Ana Júlia Coelho 17/08/2023Um grupo de aventureiros (e não é o Luccas Neto) se enfiou em Botsuana para fazer um safári. Cercados de predadores, eles precisam tomar todos os cuidados possíveis para que a experiência seja a melhor de todas. Mas um predador inesperado aparece e começa a atacar o grupo.
Um homem foi encontrado morto em sua própria garagem, pendurado pelos pés e eviscerado. Até agora foi a cena de crime mais chocante que a Tess descreveu, e já amei esse início. A forma com que ele foi encontrado lembra muito o ataque de um leopardo/puma (/leão/tigre/hiena/elefante/cobra - Tess ficou na dúvida de qual bicho usar e decidiu citar absolutamente TODOS ao longo da história). A vítima é um famoso taxidermista que tem uma coleção de cabeças de caças de dar inveja. Tudo leva a crer que esse crime tem relação com suas atividades polêmicas envolvendo armas e animais, mas a polícia começa a ter dúvidas sobre essa teoria depois que sua ex-nora também é encontrada morta, em circunstâncias diferentes.
Ao longo da investigação também somos levados a um zoológico, onde uma funcionária foi morta por um puma, e por outros casos estranhos, que parecem ter sidos causados por ataques de animais, anos antes.
A Tess sempre intercala a narrativa entre a investigação em curso e o desenvolvimento do prólogo, mas dessa vez ela se superou. Mesmo gostando muito dessa ideia de largados e (não tão) pelados, achei que quebrou muito o ritmo da história com Jane e Maura. Gostei do jeito que a autora construiu uma história em volta desses predadores e a ligação entre todos os casos citados. Em alguns momentos cheguei a rir das teorias da polícia, e criei as minhas próprias (foram tantas que, óbvio, acertei uma coisinha ou outra). Uma coisa que não gosto é quando martelam sempre em um suspeito, já que esse método de investigação/narrativa deixa EVIDENTE que não é a pessoa a culpada, então esse é um ponto fraco nessa história. Tenho sentido uma melhora significativa nos últimos livros da Tess, e to ansiosa pra ler o último e finalizar a série (até agora).
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