Negras Raízes

Negras Raízes Alex Haley




Resenhas - Negras Raízes


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Vick 28/02/2019

Uau, serio, que livro foi esse, comprei ele em um sebo pela internet la para o meio do ano passado, é um exemplar bem velho e gasto, o que tornou a experiencia ainda mais significativa, por saber que o próprio livro em minhas mãos tem uma historia, esse exemplar, que já pertenceu a outras pessoas, e me foi mandado por um outro alguém que eu não faço já transmite algo sobre si e sobre as pessoas que o possuiram. Enfim, enrolei para ler porque sabia que de forma alguma seria uma leitura fácil, no final de janeiro comecei a ler e terminei hoje, praticamente um mês depois. O livro me despertou tanta coisa que eu não saberia descrever, é um marco histórico simplesmente, apesar de toda a clara dor que o livro transmite, de algum jeito ele me aquietou um pouco, saber de verdade sobre uma historia que foi parecida com a minha e de meus ancestrais, e de milhões de outras pessoas é incrível, é virar o jogo, é afirmar que a historia não tem que ser eurocêntrica, que nós temos historia, esse livro é necessário, de qualquer forma, é um livro sobre uma família, mas que conta parte da historia da humanidade.

Alex Haley escreveu uma obra prima, mesmo sendo Americano, partes da historia se assemelham muito a escravidão aqui no Brasil, quem me dera um dia ter essa oportunidade, imagino que assim como eu, muita gente já se perguntou de onde veio, qual a historia de sua família, eu mesma pouco sei, a não ser alguns poucos relatos de meus avós sobre seus país ou avós, assim como os milhões de descendentes de africanos aqui no Brasil e nas Américas que tiveram sua historia e cultura negadas. O relato no final do livro, sobre como ele foi a Juffure e encontrou a aldeia de onde seus antepassados vieram e de como eles o receberam como alguém que finalmente retornou, como sendo parte deles, foi lindo. Sem duvida um dos livros mais fortes e sinceros que já tive o prazer de ler.

"Através desta carne, que é nós, nós somos você, você é nós"

P.S. (edit 23/03/2020) : Alguns meses depois que li livro, fiz um trabalho na faculdade sobre história oral e a tradição dos griot na África, e foi muito bonito ter essa visão dada pelo livro, a oralidade é um campo de estudo ao mesmo tempo muito rico e muito complicado, Alex Haley fez um trabalho espetacular, é a história e a literatura caminhando juntas.
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Roberto 06/06/2021

Nesta obra sensacional, Alex Haley narrou a trajetória de sua família, desde o século XVIII, na aldeia de Juffure, em Gâmbia, na África até chegar a si mesmo. A ideia de escrever o livro veio das histórias contadas por sua avó e suas tias velhas sobre seu ancestral chamado de Kunta Kinte, capturado próximo a sua aldeia e levado aos Estados Unidos como escravizado.

É possível dividir o livro em duas partes, de acordo com o cenário em que se passa a história. A primeira parte acontece na África e se inicia com o nascimento de Kunta, primeiro filho de Omoro e Binta Kinte. O autor descreve a cultura mandinga com riqueza de detalhes, à medida em que narra a história dos personagens. Vemos aqui várias tradições desse grupo étnico do qual fizeram parte vários dos negros que também foram trazidos para o Brasil: a escolha de um nome relevante pelo pai da criança, que deve ser revelado primeiramente a ela, no oitavo dia após seu nascimento; sua religiosidade, que mescla o islamismo com o culto aos ancestrais; o processo de socialização na escola islâmica da aldeia, que culmina com o árduo rito de passagem, depois do qual o menino com aproximadamente 12 anos passa a ser considerado homem; dentre outras. Gosto muito também da distinção tratada no livro entre a escravidão praticada pelos os negros dentro da África e a escravidão imputada aos negros pelos brancos europeus. Essa distinção joga por terra qualquer justificação do tráfico negreiro e da escravidão transatlântica pelo fato de já haver escravidão na África antes da chegada dos brancos.

A captura de Kunta, o triste relato do drama vivido por aqueles seres humanos escravizados nos navios negreiros e a chegada do jovem mandinga aos Estados Unidos, onde foi logo vendido, marca a transição para a segunda parte do livro, que se passa na propalada terra da liberdade, mas que se construiu pela exploração do trabalho escravo. Aqui, Kunta cresce em meio a muito sofrimento, se casa, tem uma filha e passa o protagonismo narrativo para seus descendentes a partir dela. A história da família de Kunta, que em vez de manter o sobrenome Kinte, adota os sobrenomes dos vários fazendeiros que a adquire, se confunde com a história dos Estados Unidos. Vários momentos importantes da história desse país são comentados pelos protagonistas, como a guerra de independência, os ecos da Revolução Haitiana, a campanha abolicionista, a guerra de secessão, dentre outros. Muito engraçado é ler a opinião dos negros sobre esses eventos, principalmente quando eles comentam que os brancos buscavam a independência para serem livres, sendo que eles pareciam muito livres para os negros.

O livro tem muitas passagens admiráveis, outras tantas tristes e desalentadoras e mais algumas que enchem o coração de alegria. Leitura recomendadíssima para todos aqueles que se interessam minimamente pela discussão das relações etnicorraciais. Não há como o ler e ficar impassível diante do sofrimento de todo um contingente populacional, sofrimento este que muitas vezes se perpetua até os dias de hoje seja nos Estados Unidos, seja no Brasil, ou em qualquer outro lugar onde vigorou a escravidão de negros africanos.
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Valfloripa 10/04/2011

Terra Natal!
É uma história, emocionante do começo ao fim, descrever como foi o processo de escravidão nos (EUA), através da trajetória do africano Kunta-Kinte, que ao ir à floresta para encontra um belo tronco de árvore para fazer um tambor, acabar jogado num porão de navio.

As imagens “dantescas” ocorrida na viagem, às revoltas dos vários guerreiros de muitas tribos, mulheres, crianças e velhos tratados como animais, a dura chegada na nova terra.
A esperança de voltar a sua terra natal, nas suas diversas fugas, a dor de ter o pé cortado à machadada,...
O casamento com Bel, na esperança de uma vida melhor o nascimento de sua filha Kizzy, que tem um tratamento especial “é tratada como bichinho de estimação da filha do dono fazenda”.
Kizzy sabia ler e escreve esse fato era mantido em segredo, ajudou um escravo a fugir, por isso, foi vendida...
Seu novo sinhô um homem muito violento, espancou e violentou Kizzy várias vezes até a escrava engravidar.
Negras Raízes é uma história muito forte e com absoluta certeza emocionante do começo ao fim, é um livro que me fez refletir e analisar um pouco mais as questões raciais no Continente Americano.

Vale a pena ler!



Juninho 29/04/2011minha estante
Parece ser um livro bem triste.... e realista
quando tiver tempo pretendo le-lo parece ser uma historia emocionante


Valfloripa 29/04/2011minha estante
É Juninho, esse livro ?NEGRAS RAÍZES? Chamou a minha atenção quando o SBT, passou em forma série a história magnífica de desse homem, chamado Kunta-Kinte,...
Não tenho palavras para descrever, o que foi ter em mãos esse livro para ler.
Para mim, é sem duvida uma grande obra, o requinte dos detalhes, vão impressionar você




Guil 27/08/2016

Favorito de minha estante
Li esse livro a muito tempo, e pretendo reler em algum momento. Guardo minha edição do círculo do Livro até hoje com carinho pois é uma história muito comovente que mostra a trajetória de um povo arrancado de sua terra natal para servir aos caprichos de outrem através de.muito sofrimento. E é especialmente tocante a parte onde você descobre que não é uma história de ficção, mas sim a história do próprio autor e suas gerações passadas.
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Rogério Simas 31/03/2020

Dor e arte
A saga de uma família de pessoas escravizadas da África para os EUA.
Um exemplo singular que ajuda a entender um contexto social que afeta a humanidade até hoje.

