Sr. Holmes

Sr. Holmes Mitch Cullin




Resenhas - Sr. Holmes


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MiCandeloro 15/04/2016

Apaixonante!
Sherlock Holmes sempre foi um homem brilhante, de olhar afiado, pensamento rápido e raciocínio lógico. Entretanto, sua prepotência e egocentrismo o tornou uma pessoa intragável e de poucos amigos. Aos 93 anos, aposentado há décadas, Sr. Holmes continuava sozinho, vivendo os seus dias aproveitando a fazenda em Sussex, cuidando do seu apiário, e se afundando em notas e textos numa vã tentativa de se lembrar de fatos que lhe fugiam da memória, já tão afetada pela idade.

Sua única companhia, além das abelhas, era Roger, o filho da governanta. Holmes se encantou pelo menino ao perceber sua sagacidade e inteligência e passou a compartilhar com ele seu conhecimento, ao passo que Roger, órfão de pai, tomou Sherlock como substituto da figura paterna, de quem cuidava com muito carinho.

Roger desenvolveu um grande interesse por tudo que Holmes fazia e passou a entrar escondido no escritório do patrão, quando ele não estava, para ler seus livros e escritos, se imaginando na pele do famoso investigador. Um dos manuscritos que mais o impressionou e por qual ele ansiava por um desfecho foi o da A Harmonicista de Vidro, que relatava um caso misterioso e sobrenatural ocorrido há mais de 45 anos, que afetou de algum modo a vida de Holmes.

Por mais recluso que Sherlock fosse, ele continuava recebendo pilhas de correspondências com presentes, solicitações de investigações, pedidos de entrevistas, os quais ignorava por completo. Só lhe atraíam o interesse as cartas que falavam sobre as suas atuais paixões: abelhas, geleia real e a cinza espinhosa, uma planta medicinal que fazia muito bem à saúde.

E foi assim que o Sr. Umezaki lhe chamou atenção, ao convidar Holmes para viajar até o Japão para ver de perto a planta in natura e provar de sua culinária, chamado este que o velho não recusou. Mal sabia Sherlock que Umezaki tinha segundas intenções com aquele convite não tão verdadeiro assim.

Três histórias aparentemente sem nada incomum, unidades pelo tempo e pelo amor pelas abelhas.

Querem saber o que vai acontecer? Então leiam!

***

Meu interesse por Sr. Holmes surgiu totalmente ao acaso. Entrei no site da Intrínseca, fucei no catálogo, olhei para o livro e fui atraída pela capa e pela sinopse e o solicitei. Simples assim. Nunca na vida tinha lido nada de Conan Doyle, autor das obras originais, muito menos conhecia as outras produções derivadas da franquia. Porém, foi começar a ler o livro que simplesmente me apaixonei pelo detetive mais inteligente, e também mais prepotente, com o qual já me deparei na vida.

Apenas para esclarecer, Sherlock Holmes é um investigador britânico que apareceu pela primeira vez nas obras literárias em 1887 e fez sucesso ao resolver seus casos aplicando o método científico e a lógica dedutiva. Desde então, ao cativar o público, ganhou muitas histórias, filmes, séries e releituras.

O que mais me atraiu em Sr. Holmes foi a originalidade da premissa, retratando Sherlock no auge dos seus noventa e poucos anos, há décadas aposentado, enfrentando diversas dificuldades por conta da idade, mas sem perder o seu jeitinho de ser, cheio de manias, todo metódico e saudosista de sua época em que solucionava grandes mistérios.

Confesso que por estar habituada demais a ler tramas contemporâneas e juvenis, me surpreendi com o linguajar requintado empregado no texto. Acredito que o autor deva ter tentado reproduzir a escrita de Doyle e manter a essência da narrativa. De qualquer modo, tal artifício foi válido, já que consegui me transportar facilmente para a época na qual os fatos se desenrolavam.

Escrito ora em terceira pessoa, ora em primeira pessoa, quando nos deparamos com os manuscritos elaborados pelo próprio detetive, vamos nos familiarizando pouco a pouco com essa figura tão notável de Sherlock Holmes.

Como já deu para perceber, ele me ganhou logo de cara. Sim, Holmes tem inúmeros defeitos, mas é tão cativante que é impossível não nutrir um carinho especial pelo personagem. Enquanto lia, tive dificuldade de entender para onde o autor estava querendo nos levar, quais revelações seriam feitas e qual era a lição de moral naquelas páginas, até que me dei conta de que nada disso importava. Assim como Jojo Moyes costuma fazer, Cullin estava apenas nos contando uma história, sem nenhuma pretensão de ser algo a mais. Portanto, não esperem por plot twist, ação, ou segredos bombásticos, e a não utilização desses e de outros elementos não fez falta no enredo que é tão belamente construído.

As partes das quais eu mais gostei foram as que Sherlock contracena com Roger, o jovem empregado de sua fazenda. Por mais que Holmes tenha muita dificuldade em externalizar sentimentos, é nítida a afeição nutrida por ambos e, é por conta dela que conseguimos ver um Sherlock mais humano. E claro, quase morri chorando em uma das cenas que não posso revelar qual é, mas que foi de grande importância para o contexto.

Depois que li Sr. Holmes, fui atrás das obras de Conan Doyle e comecei a assistir ao seriado Sherlock no Netflix e devo dizer que estou viciada!

Leiam Sr. Holmes e descubram que nem tudo é o que parece ser e que, às vezes, a nossa sede insaciável pelo saber e pelas respostas pode alterar o nosso percurso e nos fazer infelizes.

site: http://www.recantodami.com
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Saga Literária 05/11/2015

Holmes a lenda!
Sr. Holmes - Mitch Cullin (Intrínseca)

Holmes é um romance bonito e ao mesmo tempo triste, aborda um Sherlock já idoso, que reflete sobre as perdas e o vazio da vida.

Nessa obra, Holmes está aposentado, morando em uma fazenda, tentando relembrar e juntar os fragmentos das aventuras vividas em outras épocas. Contudo no decorrer da trama, Sherlock embarca para o Japão pós-guerra com o intuito de desvendar um novo mistério.

Em Sr. Holmes é explorado o lado humano, posto em face aos mistérios da vida e da morte, mostrando os efeitos que o envelhecimento exerce sobre o modo como enxergamos o mundo.

site: www.sagaliteraria.com.br
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Alan 25/09/2015

Comovente
Um romance triste e bonito onde um Sherlock Holmes ancião reflete sobre as perdas da velhice e o vazio de sentido da vida. A indiferença da natureza para com nossa existência fica cada vez mais palpável à medida em que vamos gradativamente nos desligando do mundo; perdendo nossos entes queridos, nossas memórias e até mesmo nossas habilidades motoras e mentais. Tornando cada vez mais óbvio que somos nós mesmos quem revestimos de significado nosso breve relacionamento com o mundo.
Raquel Holmes 21/11/2015minha estante
Este livro é um relançamento sob outro título do livro do Mitch Cullin entitulado anteriormente "Um Pequeno Truque da Mente", que está esgotado da editora há um tempão? O enredo parece ser exatamente o mesmo, mas faz séculos que li.


A Holdford 27/11/2015minha estante
Ele é relançamento com outro título mesmo Raquel. É o mesmo livro.




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