O mito de Sísifo

O mito de Sísifo Albert Camus




Resenhas - O Mito de Sísifo


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ioko 18/12/2023

One must imagine Sisyphus happy
Camus, o único filósofo que realmente me agrada. O mito de Sísifo é impecável de início a fim. O estudo sobre Kafka no apêndice também é magnífico e ajuda a estender a idéia do absurdo para o que, a primeira vista, pode parecer um perfeito exemplo do mesmo. Todo mundo deveria ler esse livro. É uma filosofia nua, sem saltos, sem apelos e, mesmo assim, a mais feliz de todas.
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Elaine 17/12/2023

Eu amei esse livro. Achei libertador, acredito que algumas pessoas não gostem. Mas talvez essas pessoas só nao queiram sair da sua bolha existencial.
Bom, o livro já começa pesado, falando que o maior problema filosófico seja o suicídio, e aí começamos a entrar na mente magnífica de Camus.
Onde ele nos mostra que a vida é absurda. Mas porque? Porquê no fim das contas somos como Sisifo. Nascemos, comemos, trabalhamos, descansamos, saímos aos finais de semana e repetimos isso todos os dias.
Mas o que temos em comum com Sisifo? Bem ele foi condenado pelos deuses a empurrar uma pedra até o topo de uma montanha, onde chegando lá ela cai e ele deve continuar o percurso novamente pela eternidade. E nós vivemos nossas vidas todos os dias para no final resultar em nossa morte. Ou seja, independente do que façamos todos morreremos. Algumas pessoas buscam o suicídio quando entendem isso. Mas na sua maioria o suicídio filosófico, que nada mais é do que buscar uma crença, religião para dar um sentido. Mas isso nada mais é do que tapar o sol com a peneira.
Enfim leiam. Acho que traz uma reflexão profunda sobre a vida, eu diria até libertadora.
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thami 10/12/2023

Adoro ler o albert camus, ele sempre me faz lembrar o quanto eu sou um ser insignificante pro universo.
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iarasiper 26/11/2023

Deu um bug na minha mente, mas entendi a mensagem
?este coração que há em mim, posso senti-lo julgo que ele existe. o mundo posso tocá-lo e também julgo que ele existe. aí se detém toda a minha ciência, o resto é construção?.
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Gean 26/11/2023

Vida eterna. Eterna vivacidade.
O absurdo é o divórcio entre o homem e sua vida, é um universo ausente de ilusões, em que o homem se sente um estrangeiro, um desconhecido a si mesmo. Este sentimento, este absurdo, encontraria solução no suicídio.
Noutro lado, fugindo do absurdo, a esperança de uma outra vida sublima e dá um sentido que atrai o indivíduo à vida, ignorante da certeza fatal da morte. Ao contrário, a ausência do sentido do porquê a vida merece ser vivida leva a incontestável verdade de que pessoas se matam porque a vida não vale a pena ser vivida.
Só que não há somente o suicídio da carne, mas também o do pensamento ou filosófico, quando limito a mim mesmo e me escondo atrás de um ponto de vista que é apenas uma representação falsa de mim, ou melhor, nem de mim nem de outro, mas uma condição separativa do meu eu.
Então eu penso que mudarei, que me encontrarei e passo a viver num futuro em que aos poucos o brilho de meus dias se vai levando-me consigo, até que o futuro que eu almejei ? assim como as metas e preocupações ? é rejeitável e lido com a revolta carnal do absurdo.
Surge, então, os filósofos do místico, prometendo-se um encontro com a única saída verdadeira, a qual não existe, exceto com Deus. Devemos o fazê-lo, pois o desespero não é um fato, mas um estado pecaminoso que nos afasta daquele que nos aproxima da verdadeira vida.
Esta resposta é indesejável, bem como não pode deter o homem absurdo, aquele que busca o verdadeiro, não o desejável, e se priva de alimentar-se feito um ?asno? das rosas da ilusão e resignar-se com mentiras, pois o homem absurdo prefere adotar a resposta de Kierkegaard. O Desespero, visto que uma alma determinada sempre acabaria se saindo bem.
?Se eu me mantiver na posição definida que consiste em extrair todas as consequências (e só elas) que uma noção descoberta implica, vou encontrar um segundo paradoxo. Para permanecer fiel a este método, não tenho nada a ver com o problema da liberdade metafísica. Não me interessa saber se o homem é livre. Só posso experimentar minha própria liberdade. E sobre esta não posso ter noções gerais, somente algumas apreciações claras. O problema da ?liberdade em si? não tem sentido. Porque está ligado de uma outra maneira ao problema de Deus. Saber se o homem é livre exige saber se ele pode ter um amo. A absurdidade particular deste problema é que a própria noção que possibilita o problema da liberdade lhe retira, ao mesmo tempo, todo o seu sentido. Porque diante de Deus, mais que um problema da liberdade, há um problema do mal. A alternativa é conhecida: ou não somos livres e o responsável pelo mal é Deus todo-poderoso, ou somos livres e responsáveis, mas Deus não é todo-poderoso. Todas as sutilezas das escolas nada acrescentaram nem tiraram de decisivo a este paradoxo?.
Deste modo, como o homem absurdo está totalmente voltado para a morte, aqui tomada com a absurdidade mais evidente, tem-se que a certeza sem fundo e a alheabilidade à própria vida percorrida sem a miopia de um amante são elementos que caracterizam o princípio de uma libertação.
Assim, o homem absurdo é contrário ao homem reconciliado e, no mundo absurdo, o valor de uma noção ou de uma vida se mede por sua infecundidade, de forma que para o reconciliável, não há fronteira entre o que um homem quer ser e o que ele é.
Aos poucos, a metade da vida de um homem vai se passando em subentendidos, olhando para os lados e se calando, até que o autor desta vida se torna um intruso, o que contraria um conceito muito vívido de Nietzsche, segundo o qual o que importa não é a vida eterna, mas a eterna vivacidade. Todo o drama humano está nesta escolha. Ressalta-se, contudo, que esta escolha do homem é feita tanto mais pelas coisas que ele silencia do que pelas as que ele diz, pois sempre chega o momento em que é preciso escolher entre a contemplação e a ação, o que torna um homem, homem.
Para isso ocorrer é preciso pensar, o que, antes de mais nada, é querer criar um mundo, ou limitar o próprio, a partir do desacordo fundamental que separa o homem de sua experiência, buscando, assim, encontrar um terreno familiar engessado de suas razões ou iluminado por suas analogias, de forma que o homem se sinta tal como um nacional em sua terra prometida, alguém não mais estranho, mais sim autor de sua própria vida, resolvendo-se, assim, o divórcio insuportável entre o homem e sua vida, matando-se Deus e se tornando seu próprio deus, isto é, alcançando o atributo da divindade, o qual é mais conhecido como independência, no sentido de que, se Deus existe, tudo depende dele e nada podemos fazer contra sua vontade, ao passo que, se ele não existe, tudo depende de nós, tal como expressam Kirilov e Nietzsche.
?O que resta é um destino cuja única saída é fatal. À margem dessa fatalidade única da morte, tudo, alegria ou felicidade, é liberdade. Surge um mundo cujo único dono é o homem. O que o atava era a ilusão de outro mundo. A sorte do seu pensamento já não é renunciar a si, mas renovar-se em imagens. Ele se representa ? em mitos, sem dúvida ?, mas mitos sem outra profundidade senão a dor humana e, como esta, inesgotável. Não mais a fábula divina que diverte e cega, mas o rosto, o gesto e o drama terrenos em que se resumem uma difícil sabedoria e uma paixão sem amanhã?.
Por fim, Sísifo, consuma sua vitória ao notar que não haveria destino que não pudesse ser superado pelo desprezo e seu destino passa a lhe pertencer, assim como a rocha passa a ser sua casa. Aqui ele foi um homem absurdo, pois disse sim e falou que seu esforço não teria interrupção e notou que não existe um destino superior, mas apenas um, o destino pessoal, o qual ele julga fatal e desprezível e, de resto, notando que é dono de seus dias, convencido, ainda, de sua origem totalmente humana contemplada com todas as sequências de suas ações desvinculadas que foram seu destino e sob o viés de sua memória o selando com a morte.
Portanto, assim como Sísifo, as pessoas encontram seu fardo, ao tempo que aquele ensina que a fidelidade superior nega os deuses ? aqui eu interpreto como aquilo que é contrário a independência, aquilo que é contrário à nossa autoria de nossa própria vida ? e ergue rochas, as quais, a partir de cada grão de pedra e a cada fragmento mineral, cria uma montanha em que nossa luta para chegar ao cume forma, por si só, nosso mundo.
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Joyce654 26/11/2023

