Respeite o Medo

Respeite o Medo Ana Cristina Soares




Resenhas - Respeite o Medo


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TIA JACKE 24/04/2018

RESENHA | RESPEITE O MEDO, DE ANA CRISTINA SOARES
cara gente boa namora uma vadia, mas acha que ela é uma fofinha. O outro namora uma princesa e nem percebe. A víbora tenta dar um golpe na gordinha sem graça e se dá mal, mas nem tanto. Numa festa cheia de maluco beleza e muitas risadas, as coisas saem totalmente do controle. Não é engraçado. E o pavor inominável, mas antigo que o mundo, espera o tempo que for para vencer.

Raiva, cobiça e inveja. Dome-as, controle-as ou elas vão controlar você. Ressentimento. Fúria. Preguiça. São horríveis, impublicáveis e inconfessáveis, mas você também já sentiu. Mas pode continuar fingindo que não. Mas, o medo… o Medo é diferente. O Medo é como a Morte. Frio e implacável. E por isso mesmo, incrivelmente belo. Não ria, não desafie, não se iluda. Respeite o medo.

41f5Ml8SeyLO livro é composto por 20 contos; narrados em terceira pessoa, tem apenas um em primeira, e tem como temática as mais variadas formas do medo. Mas engana-se quem olha o livro pela capa que se trata de contos de terror ou algo relacionado ao sobrenatural tão clichê nesses contos. Não, longe disso. O livro trata com maestria sobre os medos e paranoias existentes dentro de cada um. São medos bobos e sérios, pequenos e grandes, insanos e lúcidos, não tem como qualificar cada medo pois cada um responde a ele de maneira diferente e única no seu interior. Em cada conto uma nova abordagem, uma nova temática, um novo olhar. A reação vai variar de cada leitor, alguns vão rir, outros se assustar à medida que houver uma identificação maior com aquilo que mexe por dentro. Mas uma coisa eu sei, não dá para ficar inerte lendo esses contos. Eles vão de uma maneira ou de outra fazer você pensar.

A autora faz de mulheres normais as protagonistas que emprestam seus medos para que cada conto seja um reflexo não de entrega ou rendição, mas sim de luta e superação ao admitirem suas fraquezas e supera-las ou não, e como algumas atitudes concernentes somente a humanidade afetam a vida de quem é obrigada a conviver com sentimentos tão mesquinhos como traição, assassinato, inveja e relacionamentos abusivos.

Seria leviandade minha escolher um conto como preferido, todos são bons em suas neuroses. E sem contar que para falar deles eu estaria muito propensa a dar spoiler e isso não seria bom para quem irá ler ainda, pois estragaria a surpresa e o suspense contido na leitura

Mas gostaria de falar sobre um conto em especial porque houve uma crítica negativa alegando se tratar claramente ao incentivo a agressão doméstica praticada por um homem a sua companheira.

Em o conto Sinfonia, temos o caso da Veronica que é espancada, pelo seu companheiro Mateus e outra por um médico logo após o atendimento. O tema da violência não é tratado de uma forma profunda, até mesmo porque, o tema central de todo livro é MEDO, e a autora apenas usou a violência sofrida por mulheres como sendo mais um dos medos vividos por elas. Veronica representa sim, todas as mulheres que sofrem violências e se sentem sem voz, sem apoio, sem justiça. Coisas tão comuns em nossos dias, apesar de que não deveriam ser.

Alguns motivos para você ler Respeite o Medo:

– Seus contos são curtos e diretos, não há embromação, barrigas, supérfluos ou tédio.

– Apesar de trazer o universo de mulheres em destaque, não enfeita cada uma das personagens com laços de fitas rosa. Longe disso. Algumas são más, (dentro da concepção do que cada um pensa e julga), algumas não, e é exatamente isso que as torna tão reais e cativantes.

– Os contos são surpreendentes, alguns finais inesperados e outros apesar de você ter uma ideia de como será, te deixa surpreso com a rapidez da conclusão.

– Não se pode ler esse livro se você gosta somente de literaturas com sabor de mamão com açúcar. E um livro que te desafia e que de alguma forma o conteúdo fica na sua mente impregnado e faz com que você olhe para os lados em uma tentativa vã de se assegurar que está sozinho, ou não, vai saber, não é?

“O Medo é como a Morte. Frio e implacável. E por isso mesmo, incrivelmente belo. Não ria, não desafie, não se iluda. Respeite o medo.”

Boa leitura, e tente dormir depois, se puder……..

Por Jackelline Costa

Ficha Técnica

Ano: 2015
Páginas: 164
Gênero: Contos
Editora: Chiado Editorial



site: http://culturaeacao.com/?resenhas=resenha-respeite-o-medo-de-ana-cristina-soares
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Karina Antunes 09/01/2018

Inacreditáveis reviravoltas
O livro me surpreendeu porque achei que era um história única, mas são várias, o fato de normalmente não curtir histórias curtas, porém essas eram tão envolventes que é difícil parar. Todas as histórias envolvem alguma situação de medo. Algumas com desfechos surpreendentes! Vale a pena ler esse livro ele é maravilhoso!!! Parabéns *Ana Cristina Soares*
Ana Soares 23/01/2018minha estante
Karina
obrigada pelos comentários!
Um abraço
Ana




Léo 16/01/2017

Muito bom, inteligente, realista e bem construído
E aí, vai encarar? Essa é a frase que vou usar pra marcar o livro fantástico da querida autora Ana Cristina Soares que solicitei em parceria com a Chiado Editora para leitura e apresentação aqui no Marcas Literárias. Tenho que confessar que a obra ''Respeite o Medo'' já me passava uma boa impressão desde que li a sua sinopse, motivo pelo qual escolhi o livro na parceria, mas, incrivelmente, ao tatear as folhas e devorar sem pena e rapidamente cada uma das histórias realistas e dramáticas que preenchem o núcleo hediondo mas refletido do livro, surpreendi-me por inteiro ao quebrar, de uma forma super agradável, as boas e anteriores expectativas. Adoro quando mexem com o meu psicológico e sacodem as minhas ideologias mundanas. A autora consegue, de forma clara, rápida, inteligente e atraente, induzir o leitor às narrações e episódios até comuns do cotidiano daqueles que, em inesperados instantes, se deparam com o inimigo da coragem, o tal do medo, que faz bambear as pernas, congelar a espinha e, às vezes, agir de maneira controvérsia ao caráter do próprio indivíduo. Para o leitor, uma pergunta o cerca a todo momento, pois sem sobra de dúvidas, como o título já sugere, o estado afetivo suscitado pela consciência do perigo ou que, ao contrário, suscita essa consciência — o medo — é o ingrediente fulcral do enredo e permanece espetado a todo o tempo nas personagens, que em confronto, às vezes, consigo mesmo, aderem os papéis de vilões e consagram-se ao concluir seus atos de impermista valentia. Perguntei-me algumas vezes: 'Meu Deus, o que eu seria capaz de fazer se esse estado suscitado por minha consciência me domina-se por completo!?' e realmente consegui achar algumas respostas não muito agradáveis. Pois é, enquanto eu fico por aqui tentando aceitar a minha hipócrita coragem, respeite o medo, caro amigo, caso contrário ele poderá conturbar todo o teu psicológico e alterar algumas pré-definições que o teu 'eu' esboçou a vida toda.

A leitura do livro se dá de maneira completamente formidável, visto que os contos são, em sua maioria curtos e resolutos — isto mesmo, contos! O livro é composto por vinte contos não interligados, porém que traduzem a mesma linguagem, às vezes pesada e cruel, às vezes macia e sarcástica. Como ponto de partida, encontramos um pano de fundo até clichê no ambiente literário, mas a proporção que a autora alcança com o tema da psicologia nas suas composições é realmente proveitosa. A começar pela escolha timbrada do título. Respeito e medo, de algum modo, podem ser encarados até como sinônimos. Desta forma, temos uma espécie de figura de linguagem muito interessante para robustecer ambas as palavras; a subordinação pelo próprio medo, ou em outras palavras, o medo do próprio medo. Essa jogada inicial feita pela autora é uma ideia fabulosa que gera no leitor mais atento um misto de curiosidade progressiva. Além disso, a sua habilidade com a escrita é descoberta de imediato, quando, de repente, o leitor já se sente à vontade com os acontecimentos mais inesperados das narrativas.

A enfatização dos lados psicológicos dos comportamentos e das motivações individuais de cada personagem é expressada brilhantemente. O leitor se vê em ambientes e contextos corriqueiros que nem sempre são observados no dia a dia. Principalmente os seus desfechos. É realmente incomum imaginar os fundamentos — propositais ou não — adquiridos pelos indivíduos em suas histórias. Mas Ana Cristina o faz com muita 'cara de pau', sem medo algum de relatar os medos e desejos de suas criações. O instinto humano fala mais alto durante os casos e prevalece quando motivado pelo medo, a exemplo dele em forma real — como o medo da morte — ou em forma emocional — o ciúme.

''Algum tempo depois, Cecília dormia ao lado do marido, quando ouviu a voz aveludada da Morte. Teve um arrepio de medo, mas a Morte acalmou-a...''

Na maioria dos contos — que apresentam a imagem feminina como protagonistas —, a relação dos conflitos apresentados se depara com circunstâncias onde os relacionamentos são o ponto de partida para determinados desenlaces. Às vezes, resquícios do mundo sobrenatural também servem como modelo para a apresentação do tema proposto pela autora, como o conto homogêneo, onde ocorrências anormais deprimem Helena: ''...Se encolhia mais na cama, até que sentiu de forma inequívoca uma força puxando seu lençol. Isso também nunca tinha acontecido: 'aquilo' nunca se manifestara de forma tão concreta... Enlouqueceu instantaneamente e ninguém jamais sobe o porquê".

Em diversos momentos, peguei-me a imaginar os diversos caminhos que o medo reserva para cada um de nós. Chegou a ser assustadora a quantidade de possibilidades encontradas para solucionar alguns conflitos interiores. O psicológico, quando não administrado muito bem, é capaz de provocar e formar no personagem, comportamentos e atributos impremeditáveis e, muitas vezes, incompreensíveis. A apresentação da autora é apenas uma amostra da realidade que nos cerca a todo o tempo — tanto no âmbito físico, quanto no metafísico —, e que reflete quase sempre os piores momentos do desprezo desse estado sentido e tido por todos. Percebe-se durante as leituras que o medo é também um entrave de proteção. Algumas dessas condições são passageiras, outras mais persistentes, entretanto quando essa barreira é quebrada, o inimaginável pode acontecer.

A morte também é referência gritante nas narrativas de Ana Cristina, e usada algumas vezes como punição inicial para as personagens. Além disso, alguns tópicos já relacionados na premissa, como os relacionamentos, a raiva, a cobiça e a inveja estão presentes na obra e fazem parte do desenvolvimento do enredo. Acredito que a mensagem de alerta para os leitores é passada com objetividade pela autora que, certamente além de se divertir ao escrever o livro, teve a inteligência de expor temáticas que circulam continuamente no meio da sociedade.

''... Tia Chica proclamava que escondia o filho para protegê-lo, mas na verdade misturado com o amor, havia também medo, vergonha e culpa... A adrenalina misturada ao álcool do lenço já seriam suficientes para promover uma revolução na corrente sanguínea da tia, mas Tatiane não queria se arriscar. Depois que aplicou a injeção, jogou a mochila no chão e esperou alguns segundos para a tia acordar...''

Num todo, o livro é maravilhoso mas confesso que a ordem dos contos poderia ter sido melhor construída, por mais que eles não sejam interligados, há momentos que o ápice de apreciação é quebrado por motivo dessa escolha causando no leitor um certo desencanto. A ortografia também poderia ter sido melhor revisada pela Chiado Editora, pois há erros bobos que certamente desagradam uma parcela dos leitores. Entretanto, a satisfação em conhecer a escrita fácil da querida Ana Cristina Soares e sua obra bastante expressiva é enorme. Um livro que recomendo sem receio e que me agradou por demais.

site: www.marcasliterarias.com.br
Ana Soares 23/01/2018minha estante
Muito, mas muito obrigada por seu comentário Leo. Fiquei muito contente, poi tanto a ortografia foi revisada quanto a ordem dos contos... Tudo virá na próxima versão!
um abraço
Ana




