Dukharloz 07/07/2022
AQUELE AMIGO MEIO COISADO
Há muito tempo a grande mídia e a cultura pop vem associando o termo “psicopata” a pessoas que cometem crimes brutais, assassinos em série e a ausência de empatia ou culpa por suas atitudes destrutivas. Tais casos extremos referem-se a uma pequena parcela de indivíduos dentro do Transtorno de Personalidade Antissocial (TPA), uma entre outras tantas possíveis manifestação dos transtornos de personalidade – condição que classifica um psicopata, termo que em essência pode ser traduzido como “sofrimento da alma”.
A psicopatia na verdade é mais comum do que imaginamos e, conforme a abordagem do livro, está ao nosso redor, no “cotidiano”. Pode ser uma pessoa tímida, esquisita, extravagante, com manias etc., mas geralmente essas pessoas tem mais sofrimento em si do que podem causar à terceiros.
O livro pode até ser considerado uma introdução para quem se interessa pelo assunto, mas nada mais que isso. Seu ponto forte é a linguagem acessível e os vários exemplos de personagens da ficção que se encaixam nas classificações psicopatológicas. O ponto fraco é a ausência de referências para maior profundidade no assunto.
Para finalizar: lembre-se que livros de psicopatologia não é horóscopo. Não façam auto diagnóstico e caso se identifique em excesso com as características e isso te causa sofrimento de alguma forma, procure ajuda profissional de um especialista.