Olivro mais triste que já li.
@eu_rafaprado 10/02/2021minha estante
To lendo este




erika 08/01/2015

Eu recomendo: Negras Raízes. De Alex Haley.
O livro conta a saga de Kunta Kinte, um negro que vivia em uma tribo na África no século XVII. Kunta foi capturado e levado para a América em um navio negreiro. Kunta é tataravô de Alex Haley, autor do livro, que chama a história de "facção", fatos misturados com ficção.
O livro pode ser dividido em 3 partes: a primeira, uma verdadeira aula de antropologia, em que são narrados os costumes da tribo de Kunta Kinte; os rituais de passagem de menino para homem; o papel da mulher na sociedade tribal; o casamento. A segunda parte começa quando, capturado pelas mãos de traficantes de escravos, Kunta é arrancado de sua terra e levado para a América em um navio negreiro. A viagem a bordo desse navio é contada em detalhes, uma travessia de quase 3 meses, em que muitos negros morriam pela fome, pelas doenças, e pelos chicotes de seus captores. A última parte é a sua vida como escravo Toby, nome dado pelo seu dono. Toby alimentava esperanças de voltar pra terra natal. Em uma das fugas teve seu pé amputado para não mais tentar escapar. Conformado, casa-se com a escrava Bell e tem uma filha chamado Kizzy. Kunta perde a liberdade, mas não quer perder a sua identidade. Sua resistência se dá ao ensinar à filha seus costumes africanos - a cultura, a educação, a história de sua amada família - a quem ele pede que essas informações sejam transmitidas aos seus filhos, netos, bisnetos... Kizzy é arrancada de Kunta, sem direito à despedida, sem direito de saber qual o seu destino... Kizzy é vendida pelo seu proprietário a outro senhor que a estupra repetidamente. Fica grávida e gera um filho mestiço, chamado George. Nesse ponto da trama não sabemos o que ocorre com Kunta. A saga continua com a historia de George e seus filhos, passando pela Guerra Civil americana, até o nascimento de Alex Haley, autor do livro, no inicio do século XX.
Em suma, esse livro me fez chorar pra caramba e me fez querer conhecer mais sobre a história da Africa, totalmente negligenciada na educação básica no Brasil. Afinal de contas, o que é ensinado é a história oficial, a história dos vencedores. Esse livro desmonta um monte de mentiras que contam pra gente quando somos crianças no colégio. Vale a pena ler as quase 500 páginas. Você lê e simplesmente não consegue esquecer... Jamais!
Edna 07/01/2017minha estante
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Aldimir.Santos 04/07/2014

Kunta kinte, que chamava uma guitarra de “ko”, um rio na Virginia de “Kamby Bolongo”
Excelente obra literária de Alex Haley que inclusive virou uma minissérie nos estados unidos. Nesse livro se resumi o que chamamos constantemente de consciência negra e que poucos sabem o que realmente significa essas palavras.
Alex Haley conta a historia de Kunta kinte um guerreiro de uma tribo na África que foi sequestrado e vendido nos estados unidos como escravo, Kinte com o tempo depois de varias fugas sem sucesso se tocou que ele nunca mais ia voltar a rever sua família na África e resolveu tentar sobreviver na sociedade escravista da época e construir uma nova família, assim nasceu a primeira geração da família de Alex Haley.
O livro é constituído com as historias das gerações da família de Alex Haley formando uma narrativa da arvore genealógica com quase todos os membros da família acabando seus dias como escravos. Poderia ser dito sem hipocrisia que essa narrativa não é só direcionada a arvore genealógica do autor mas de todos os negros que vivem agora na América seja ela do norte, central ou do sul.
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Viotti 25/05/2009

Essencial
Pode-se dizer que este livro é um pré-requisito para qualquer um que queira entender sobre a situação do negro na sociedade atual. O fluxo da narrativa segue pelas gerações de uma mesma família, e o autor romantiza baseando-se em fatos e experiências reais, de modo que o livro deixe o leitor ávido por prosseguir na história. Ótima leitura, um dos poucos livros que conseguem entreter e engrandecer o intelecto ao mesmo tempo.
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Mimix 03/07/2013

Sensacional
Descrição da escravidão...um clássico que virou seriado..um livro que merece ser lido pela história, pela escrita, pelo conhecimento
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Juliana 08/12/2011

