spoiler visualizarthiagosimoes 05/08/2015
Um obra rápida, mas muito superficial
Diversos erros, pouca pesquisa e muitas suposições tomadas como verdade.
1. Quando cita fontes deixa vago em que obra de determinado autor foi, e se olhar as referências bibliográficas, usou praticamente nenhuma fonte da época, mas escritores de ocultismo do século XIX como Eliphas Levi.
2. Colocou claramente a Igreja como vilã e opressora de toda a Idade Média baseando-se inteiramente de fatos de um papa só, mas pelo visto não conhece nada sobre processos inquisitoriais, tanto que não citou um documento sequer, ou obra sequer da época.
3. Depois ainda coloca a Maçonaria como salvadora da humanidade e de todos os conhecimentos templários, visto que essa possibilidade histórica é praticamente hipotética ou nula. A Maçonaria usou sim a imagem "simbólica" dos templários para justificar sua existência há tempos, mas é fato de ter sido criada no século XVII somente durante o "boom" do Iluminismo e do Humanismo para atacar a Igreja.
4. Falou que papas condenaram a Maçonaria pelo monopólio do conhecimento, o que é mentira. Quem condenou a Maçonaria foi o papa Leão XIII no final do século XIX através da bula "Humanum Genus", por considerá-la nada mais do que uma forma de naturalismo anti-teológico, ou seja, não por poder, mas pelo generalismo de Deus que ela prega, e por tantas outras tentativas e esforços que a Maçonaria teve para destruir a Igreja (que ele não cita também).
5. Por último, ele não segue uma cronologia temporal e chega uma hora que você fica totalmente perdido na história.
A unica parte interessante do livro são as pesquisas acerta da figura de Baphomet. Por essa parte ainda vale a pena dar uma lida. Para livros de História assim, recomendo que leiam livros de historiadores sérios, meso que estes não sejam imunes a erros, mas procurem evitar obras de jornalistas sobre o tema, pois se um historiador cita "O Santo Graal e a Linhagem Sagrada" como referência, no mínimo ele seria excluído de dar aula em qualquer Universidade.