Fer - Mato Por Livros 03/11/2015Steph e Rick estão de volta.
Parece que tudo está mais calmo. As águas turbulentas que eles passaram deram uma trégua, e eles podem viver uma vida familiar e comum, como qualquer pessoa.
Bem, quase, afinal ser vampiro tem lá suas restrições e eles não podem desfrutar de tudo quanto gostariam, mas mudanças são sempre necessárias e as dúvidas são constantes. Mesmo assim eles conseguem ser felizes.
Se amam, e tem uma família linda e tudo o que importa é que estão juntos.
Mas ás vezes as diferenças podem trazer sofrimento, afinal o preconceito, seja de qual tipo for, sempre tem o poder de machucar.
Depois de um começo calmo, com uma paz reinando, eu devia desconfiar que algo estava por vir. Sabia que Márcia não iria deixar a história seguir tranquila assim por tanto tempo.
E quando o furacão veio, ele veio destruindo tudo.
Que reviravolta.
Que angústia, que medo, que dor, que tristeza.
Eu não sabia mais se chorava com Steph e por ela, ou se dava um jeito de entrar no livro e dar umas boas porradas nela e fazer com que ela saísse daquele estado de torpor na marra.
Como pode? Como se anular dessa forma?
Nessa parte é que amo ainda mais a escrita da Márcia.
Porque no geral, tentamos nos colocar no lugar dos personagens e tentamos entender um pouco a extensão do que eles sentem. Mas como se colocar no lugar do coração, do amor, da dor e do desespero de um vampiro?
Eis a questão. Não tem como. Tudo parece intenso demais.
Então, ao mesmo tempo que eu queria confiar em Richard, eu sentia um ódio mortal pelo que ele estava fazendo. Ele quebrou toda a minha confiança. E ao mesmo tempo em que eu me compadecia de Steph, queria mesmo agarra-la pelos cabelos e fazer com que ela acordasse para a vida. Não podia ser normal se sentir daquele jeito.
“Quando amamos nos sentimos seguros e, ao mesmo tempo, vulneráveis; valentes, ainda que amedrontados; prisioneiros com a sensação plena de liberdade, e doentes quando não podemos ser a cura. Disse também que, à medida que nos doamos, mais completos ficamos. Que quanto mais nos alimentamos desse sentimento, maior o tamanho da fome que nos assola. Que só passamos a enxergar através do reflexo dos olhos do outro, e que, somando tudo isso, ainda assim, não seria possível descrever o quanto eu te amo e preciso de você.”
Outra parte que me cativou foi a passagem de tempo. Geralmente eu tenho sérios problemas com essa parte. Mas aqui se encaixou perfeitamente. Eu tinha muita vontade de acompanhar exatamente o “crescimento” dos personagens. Passar por essa fase de ser filho de um vampiro, e tentar sentir o que passa na cabeça e no coração de um humano que pode virar vampiro – ou não, a qualquer momento. Mais um ponto positivo para Márcia.
Não tem como não se apaixonar por Rico e se colocar no lugar de Vitty, todo seu medo, insegurança, receio... Eu conseguia sentir tudo o que ela sentia. E foi uma das personagens que mais me cativou nessa história .
Ai esse negócio de girar só em torno de personagem principal cansa.
Se colocar na pele deles (podendo perder os filhos) e se colocar no lugar do filhos (quero, não quero me tornar vampiro. Mexe demais com nosso psicológico.
Mais uma vez nos vemos encantados e fascinados pela história. Eu estava extremamente angustiada com o rumo que tomaria, não sabia mais o que esperar e nem o que acreditar.
“Porque o ar que você respira fica pesado sem o meu cheiro, e a visão perde a cor se eu não estiver por perto. Porque o seu amor é tão doentio e dependente do meu carinho quanto eu sou de você.”
Quando o passado retorna, não sabemos quantos mistérios, problemas e dores ele pode trazer com ele.
O final, como não poderia deixar de ser foi maravilhoso, intenso e lindo.
E mais uma vez nos perguntamos:
- O que vamos encontrar em Renascer para a Eternidade?
Com certeza é um mistério e espero poder desvendá-lo logo.
Beijos
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