A Arte do Descaso

A Arte do Descaso Cristina Tardáguila




Resenhas - A Arte Do Descaso


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Sarah 13/12/2021

Leitura rápida, dinâmica e bem conduzida.
Cristina Tardáguila nos leva à uma investigação não (apenas) sobre um roubo de arte ocorrido no Brasil, mas sobre como as autoridades brasileiras encaram roubos dessa natureza e escancara o desinteresse quanto às investigações em um mercado bilionário.
Foi impossível não comparar esse roubo - até mesmo a maneira como somos guiadas - ao roubo do Isabella Stewart Gardner Museum, em Boston. Ambos acontecimentos em momentos de festas da cidade, ambos certeiros acerca do que levar e igualmente sem solução. As aulas a que Cristina frequentou, com Noah Charney foram esclarecedoras e até um pouco amedrontadoras. O fato de que inúmeras obras são roubadas e somem por décadas, podendo ser estendidas por séculos, e ninguém dá conta delas, as polícias tratam como itens de menor importância e em alguns lugares nem mesmo têm uma polícia treinada e especializada para lidar com esse mercado, que gera bilhões por ano - como Noah afirma, perdendo apenas para o tráfico e às drogas -, beira a burrice mesmo. Pensei em caracterizar como assustador, mas isso é pouco. São bilhões que poderiam estar seguros e podem estar nas mãos de alguém querendo comprar plutônio.
No Brasil, acima de qualquer coisa o que se tem é um desprendimento com a cultura. Como moradora da cidade de Fortaleza (CE), vejo isso todos os dias com o apagamento histórico que ocorre por aqui; o polo cultural é rico, mas o investimento, a publicidade é ínfima. Tanto que só fui compreender quantas coisas perdi todos esses anos quando iniciei meu curso em Artes Visuais. Então é claro que se uma obra ou 5 sumirem, a comoção é na hora e depois... silêncio. Com esse governo então, é fazer mímica pra cego.

Fico tão triste quanto a autora, por nada ter sido resolvido, por nenhuma peça ter sido encontrada. E caminhos aí para 2026, mais próximo do que longe, infelizmente. A denúncia ao mesmo foi feita.
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@leitora.si 10/12/2021

Este livro é fantástico, prende o leitor, conta fatos corridos no Brasil, descaso do governo para tentar resolver crime contra nosso patrimônio: quadros que fazem parte da história e que foram roubados, e que não tiveram solução.
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Weudaiane 18/10/2021

O que me chamou a atenção pra esse livro foi um podcast que ouvi do Café com Crime, no livro é muito mais detalhado, são várias as informações e acredite, vocês ficariam indignados tanto quanto eu ao ver tanto descaso no Brasil pra esse tipo de crime.
Recomendo muito.
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Stella Paul 05/07/2021

Genial
É gostoso de ler, de acompanhar os passos da autora na investigação, tem muitas referências e informações sobre o mundo da arte e do crime e eu recomendo demais! Maravilhoso mesmo.
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Carla 30/06/2021

Que tristeza!
Este livro foi uma surpresa pelo meu desconhecimento do fato... visitei este museu em 2012-13 e não ouvi comentário nenhum desta situação. Tudo bem... no local talvez não fosse algo a ser falado, mas imaginar que é considerado pelo FBI o oitavo maior roubo de arte no mundo e no Brasil ninguém comentar é desesperador. Não sei se sofro por amar arte, mas acho algo impactante para um país. E tudo isso tem reflexo para a displicência em assuntos os mais diversos possíveis. Recomendo a leitura!! Um livro fluido e muito rico em conteúdo!
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Daniel Muniz 21/03/2021

A arte do descaso
Gostei muito da leitura, além da investigação em si, feita pela autora, o livro nos mostra outros casos de roubos de artes e como foram solucionados. Nos apresenta a investigadores tidos quase como figuras de extrema fama devido a sua forma de agir com relação a esse tipo de roubo. Uma leitura rápido, que se seguiu fácil e me entretendo até o fim da mesma. Vale a pena ler, para realmente ver e sentir o descaso que se tem pela arte no Brasil em comparação ao resto do mundo...
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Giovana Mocellin 24/02/2021

Gostei muito desse livro de não-ficção, não costuma ser meu gênero favorito mas a jornalista (e agora escritora) Cristina tem uma escrita fluida. Além do livro trazer um assunto de suma importância, fala sobre a arte mas como o próprio título diz é muito sobre a arte do descaso das autoridades brasileiras.
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Cibele 31/12/2020

Impressionante
Impressionante perceber como a cultura não é valorizada no nosso país assim como nossos bens culturais.
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Juliana 09/12/2020

A isenção dos brasileiros perante a história da arte
Castro Maya nasceu em 1984 em Paris e foi um dos milionários mais conhecidos do Rio de Janeiro durante a década de 1920. Filho do diplomata maranhense Raymundo de Castro Maya e da mineira Theodozia Ottoni, passou os primeiros anos de sua vida na França e se mudou para o Rio em 1905.

Em 1911 se formou em direito, mas ganhou a vida como empresário vendendo tecidos e óleos que suas empresas fabricavam para uso doméstico e industrial. Maya residia na Chácara do Céu, onde colecionava milhares de obras de artes, azulejos, mobílias, pratarias e livros.

Em 1948 fundou a Sociedade dos Amigos da Gravura para popularizar a arte e, em 1493, criou a Sociedade dos Cem Bibliófilos Brasileiros para publicar obras-primas de autores brasileiros ou livros sobre o Brasil.

Foi Castro Maya que colocou os primeiros 100 mil cruzeiros no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ) e também quem programou as primeiras exposições da instituição. Diante disso, é evidente o importante papel que o mecenas desempenhou na história da arte do Brasil.

A Chácara do Céu se tornou Museu em 1964 e o foi cenário do maior assalto a museu do Brasil. Em 2006, durante o desfile do bloco das Carmelitas, um grupo de assaltantes ingressou na Chácara do Céu e roubou cinco obras: um Dalí, um Matisse, um Monet e dois Picassos, com o valor total estimado em mais de 10 milhões de dólares na época. Mais de quatorze anos se passaram e, até o momento da publicação dessa resenha, as obras ainda não foram encontradas.

Em "A arte do descaso", a jornalista Cristina Tardáguila realizou um estudo minucioso acerca do crime ocorrido no Museu da Chácara do Céu. Investiu anos de sua carreira em pesquisas, chegando até mesmo a viajar para o exterior para conversar sobre o ocorrido com os maiores especialistas do assunto.

A obra aborda a ineficácia da segurança do Museu, o descaso com a arte no Brasil, o desinteresse das autoridades em solucionar o caso e também critica a posição dos brasileiros frente à arte no país. Com uma linguagem acessível e uma narrativa fluída, a autora transporta o leitor ao cenário de um dos maiores roubos de museu do mundo (segundo o FBI) e levanta importantes reflexões sobre a história da arte no Brasil e sobre a postura (ou a falta dela) que mantemos diante de referidas situações.

Essa leitura foi uma bela surpresa, comprei o livro despretensiosamente em uma promoção na Amazon, pois a sinopse me chamou a atenção. O fato de eu nunca sequer ter ouvido falar nesse roubo antes da leitura do livro demonstra quão certa Tardáguila está acerca da isenção e falta de interesse pela arte no Brasil.

Eu não imaginava que gostaria tanto da narrativa da autora, tampouco pensei que pudessem caber tantas informações em tão poucas páginas. Foi uma das melhores leituras que realizei esse ano e com certeza recomendo a obra!


site: http://www.entresinopses.com/2020/12/resenha-arte-do-descaso-cristina.html
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Ronan.Azarias 29/11/2020

Ineficiência institutional generalizada
O livro deixa patente a ineficiência do Brasil em investigar um dos maiores crimes brasileiros, e isso realmente fica bem patente no final do livro. Tudo contribui para a frase "Só no Brasil", contudo, cabe uma ressalva, a desconsideração com roubos de artes e a falta de vontade em resolvê-los não é exclusividade do Brasil. É uma leitura cativante e revoltante ao mesmo tempo, que vale a pena ser lido.
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Alê | @alexandrejjr 03/11/2020

A irresponsabilidade consciente

Livros de não ficção costumam ter ritmo diferente daqueles que se propõem como ficção. É algo comum ao gênero, que vira uma característica acentuada se eles forem mais próximos do estilo jornalístico de contar histórias.

Este “A arte do descaso” é o primeiro livro da jornalista Cristina Tardáguila. E é uma excelente surpresa. A maneira direta e encadeada de narrar os fatos que cercaram - e cercam - o misterioso roubo do Museu Chácara do Céu, no Rio de Janeiro, é bem convidativa. Puxa o leitor para dentro da história. Além de mostrar a irresponsabilidade consciente e coletiva que nós, brasileiros, temos em relação à arte, Cristina abre novas discussões acerca de como algo tão distante da nossa realidade cotidiana precisa ganhar um novo significado com urgência.

Ao optar por capítulos curtos, ora com ganchos, ora com novas informações que enriquecem a história central, Cristina entrega um importante e competente trabalho que desnuda o descaso brasileiro do título. Mesclando técnicas narrativas emprestadas do thriller com a objetividade jornalística, “A arte do descaso” é uma leitura prazerosa que abre novas portas ao leitor, o que sempre é bem-vindo quando fechamos a última página.
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Lucy 03/10/2020

Boa surpresa!
De início, achei que a história não renderia tanto, mas a jornalista vai trazendo elementos e contextualizando a história do roubo no RJ até criar um enredo bastante interessante, com uma escrita super fluida e descomplicada em um livro rapidinho de ler. Impossível não se indignar com o desinteresse geral por este caso, um dos maiores roubos de obras de arte do mundo. Recomendo!
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Nathalie.Murcia 26/09/2020

História bem interessante, embora o caso siga sem solução
No dia 24 de fevereiro de 2006, em plena tarde de Carnaval do Rio de Janeiro, quatro homens armados invadiram o Museu da Chácara do Céu, antiga mansão pertencente a Castro Maya, e de lá roubaram quatro quadros famosos (Picasso, Monet, Matisse e Dalí), avaliados em mais de dez milhões de dólares.

O roubo foi catalogado, pelo FBI, entre os dez principais da história da arte e, não obstante essa conjugação de vultoso prejuízo financeiro e artístico, teve pouca projeção no Brasil, e a investigação foi negligenciada, de sorte que ninguém foi identificado ou preso, e tampouco as obras foram recuperadas. Num ápice de desatenção, os autos do inquérito se extraviaram durante as sucessivas prorrogações de prazo.

Apesar de já se terem passado 14 anos e o delito seguir sem solução, o livro é bem escrito e a história é muito interessante, pois a repórter investigativa que o escreveu, motivada pela paixão à arte e descaso das instituições, despertou reflexões e evidenciou fissuras no sistema, denotando falta de cuidado com a preservação do patrimônio cultural, o que não ocorre somente no Brasil. Fora o fato da arte ser considerada, erroneamente, supérflua e elitista, as instituições oficiais não estavam preparadas a contento para lidar com essa espécie de crime, e nem de suas implicações no âmbito da macrocriminalidade e organizações criminosas, que utilizam as obras como moeda de troca na aquisição de drogas, armamentos, diamantes, etc, evidenciando, outrossim, que o roubo de arte não é um crime praticado somente por encomenda de milionários entediados e colecionadores.

"Roubo de arte não é um crime pequeno, entendam isso de uma vez por todas. Estimativas muito conservadoras divulgadas pelo FBI em 2004 indicam que o roubo de arte gira em torno de 6 bilhões de dólares por ano em todo o mundo."

"Em roubo de arte, é considerado fundamental divulgar para todas as possíveis rotas de fuga imagens do material levado pelos criminosos. Mas isso não foi feito."
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atimo_ 22/09/2020

O descaso com a arte
Leitura obrigatória para entender o triste quadro de descaso e desinteresse pela arte no Brasil.
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Bea 01/09/2020

A arte do descaso, escrito pela jornalista Cristina Tardáguila em 2016, discute o maior roubo a museu no Brasil. Em fevereiro de 2006 homens armados invadiram o Museu da Chácara do Céu no Rio de Janeiro e levaram cinco obras, dentre elas um Dalí, um Matisse, um Monet e dois Picassos.

Dez anos depois e ninguém sabe quem roubou ou onde elas foram parar. O livro tem uma narrativa estilo thriller policial, onde a Cristina vai atrás de respostas e até mesmo interroga ex-prisioneiros. No entanto, ele acaba se transformando numa crítica ao sistema brasileiro.

É nítido que o roubo de uma arte não desperta o mesmo grau de euforia dos policiais que um homicídio. No entanto, é necessário entender que isso não é um crime pequeno. Por isso, cabe uma reflexão de quem se beneficia com esses roubos atualmente.

Eu amei o livro e consegui entender perfeitamente a crítica da autora, aqui vemos uma prova de que a polícia brasileira não é preparada para caso algum! Por diversos momentos eu tive raiva e não conseguia aceitar tanto descaso. Testemunhas que não foram ouvidas, suspeitos que não foram investigados e inquérito perdido. INQUÉRITO PERDIDO.

É triste saber que essa história não teve um final feliz até hoje, só ficamos com o questionamento: onde estão as obras roubadas naquele carnaval de 2006?


"[...] este livro [...] havia se transformado numa espécie de manisfesto. Um convite às instituições brasileiras para que, finalmente, acertem o passo e consigam fazer justiça, recuperando obras que precisam ? urgentemente ? voltar ao convívio do público, exibindo toda a sua preciosidade. Caros senhores, o Brasil merece."
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