Dani 11/03/2016Resenha: Lembre-se de mim - Encontre-me #02No livro anterior, Encontre-me, Wicket Tate havia se envolvido em muitos perigos, chegando a desmascarar a pessoa por trás do assassinato de uma amiga, Tessa Wayne, revelando este ser a pessoa que nunca imaginaria: Todd, seu pai adotivo. Ela havia conseguido livrar sua irmã, Lily, dele e pensava estar finalmente em um lar seguro.
"Ele olha para mim como se eu fosse perfeita. O que vai acontecer se isso acabar?"
Mas então o detetive Carson, com um histórico não muito amigável com Wick, decide chantageá-la para um, segundo ele, último trabalho. Ela precisa se infiltrar na festa do juiz Bay, uma das pessoas mais influentes da cidade e por quem ela nutre ressentimentos, e rastrear um traficante conhecido, que trabalha para seu pai.
"É um talento que a maioria de nós têm: dizer a nós mesmos que somos pessoas boas, quando na verdade não somos."
Wick tenta fazer tudo do jeito mais rápido e silencioso possível, para poder ficar segura com sua família, usando suas habilidades de hacker. Porém, durante o evento, o corpo de uma jovem é encontrado mutilado, com a frase "lembre-se de mim" cortada em seu corpo. Novos perigos surgem, trazendo mais uma aventura tensa e cheia de inimigos para Wick.
Eu havia devorado o primeiro livro dessa trilogia, então não pude deixar de conferir Lembre-se de mim. Novamente fui envolvida pela narrativa em primeira pessoa, que tenho preferência, e todos os novos mistérios. Fazia um tempo, mais de um ano, que eu tinha lido Encontre-me, então fiquei grata pelas poucas recapitulações que a estória deu no início, e logo entrei no ritmo novamente.
"Jesus, o que eu fiz? Como me meti numa história dessas? Pare. Melhor se perguntar: O que eu vou fazer para sair disso?"
O livro traz vários acontecimentos instigantes e, com as investigações de Wick, reviravoltas acontecem há todo momento. Além deste caso envolvendo a garota morte, o juiz e o traficante, há ainda bastante coisa sobre a mãe dela, que havia se suicidado, sendo trazida à tona.
Como a vida de Wick consegue ficar mais complicada ainda, surge alguns personagens, entre eles Milo, também habilidoso com computadores, causando um pequeno triângulo amoroso quando Griff não gosta do que Wick está fazendo. Como não sou muito fã de triângulos amorosos, fiquei feliz por não haver muito foco nesta parte.
"É o medo. Nós sabemos o que é esconder as próprias feridas."
A continuação não perdeu sua essência; Wick continua a personagem esperta de sempre, sem medo de usar seus meios para proteger quem ama, trazendo muita coisa interessante sobre o mundo hacker e tecnológico. A única coisa que me incomodou, pessoalmente, foi o fato de ela estar sempre se maltratando tanto, tratando-se como se fosse a pior pessoa no mundo. Claro que ela faz muitas coisas erradas mas, bem, tudo que ela faz é pensando no bem-estar da família dela. Não teve um personagem que eu odiasse, mas Griff me irritou bastante por não procurar entendê-la.
"Sim, o tempo cura todas as feridas, mas deixa uma cicatriz que se torna a nova face da dor."
O final trouxe grandes reviravoltas, mostrando os verdadeiros culpados por trás de tudo. Algum eu já desconfiava, mas as motivações foram muito chocantes. Como esperado de um thriller, muitas cenas de tensão e perigo de morte vieram com estas revelações, de tirar o fôlego.
"Não lembro mais de quem sou, de quem eu deveria ser."
Com o final deste volume, o conflito principal foi resolvido, mas ainda sobraram algumas coisas para o próximo, Trust Me *ainda não lançado no Brasil*, com um último capítulo/epílogo trazendo uma amostra instigante sobre os próximos desafios de Wick. Mal posso esperar para ler!
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