Douglas Colácio 09/03/2021
História é uma paixão, mas tem que ser com moderação
São poucos os que desejam se aventurar pela História, ela contudo se torna uma grande mestra, se nós a deixarmos exercer o seu papel.
Este livro, com uma cunhagem marxista, nos traz uma análise social de um povo que exerceu tamanha influência na sociedade como um todo.
Muita coisa veio da Grécia: a democracia, a filosofia, arquitetura, matemática, aritmética, poético e até mesmo os princípios básicos das ciências políticas e sociais.
M. Rostovtzeff foi um autor que tive que estudar quando fiz a faculdade de história, usei o livro para fazer os trabalhos, mas nunca o tinha lido inteiro. Em sua análise ele deixa claro sua compreensão de um mundo cercado desde as origens pelo conceito de "luta de classes", onde os sistema capitalista, ou seja, as relações de trabalho sempre foram maquinadas pelas potências em busca de uma supremacia comercial e mercantil. O que vale é o que Marx chamou de "a forma dinheiro", e em nome dele e da supremacia do poder, se fazem guerras, conflitos, acordos, alianças etc.
A Grécia como um todo viveu em sua história, nos seus mais de dez séculos a. C. organizada por cidades-Estados independentes, um sistema que favoreceu sobretudo os mercadores, artesãos, políticos e intelectuais. Sua preocupação era ser uma potência universal, somente Alexandre Magno, contudo, conseguiu realizar tal feito, ou pelo menos permitiu que isso acontecesse.
O livro é extremamente técnico, com linguagem historiográfica muito acentuada, ainda sim consegue nos levar a vislumbrar uma das civilizações mais influentes do ocidente, se não a mais influente. Pra quem ama história vale muito a pena. Mas aviso que, pra quem não gosta de História, o livro pode ser extremamente enfadonho, então aprecie com moderação.