Cíntia Mara 12/02/2010Whispershttp://cintiamcr.blogspot.com/2010/02/whispers-robin-jones-gunn.html
Este é o segundo livro da série Glenbrooke. A personagem principal, Teresa Angelina Raquel Moreno, ou simplesmente Teri, já é conhecida dos fãs de Robin Jones Gunn, tendo aparecido no volume quatro da série Cris, Coisas do Coração, e no primeiro livro da série Glenbrooke, Secrets. Agora ela deixa de ser a amiga de Cris e de Jessica para ter a sua própria história. (Acho que a Robin deveria fazer isso para todos os personagens, hehe.)
Teri é muito humana e logo no início de suas férias em Mauí ela percebe que as coisas não acontecerão do jeito que ela imaginava. Três homens povoam seus pensamentos: Mark, o biólogo marinho que ela conheceu no verão passado; Gordon, o australiano desastrado e super-espiritual; e Scott, o bonitão, ex-colega de escola e amigo de Rick Doyle. Ela vai encontrar o amor ao lado de algum deles? Confesso que o candidato mais provável a ganhar o coração de Teri só me conquistou mesmo nos últimos capítulos. Eu não gostava de nenhum dos três até então. Mas eu sou exceção, porque as outras meninas já tinham caído de amores por ele há muito tempo.
Muitas coisas me passam pela cabeça ao pensar em Whispers. Rola uma identificação com Teri, por ela ser uma jovem mulher que nunca teve muito sucesso em seus relacionamentos amorosos e também por algumas burradas que ela faz ao longo do livro. Senti a esperança de uma “luz no fim do túnel da solteirice”, mas também senti um pouco de medo, pois as coisas nem sempre caminham como a gente espera. Se me dessem a sinopse e me pedissem para escrever a história, ela seria muito diferente. Quem conhece o livro (e me conhece) sabe do que eu estou falando. Mas a Robin nem sempre escreve o que nós gostaríamos que acontecesse e é isso que torna os livros dela tão... tão... tão envolventes.
Há um pequeno problema quando este é, pelas minhas contas, o 34º livro que você lê da mesma autora: parece que você já conhece os pensamentos dela e sabe exatamente o que vem pela frente. Não posso omitir a sensação de deja vu, intensificada à medida que o final se aproximava. Robin parece ter preferência por certos tipos de pessoas, em especial, de homens e, para quem já a conhece, a coisa acaba ficando previsível. Não sei se deu pra entender... Baseando-se em um único livro, o rumo que ela dá para os personagens não é previsível. Mas carregando na memória o que aconteceu em tantos outros, a sensação de deja vu é inevitável.
Isso, porém, não desqualifica o livro de forma alguma. Recomendo para quem não conhece a autora e também para quem já é fã (pois fã de verdade não vai deixar de ler um sequer, rsrs). Uma característica que parece ser comum a essa série é a leveza com que a história é contada. Não sei explicar direito, o jeito de escrever é o mesmo das outras séries, mas tem alguma coisa diferente. Talvez tenha a ver com as capas de tons pastéis, hehe.
Enfim, a história é linda e repleta de pensamentos que mais parecem gotas de sabedoria divina. O final é, hmm... cinematográfico, hehe. Mesmo não sendo o que eu gostaria, não posso negar que amei!
Em breve vou ler e resenhar o próximo livro de Glenbrooke, Echoes, que conta a história de Lauren. Pela sinopse, é um dos que mais me interessam. Só tenho que terminar “There’s no place like here” e “Confissões de uma irmã de Cinderela” que eu tô lendo pro Desafio Literário. "So many books, so little time..."