Firmin

Firmin Sam Savage




Resenhas - Firmin


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Dominique 15/11/2009

Um rato solitário com sentimentos humanos!
Firmin é um livro maravilhoso, que foi-me emprestado por um amigo igualmente especial.

Firmin é um ratinho, que mora em uma livraria e lá acaba se apaixonando pela literatura. Seu amor pelos livros nasce quando literalmente cheio de fome começa a devorar as páginas de um livro, daí começa a ler e devorar não somente as páginas, mas as palavras e as histórias que nela se ocultavam tornando-se um rato culto.

Não pense que por ser um rato que ele lê qualquer coisa... não, o ratinho culto adora os grandes clássicos da literatura, citando-os sempre durante a narrativa. Ele também é um grande apreciador de filme e música clássica.

Esse também é um livro que fala sobre a solidão humana (ilustrada por nosso ratinho e por seu amigo humano escritor), a amizade e uma união sem fronteiras.

Firmin é um daqueles livros que merece ser lido e relido várias vezes.
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Mateus 03/09/2011

Nunca antes em toda a história da literatura surgiu uma alegoria tão forte ao ser humano quanto o personagem Firmin, de Sam Savage. Nem mesmo George Orwell, com seu fascinante "A Revolução dos Bichos", conseguiu se aproximar tão perto da solidão, da melancolia e da miséria da alma humana como Savage conseguiu fazer.

O livro é narrado por Firmin, um rato cujas primeiras palavras são de alerta ao leitor para sua triste história. Estranho, com uma cabeça desproporcinal, extremamente sonhador e diferente de todo e qualquer tipo de roedor existente, começa sua vida cercado por livros, ao nascer em uma livraria. À medida que vai devorando os livros do local (literalmente no início), percebe a preciosidade que tem em mãos, e os livros passam a ser sua paixão e a razão de seu viver.

A medida que a história avança, vemos Firmin caindo e se erguendo em fortes sentimentos, tão real e tão humano que chega a assombrar. E o mais assustador de tudo, sem dúvida, são seus medos e seus temores, além dos infortúnios e perversões, separados por uma linha tênua de nossos próprios sentimentos e acontecimentos de nossa vida.

Para todos os amantes da literatura, o livro será uma leitura mais que prazerosa. É difícil encontrarmos pessoas com os mesmos gostos que nós, mas Firmin é um daqueles seres que você poderia conversar por horas sobre livros e assuntos afins, sem nunca se cansar. É como um melhor amigo que todo leitor voraz sempre sonhou em ter. Aliás, nunca mais os ratos serão os mesmos para mim. Existem ratos sujos, de esgoto, que transmitem doenças. Mas sempre terá um rato gentil de biblioteca: Firmin.

O livro tinha tudo para ser perfeito. Um personagem inesquecível, uma narrativa quase poética, um enredo encantador. Mas quanto a história, para mim deixou um pouco a desejar. Quando fecho a última página de um livro, gosto de recordar todos os seus acontecimentos, pensar em suas melhores partes. Mas quando fiz isso ao término de Firmin, senti um pequeno vazio, pois tive a sensação de que sua história não era muito profunda e nem cheia de acontecimentos. Mas isso é algo particular a mim, e não foi algo que atrapalhou grandemente a leitura.

Mais do que um livro, Firmin é uma daquelas obras que conhecemos e nunca mais esquecemos. Será difícil não me lembrar do personagem quando ouvir a palavra rato, nem me emocionar quando souber de uma praça sendo demolida. Sentimental até a última página, garante deixar muitos leitores com lágrimas nos olhos, sem contar a solidão de deixar o rato mais inteligente do mundo preso entre as páginas do livro.
Gláucia 07/09/2011minha estante
Nossa, vou encomendar amanhã mesmo. Vou conferir se minha opinião sobre o final coincide com a sua impressão.


