spoiler visualizarLuiza 15/10/2018
A mulher que roubou a minha vida foi de longe o livro mais chato (ou menos legal) que eu li da Marian Keyes.
O livro não tem personagens carismáticos, e a história só engata mesmo depois da metade do livro. O problema é que para chegar na metade, você tem um caminho árduo de uma história parada, sem sal e sem graça.
Stella, a protagonista, começa o livro batendo o carro contra o de um médico. E essa parte é totalmente irrelevante pra história. Acho que a ideia era criar uma conexão com o médico devido à doença que ela contrai, mas não vi a necessidade de uma motivação para que esse momento tenha acontecido no livro.
Um tempo depois, como já citei, ela contrai uma doença rara que compromete toda a musculatura do corpo dela, tornando-a inválida. Stella Sweeney acaba sendo internada e deixa seus dois filhos Betsy e Jeffrey sob os cuidados do marido Ryan.
Sua condição é péssima e chamam um neurologista para que possa auxiliar o clínico nos cuidados médicos. Mannix é o neurologista e vítima da batida de carro de Stella.
Durante a recuperação da protagonista, ele desenvolve uma maneira de interagir e conversar com ela através de suas pálpebras, única parte do corpo que Stella era capaz de mover. Para facilitar a compreensão, ele anota tudo o que Stella diz a ele por meio de suas piscadas.
Começa então a ter um tipo de conexão entre os dois e no natal Mannix resolve abandonar o caso de Stella.
Com o choque da saída do médico sem sequer uma despedida adequada, ela começa a regredir nos progressos, até o momento em que decide que quer melhorar.
Stella se recupera 100% e retorna para sua vida normal, trabalhando como esteticista na clínica que era sócia, junto com sua irmã Karen.
Um dia então recebe uma caixa com 50 exemplares de "Uma piscada de cada vez", livro organizado por Mannix com trechos inspiradores do que Stella dizia enquanto estava acamada. Ela então decide procurar pelo médico para entender tudo aquilo e acaba se apaixonando por ele.
A relação deles é bem estranha, ele é completamente apaixonado por ela, enquanto ela só consegue ser insegura e sentir que ele vai abandoná-la a qualquer momento. Apesar disso, ela deixa o marido, com quem não tinha mais nenhuma conexão, e fica com o médico.
Para se livrar dos livros, Stella os distribuiu entre parentes e amigos. Até que um dos seus exemplares sai na capa de uma revista sendo lido por uma famosa, e começa a ser procurada por editoras e agentes.
Mannix se torna seu empresário e marido, indo morar com ela em NY para a divulgação do livro, além de fazer a ponte com sua agente Phyllis. O livro é lançado, no começo ele faz sucesso, mas ao longo do ano as vendas começam a cair.
Em um dos jantares com os figurões da editora, Stella conhece Gilda, que é nutricionista e personal trainer, além de linda. Elas se aproximam e Gilda se torna sua melhor amiga em NY. Entretanto, Stella começa a sentir certo ciúme de Gilda com Mannix.
O irmão de Mannix, Roland, sofre um AVC o que o obriga a voltar para a Irlanda. Enquanto isso, o livro de Stella emplaca cada vez menos e ela começa a perceber que talvez tenha dificuldade com a publicação do seu segundo volume.
Decide conversar com Gilda, que diz que tem um livro quase pronto sobre saúde e bem-estar e que poderiam juntar os dois livros e fazer um só com conteúdos das duas. Gilda garante para a amiga que seu nome será secundário, e que o crédito da obra será todo de Stella.
Ao chegarem na reunião com a editora, Stella é retirada do livro que será lançado somente com as partes de autoria de Gilda.
Stella descobre que Gilda planejava isso há tempos, e que conquistar Mannix também estava em seus planos. Graças à sua insegurança, Stella separa de Mannix e retorna para a Irlanda.
Ao fim da história, ela se arrepende de ter se separado de Mannix, e terminam o livro juntos.
O livro é escrito em primeira pessoa, e cada capítulo data um período da história, sendo o começo um revesamento entre as histórias de quando Stella estava internada e no tempo presente, da metade para o fim, essa perspectiva muda e a história continuar somente considerando o tempo presente. A leitura é tranquila, porém a história em si é bastante cansativa. O personagem mais bem construído da história é o Mannix, que eu poderia chamar também de salvador desse livro.