Resenhas - O Suave Tom do Abismo

Priscila Cruz 08/06/2016

Uma história de Diedra Roiz que toca o coração
O Suave Tom do Abismo é mais uma história de Diedra Roiz que me toca o coração. Diedra conseguiu mais uma vez transfigurar em palavras os traumas e dores que carrego na alma. Assim como Alexandra, sei o peso que é conviver com a solidão.
Alexandra viveu uma situação extrema e eu, graças a Deus, nunca passei por nada parecido. No entanto, me identifico com o que ela senti.
Meu convívio familiar não é dos melhores. Minha família sabe sobre mim, mas prefere ignorar. Fingir que não acontece. A única vez que falamos abertamente sobre isso foi para que eu ouvisse da minha mãe que ela preferia que eu tivesse morrido a ser assim... E ouvir um "lésbica" das minhas primas, carregado de tanto desprezo que chegou a doer.
Desde os 16 anos sigo uma caminhada solitária...
Por mais que eu sofra ou esteja triste... Minhas feridas se curam na solidão. Não posso contar com ninguém...
Quando me apaixono... Quando sofro por amor... Quando tenho esperanças de ser felizes... me tranco no meu "barracão" e vivo tudo sozinha!
Sei como a solidão que ela carrega é pesada. E como esse fardo é doloroso!
Lendo a história de Álex, vou me lembrando da minha própria história... Choro minhas dores e as dela.
Sei que por enquanto o livro não vai ter um fim e muita dor vem por aí! Mas, apesar de toda a dor e sofrimento, O Suave Tom do Abismo é uma história bonita.
Você fez um excelente trabalho, Diedra Roiz.
Beijos.
Ps: Álex me lembra uma música de Vange Leonel:
"Jane
(Cilmara Bedaque/Vange Leonel)
Eu sinto seus olhos pedindo
tudo o que eu não posso te dar
e o que me pede sorrindo
me faz chorar
O mundo é às vezes cruel
e isso pode te ajudar
menina seus 15 anos
ninguém vai levar
(chorus)
Não precisa ficar sem saber
o que fazer comigo
O que eu desejo pra você
não te oferece perigo
Sofrer pra quê
O futuro todo pra você
Sofrer pra quê? (2x)"

Day 15/04/2016

É difícil expressar em palavras meus sentimentos, após ler O Suave Tom do Abismo, a principio me questionei o porque deste titulo, não demorou dois capítulos e não só entendi o porque como também não consegui imaginar outro titulo para essa obra. Sabe aquele livro que você começa a ler e até esquece que tem uma vida lá fora? Aquele que você não quer parar de ler enquanto não termina? Então... Esse é O LIVRO. Envolvente, cativante, daqueles que te faz chorar, com uma história cheia de mistérios, cheia de segredos que vão se desvendando a cada capitulo. Minhas emoções ficaram a flor da pele, é como se eu pudesse sentir na pele todo o sofrimento e anseio de Alex e Sofia e por falar nelas... Como definir meus sentimentos por essas personagens? Encantada? Apaixonada? Acho que seria pouco para expressar o quão maravilhada estou com essas duas. Cada personagens tem seus encantos, exceto Samuel é claro rs. Luciana... o que falar dela? Como é difícil amar o diferente, o que foge das normas e regras, O Suave Tom do Abismo retratou tão intensamente o quão difícil é isso. Como ainda existem pessoas que vivem no escuro, nesse abismo, sem poder ser ou agir com a sua essência.
Enfim, obrigada Diedra por essa leitura tão agradável e prazerosa... Literalmente você está se superando a cada dia, pode continuar assim, nós suas leitoras agradecemos.

Reddi 31/08/2015

Agoniante e empolgante.
Primeiramente quero dizer que odeio o Samuel. Quero que ele morra lentamente sendo esfaqueado, com os ossos sendo puxados até se soltarem,que depois o soltem vivo num colchão cheio de agulhas e ponham fogo nele amarrado lá.

- Agora sobre o livro. Comecei a ler o livro sem saber absolutamente nada sobre ele, como eu sempre faço nos livros da Diedra. Fiquei bem confusa no começo, pois não sabia que era um livro de época, de repente estou no meio de carroças e banhos feitos com baldes. O romance principal que "obrigatoriamente" é a parte central dos livros, não ficou totalmente em primeiro plano. É muita história. Muitos flashbacks, o que eu achei totalmente sensacional. Não foi limitada ao romance de duas pessoas e sim numa história cheia de fantasmas passados e monstros presentes. Fiquei bem incomodada de não conseguir imaginar rostos inteiros, só espectros que são proporcionados pela lamparina. Saudades Sol. Saudades calor. Acho que foi o livro mais agoniante que eu já li. Não consigo imaginar uma solução que não seja fugir. (Claro que antes: matar o Senhor excelentíssimo Reverendo. Obrigada, de nada) O Livro foi empolgante, algumas pessoas tentavam ler junto comigo no ônibus. Outras pessoas ficavam rindo da minha cara de choro em algumas páginas. Pobre deles, não sabem o que a Alex passou. Sofri, sofri muito. Sofri junto com ela. Estou sofrendo até agora. Adoro quando abordam situações religiosas e questões morais nos tempos atuais. Pois embora ainda exista fanáticos, política e religião estão "meio" separados... Mas transportar isso para um tempo onde um "Servo" de Deus, que frequenta um bordel é o rei do lugar, me dá vontade de vomitar, quis arrancar as páginas do livro para que o tal personagem morresse. Além de imaginar que eu jamais poderia ser feliz com alguém que eu amasse, tive que acreditar que as coisas estão um pouquinho (bem pouquinho...) melhores para gente. Incrível como as pessoas podem ser tão mesquinhas e impedir o amor de outras, só para mostrar o "poder" que têm. Obrigada Di por esse maravilhoso livro.