Milena Karla - Mika 04/04/2012minha estante
Nossa, queria muito ler esse livro, já que tenho uma quedinha (quedona), por roedores, acho eles muito lindos e interessantes, e já tive um hamster, mas depois de ler sua resenha fiquei com vontade de ter um rato de laboratório cujo nome ia ser Firmin e ia levá-lo a biblioteca desde pequeno. Sonhar é bom, mas quem sabe eu não faço isso mesmo? Hahaha! ^,^


Mateus 18/04/2012minha estante
Sonhar é bom, não gasta nada e ainda enche a mente, certo Mika? Compre um rato de laboratório e mostre para ele Firmin, quem sabe ele não se encanta tanto com o livro quanto nós? :D


Milena Karla - Mika 13/06/2012minha estante
Certíssimo e corretíssimo! Já estava querendo um, kkkkkkkk! E não duvido disso!
Se outras pessoas lerem isso vão pensar que somos dois loucos! :p




FÃBIO 30/03/2024

Ao pesquisar sobre o livro, 2 anos atrás, o guardei na minha lista de interesses, principalmente por perceber, à época, tratar-se de uma leitura leve e descontraída.
Ao lê-lo recentemente, correspondeu às expectativas. De repente, podes te cativar com a narrativa desse ratinho glutão por ler.
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José Rezende Jr 11/02/2009

Esqueça Mickey, Stuart Little, Topo Giggio e outros ratos humanizados. Devorador de livros (no sentido figurado e literal), Firmin é irônico e amargo; um humano "ratizado" que usa a imaginação para fugir do cotidiano miserável, enquanto busca desesperadamente o sentido da vida e caminha para o envelhecimento e a morte. Em resumo (plagiando o que disse Flaubert sobre Madame Bovary): "Firmin somos nós".
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Dominique 15/11/2009minha estante
Muito legal a sua resenha e citação Madame Bovary.


Vivi 25/12/2009minha estante
Concordo com a Dominique. Sua resenha resume o que é o "Firmin".




Luís Henrique 23/07/2011

Firmin, um ratinho que, ao nascer numa livraria e 'devorar' seus livros, se torna um sujeito culto e amargo. Alguns trechos do livro são marcantes e demonstram a sua alma: "...Nesse sentido, era como um livro - você podia ver através dele mundos diferentes do seu." "Se existe uma coisa para a qual a formação literária contribui bastante é para proporcionar um aguçado senso de fatalidade. Nada consegue minar tanto a coragem de uma pessoa quanto uma imaginação prodigiosa."
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Ladyce 19/01/2012minha estante
Luís Henrique, Firmin não é também um personagem em A Sombra do Vento? Um tem a ver com o outro?




Geovana 14/04/2021

Leitura com memória afetiva.
Li Firmin pela primeira vez com 10 anos de idade. Muita coisa sobre este livro me marcou, mas definitivamente a mensagem por trás dessa história emocionante e envolvente ficou gravada em mim. Iniciando por essa edição de um detalhismo exemplar: uma caixa com ilustrações lindíssimas, a passagem "seu lugar a livraria, seu herói o livreiro, sua paixão os livros" (que mais tarde vai vir a fazer todo o sentido no contexto da história); mas o mais fofo e cativante da parte física do livro: as bordas ruídas, tal como se um rato houvesse degustado o livro.
Firmin é um ratinho que desde muito novo é rejeitado e colocado de escanteio pela mãe e pelos irmãos, faminto e sem apoio, vivendo nos fundos das estantes de uma livraria, começa a se alimentar dos livros, e deles tira não só sua comida como a maior paixão da sua vida, a leitura. O que bem se lê, bem se come. Enquanto cresce, Firmin se vê entre dilemas morais, a percepção de seu lugar como um simples rato, sua paixão pelos livros e principalmente seu afeto platônico com o livreiro e a livraria.
Embora pareça uma narrativa infantil e um tanto boba, é um livro repleto de significados e metáforas muito bem colocadas que me fez refletir sobre diversos pontos da minha vida. Uma narrativa envolvente e fluida, que usa da empatia pelo ratinho para prender o leitor até o fim (o qual devo dizer que é emocionante, talvez o ponto alto da narrativa),
Já reli Firmin diversas vezes, e o recomendo a qualquer pessoa que busque um livro leve e que cria raízes profundas naqueles que, assim como eu, são aficionados por leitura.
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Raul Oliveira 24/01/2009

Um dos melhores livros que já li com certeza absoluta. Escrito pelo filoso Sam Savage, Firmin é um rato diferente, letrado, e consequentemente pensante... vale muito a pena.
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Giovanna Regiolli 31/10/2020

Cruel, humano e maravilhoso!
Eu peguei esse livro numa banca do sebo com livros de graça "para voar" e deixei-o na minha estante durante algum tempo sem realmente ter interesse em lê-lo.

Sou comprometida, mas de vez em quando me apaixono por um personagem e esse é o caso desse ratinho. Comecei a leitura sem nenhuma expectativa, afinal, o protagonista é um rato. Mas a história desse rato se mostrou maravilhosamente envolvente, ele se mostrou mais humano que muitos por aí. Terminei a história aos prantos, pois ela me trouxe muitos sentimentos diferentes.
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Insta: @swi_skr 01/04/2009

Um livro que trata a solidão filosoficamente...
Firmim, inteligente, sonhador, leitor, solitario e rato...
Tem algum problema em ser um simples rato?
Ou o problema que os ratos são simples de mais para ele?
Um livro que pretendo reler daqui uns anos...
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Morini 15/11/2011

@umlivroqualquer || umlivroqualquer.blogspot.com
Firmin é uma daquelas preciosidades literárias que poucos conhecem ou ouviram falar. O protagonista , cujo nome dá origem ao título da obra, é um ser um tanto inusitado, a alma de um homem travestido no corpo de um rato. Bom, Firmin é um rato oriundo de uma família de ratos, só que, ao contrário da sua família, ele aprendeu a ler e desenvolveu um senso crítico em relação ao ambiente em que nasceu e vive - uma livraria. Ele tomou gosto – literal e metaforicamente – pelos livros, inicialmente se alimentando deles e, após descobrir o mundo magnífico que existia ali, naquelas páginas, passou a somente lê-los, eventualmente roendo as bordas.

Firmin é, sem dúvida, um símbolo da paixão pela leitura. Ler este livro é uma viajem pelo mundo da literatura e um passeio com os autores clássicos e suas principais obras. Não existe muita ação ou suspense no livro, o que torna a leitura lenta, porem, muito agradável. Esta é uma obra que todo leitor deveria ter em sua casa.
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ELIZ 22/05/2019

Para devorar!
Uma história original, inusitada.
Para aqueles que é amante de livros, vão adorar essa incrível história. Muitas vezes vamos nos reconhecer em Firmin, nossos desejos humanos, nossos momentos de solidão, anseios, frustações.
Cada livro lido é um mundo novo, que não cansamos de explorar.
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@varaomichel 03/02/2015

Livro do meu aniversário deste ano. Firmin entra em contato com a essência humana através dos livros, mas é um rato, e aí, através de um rato, somos apresentados a nós mesmos. Um livro encantador desses que você devora e guarda pra sempre.
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Lenon0 05/02/2023

My best friend Firmin, the Fur-man.
Eu nunca tive o costume de ler livro, só gibi ou mangá. Então eu encontrei esse livro na casa da minha tia em um dia em q a internet estava lenta, me chamou mt atenção o fato de ser um livro sobre um rato em q a capa esta toda comida, achei mais genial q o livro estava em um estado imperfeito, com alguns rasgos e tal, mas nada q impedisse a leitura, inclusive acho q tornou a imersão ainda maior, pq n era apenas um livro q *parecia* comido, ele realmente *estava* comido.
Então, fiz um café e comecei a ler. No início fiquei meio confuso mas depois percebi q realmente era na perspectiva de um rato, Firmin.
Ja começa de forma trágica, e dali só piora, gostei. Gosto de personagens trágicos.
Depois de um tempo percebi q estava muito tempo lendo, mas não parecia, apenas fluía mt bem, algo q n sou acostumado, pois tenho um certo grau de déficit de atenção, mas Firmin à roubou. Um rato q a princípio seria incapaz de ler, leu muito mais q o leitor humano, q a princípio era pra ser capaz de ler.
A forma como Firmin falava sobre cada livro q leu, todas as frases na ponta da língua, de sua maioria clássicos q na qual eu nunca tinha ouvido falar sobre, mas só de ver ele falar ja me fazia ficar interessado. Literalmente marquei todos os nomes q ele disse.
Firmin é um rato q ja nasceu aceitando o seu lugar miserável no mundo, e assim admirava outros mundos, encontrando pequenos prazeres da vida. Um rato sem autoestima alguma, mas q tem um autoconhecimento sincero e detalhado, ngm conhece ele melhor doq ele mesmo.
Senti muitas coisas lendo a vida dele: pena, aflição, raiva, empatia, desprezo, nojo, esperança, tristeza e alívio. Firmin é um personagem difícil de se gostar, acho q é pq ele é mt real, cru, faz lembrar da vida (da parte complicada dela).

Talvez esse livro não seja o melhor livro do mundo, mas é o melhor pra mim, meu favorito. Obrigado Firmin por fazer eu me interessar em ler, ta sendo uma fase legal, hehe.
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Ant. Rodrigues 11/09/2010

Firmin.
Este é um livro, cuja narrativa é feita por um rato, rato este que propõe-se como personagem principal de uma história no mínimo inusitada, de intensa afetividade com os livros, e por consequência, com a confusa vida humana.

Firmin é um pequenino indefeso com grandes sonhos, alimentados por sua aguçada imaginação, tão certamente desenvolvida pela sua “fome” de ler e, no início, literalmente falando, até de fato mastigar e engolir. Imaginação, que tão prodigiosa era, que tornou seus momentos tão distantes da realidade e, por vezes, fúnebres, quando pensava na vida de um dentuço ou, no fim.

Não tenho medo de afirmar que, os que “devoraram” – não tem como ler algo assim, sem querer “mastigar” o máximo das páginas – este livro, assim como eu, identificaram-se com uma ou outra (se não todas) característica deste roedor, rindo de felicidade, em alguns momentos, como quando ele encontrou as suas “janelas para o mundo dos humanos”, ou quando ele nomeava as coisas, ou de quanto iludido era na busca de ser aceito pelos sapientes como “homem-peludo-pensador”. Também é hilariante, entre um capítulo e outro, sempre que pode, a sua busca pela compreensão do interlocutor.

O autor, Sam Savage, com as ilustrações do Fernando Krahn estendendo a compreensão da obra, conseguiu criar um personagem emocionante, e intrigante, penso eu, que por conta de ter conseguido pôr características que alguns buscam esconder por motivos diversos, em um bichozinho que não tem o porquê esconder, mesmo porque, por mais que ele quisesse falar algo, o máximo que conseguiria comunicar, seria: adeus zíper. [risos]

http://ohvidafull.tumblr.com/post/1098734819/firmin
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Orlando 09/05/2014

O LIVRO É: FIRMIN DE SAM SAVAGE
Você gosta de livros de bichinhos? Desses que mudam a vida das pessoas igual o cachorro Marley e seus trocentos derivados genéricos? Pois é, então essa dica de leitura não é para você. Esqueça os momentos divertidos ao lado dos cachorros trapalhões, bagunceiros que aprontam mil e uma confusões. Substitua qualquer animal de estimação caseiro do tipo gato, cachorro, papagaio e derivados e afins, Firmin é um rato, desses de pelo negro que vive nas frestas, buracos escuros, frios e úmido; se alimenta de restos de comida, nasceu no porão da velha, porém bem sucedida, livraria Pembroke Books de propriedade do senhor Norman Shine em Boston nos anos 60.


Esqueça as receitas fáceis da amizade entre seres humanos e animais, a começar por Ratatouille, por exemplo, e o próprio Marley. Aqui o terreno é o da fábula, mas da fábula do tipo que um Kafka poderia ter escrito. Mas, sobretudo, Firmin, o livro, é uma grande e honesta homenagem ao ofício de leitor, daqueles apaixonados por um bom livro, pela textura, cheiro e gosto do papel, pois Firmin, o rato que dá nome ao livro, começou sua vida tendo como seu primeiro alimento as páginas do Finegans Wake de James Joyce que, na verdade eram também seu berço.


“Joyce foi um dos grandes. Talvez o maior de todos. Eu vim à luz, fui ninando e mamei na carcaça desfolhada da obra-prima menos lida do mundo”, diz o rato, ao contar, quase em flashback, sua vida e trajetória. Como toda boa fábula, desta vez contemporânea, claro, Firmin aprende a ler, aprende a apreciar a boa literatura e os Grandes, como ele costuma chamar os grandes autores cujos livros ele devora lendo e depois comendo mesmo.


Alegórico do primeiro ao último parágrafo, Firmin, o livro, é repleto de passagens que demonstram a grande erudição de Sam Savage, o autor. Savage é doutor em Filosofia pela Universidade de Yale e, exatamente por isso, demonstra ser grande conhecedor dos pequenos dramas pessoais que muitas das vezes afetam a alma humana e, no caso de Firmin, o rato, sua alma humana prisioneira de um corpo de camundongo. Entre seus muitos sonhos e fantasias ele é Fred Astaire.


Repleto das pequenas alegrias, tristezas, sonhos e melancolias de uma vida solitária, Firmin passa os dias imaginando uma vida humana, com as belas mulheres de filmes pornográficos que assiste todas as noites no velho cine-teatro Rialto, do outro lado da praça. Suas musas, é assim que ele as chama. No chão do velho cine-teatro é onde o pequeno rato também encontra boa parte de seu alimento depois que aprendeu que saborear os livros tem um resultado melhor quando os deixa inteiros após a leitura.



Entre seus sonhos e vislumbres Firmin cria uma amizade imaginária com Norman Shine, proprietário da livraria. É o primeiro humano por quem Firmin se apaixona e, obviamente, se decepciona profundamente ao ponto de chamar Norman apenas pelo seu sobrenome o restante do livro todinho.


O segundo humano por quem Firmin se apaixona é o escritor de ficção Jerry Magoon, cuja obra principal versa sobre uma invasão alienígena que tem os ratos como principais protagonistas, não à toa Firmin encontra naquele humano que mais parece um mendigo uma cara metade.


É ao lado de Jerry que o pequeno rato tem os melhores dias de sua vida e porque, em suas próprias palavras, abandona seu estilo de vida burguês. Mas Firmin, o livro, não é uma obra de momentos duradouros e a vida cobra os preços devido para o pequeno rato.


A região onde se encontra a livraria, o Rialto e praticamente todo o bairro estão em “quarentena” e prestes a ruir em uma grande reforma urbana que demolirá tudo. A livraria seca, o cinema já quase não tem mais seus visitantes noturnos e a comida é escassa. Sem seus dois amigos os tons melancólicos de Firmin se adensam, literalmente seu mundo começa a ruir junto com a praça, seu microcosmos e tudo que viu a vida toda.


Metáfora da condição humana, do desejo de ser outra coisa, de viver aventuras, de ser um dos Grandes, de amar e ser amado intensamente, Firmin, o livro, é uma ótima leitura. Como homenagem aos apaixonados pelo ofício de leitor, não há como não se sentir dentro da cabeça do pequeno rato que quer ser humano e ser amado como realmente é: um rato morador ilegal, vagabundo, vadio, pedante, voyeur, roedor de livros, sonhador ridículo, mentiroso, charlatão e pervertido, mas ainda assim fascinante, fascinante e complexo como deve ser um rato que sabe ler.


P.S.: às vezes fico me indagando se Firmin teria coragem de comer certos livros que saem atualmente por aí…

site: http://www.pontozero.net.br/?p=145
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