Ficciones

Ficciones Jorge Luis Borges




Resenhas - Ficciones


8 encontrados | exibindo 1 a 8


João Lagden 20/03/2021

Pra mim, esse livro foi um enorme "da onde diabos ele tirou isso?"
Cheio de ideias absurdas e geniais, não é uma leitura fácil.
comentários(0)comente



Elexandra.Amaral 29/04/2021

Quebra-cabeças
Livro complicado, difícil de ler. Não pelo idioma, mas pelo texto em si que desafia o leitor. Foram várias as passagens que tive de ler mais de uma vez para compreender o que Borges queria dizer - e não posso, apesar disso, dizer que tenha tido sucesso na empreitada.
comentários(0)comente



Henrique_ 21/02/2019

Não é para qualquer um
Este livro me pegou de surpresa pela dificuldade que tive em acessar a essência da mensagem dos contos. Não me refiro ao espanhol, evidentemente muito bem escrito e com uma linguagem acessível e despretensiosa. Refiro-me exatamente às ideias dos contos que de tão intrincadas e herméticas, faz da experiência de leitura um quebra-cabeças labiríntico, se é que é possível juntar essas duas ideias, quebra-cabeças e labirinto, numa única expressão só para dar uma vaga ideia do nível de leitura que se deparará o leitor que pensa em ler Ficciones. Talvez eu ainda não esteja preparado para acompanhar a complexidade retratada por Borges ou mesmo não esteja pronto lidar com ela. Talvez seja mais simples do que imagino...
comentários(0)comente



Ricardo Rocha 03/12/2010

Frágil realidade
Sempre citado como a maior injustiça cometida pela Academia que concede o Nobel, Borges não pode ser considerado politicamente correto e por isso talvez sequer o seja literariamente. Incomoda, creio. Essa mania do Outro, de espelho, de referências exteriores do que jamais existiu. Seu desprezo pelo romance também não pode ser a coisa mais correta e lisonjeira para uma geração que, se ama livros, basicamente, ama romances. Porém, para Borges, “desvario laborioso e empobrecedor é o de compor extensos livros; o de espraiar em quinhentas páginas uma idéia cuja perfeita exposição oral cabe em poucos minutos”. Não concordo. Mas não dá por isso para ignorar a obra dele, basicamente feita de contos (ainda que boa parte longos contos). É o caso de Ficções.

Põe por terra toda pretensão humana de organização, desdenha dos que se tornam adeptos desses sistemas. Contrapõe a isso uma realidade fantástica e como tal se não terá poder de edificar, tampouco destruirá as pessoas, como o nazismo ou o cartão de crédito. E a força dessa fantasia-realista ou seja lá o que for, naturalmente, não está na teoria, mas na forma como se apresenta, a saber, na genialidade, na elegância do texto, na engenhosa verossimilhança de algo que não é verdadeiro. Num de seus contos mais legais – para poucos leitores, imagino, para muito poucos leitores – aparece a frase “copulation and mirrors are abominable” e fico pensando se não são abomináveis, se forem mesmo, por seguirem um mesmo princípio: você e você, você e um outro, você e um outro que é você. O que seria o oposto de você, simplesmente, na plenitude de uma solidão não refletida.

Borges pode ser muito chato ou muito fascinante. Dependerá da disposição de quem está lendo em descobrir em si esses mecanismos de frágil realidade e usufruir do fato de destruí-la com a força de um livro.


Trecho de “Tlön, uqbar, orbis tertius”


“Devo à conjunção de um espelho e de uma enciclopédia o descobrimento de Uqbar. O espelho inquietava o fundo de um corredor numa chácara da rua Gaona, em Ramos Mejía; a enciclopédia falazmente se chama The Anglo-American Cyclopaedia (New York, 1917) e é uma reimpressão literal, mas também tardia, da Encyclopaedia Britannica de 19O2. O fato ocorreu faz uns cinco anos. Bioy Casares jantara comigo naquela noite e deteve-nos uma extensa polêmica sobre a elaboração de um romance em primeira pessoa, cujo narrador omitisse ou desfigurasse os fatos e incorresse em diversas contradições, que permitissem a poucos leitores – a muito poucos leitores – a adivinhação de uma realidade atroz ou banal. Do fundo remoto do corredor, o espelho nos espreitava. Descobrimos (na alta noite essa descoberta é inevitável) que os espelhos têm algo de monstruoso. Então Bioy Casares lembrou que um dos heresiarcas de Uqbar declarara que os espelhos e a cópula são abomináveis, porque multiplicam o número dos homens. Perguntei-lhe a origem dessa memorável sentença e ele me respondeu que The Anglo-American Cyclopaedia a registrava, em seu artigo sobre Uqbar. A chácara (que havíamos alugado mobiliada) possuía um exemplar dessa obra. Nas últimas páginas do volume XLVI demos com um artigo sobre Upsala; nas primeiras do XLVII, com um sobre Ural-Altaic Languages, mas nem uma palavra a respeito de Uqbar. Bioy, um pouco perturbado, consultou os volumes do índice. Esgotou em vão todos os verbetes imagináveis: Ukbar, Ucbar, Ookbar, Oukbahr... Antes de ir embora, disse-me que era uma região do Iraque ou da Ásia Menor. Confesso que assenti com certa incomodidade. Conjecturei que esse país indocumentado e esse heresiarca anônimo eram uma ficção improvisada pela modéstia de Bioy para justificar uma frase. O exame estéril de um dos atlas de Justus Perthes fortaleceu
minha dúvida.”

comentários(0)comente



Lara 15/12/2022

Increíble
Auque mi español es malo, (y no quiero poner gillipollas) solamente me voy a recitarlos algunas palabras del libros:

"Porque el hombre vive en el tiempo, en la sucesión, y el mágico animal, en la actualidad, en la eternidad del instante."

Quedo en un estado difereciable de todos otros. Jorges Luis Borges es especial.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Cíntia 12/06/2020

Leitura difícil, porém essencial para compreender o universo literário de Borges
comentários(0)comente



cibelle.canto 25/04/2023

Louco e Genial
Os primeiros contos fazem uma intersecção, que me interessou muito, entre a fantansia e a escrita acadêmica, mergulhado no realismo fantástico os contos nos prendem e nos fazem duvidar se são de fato ficções. É uma leitura que exige de quem lê e facilmente pode te acompanhar por meses. Acredito que seja um livro que exige releituras e me exigiu um tempo pra refletir sobre cada conto. Achei muito interessante que os livros são sempre presentes nos contos, com o destaque especial para a Biblioteca de Babel que se confunde com um universo, eu acredito que toda pessoa apaixonada por livros deveria ler, ao menos esse conto.
Essa foi a primeira leitura que fiz do Borges, e também a primeira obra literária que eu li em espanhol, foi uma boa experiência, recomendo a leitura.
comentários(0)comente



8 encontrados | exibindo 1 a 8


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR