Jorge Henrique
24/01/2016Várias chances de mudar o futuro, mas poucas de mudar o destinoA trama se alterna entre presente e passado. No presente, o mundo está um caos, e tudo isso por causa de Cassandra, uma mulher? Não. Uma espécie de Máquina do Tempo. Baseado nos filmes de ficção científica sabemos que brincar com o tempo é bem perigoso. No passado, acompanharemos 3 amigos, Finn, Mariana e James, e um deles construiu Cassandra.
Ainda no futuro, Finn e Em, terão que voltar para o passado e tentar impedir a construção da máquina do tempo, pois eles possuem uma certa ligação com esse acontecimento, mas como estão sendo mantidos presos e torturados, se tornará uma tarefa difícil, fugir, viajar no tempo e destruir quem fez Cassandra. Eles terão várias chances de mudar o futuro, mas poucas de mudar o destino
Não vou mentir, eu me senti meio perdido na história, mas é possível ver que a autora fez de tudo para que o leitor não se perdesse, porém com todo estes fatos, achei meio difícil me concentrar, e a leitura demorou um pouco para andar. No entanto quando você consegue "se achar" na trama, a leitura flui e a adrenalina entra em suas veias.
O livro é dividido em capítulos, narrados por Em e por Mariana, ou seja, o presente e o passado, no começo a leitura é mais explicativa para situar o leitor no enredo, mas depois da metade, é ação, tiro e morte, e isso que me fez gostar bastante do livro.
Eu fiquei meio decepcionado em relação a trama, porque, lendo a sinopse, achei que seria uma coisa totalmente diferente, com a viagem no tempo e o governo distópico mais presente na história, mas não é o que acontece. O plot é totalmente voltado na vida de Finn, James e Mariana e na construção de Cassandra, o que não deixa de ser bom, pois a autora vai te envolvendo aos poucos e fazendo você gostar dos personagens e de suas vidas.
O livro não terá continuação, a autora fez um post em seu blog, falando que não conseguiu escrever algo melhor de Todos Os Nossos Ontens, portanto quis deixar só como um stand-alone. Mas não fique preocupado, pois a história tem um desfecho próprio, e bem dramático.
Uma coisa que eu não gostei da parte da editora, é a comparação com Jogos Vorazes, senti até uma vergonha alheia, porque gente... Para que tá feio! Seria até tudo bem se o livro fosse parecido com a trilogia de Suzanne Collins, mas não é, a única coisa que ambos possuem é o mundo distópico. E isso eu venho notando acontecer em vários livros de Distopia.
Enfim, o livro está recomendado, novamente, não vá esperando ser um livro estilo Jogos Vorazes, porque não é, mas se você realmente gosta de Distopias e Viagens no tempo, não deixe de ler Todos Os Nossos Ontens,
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