Corpo de Festim

Corpo de Festim Alexandre Guarnieri




Resenhas - Corpo de Festim


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Penalux 17/10/2017

A poesia do corpo

“Corpo de Festim” é a poesia que se reinventa na ramificação de possibilidades sensíveis que cada sentença potencializa. Cada palavra é desnudada em suas várias faces, partindo de sua singularidade, porém tendo sua significação ampliada visto a criatividade do poeta.
O escritor Alexandre Guarnieri demonstra um conhecimento acentuado da biologia humana, e é neste jogo diferenciado dos processos químicos e biológicos, que ele encontra as temáticas para a sua poesia. Mesmo quando o poeta disseca o processo poético, comparando corpo e folha de papel, ele encontra no âmago do ser humano, material para construir seu enredo.
Na poesia “Sangue| suor / e celulosa (i) “ o poeta escancara a carne humana destilada sobre cada palavra, comparando os ferimentos do corpo à demonstração das emoções humanas no papel, como se cada pincelada de tinta, na folha em branco, fosse um corte realizado sobre a carne humana, visto a intensidade com que as emoções são retiradas do fundo do ser: “ à nudez do papel, a rápida mancha a violentá-la / da pálida celulose, violada, o que sangra é tinta tipográfica”.
O livro é um mergulho de conhecimento pelas especificadas das funções de cada órgão humano, de cada célula, o poeta maravilha-se pela complexidade do corpo como se a poesia fosse a própria grandeza da existência e os pequenos milagres, que são as realizações de funções altamente complexas das células, dos rins, da pele, mas que são naturais à biologia. Deste modo, transcendência trazida na exploração dos processos biológicos, e a própria poesia em “Corpo de Festim”.
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