A Droga do Paraíso

A Droga do Paraíso Jean Ávila




Resenhas - A Droga do Paraíso


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Alice.Azevedo 21/01/2016

Resenha do livro: “A Droga do Paraíso”
O livro “A Droga do Paraíso” (192 páginas) do autor Jean Ávila Alves, também criador da obra “A melodia do Vento” (339 páginas) traz em sua narração uma história profunda e reflexiva, juntamente com o uso de uma linguagem bem cuidada, que proporciona aos leitores momentos, meditativos que vão de pontos altos até os mais baixos do ponto de vista do narrador dentro de sua diegese; são definitivamente instigantes.

O livro relata a história de Romeu (nome semelhante ao clássico apenas por ser um substantivo próprio, masculino, singular, primitivo, simples e concreto) que vive temporariamente com sua mãe Rosa e sua irmã Clarice. As respectivas personagens citadas, também trazem a figura de um pai, Pedro que não os tinha muito afeto, por consequência tal atitude também era recíproca.

O protagonista vive uma amizade, quase insensível com seu amicíssimo Pablo uma figura importante para narração, por mais que não pareça. Romeu é um personagem que morre subjetivamente de amores por Lana, a qual apresenta sua amiga Aline que quase por imediato apaixona-se por ele. Uma paixão que logo é repudiada pelo amado, entre variadas personagens; cada uma com suas particularidades.

Mas, àqueles que pensam que o livro soa apenas como um mero romance desacredite e apaga-te tais pensamentos, pois “A Droga do Paraíso” vem para quebrar qualquer expectativa dos leitores, mostrar de forma densa o ser humano e seus sonhos por intermédio de fluxos de pensamentos, e por consequência suas frustrações, as quais, são nada mais ou nada menos que frutos imaginativos da mente humana.

Posto isso, vemos exemplos muitas vezes banais, estruturados em argumentos por comparação, muito bem construídos, o que mostra ainda mais a genialidade do autor ao aproximar-se do leitor intensamente, colocando um narrador autodiegético para focalizar o receptor da forma que desejar, fazendo-o feliz, alegre, irritado, sentir-se desafiado, impaciente e derivadas sensações que só quem leu a o obra pôde e pode desfrutar.

O autor brinca com o cultismo como se retomasse características barrocas, para deixar subentendido os jogos de ideias de sua narração, o que é sobretudo e extremamente maravilhoso.

Por vezes, ele deixa explícito demasiadas de suas influências na obra como: Machado de Assis e Shakespeare que são as mais nítidas, supõe-se então que o autor tenha se inspirado em aspectos e características de ambos. Ou seja, para os fãs de uma boa literatura, curiosos e interessados em uma história cativante, aguardem e atente-se a esse livro, uma droga de viciar sua mente, saciar sua alma e encher seu coração de efeitos colaterais jamais sentidos antes.
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