Amor, somente amor

Amor, somente amor Márcio Muniz




Resenhas - Amor, somente amor


6 encontrados | exibindo 1 a 6


Vanda 26/01/2016

Bom livro
Amor, Somente Amor – Márcio Muniz
“Amor, somente amor”, de Márcio Muniz, conta a história de amor de Breno e Sabrina cujas vidas se cruzam quando Breno, ao atravessar inadvertidamente a rua, em mais um árduo dia de trabalho, se choca com o automóvel de Sabrina, que está voltando da escola em seu carro de luxo. Esse quase atropelamento muda para sempre a vida dos dois.
Breno é um adolescente negro de dezessete anos, morador de uma favela do Rio de Janeiro. Seu pai era alcoólatra desde os doze anos de idade e, após perder o emprego, abandonou a casa e tornou-se um pedinte. No início, a mãe de Breno tentou suprir a falta de seu pai trabalhando como doméstica, mas se envolveu no tráfico de cocaína e acabou sendo presa diversas vezes e prostituindo-se. Para não ser internado em uma instituição para menores, Breno foi morar com uma tia num minúsculo barraco na mesma favela, fato este que não agradou ao seu tio. Com o propósito de não incomodar o tio, Breno saía de casa muito cedo em busca de alguns trocados e só retornava na hora de dormir. Será que Breno conseguirá contrariar a cruel estatística e conquistará um futuro promissor?
Sabrina tem uma vida oposta a de Breno. É uma menina rica, de família com conceitos rígidos e tradicionais. Acabou de completar 15 anos e reside em um condomínio de luxo. Sua mãe morreu quando ela ainda era muito criança. Foi criada por seu pai, Levi, um empresário bem sucedido e muito bem relacionado e conceituado na alta sociedade. Pouco conhece da vida fora das grades de seu condomínio, pois praticamente só saí de casa para ir à escola e para alguns eventos sociais, sempre acompanhada pelo motorista e guarda-costas. Sabrina sofre com o tédio e a rotina de seus dias de “patricinha”, nos quais não há imprevistos nem novidades, porque tudo em sua vida é planejado e esquematizado para que todos os acontecimentos de seus dias estejam de acordo com o que seu pai julga ser o melhor para ela. Será que Sabrina se satisfará com dias tão banais e previsíveis?
Lucas é o típico filhinho de papai, sem deixar de ser um “boa praça”. Mora no mesmo condomínio de Sabrina e também frequenta a favela que Breno mora, pois é lá que adquire cocaína para alimentar seu vício. Lucas é o elo, o “cupido” que ajudará nos encontros furtivos de Breno e Sabrina. Lucas, devido ao vício, vive envolvido em situações que colocam sua vida em risco e Breno o auxiliou em algumas dessas situações perigosas. Numa dessas ajudas quando, a princípio, é mal interpretado pelo pai de Lucas, acaba contribuindo para que o pai do amigo, perceba que o filho precisa desesperadamente de sua presença, apoio e amor.

A história se inicia com um acidente de trânsito que envolveu Breno e o carro de Sabrina. Num final de tarde, de um determinado dia, enquanto Sabrina voltava do colégio em seu carro importado, Breno voltava de mais uma entrega de supermercado com seu colega Pequeno. Atravessava as ruas distraidamente, contando os trocados que conseguira ganhar até aquele momento quando, de repente, foi surpreendido por uma freada brusca e o som estridente de uma buzina. Foi salvo por Pequeno que o puxou para trás, conseguindo que o carro apenas esbarrasse nele. O motorista após dar uma bronca em Breno e certificar-se de que ele estava bem, deu partida no carro. Nesse momento, Breno avistou um par de olhos azuis que o observava através de uma pequena brecha aberta na janela traseira do carro. Era o olhar mais belo e terno que ele já vira.
Sabrina também ficou encantada com o que viu por trás daqueles olhos tristonhos, com a sensibilidade e humanidade que vira naquele olhar e com a simplicidade do rosto de Breno. Aquele olhar triste e impactante marcou e conquistou seu coração. O carro começou a andar e, sem pensar, Breno saiu em disparada perseguindo o carro. Quando já estava quase o perdendo de vista, viu que o carro entrou em um condomínio luxuoso, cercado por grades e seguranças. Respirou aliviado pois, soube que era ali que morava “a luz da sua vida”.
O enredo vai se desenvolvendo mostrando todas as dificuldades, represálias, humilhações e preconceitos que os protagonistas sofrerão e passarão em busca de um encontro, um beijo, um abraço. Lucas foi fundamental na promoção dos encontros.
No decorrer da história, vemos Breno e Sabrina enfrentando a todo instante, com determinação e coragem, os desafios e obstáculos que vão surgindo para viverem um amor que é tão especial quanto sofrido. Sabrina agora deve enfrentar a pressão do pai, o escárnio dos colegas e o julgamento de uma sociedade preconceituosa que condena qualquer modo de vida que fuja dos padrões da “normalidade”.
Em "Amor, somente amor", Márcio Muniz convida o leitor a refletir sobe o modo de pensar e agir da sociedade, discutindo com honestidade e sutileza questões relacionadas a dramas familiares, preconceitos e intolerâncias. O autor encontrou também espaço para falar sobre outras questões delicadas, como a dura realidade dos jovens que convivem diariamente com a violência, o tráfico de drogas, o abandono dos pais e da sociedade, o descaso das autoridades e a falsa premissa dos pais mais abastados, que acham que o luxo e os bens materiais são necessários para manterem seus filhos longe das drogas e da criminalidade.
O livro é pequeno, com poucas páginas, simples e fácil de ler. Quando falo simples, não estou me referindo à proposta e nem a condução do enredo. Falo da linguagem direta e do tema atual que envolve discrepâncias e injustiças sociais. Achei a capa do livro criativa e me agradou, pois faz alusão aos opostos, retratando as duas faces da cidade do Rio de Janeiro.
Amor, somente amor é uma espécie de espelho da sociedade atual que mostra a verdade nua e crua de uma sociedade hipócrita, injusta, omissa e preconceituosa. O romance entre Breno e Sabrina exemplifica a questão do pré-julgamento e do preconceito social e transforma-o num romance implausível, onde dois jovens por serem tão desiguais etnicamente, e com realidades de vidas tão diferentes, são obrigados a lutarem bravamente, dia após dia, pelo futuro do tão sonhado amor.
Bem, leitores queridos, espero que vocês aceitem o convite do autor e leiam o livro, (re)pensando nas ações, concepções, e comportamento da sociedade e tirem suas próprias conclusões.


site: http://clubedolivro15.blogspot.com.br/2016/01/resenha-nacional-amor-somente-amor.html
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Patrick Rosário 07/02/2016

(Corujando nos Livros) Resenha: AMOR, SOMENTE AMOR - Márcio Muniz
Quem nunca se apaixonou por uma pessoa e passou por cima de várias situações para que se concretizasse um namoro? (risos) O amor move muitas coisas e nos introduz em áreas que nunca foram povoadas por nós, anteriormente.
E aproveitando essa levada, é que venho apresentar esse romance de Márcio Muniz. Um romance que aborda uma história intensa de amor, preconceitos...
Amor, somente amor nos apresenta Breno, um rapaz pobre, negro, que mora com a tia numa favela do Rio de Janeiro, e desde a infância, o garoto sempre foi rodeado de más referências, tanto dos pais, quanto do ambiente em que se encontrava. Breno tinha tudo para ser um ser humano de má conduta, todavia, ele norteou-se para o outro lado da moeda, vendia coisas no trem, carregava sacolas na frente do mercado, ou seja, tudo para ganhar seu dinheirinho de forma honesta e ajudar a tia, sem precisar fazer o que a maioria dos garotos do morro faziam: roubar, traficar...
Distraído, numa noite ele quase é atropelado por um carro de luxo, e é nesse exato momento que se inicia a magia do primeiro amor no livro, pois Breno enxerga Sabrina neste automóvel, com seu olhar ímpar e os dois ficam com suas imagens na mente.

"Por trás daquele vidro fumê e espelhado, por aquele espaço mínimo de uns vinte centímetros, ele pôde contemplá-la... apreciar um doce e eterno olhar, tão azul e vívido quanto o céu o Rio de Janeiro. Foi mesmo por um pequeno e único instante, mas a cena parecia transcorrer em câmera lenta. Breno ficara ainda mais estático do que quando quase fora atropelado. As palavras pareciam sumir, junto com sua voz... junto com qualquer reação que ele pudesse ter naquele sublime instante."
(Página 14)

Aquela clássica história do rapaz pobre se apaixonar pela donzela da alta sociedade e tudo mais, pois é, essa pegada de romance que encontramos nesta obra, uma paixão recíproca e correspondida.
Dois jovens super apaixonados, mas de classes sociais diferentes, lutando contra uma série de preconceitos, tabus e condições para ficarem juntos. Um dessas barreiras é o próprio pai de Sabrina, Seu Levi, ele é um cara poderoso, rico e que limita e vigia todos os passos de Sabrina, que ao descobrir sobre essa paixão da filha com o garoto pobre, vira o personagem sem piedade.
Também conhecemos Lucas, um rapaz de família rica e que mora no mesmo condomínio de Sabrina, porém usuário de drogas e frequentador do morro para saciar seu vício. Esse garoto tem um papel fundamental na história, pois ele é a ponte de ligação, cupido, pombo correio, qualquer coisa que ligue Sabrina e Breno que você possa pensar (risos), um personagem admirável na minha opinião. Além dessas funções, ele passa por um processo muito delicado na história, dando uma reviravolta em sua relação com a família.
Por fim, gostei do livro, os personagens foram bem elaborados, a história é bem eletrizante, pois a cada página acontece algo louco para que os protagonistas fiquem juntos, confesso que não gostei de algumas atitudes não pensadas de Breno, algumas vezes, ele me causava revolta por ser tão descontrolado, mas entendo que essa foi a personalidade que o autor criou pra ele, então... O amor possui uma carga gigantesca e poderosa, capaz de vencer as barreiras mais resistentes da vida, mas esse sentimento precisa ser analisado e posto em prática de forma coesa e inteligente, e não desesperadamente, sem medir suas atitudes e tudo mais, por esse motivo, o livro me cansou um pouco, justamente por causa do Breno.
O livro tem muitas declarações de amor um para o outro, aquela coisa fofa, meiga, descobrimentos entre o casal e muita paixão. Essa linda ilustração que veio no livro, mostra muito sobre a intensidade deste sentimento chamado Amor.
Super recomendo para os amantes de romances e livros nacionais.

site: http://corujandonoslivros.blogspot.com.br/2016/02/resenha-amor-somente-amor-marcio-muniz.html
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Clube do Livro 31/03/2016

Resenha Blog Clube do Livro ( Vanda Costa)
Amor, somente amor, de Márcio Muniz, conta a história de amor de Breno e Sabrina cujas vidas se cruzam quando Breno, ao atravessar inadvertidamente a rua, em mais um árduo dia de trabalho, se choca com o automóvel de Sabrina, que está voltando da escola em seu carro de luxo. Esse quase atropelamento muda para sempre a vida dos dois.
Breno é um adolescente negro de dezessete anos, morador de uma favela do Rio de Janeiro. Seu pai era alcoólatra desde os doze anos de idade e, após perder o emprego, abandonou a casa e tornou-se um pedinte. No início, a mãe de Breno tentou suprir a falta de seu pai trabalhando como doméstica, mas se envolveu no tráfico de cocaína e acabou sendo presa diversas vezes e prostituindo-se. Para não ser internado em uma instituição para menores, Breno foi morar com uma tia num minúsculo barraco na mesma favela, fato este que não agradou ao seu tio. Com o propósito de não incomodar o tio, Breno saía de casa muito cedo em busca de alguns trocados e só retornava na hora de dormir. Será que Breno conseguirá contrariar a cruel estatística e conquistará um futuro promissor?
Sabrina tem uma vida oposta a de Breno. É uma menina rica, de família com conceitos rígidos e tradicionais. Acabou de completar 15 anos e reside em um condomínio de luxo. Sua mãe morreu quando ela ainda era muito criança. Foi criada por seu pai, Levi, um empresário bem sucedido e muito bem relacionado e conceituado na alta sociedade. Pouco conhece da vida fora das grades de seu condomínio, pois praticamente só saí de casa para ir à escola e para alguns eventos sociais, sempre acompanhada pelo motorista e guarda-costas. Sabrina sofre com o tédio e a rotina de seus dias de patricinha, nos quais não há imprevistos nem novidades, porque tudo em sua vida é planejado e esquematizado para que todos os acontecimentos de seus dias estejam de acordo com o que seu pai julga ser o melhor para ela. Será que Sabrina se satisfará com dias tão banais e previsíveis?
Lucas é o típico filhinho de papai, sem deixar de ser um boa praça. Mora no mesmo condomínio de Sabrina e também frequenta a favela que Breno mora, pois é lá que adquire cocaína para alimentar seu vício. Lucas é o elo, o cupido que ajudará nos encontros furtivos de Breno e Sabrina. Lucas, devido ao vício, vive envolvido em situações que colocam sua vida em risco e Breno o auxiliou em algumas dessas situações perigosas. Numa dessas ajudas quando, a princípio, é mal interpretado pelo pai de Lucas, acaba contribuindo para que o pai do amigo, perceba que o filho precisa desesperadamente de sua presença, apoio e amor.

A história se inicia com um acidente de trânsito que envolveu Breno e o carro de Sabrina. Num final de tarde, de um determinado dia, enquanto Sabrina voltava do colégio em seu carro importado, Breno voltava de mais uma entrega de supermercado com seu colega Pequeno. Atravessava as ruas distraidamente, contando os trocados que conseguira ganhar até aquele momento quando, de repente, foi surpreendido por uma freada brusca e o som estridente de uma buzina. Foi salvo por Pequeno que o puxou para trás, conseguindo que o carro apenas esbarrasse nele. O motorista após dar uma bronca em Breno e certificar-se de que ele estava bem, deu partida no carro. Nesse momento, Breno avistou um par de olhos azuis que o observava através de uma pequena brecha aberta na janela traseira do carro. Era o olhar mais belo e terno que ele já vira.
Sabrina também ficou encantada com o que viu por trás daqueles olhos tristonhos, com a sensibilidade e humanidade que vira naquele olhar e com a simplicidade do rosto de Breno. Aquele olhar triste e impactante marcou e conquistou seu coração. O carro começou a andar e, sem pensar, Breno saiu em disparada perseguindo o carro. Quando já estava quase o perdendo de vista, viu que o carro entrou em um condomínio luxuoso, cercado por grades e seguranças. Respirou aliviado pois, soube que era ali que morava a luz da sua vida.
O enredo vai se desenvolvendo mostrando todas as dificuldades, represálias, humilhações e preconceitos que os protagonistas sofrerão e passarão em busca de um encontro, um beijo, um abraço. Lucas foi fundamental na promoção dos encontros.
No decorrer da história, vemos Breno e Sabrina enfrentando a todo instante, com determinação e coragem, os desafios e obstáculos que vão surgindo para viverem um amor que é tão especial quanto sofrido. Sabrina agora deve enfrentar a pressão do pai, o escárnio dos colegas e o julgamento de uma sociedade preconceituosa que condena qualquer modo de vida que fuja dos padrões da normalidade.
Em "Amor, somente amor", Márcio Muniz convida o leitor a refletir sobe o modo de pensar e agir da sociedade, discutindo com honestidade e sutileza questões relacionadas a dramas familiares, preconceitos e intolerâncias. O autor encontrou também espaço para falar sobre outras questões delicadas, como a dura realidade dos jovens que convivem diariamente com a violência, o tráfico de drogas, o abandono dos pais e da sociedade, o descaso das autoridades e a falsa premissa dos pais mais abastados, que acham que o luxo e os bens materiais são necessários para manterem seus filhos longe das drogas e da criminalidade.
O livro é pequeno, com poucas páginas, simples e fácil de ler. Quando falo simples, não estou me referindo à proposta e nem a condução do enredo. Falo da linguagem direta e do tema atual que envolve discrepâncias e injustiças sociais. Achei a capa do livro criativa e me agradou, pois faz alusão aos opostos, retratando as duas faces da cidade do Rio de Janeiro.
Amor, somente amor é uma espécie de espelho da sociedade atual que mostra a verdade nua e crua de uma sociedade hipócrita, injusta, omissa e preconceituosa. O romance entre Breno e Sabrina exemplifica a questão do pré-julgamento e do preconceito social e transforma-o num romance implausível, onde dois jovens por serem tão desiguais etnicamente, e com realidades de vidas tão diferentes, são obrigados a lutarem bravamente, dia após dia, pelo futuro do tão sonhado amor.
Bem, leitores queridos, espero que vocês aceitem o convite do autor e leiam o livro, (re)pensando nas ações, concepções, e comportamento da sociedade e tirem suas próprias conclusões.


site: http://clubedolivro15.blogspot.com.br/2016/01/resenha-nacional-amor-somente-amor.html
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Maravilhosas Descobertas 08/10/2016

RESENHANDO UM NACIONAL: Amor, Somente Amor
A obra Amor, Somente Amor de Márcio Muniz, é um romance inspirador e apaixonante, onde um garoto do morro tenta se relacionar com a filha de um grande empresário. Uma história com muitos sentimentos e aflições, que além de cativar o leitor à enfrentar barreiras na vida real, caso tenha, faz com que o leitor entre na torcida com aqueles que ajudam Breno e Sabrina a ficarem juntos.

De um lado temos Breno, garoto pobre, negro, mora no morro com os tios por ter sido abandonado pelos pais, levanta cedo para ir vender mercadorias no trem. E do outro, Sabrina, uma garota do mais alto escalão da sociedade, cheia de mordomias, estudante por livre e espontânea pressão do pai em vários cursos além da escola, e cercada de seguranças e motoristas por onde vai.

Tudo começa quando Breno é quase atropelado pelo motorista de um carrão preto, que não é nada mais nada menos que o motorista de Sabrina, acontece um pequeno alvoroço, mas tudo se "resolve". Quando Breno sobe à calçada, e o carro passa por ele, ele nota a janela do passageiro meio aberta, e avista um olhar fascinante que é o que dá abertura pra tudo. O olhar que fará com que ele tenha vontade de viver.

Á partir deste ponto, Breno resolve encontrar a dona daquele olhar à todo custo, até que um dia, tenta de qualquer forma entrar no condomínio onde Sabrina mora, e é chutado pelos seguranças do local. Mas é a aqui que Lucas, um mauricinho que frequenta o morro atrás de drogas, presencia o acontecido, e acaba por reconhecer Breno do morro, com isso, tenta ajudar o menino, criando um laço de amizade que mais pra frente, significará muito para ambos.


Com o decorrer da história, o amor de Sabrina e Breno só vem à crescer. Breno mostra à Sabrina as dádivas da vida, enquanto Sabrina lhe proporciona um amor incondicional. O romance dos dois tem tudo para dar errado por causa da perseguição do pai de Sabrina, que cogita a possibilidade até de manda-la para um internato, mas o amor dos dois é tão grande, que nem mesmo um tiro pode separá-los.

Márcio escreveu um romance leve e saudável, onde um amor proibido faz "milagres" em famílias que nunca repararam o que realmente estava acontecendo. Um livro simples mas cheio de surpresas, que te faz pensar um pouco além. Um romance que é um Amor, Somente Amor. Se não leu ainda, leia, e se já leu, conte o que achou aqui em baixo, e claro, não se esqueça de compartilhar com os amigos. Um beijo, e até a próxima postagem!


site: http://www.maravilhosasdescobertas.com.br/2016/05/resenhando-um-nacional-amor-somente-amor.html
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Arca Literária 23/01/2017

resenha disponivel no site a partir do dia 16/02 http://www.arcaliteraria.com.br/amor-somente-amor-marcio-muniz-2/

site: http://www.arcaliteraria.com.br/amor-somente-amor-marcio-muniz-2/
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Marcela.Carvalho 04/03/2017

Extremamente poético e reflexivo
Até que ponto uma sociedade profundamente enraizada em preconceito e desigualdades sociais pode interferir no amor de dois jovens apaixonados? Será que o amor verdadeiro é realmente capaz de superar e vencer todos os obstáculos?

Amor, Somente Amor é, primeiramente, uma história sobre amor e preconceito.

Breno é um adolescente negro e pobre de dezessete anos. Nascido e crescido numa favela do Rio de Janeiro, ele acaba tendo que ir morar com os tios num barraco também do morro depois que seu pai, um alcoólatra incontrolável, morre numa batida de carro. A mãe do garoto, tentando suprir a ausência do homem, começa a trabalhar como doméstica; mas o fantasma do dinheiro fácil surge e ela por fim se rende e passa a traficar e consumir cocaína, tendo sido presa algumas vezes e se prostituído. Mas essa mudança não fora totalmente aceita pelo tio de Breno, que o despreza, por isso, o garoto sai de casa todo dia antes do sol raiar e volta somente na hora de dormir.

Contudo, Breno não se rende às mazelas da comunidade e todo dia trabalha honestamente para conseguir algum trocado, seja vendendo coisas no trem, carregando sacolas do supermercado ou prestando favores em sinais. Ele definitivamente encanta e surpreende por seu caráter, honestidade, simplicidade e bondade. Breno é como a minha flor preferida (Flor de Lótus): uma flor que nasce em meio ao esgoto. Em péssimas condições de vida.

Já a realidade de Sabrina é absolutamente diferente: oriunda de família rica, frequentadora da alta sociedade Carioca, ela mora num condomínio luxuoso com o seu pai, Sr. Levi. A mãe dela morrera logo após o nascimento da menina. A criação de Sabrina ficou por conta de Seu Levi, um homem cheio de soberba, preceitos e preconceitos, mesquinho e que controla e esquematiza todos os passos da filha. Mas Sabrina já estava cansada de sua vida monótona e pacata; Casa. Escola. Cursos. Eventos sociais onde tinha a obrigação de acompanhar o pai. E só. Ela era como um fantoche nas mãos do pai, uma garota de quinze anos criada para obedecer e nada reclamar. Afinal, ela não já tinha tudo do bom e do melhor?

O que os dois jovens não esperavam era que suas vidas mudariam para sempre depois de um quase acidente de trânsito.

Breno voltava distraidamente depois de mais um duro dia de trampo, contando os trocados junto com seu amigo de trabalho chamado Pequeno. Ao atravessar a rua sem prestar a mínima atenção, um carro luxuoso e importado teria batido nele, se o seu amigo não o tivesse empurrado para trás, resultando apenas num esbarrão. Mas esse quase esbarrão foi o suficiente para que ele notasse um par de olhos azuis por trás do vidro parcialmente fechado; uma garota dona de um ímpar olhar, tal olhar que fez com que ele corresse desesperadamente atrás do carro e descobrisse onde morava a dona dele. Sabrina residia na “outra parte” do Rio de Janeiro.

“Por trás daquele vidro fumê e espelhado, por aquele espaço mínimo de uns vinte centímetros, ele pôde contemplá-la… apreciar um doce e eterno olhar, tão azul e vívido quanto o céu do Rio de Janeiro. Foi mesmo por um pequeno e único instante, mas a cena parecia transcorrer em câmera lenta. Breno ficara ainda mais estático do que quando quase fora atropelado. As palavras pareciam sumir, junto com sua voz… junto com qualquer reação que ele pudesse ter naquele sublime instante.”

– Pág. 14

Esse detalhe das duas distintas “metades” do Rio de Janeiro ficou evidente na capa e eu achei bastante interessante. Ela não é completamente ilustrativa e diz muito sobre a história. Aliás, o fato de a história se passar no Brasil também é mais um fator importante. Trata-se de reconhecer e validar sua própria cultura.

Por intermédio de Lucas, um playboyzinho rico que mora no mesmo condomínio de Sabrina mas frequenta a favela procurando alimentar seu vício por cocaína, os dois adolescentes começam a manter encontros secretos que logo resultariam num namoro cheio de altos e baixos e numa paixão arrebatadora.

O amor de Breno e Sabrina era grande, mas suas dificuldades e obstáculos tinham igual – ou maior – proporção. Seu Levi jamais aceitaria um genro “favelado”, pois aos olhos dele Breno não estaria à altura de Sabrina, tendo nada a lhe oferecer, além de ser um “moleque inconsequente como todos os demais do morro”. Os encontros iam ficando cada vez mais difíceis e arriscados. A desconfiança do pai aumentava. Os amigos de Sabrina zombavam dela. Até que um dia, uma garota invejosa da classe da menina armou para cima dela e o pai descobriu tudo.

Além do autor abordar sutil e genialmente de questões como primeiro amor, preconceito, racismo, desigualdades sociais, drogas e realidades de inúmeras favelas, ele também retrata outro aspecto: a importância da amizade e do apoio familiar. O casal encontra em Lucas, que inicialmente se aproximara de Breno por interesse, um forte companheiro e aliado. Assim como Breno conseguirá reunir Lucas e o pai, mostrando que a presença paterna é essencial na vida dos filhos, e que não é só porque eles têm dinheiro que isto deixa Lucas longe do mundo das drogas e dependências químicas.

Amor, Somente Amor é uma leitura curta e agradável, que aborda temas importantíssimos e questiona e critica a realidade de tantos jovens por aí. Quantos Brenos, que vivem em meio à violência e tráfico livre não existem nas favelas mundo afora? Quantos Lucas não se deixam afundar por problemas familiares? Quantas Sabrinas não são limitadas por pais rígidos e controladores? Nada mais que o retrato de uma sociedade profundamente doente. E o pior: essa sociedade é a contemporânea.

A escrita do Márcio Muniz muito me agradou e encantou. Romântico nato, há um “quê” de poesia e metáfora em muitas de suas frases, além de saber o momento certo de dar reviravoltas na história e de criar personagens bem construídos. Da metade para o final, o romance se torna eletrizante.

No entanto, não posso deixar de dizer que duas coisas me incomodaram na obra:

1. A edição. Este foi o meu primeiro contato com a Drago Editorial, e posso dizer que a editora decepcionou na edição.

2. Clichês. Como muitos romances, a história tem alguns clichês evidentes, ainda mais por se tratar de um primeiro amor. Em alguns momentos, acredito que o autor tenha exagerado na dose de amor à primeira vista e nas declarações em excesso, tornando-o um pouco… Inverossímil.

Ademais, é uma obra que certamente recomendo, repleta de lições e que pode ser lida por todas as idades!

site: https://devaneiosdalua.wordpress.com/2017/02/16/amor-somente-amor-marcio-muniz/
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