História da Grécia

História da Grécia Michael Rostovtzeff




Resenhas - História da Grécia


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Douglas Colácio 09/03/2021

História é uma paixão, mas tem que ser com moderação
São poucos os que desejam se aventurar pela História, ela contudo se torna uma grande mestra, se nós a deixarmos exercer o seu papel.

Este livro, com uma cunhagem marxista, nos traz uma análise social de um povo que exerceu tamanha influência na sociedade como um todo.

Muita coisa veio da Grécia: a democracia, a filosofia, arquitetura, matemática, aritmética, poético e até mesmo os princípios básicos das ciências políticas e sociais.

M. Rostovtzeff foi um autor que tive que estudar quando fiz a faculdade de história, usei o livro para fazer os trabalhos, mas nunca o tinha lido inteiro. Em sua análise ele deixa claro sua compreensão de um mundo cercado desde as origens pelo conceito de "luta de classes", onde os sistema capitalista, ou seja, as relações de trabalho sempre foram maquinadas pelas potências em busca de uma supremacia comercial e mercantil. O que vale é o que Marx chamou de "a forma dinheiro", e em nome dele e da supremacia do poder, se fazem guerras, conflitos, acordos, alianças etc.

A Grécia como um todo viveu em sua história, nos seus mais de dez séculos a. C. organizada por cidades-Estados independentes, um sistema que favoreceu sobretudo os mercadores, artesãos, políticos e intelectuais. Sua preocupação era ser uma potência universal, somente Alexandre Magno, contudo, conseguiu realizar tal feito, ou pelo menos permitiu que isso acontecesse.

O livro é extremamente técnico, com linguagem historiográfica muito acentuada, ainda sim consegue nos levar a vislumbrar uma das civilizações mais influentes do ocidente, se não a mais influente. Pra quem ama história vale muito a pena. Mas aviso que, pra quem não gosta de História, o livro pode ser extremamente enfadonho, então aprecie com moderação.
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CharlesTP 06/02/2024

Um bom resumo da história da Grécia antiga mas uma má interpretação de suas instituições beirando ao anacronismo
Nesse livro Rostovtzeff tem como objetivo nos mostrar de forma resumida porém sem cair em extrema simplificação uma história geral da Grécia antiga, ou seja, ele começa falando das principais sociedades que influenciaram o mundo grego (em particular o a civilização Egeia 1450 a.c), até a queda dos ultimo reinos grecos-macedônios para os romanos (por volta de 150 a.c).
Como fonte histórica o livro é uma ótima introdução, o autor divide em capítulos cada século e quais foram os principais acontecimentos históricos/políticos que aconteceram nesse período (nascimento da civilização grega, mitos homéricos, guerras internas como a guerra do Peloponeso, guerras externas como a guerra contra a Pérsia e etc), depois de mostrar os acontecimento políticos o autor foca no desenvolvimento social e cultural do século em particular, o desenvolvimento da ciência, das artes, da filosofia, como a miologia influenciava no cotidiano, como o nascimento e a influência das instituições políticas aparecem na sociedade grega, o funcionamento das democracias, das monarquias, das aristocracias e etc.
O maior problema do livro está quando Rostovtzeff tenta definir a "natureza" das instituições políticas e econômicas da Grécia antiga, o autor em diversas vezes defende a ideia de um "capitalismo" na sociedade grega (bem como de um "socialismo" e "comunismo"), em um certo trecho o autor chega a falar na existências de classes burguesas e classes proletárias, não é porque existiu instituições e práticas sociais que hoje são extremamente comuns na nossa sociedade como a troca, o mercado, a propriedade privada, instituições bancárias, a cunhagem de moenda e etc. que essas sociedades antigas vão ter uma relação social igual ao do capitalismo, principalmente porque essas prática eram feitas de forma diferente das de hoje, até mesmo as classes sociais, dizer que existia uma classe burguesa e uma classe proletária, classes essas aparecem, se formam e começam e a ser definidas como tal só no período da baixa idade média até a revolução industrial é um anacronismo evidente.
Deixando essa parte de lado, o livro continua sendo uma boa introdução para quem é interessado nos estudo dos acontecimentos históricos da Grécia antiga.
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