durado, permanecido com um núcleo comum tão preservado, sendo que não são necessariamente muito melhores do que outros (p.23).

Embora sejam bastante contundentes na crítica a certos dogmatismos de Bettelheim, compartilham com ele a ideia de que as narrativas que se popularizaram entre nós foram aquelas que melhor representaram os conteúdos do inconsciente infantil ao longo dos anos (aliás, recomendo começar a leitura pelo capítulo XII -Considerações sobre o Livro: A Psicanálise do Contos de Fadas, Bruno Bettelheim, ...).

É interessante que esses contos tenham sido relegados à infância [...] eles nasceram para todos. Durante séculos, faziam parte de momentos coletivos, em que um bom contador de histórias emocionava sua plateia, incluindo gente de todas as idades (p. 25).

Cada narrativa conteria elementos específicos que interessariam à criança ouvir em certas fases do seu desenvolvimento, ajudando-as, assim, a organizar e entender sentimentos contraditórios. Não seriam apenas os componentes mais evidentes -trama, personagens, costumes, cenário, etc.- que atrairiam esse interesse, mas algo mais subjetivo, talvez “subliminar”, que aflora através combinação desses componentes.

Certos arranjos particularmente felizes por equilíbrio, beleza e força, cristalizam e formam algumas dessas narrativas que hoje conhecemos como as nossas histórias clássicas (p.28).

Como se fossem uma espécie de “oráculo”, essas estórias, ...

[...] assim como muitas outras, podem de fato oferecer caminhos que encenem as paixões humanas e nos suscitem sentidos que ultrapassam nossa consciência. [Porém...] Os contos, como os mitos, são estruturas geradoras de sentidos, eles não têm um sentido em si (p.166).

Ou seja, a ideia é ...

[...] que a eficácia atual dos contos folclóricos em nossa subjetividade não retire sua força necessariamente do que teria sido sua constelação de sentido inaugural, mas em sentidos outros que ela possa evocar no momento presente de sua narrativa (p. 177).

Outras abordagens, como a de Propp (As Raízes Históricas do Conto Maravilhoso, Vladmir Propp, ...), dedicam-se a explicar as origens históricas, mas não avançam, segundo os autores, na análise psicológica e na intrigante questão da perenidade das estórias.

CONTINUA NO MEU BLOG.

site: opinandosobrelivrosefilmes.opinandosobretudo.com
comentários(0)comente



Dea Balle 16/02/2010

Interessante
Explora um lado diferente dos contos de fada - o porque deles existirem, como surgiram, as modificações ao longo do tempo.

Algumas passagens são ótimas, outras um pouco forçadas (principalmente a análise da Turma da Mônica), mas em geral é um ótimo livro.
comentários(0)comente



Julianne.Santiago 12/07/2023

De Chapeuzinho Vermelho a Harry Potter
O livro é cansativo de ler, mas para os amantes da psicanálise vale cada linha.
Uma maneira bem diferente de encarar os contos de fadas que tanto ouvimos quando crianças.
Uma análise psicanalítica desde contos bem antigos quanto de histórias mais atuais.
comentários(0)comente



Juliana Palermo 04/06/2009

Como pode um livro sobre um assunto tão interessante, com um cuidado tão grande na encadernação e na arte ter tantos erros de revisão!? Como diria um blog que adoro, CADÊ O REVISOR???
comentários(0)comente



Tortorella 06/05/2022

Psicanálise
Um livro sobre a psicanálise dos contos de fadas mais populares - ou nem tanto - no meio das crianças, além de algumas histórias mais modernas, como Harry Potter.
Devo admitir que gostei mais das análises de contos antigos, pois trata muito da relação mãe-filha, ou pai-filho, pai-filha e mãe-filho. É uma verdadeira chuva de daddy e mommy issues. Mas, na maioria das vezes, trata-se do amadurecer, trata-se de deixar o seio materno e enfrentar o mundo terrível e guloso, que está pronto para te consumir.
As análises de detalhes que eu julgaria tão supérfluo nos faz pensar, como os rapôncios da história de Rapunzel - no Brasil, fora adaptado para rabanetes-.
Os escritores se apoiam muito em Freud e isso é uma coisa que me agrada, pois mostra como as histórias se popularizaram graças ao nosso subconsciente!
Entretanto, as análises dos modernos, como Mafalda e O Mágico de Oz são extremamente cansativos e um pouco repetitivos.
Razoável
comentários(0)comente



sonia 21/09/2014

méritos e deméritos
O livro tem alguns problemas, ao lado de pontos muito bons.
Problema um - a primeira parte é quase uma simplificação do livro do Bettelheim, o que o torna pouco palatável para os especialistas sem se tornar mais digerível para os leigos; inclusive porque ele faz umas críticas pouco pertinentes, contraditórias - por exemplo, diz que Bettleheim ignorou Disney e algumas páginas adiante cita os comentários de Bettelheim sobre os filmes do Disney!
Problema dois - sério, é imperdoável que um autor náo contrate um bom serviço de revisão para corrigir erros grosseiros de regência, corcordância e ortografia. Nada que impeça a leitura, mas irrita quem ama o idioma pátrio e tira um pouco da credibilidade do autor.

Pontos positivos - a parte dois, onde ele inclui diversas histórias modernas, como Mary Popins, Peter Pan, O ursinho Puff, Harry Potter, ao lado das HQ para adultos: Mafalda, Peanuts, Calvin and Hobbes. Aí há novidades, material para se pensar a respeito.
Inclui a análise de uma história feita por uma família, criando em conjunto com as crianças uma saga familiar, e a análise feita anos depois, onde ele esclarece o porque daquela temática e qual o problema as crianças estavam tentando resolver. Isso eu achei bem criativo - o processo de envolver toda a família na criação de uma história. (esqueça o aspecto literário, que está mais para sofrível)

Sugiro a leitura do Bettelheim, antes de ler esse livro,a menos que você já entenda de psicanálise, senão vai se perder. Ou comece pelo fim e vá direto para a segunda parte.

site: http://escritoraporvocacao.blogspot.com.br/
comentários(0)comente



steleazs 07/03/2023

Não é o que eu esperava, me desatentei a isso, achei que traria uma simbologia dos contos para a época, na verdade ele apresenta ligações psicológicas (usando psicanálise) entre os contos de fadas e a infância. Meio obvio, não sei porque esperava outra coisa.
comentários(0)comente



Renata 18/01/2022

Muito cansativo
Embora seja louvável o estudo e análise dos autores sobre os contos de fadas, achei a narrativa extremamente cansativa.
comentários(0)comente



Colly 26/12/2021

muita informação, então leiam com calma para gosta.
Porque tem muita coisa interessante, legal e diferente aí
comentários(0)comente



Gi 19/05/2020

Bom
Esperava mais do livro, ele tem algumas coisas bem interessantes, mas achei um pouco enrolado em varias trechos, não sendo direto sobre o que queria dizer. Enfim, é bom, mas nao passa muito disso.
comentários(0)comente



Mariana 15/01/2014

Contos maravilhosos
A primeira vez que peguei nesse livro foi amor a primeira vista! A capa, as páginas (manchadas como se fossem antigas) e o cheirinho gostoso de livro novo. Amei, amei, amei!
Em relação ao conteúdo, muito bom também, achei excelente para pais e professores que desejam entender o que os contos de fadas trazem em suas entrelinhas. Além disso, saber como surgiram os contos tradicionais e o por quê de terem sido criados.
Enfim, é um livro que eu super indico!
comentários(0)comente



25 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR