Estas Estórias

Estas Estórias João Guimarães Rosa




Resenhas - Estas Estórias


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Rafael 29/04/2023

Facetas de Guimarães Rosa
Corpo de baile, conjunto do qual este livro é um dos componentes, é, sem dúvida, a expressão máxima da diversidade do universo Roseano. Assim como "No Urubuquaquá, No Pinhém", "Estas estórias" nos surpreende com a arguta observância do cotidiano sob as lentes, não só do sertanejo, mas, igualmente, do fazendeiro e, pasme, até dos animais que habitam o Sertão. Para mim os destaques desse obra são: "Entremeio: com o vaqueiro Mariano", "Meu tio o Iauaratê" e "Bicho mau". O primeiro, por ser mais uma magistral demonstração da figura do sertanejo/vaqueiro. O segundo, pela genialidade de evidenciar a existência de uma tênue linha entre o caçador e a caça. E o terceiro, pela surpresa de se iniciar como se tivesse sido escrito pelo animal peçonhento que é uma das personagens do conto. Para além disso, as obras de Guimarães Rosa devem ser lidas pelo conhecimento simples e tocante que expressam, como nesse trecho dito pelo vaqueiro Mariano: "A gente pensa que vive por gosto, mas vive é por obrigação.".
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João 14/05/2022

O último ato de Guimarães Rosa
Quando faleceu, subitamente, de infarto, João Guimarães Rosa trabalhava em dois volumes que mais tarde foram encontrados no cofre do seu escritório, talvez não completamente lapidados, mas polidos o suficiente pra ganhar publicações. Um deles era ?Ave Palavra? (coletânea de textos) e o outro, ?Estas Estórias? (coletânea de contos mais extensos).

Após ler as ?Primeiras Estórias?, livro que mudou minha percepção sobre a literatura e o que ela é capaz de alcançar num leitor, decidi que continuaria desbravando a rosilíngua até me sentir preparado para seu Grande Sertão.

Imaginei que Estas Estórias poderia seguir o padrão das Primeiras, mas não saí tão deslumbrado. Com excessão de dois ou três, temos uma coletânea de contos razoáveis (no auge do domínio do autor pela escrita, mas sem a filosofia tão cativante que extraímos nas Primeiras).

O conto ?Meu tio o Iauaretê? se destaca por ser realmente uma obra-prima (e após a leitura do pós-fácil desta edição ganha muitas dimensões de interpretação), que merecia ser tão comentada quanto A Terceira Margem do Rio. Além dele, me empolguei muito com a narrativa de Bicho Mau e com a filosofia da Estória do homem do pinguelo.

Foi uma leitura que valeu a pena, por ser desse grande autor, mas nem de longe traz uma sensação recompensadora por tanta concentração para ler um texto, como Guimarães Rosa obtém com tanto sucesso em Primeiras Estórias.
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Edson Camara 29/07/2021

Material importante para os fãs de Guimarães Rosa
Obra póstuma publicada em 1969 trás 8 estórias curtas de Guimarães Rosa em seu estilo característico abordando os mais diversos temas com seus personagens peculiares, o ambiente vai do pantanal goiano aos andes chilenos. Material importante para os fãs de Rosa, mas não é um bom inicio para quem nunca leu nada de sua obra.
Além dos 8 contos o livro apresenta uma linha do tempo com a vida de Rosa e um tratado sobre o conto Meu Tio Lauaretê, o mais peculiar da coletânea com uma linguagem complicada e um tema que daria um bom filme.
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Bookster Pedro Pacifico 16/06/2021

Estas estórias, de João Guimarães Rosa
Um dos principais nomes da literatura nacional, Guimarães Rosa é conhecido por sua habilidade em criar a partir do uso da língua portuguesa e de criativas formas de narrativa. É como se cada palavra, muitas delas inventadas pelo autor, tivesse sido escolhida a dedo para estar naquela parte do texto. As diferentes formas narrativas utilizadas pelo autor, por sua vez, exigem uma leitura bem mais atenta e bastante paciência do leitor para aproveitar as páginas… Mas a verdade é que quando você pega o ritmo da leitura, a genialidade de Guimarães Rosa fica escancarada.

Na leitura de “Estas estórias”, composta por contos publicados após a morte do autor, nós podemos aproveitar muito das características marcante de sua obra. Até então, só havia lido “Primeiras estórias” de Guimarães Rosa, mas confesso que, na época, senti bem mais dificuldade de engatar e aproveitar a leitura. A experiência não foi tão boa para mim! Agora, não sei se por conta do conteúdo dos contos em si, ou se estou mais maduro para conseguir fazer a leitura, mas é inegável que consegui me aproximar muito mais da escrita do autor. Assim, recomendo esse livro para quem ainda não se aventurou nas palavras do autor.

Ah, por ser um livro de contos, é inviável falar da narrativa de cada um dos nove textos que compõem a obra. Cada um tem seus destaques e mostra diferentes habilidade do autor. Por isso, deixo aqui a lista com os meus três favoritos: “A simples e exata estória do burrinho do Comandante”, “Meu tio o Iauaretê” e “Bicho Mau”. Inclusive, vale o destaque ao “Meu tio o Iauaretê”, em que o leitor já pode identificar a forma narrativa que Guimarães Rosa utiliza em sua obra mais famosa: "Grande Sertão: Veredas”.

E você, já leu JGR? Qual você indica para começar? E, por fim, não da para deixar de elogiar a capa maravilhosa que estampa a edição da @globaleditora.

Nota 9/10

site: http://instagram.com/book.ster
Dhewyd 09/02/2022minha estante
Já li Grande Sertão Veredas, e Manuelzão e Miguilim!




IgorValente02 24/05/2017

Contos Maestrais
Seguindo a mesma linha de Primeiras Estórias, e indo até mesmo além, Estas Estórias tem contos incríveis. Destaco a grande capacidade de linguagem de Guimarães na criação de 'Meu tio o Iauaretê'. E o que dizer sobre o conto 'Páramo'... Uma obra sem igual! Guimarães não decepciona neste seu último livro lançado. Guimarães R. brinca com as palavras, com as figuras de linguagem e com a sonoridade; além de outras características em seus contos e romances. Deve-se atentar que, em suas obras, cada ponto, cada espaço, cada hífen, cada acento e etc; são muito bem pensados e colocados. Não existem por acasos, tudo tem objetivo, seja ele oculto ou não. E nesse livro não seria diferente.
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Ana Paula 09/05/2017

Contos encantadores
Um livro de contos dos quais as que mais amei foram Os Chapéus transeuntes, Bicho mau e Páramo. Esse último bem diferente dos outros na li guagem, me lembrou Clarice Lispector.
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Ivan Lord 27/01/2010

Oh, mineirice linda de doer!
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