Pri Gabarron 06/01/2017

Fui atrás de dois ou três booktubers que indicaram, mas só podem ter sido comissionados pra dar uma levantada na bola murcha que é esse livro. Fui até mais da metade e tive que largar. Histórias extremamente fracas, pobres e mal finalizadas.
Ana Soares 23/01/2018minha estante
Obrigada pelo comentário, Pri.
Que pena que não gostou... Mas, que bom que comentou: assim fico mais atenta.
Ana




pribt 22/12/2016

Surpreendente
Bem, comecei a ler o livro quando meu filhinho estava internado no hospital e eu fiquei como acompanhante... e talvez pelo local que eu estava, mas principalmente pela forma fantástica que a autora escreve eu me vi um pouco em alguns sentimentos de algumas personagens do livro...
Imagina ler o conto que dá título ao livro : "Respeite o medo" (que realmente foi um dos meus favoritos) na penumbra da noite em hospital?? rsrsrs... ter aquele friozinho na barriga e se empolgar em cada conto, com cada fato de cada conto...
Sim, foi uma experiência única!!!!! Acredito que os livros conversam conosco ainda mais quando eles falam de uma situação que vc se encontra no momento em que lê e comigo foi assim que aconteceu... eu fazia companhia ao meu filho e Respeite o medo fazia companhia para mim...
São contos fantásticos que revela, desmascara sentimentos, escancara nossos medos, nossas vergonhas, nossas mesquinhez... é um livro que fala com o eu que ninguém quer ter, que ninguém quer ver, ou que tentam esconder...
Me fez refletir muito a cada conto eu tinha que meditar ... ainda mais com protagonistas femininas, quanto a ciume, inveja, concorrência mesquinha entre si... Adorei...
Preciso falar que recomendo???kkkkk
A escrita de Ana Cristina é maravilhosa (nossa Nelson Rodrigues versão feminina...rsrsrs) , a narrativa me prendeu de tal forma que eu tinha que saber logo o que iria acontecer no decorrer de cada conto...
Uma otima leitura!!!!!
Ana Soares 23/01/2018minha estante
Obrigada pelo comentário.
Um abraço
Ana
p.s.: Amei a comparação com Nelson Rodrigues.




Munique Andrade 17/08/2016

Respeite o medo, Ana Cristina Soares
Sinopse: O cara gente boa namora uma vadia, mas acha que ela é uma fofinha. O outro namora uma princesa e nem percebe. A víbora tenta dar um golpe na gordinha sem graça e se dá mal, mas nem tanto. Numa festa cheia de maluco beleza e muitas risadas, as coisas saem totalmente do controle. Não é engraçado. E o pavor inominável, mas antigo que o mundo, espera o tempo que for para vencer. Raiva, cobiça e inveja. Dome-as, controle-as ou elas vão controlar você. Ressentimento. Fúria. Preguiça. São horríveis, impublicáveis e inconfessáveis mas você também já sentiu. Mas pode continuar fingindo que não. Mas, o medo… o Medo é diferente. O Medo é como a Morte. Frio e implacável. E por isso mesmo, incrivelmente belo. Não ria, não desafie, não se iluda. Respeite o medo.

Com uma capa impactante e um título bem expressivo, o livro da autora Ana Cristina Soares nos sugere um livro com histórias bem assustadoras. Mas, como diz um velho ditado: “Nunca julgue um livro por sua capa”. Assim, o leitor descobre um livro com vinte contos riquíssimos e bem interessantes.
A autora nos traz histórias sensacionais e bem realistas. Com cenários comuns e personagens que fazem parte do nosso cotidiano. Além de temas bem característicos, como: morte, raiva, traição e inveja. Um ponto muito positivo, pois esses aspectos aproximam ainda mais o leitor do livro.
Cada texto representa uma situação diferente. E os personagens, em muitos casos são bem intensos, nos revelando até mesmo o lado mais sombrio de suas personalidades. Eles passam por algumas circunstâncias complicadas e precisam tomar decisões difíceis para superar o medo, ou até submeter-se a pagar pelas consequências de suas escolhas. Assim, as páginas são preenchidas de superações a suspense. Outros pontos positivos, pois consegue surpreender e prender o leitor com muita facilidade até o final de cada conto.
É impossível até mesmo escolher o melhor texto, pois todos são bem recheados e nos trazem distintas reflexões. Porém, os dois primeiros textos são bem fortes e realmente fazem jus à riqueza da obra. Em “Má companhia”, a autora nos traz uma crítica interessante sobre o julgamento e o poder. E o segundo texto, que rotula o livro, “Respeite o medo”, nos traz a história de Helena. Cheio de suspense e drama, a personagem principal passa por uma situação bem pavorosa desde pequena, ocasionando muitos conflitos interiores, e precisa superar o seu medo.
No meio de tantas coisas positivas, talvez o ponto chave do livro seja os finais imprevisíveis e nada desejados de algumas histórias. Estamos sempre buscando finais felizes e superações para preencher nossas próprias lacunas. Mas, a autora nos dá um banho de realidade e nos mostra que nem sempre a vida vai ser um mar de rosas e que temos os nossos próprios monstros interiores.
Por causa da diversidade de temas e da construção brilhante de várias histórias, talvez o único ponto menor do livro seja a organização dos contos. Se a autora começou com nota dez na escolha de sua primeira história, poderia ter terminado com nota mil. A chave de ouro do ponto final poderia ter ficado com o texto “Cecilia e a Morte” ou até mesmo com “O labirinto”. Dois contos lindíssimos que nos trazem um turbilhão de emoções. Mas, só de tê-los na obra, já é maravilhoso.
Esse gênero literário começou a fazer parte da minha vida somente no ano passado e confesso que tenho me surpreendido. Respeite o medo veio abrilhantar ainda mais minhas leituras e expectativas. Ana Cristina, que além de escritora é engenheira mecânica, mostrou que não lida muito bem só com números não. Ela tem muito talento não só para escrever, mas sim para nos contar histórias maravilhosas de um jeito simples e delicioso. Me sinto muito privilegiada pela oportunidade de conhecer essa obra fantástica, e essa autora criativa desde o envelope que veio com o livro. Amei!!

Respeite o medo, mas não respeite essa vontade louca de ler e compartilhar essa obra sensacional que eu super recomendo!!


site: http://sessaodoslivros.blogspot.com.br/2016/08/resenha-respeite-o-medo-ana-cristina.html
Ana Soares 23/01/2018minha estante
Obrigada pela resenha, Munique.




jeeeh.carool 12/08/2016

Resenha Love Book S2
Primeiramente gostaria de dizer que esse não é um simples livro. Ele é O livro!
O porque de tanto amor... eu ja digo....
O livro contem vários contos de diversas situações, você vai se envolvendo tanto em cada conto que se a Ana resolvesse publicar um livro para cada conto seria um sucesso!
Eu não sou muito fã de contos mas confesso que me apaixonei nesse! E se você ler com toda a certeza vai amar também.

O livro respeite o medo é um livro com 20 contos, entre eles encontramos contos de terror, medo, vingança, amor, bullying e muitos outros temas.
Como o livro é composto por vários contos vou falar de 2 que eu mais gostei mas sem dar spoiler claro! Se eu for contar um por um vocês vão me matar *risos*.
O primeiro que mais me chamou a atenção foi o "Muito mais que inglês".
Que conta a historia de Regina uma redatora de sucesso de uma poderosa agencia de propaganda. Depois de se destacar em uma campanha ela foi premiada com um curso de liderança e é ai que tudo começa!

site: http://www.lovebooks2.com.br/2016/08/resenha-respeite-o-medo-ana-cristina.html
Ana Soares 23/01/2018minha estante
Jessica,
muito obrigada pelo comentário! O Love Books é O blog!
Bj
Ana




Lia @liaolivro 02/08/2016

Mistura de Nelson Rodrigues com Contos da Cripta!
Uma mistura de Nelson Rodrigues com contos da cripta (adoro ambos) ... Sério... Se você não é familiarizado com nenhum dos dois, digamos que é a vida mostrada da forma mais irônica e cruel possível.

Não costumo ler livros de contos, leio um conto ou outro e depois canso. Tenho necessidade de um envolvimento maior com o que leio, não sei explicar melhor. Mas me senti envolvida pelos contos da autora. O tema me encantou (até parece alguém romântico dizendo isso, mas é quase que o oposto).

Lia no Kindle/celular e apareciam uns defeitinhos na formatação, mas nada que atrapalhasse na leitura. Aliás, ler no celular foi uma ótima escolha porque foi possível ler enquanto estava no metrô/ônibus, fila de mercado/banco, sala de espera e até no elevador. O livro de contos já oferece essa leitura rápida, estar no celular a potencializou.

site: https://youtu.be/02F0O_6cMgk
Ana Soares 23/01/2018minha estante
Obrigada, Lia.
Os defeitinhos do Kindle já foram corrigidos.
bj
Ana




Ana Soares 30/05/2016

Resenha do Blog Menino Literário
Sabe aquele livro que te faz roer as unhas, as pontas dos dedos e um pouco da palma da mão? Pois é, esse é um.
Em uma narrativa fluida, leve e um tanto verdadeira a Ana Cristina nos apresenta esse livro, que é um conjunto de vários contos incríveis e um tanto realistas. Com uma ambientação comum ao nosso dia a dia e personagens bem impactantes, ela faz fazendo histórias com inicio, meio e fim em poucas páginas.

Mas enfim, qual o tema dos contos? A superação do medo (ou não). Cada um representa uma situação diferente onde os personagens passam por dificuldades e precisam tomar decisões um tanto cruéis para superar o medo, ou sucumbir e pagar pelas consequências. São situações criadas de uma forma bem singular, vai desde o medo pelo seu grande amor te trair até o medo do demônio. Tudo isso e mais um pouco nesse livro curtinho que envolve romance, thriller, suspense e até uma pitada de terror.
Adorei o livro, fiquei igual a um louco passando as páginas para terminar cada conto e quando chegava no final de cada um ficava querendo mais, e mais. Foi uma leitura rápida, carregada de emoções e com finais nada previsíveis que me fizeram dar bons suspiros.
Deixo aqui meus agradecimentos a autora pela simpatia de me enviar o livro e também deixo aqui meus parabéns por essa obra maravilhosa e desejo todo o sucesso possível.


site: http://www.meninoliterario.com.br/2016/05/resenha-respeite-o-medo-de-ana-cristina.html
Ana Soares 23/01/2018minha estante
Obrigada Davidson!
Beijo
Ana
p.s.; Seu canal é maravilhoso, mas tem um tempo que você não posta nada...




Livros e lírios 30/05/2016

Vídeo Resenha no canal "Livros e Lírios".
https://youtu.be/OK66AkulF38
Ana Soares 23/01/2018minha estante
Obrigada pelo vídeo, Lari!
bj
Ana




Nique 25/05/2016

Resenha: Respeite o Medo
“É o medo que impede que você seja atropelada ou pule de uma ponte. Respeite-o”

Meu primeiro contato com contos foi através de “Deixe a neve cair” e depois “Perdidos por ai”, ambos tinham ligação entre os contos, quando comecei a ler esse livro, estranhei, apenas pelo fato de nunca ter lido nada assim, mas depois de ler o primeiro conto fiquei maravilhada em como a Ana conseguiu descrever uma história tão bem em pouquíssimas folhas.

“O monstro dentro dele não se contentaria com menos”

A autora nos trás 20 contos, eles são totalmente diferentes, tem pra todo gosto, eu gostei bastante dos que envolvem investigação, sou fã de investigações.De início eu pensei que fossem contos de terror, mas a autora consegue expor o medo sem expor o terror, mais um ponto positivo.

“Mas matar era muito melhor, mais profundo, mais marcante, mais intenso”

Pra mim, a autora retratou mais loucura do que medo, ou talvez eles andem acompanhados, mas depois de ler alguns contos eu dizia “Nossa, que cara louco” ou até “Que mulher maluca!”. Os contos tem algo especial e que fazem a leitura fluir bem rapidinho, às vezes eu ficava com pena de terminar um conto por ter lido ele rápido demais.

“Às vezes, o mal tem o rosto de um anjo”

Outro ponto maravilhoso é como as histórias não são previsíveis. Não tem nenhuma história que tenha um final imaginável, isso é muito importante na escrita porque leitores regulares já tem experiência com algumas histórias e já tem ideia de como elas terminam, mas a Ana conseguiu me surpreender bastante em vários aspectos.

As histórias se passam em ambientes totalmente diferentes, o que acaba criando uma maior sensação de presença de tão bem descritos que eles são. Eles conseguem tirar a pessoa da realidade e transportar para seus mundinhos próprios, fico imaginando se cada um fosse um livro, eu amei a ideia.

Um aspecto que não gostei muito foi a linguagem vulgarizada, apesar de que a autora conseguiu administrar muito bem cada fala e colocar em seu devido lugar, mas a linguagem vulgar acaba impondo uma classificação indicativa ao livro, impedindo que leitores mais novos não possam ler.

Gostei muito da maioria das protagonistas serem mulheres, a autora acaba inserindo na literatura e fortalecendo que as mulheres estão cada vez mais fortes. Mesmo as protagonistas sendo mulheres, é bem perceptível que sentimentos sejam protagonistas, não só o medo, mas vários no decorrer do livro.

A Ana Cristina acabou me inspirando a ler mais livros do tipo, realmente uma boa trama, bem escrita e bem desenvolvida é estimulante!

-M

site: livrosdanique.wordpress.com
Ana Soares 23/01/2018minha estante
Obrigada pelos comentários Monique!
Fiquei muito feliz!
Ana




Maria - Blog Pétalas de Liberdade 12/04/2016

Cinco estrelas é pouco para um livro desses!
A Ana entrou em contato comigo perguntando se eu gostaria de ler o livro dela, me falou mais ou menos do que se tratava e eu aceitei, pois gosto de livros de contos, mas não fazia ideia do que ia cair em minhas mãos! Aí, como ele era relativamente pequeno se comparado com os outros livros que estavam na minha lista de leitura, surgiu um tempinho e eu resolvi pegar ele para ler. Já no primeiro conto a Ana me nocauteou, me deixou extremamente surpreendida com a história que ela criou, e foi só o primeira de muitas maravilhosas surpresas que tive ao longo da leitura.

Alguém me explica o que está acontecendo com os escritores de contos desse país, que estão cada dia melhores?! Quem acompanha o blog sabe que eu já havia sido surpreendida positivamente com outro livro de contos de terror, o "Eu me ofereço! Um tributo a Stephen King", só que ele era escrito por vários autores, já o "Respeite o medo" é escrito por uma só, mas é tão bom quanto "Eu me ofereço!".

O livro é composto por 20 contos, alguns menores, outros maiores, mas todos muito bons! Se não me engano, apenas 1 é narrado em primeira pessoa, todos os demais são em terceira. Não tem como eu falar de todos ou a resenha ficaria enorme, mas também é difícil escolher um para citar, já que, como disse anteriormente, todos tem um nível elevadíssimo no que diz respeito a história contada pela autora. Ele não é um livro de contos de terror, tem uma mescla de temas e gêneros: alguns vão mais para o lado da fantasia e do sobrenatural, outros são bem realistas, uns são mais engraçados e leves, outros são mais pesados e sombrios.

Falando sobre o primeiro, que já mostrou o talento da escritora, em "Má companhia" temos a história de um cara rico que se apaixonou por uma mulher com um poder aquisitivo menor, mas por causa de um amigo que vivia desconfiando dela e dizendo que a moça era interesseira, ele não viveu essa paixão com a intensidade que ela merecia. Durante boa parte da leitura, fiquei aguardando para ver se a mulher tinha algum podre mesmo ou até que ponto a desconfiança plantada pelo amigo da onça iria chegar, mas aí veio o desfecho inesperado! Se o protagonista tivesse deixado seu orgulho de lado e confiado mais no seu coração...

O segundo conto, que dá título à obra, conta a história de Helena, uma garota que sentia uma presença estranha em seu quarto. Ela não via nada, mas sentia que tinha algo lá. Helena não conseguia dormir de noite, e teve toda a sua vida afetada por essa presença e pelo medo que sentia. Procurou ajuda com "especialistas": padres, pastores, médiuns, videntes, psicólogos e até ufólogos, mas nada realmente ajudava. O desfecho é perturbador e me deixou de boca aberta!

Alguns dos conselhos que Helena recebeu:

"- São espíritos obsessores. Venha ao meu centro, pois você é médium e precisa se desenvolver.
- É o demônio, em uma de suas formas mais violentas. Você precisa ir a doze missas em Aparecida e rezar o terço toda noite.
- É a civilização de Atlântida querendo usar você para retomar o poder na Terra. Você precisa aprender grego para se comunicar com eles. (...)
- São lembranças reprimidas da primeira infância. Você precisa enfrentar." (páginas 18 e 19)

Em "Cecília e a Morte", conheceremos Cecília, uma mulher aparentemente comum, mas que era uma espécie de ajudante da Morte. Apesar de ter uma personagem tão temida como a Morte, é um dos contos mais delicados e emocionantes da obra.

