A Beleza da Vida

A Beleza da Vida Pema Chödrön




Resenhas - A Beleza da Vida


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Ronan 06/09/2020

Living Beautifully Pema Chodron
A obra trata basicamente dos três votos budistas que tornam possível viver em um mundo de constantes instabilidades e mudanças e de como, através deles, podemos viver melhor e em paz, inclusive usando essa instabilidade como caminho espiritual. São três os votos em ordem crescente de esforço e comprometimento:
Pratimoksha, que é fazer o melhor possível para não ferir os outros nem em pensamentos e nem em ações, ser bons uns com os outros, evitar agir e falar por impulso, sem reflexão, interromper nossos hábitos de fazer isso e os tradicionais não roubar, não matar, não mentir e não ferir os outros com atividades sexuais impróprias (aquelas que trazem sofrimento a si e aos outros).
Bodhisatva, ajudar os outros seres a superar a dor e o sofrimento, nos movimentarmos ativamente no mundo para ajudá-los, nos comprometemos a trazer benefícios aos outros seres, também conhecido como o caminho do guerreiro. Podemos entrar nesse caminho de três formas diferentes: Como um rei, que traz consigo seu reino, base de sua estabilidade para ajudar o outro, do barqueiro, que embarca junto com os outros em sua busca, que se abre para sua verdadeira natureza junto com os demais, e a atitude do pastor, que considera as necessidades de seu rebanho prioritárias em relação à sua
Samaya, que é voto de aceitar o mundo como ele é, estando presente, desperto e aberto para tudo o que ele tem a oferecer, tudo que aparece em sua mandala (naquilo que o cerca) é uma possibilidade de prática. É a prática que se faz em lugares assustadores como onde se jogam os cadáveres no Tibet, onde a finitude de nossa vida fica mais evidente.
É uma obra bem objetiva e bem escrita, a autora menciona que essa obra é o resultado de diversas palestras que foram reunidas por sua secretária em um livro, que, se não me engano já foi traduzido para o português como “A beleza da vida, a incerteza, a mudança e a felicidade”. Até pensei em mencionar que, em tempos de pandemia a obra vem a calhar, mas daí pensei que sempre estamos imersos em instabilidades, o tempo todo, só mudamos os tipos de incertezas e instabilidades, a bola da vez é pandemia, logo será outra, é da natureza do Samsara, da roda da vida, daí a relevância dos votos.
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