Negras Raízes
Um dos melhores livros que já li. Recomendo a todos.
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vina 09/07/2013

e muito lindo vc começa a ler e esqueçe ele prende do começo ao fim eu recomendo
vina 07/03/2017minha estante
Estou retornando ao skoob depois de um ano vou colocar em ordem minha estante por favor me adicione em grupos de leitores meu wats e 954904426 tim





James Ratiere 24/01/2018

O que realmente somos
O impacto que traz o relato de alguém que vai atrás da história ancestral de sua família e muito forte. Negras Raízes é além de um homenagem, é perpetuar, imortalizar pessoas que durante toda a vida foram injustiçadas, sofreram todo o tipo de violência e conseguiram com seu suor passar seu legado.
As lágrimas caem a cada desaparecimento, a cada não despedida, a cada caminho obscuro que o autor traça até chegar em sua geração.
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Suelen 04/07/2019

Negras Raízes- Alex Haley
Não tenho nem palavras para definir o quanto este livro mexeu comigo, e como a história é bem construída, dolorida, real e importante. O verdadeiro relato da escravidão descrito em 646 páginas.
A história real de Kunta Kinte, homem africano, gambiano, sequestrado aos 17 anos e feito de escravo. Sofreu em uma longa viagem até a América, trancafiado em um cubículo escuro de um navio, sendo humilhado de todas as formas, sendo surrado até os ossos ficarem expostos, até o sangue escorrer, passando fome, evacuando no chão, nas próprias pernas.
O começo do livro nos mostra o nascimento de Kunta Kinte, a transição de bebê para criança, de criança para adolescente e de adolescente para homem adulto. Um processo muito importante, que é descrito com muito valor e respeito. O amor que Kunta Kinte tem pelos pais é uma das coisas mais bonitas que já li.
Logo de início já percebemos a importância que a natureza, o cultivo e os animais tiveram na vida desse povo. E é claro que isso era o ganha pão deles. E a chuva? A chuva era um dos maiores milagres, sem chuva os alimentos ficavam cada dia mais escassos. Feliz período em que alá mandava chuva.
É difícil definir a parte mais triste do livro, mas uma das mais triste é quando famílias são separadas a força pelos brancos. Geralmente as escravas davam à luz e o bebê era arrancado de seus braços. As mais jovens eram usadas para “procriação”. Quando o bebê nascia, era posto à venda (como se fosse um produto, um ser humano...), ou era leiloado. Sem esquecer do fato de que, na maioria das vezes, essa gestação era concebida de um estupro (vindo do dono da escrava) que no livro são denominados por “massa”. Em vários momentos, escravas trabalhavam gestantes, sob o sol forte, em inanição, fazendo mais esforço do que o normal. Eram postas para trabalhar o dobro, o triplo, até provocar um aborto. “Sorte” das famílias que conseguiam trabalhar e ficar juntas por longos anos.
A partir do momento que Kunta é sequestrado e levado como escravo, o livro começa a mexer com nosso psicológico mais do que o normal. Acompanhamos a crueldade da escravidão, como foi um período doloroso, difícil e injusto. Vemos a luta de anos e anos,em que escravos juntavam moedas em busca de comprar a própria liberdade. Trabalho árduo, sob sol e chuva, por períodos longos, além do que o corpo aguenta. Famílias separas, que nunca mais se viram, fome, doença, miséria. Açoitamento por motivos banais (como se tivesse motivo pra isso), e como os negros sofreram com os piores tipo de humilhação, até que esse período cruel finalmente tivesse fim.
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HARRY BOSCH 18/01/2010

HISTORICO
É um belo livro,que retrata a escravidão em suas origens e fatores culturais,apresenta personagens fantasticos,numa narrativa emocionante.É interessante que passei a gostar mais de historia apos a leitura deste livro,mas até hoje não li nenhum que se compare.
MARCOZAN57 01/05/2012minha estante
ÔLÁ MEU POVO.JA LÍ RAÍZES LÁ NA DECADA DE 80 MAS ANDO QUERENDO RELER E INDICAR PRAS MINHAS FILHAS.NÃO ACHO EM LIVRARIA ALGUMA.APROVEITO PARA INDICAR (ONDE A RELIGIÃO TERMINA?) DE MARCELO DA LUZ.MUITO BOM TERMINEI A LEITURA ONTEM.




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