"- (...) queria saber como é.
- Como é o que?
- O Amor. Como é sentir Amor? Eu conheço o Amor, ele me ajuda muitas vezes. Acompanha os que vão e os que ficam. Mas eu não sei como é senti-lo. Sempre pergunto isso para as pessoas, mas as respostas sempre são diferentes. Como é?
Cecília olhou a Morte longamente e então respondeu:
- Sabe o que é? É que está muito acima de sua compreensão. Você não pode saber nada do meu mundo.
E a Morte sorriu." (página 32)

Quero ressaltar a criatividade da autora para os títulos dos contos, alguns são interessantíssimos, por exemplo: "A Lua, o Sol (e o Trambiqueiro)", que traz três primos como protagonistas, sendo que um é "diferente", e traz uma questão bem polêmica.

Em vários contos, a autora colocou reviravoltas, eu lia uma parte a achava que já sabia como a trama ia acabar, mas aí vinha o próximo paragrafo e mudava tudo. Foi o caso de "Péricles", onde conheceremos a história de um homem que se arriscou para salvar a vida da esposa que estava com ele no carro quando sofreram um acidente. Ele podia ter se salvado sozinho, mas decidiu também ajudá-la, ficando de certa forma incapacitado depois do ocorrido. Três anos depois, a esposa não suportava-o mais e queria se livrar dele. Eu já estava julgando a ingratidão dela, e talvez vocês também estejam, afinal, o cara ficou do jeito que ficou para salvar ela, mas aí a autora, que havia me enganado direitinho, explicou como realmente o Péricles estava.

A penúltima história é "O Flagra!", onde conheceremos Flávia, uma secretária comilona que, por esquecimento, teve que voltar na empresa onde trabalhava bem depois do fim do expediente, e...
"- D. Flávia! A senhora vive com fome e por pouco não morreu com fome!" (página 153)

Foi interessante observar que todos os contos traziam mulheres como personagens importantes na história, algumas faziam coisas boas, outras faziam coisas ruins. Eu não estou aqui para julgar as ações de cada uma das personagens, mas creio que se analisarmos os papéis que as mulheres costumam receber, "Respeite o medo" é ainda mais recomendado por trazer personagens femininas que vivenciam histórias fortes e que fogem dos esteriótipos de beleza, pureza e "casaram-se e foram felizes para sempre" que vemos por aí. Temos mocinhas, vilãs e as duas coisas numa mesma pessoa, mas temos pessoas, mulheres, em diversas situações! O conto "Não brinque comigo", cujo trecho está na capa, é revoltante e proporciona uma reflexão sobre a sociedade machista em que vivemos, onde um cara acha que pode fazer o que quiser com a namorada, mas se ela paga na mesma moeda, ele faz uma monstruosidade com ela.

"A morte o transformara em alguma outra coisa que Marília não podia amar." (página 112)

"Muita gente pensa que o enterro é importante para que os vivos vejam que seu ente querido está morto. Mas, o mais importante é que o morto saiba que está morto também." (página 112)

Sobre a parte visual: eu achei a capa bonita e condizente com o tom da obra, mas a editora poderia ter usado um material um pouco mais resistente. As páginas são amareladas e porosas. A diagramação está ótima, com margens, letras e espaçamento de ótimo tamanho.

Eu poderia ficar aqui falando sobre "Respeite o medo" por horas e horas, e certamente ainda teria algo para dizer, o fato é que eu gostei muito do livro e super recomendo que vocês leiam ele. Quem gosta de ser surpreendido, quem gosta de histórias bem escritas, cativantes e de leitura fluidas, ou gosta de personagens fortes, certamente vai amar "Respeite o medo". Aliás, acho que é uma obra que certamente agradará a qualquer leitor, mesmo quem gosta de leituras mais leves, provavelmente vai ser surpreendido por pelo menos um conto.

site: http://petalasdeliberdade.blogspot.com.br/2016/03/resenha-livro-respeite-o-medo-ana.html
Ana Soares 23/01/2018minha estante
Maria, minha querida maria!
Obrigada pelo comentário!
Adorei
Ana




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