Aceite a absurdidade de existir
Livro extremamente denso, traz conceitos e filosofias bastante complexas e exige muita atenção e, por vezes, a releitura dos parágrafos.
No entanto a ideia é clara, existir é absurdo, não há sentido em existirmos, mas temos em nossas mãos a escolha de aceitar isso e desprezarmos isso, nos revoltarmos atribuindo sentido a cada um dos nossos dias vividos. É sobre estar consciente da finitude da existência apreciando, assim, a dádiva que é estar presente.
Como Sísifo, devemos nos revoltar contra o ciclo de dias empurrando pedras ao cume e buscando-as novamente, aceitando nossa montanha e encontrando instantes de satisfação, mesmo que momentânea.
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Nyco 21/11/2023

Esse livro me salvou.
Esse foi um livro que me tirou da mente muitas incertezas diante da vida. É o que precisava ler nessa fase que me encontro, sempre pensando no dia de amanhã, me preocupando com coisas banais e milhares de outras coisas que a gente tem de lidar no nosso cotidiano e nesse mundo. Foi um livro muito indicado à mim no passado e finalmente pude ter o prazer de conhecer Camus. Certamente temos muitas ideias em comum e com "O mito de Sísifo" pude enxergar com clareza o que eu tentava negar antes mas sabia e sentia que as coisas não são de fato assim.... Obrigada por isso, Camus.
Mais um livro que levarei no meu coração até meu último dia de vida e indicarei à pessoas que também se encontram perdidas como eu estava em relação à isso tudo. Viva o absurdo.
Shakal 23/12/2023minha estante
??




Carlos531 14/11/2023

Para aqueles que assim como eu, estão inquietos com a exis
Albert Camus apresenta no ensaio o " Absurdísmo", à finalidade da nossa existência. Para o autor, o absurdo não é um problema situado no mundo ou no indivíduo, mas na relação deste com com o mundo e sua desarticulação, assim gera o desespero. Trata-se da nossas angustias e como podemos solucioná-las.
Na obra, Camus apresenta três alternativas nos limites da ruptura:
1° ? Suicídio Físico: que é descartada como solução válida por Camus, uma vez que a eliminação de um dos lados de um problema não soluciona a questão;
2° ? Busca da divindade: como um refúgio para a angústia terrena, buscando atenuar o sofrimento no mundo material através da crença na salvação espiritual que virá depois, esta alternativa Camus chama de ?suicídio filosófico?, uma vez que não consegue eliminar o problema, permanecendo o sofrimento;
3° ?? Aceitar, resignar diante das demais alternativas , buscar a reconciliação numa luta diuturna, sendo esse exercício inquebrantável o único meio de se aproximar da rearticulação, da felicidade.
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Rosangela Max 13/11/2023

Uma obra que mostra o lado filósofo do autor.
Como esperado, trata-se de ensaios filosóficos e, por serem profundos e de certa maneira complexos, requer um esforço maior para a compreensão.
Gostei especialmente do ?O absurdo é o suicídio? , ?O dom-juanismo? é ?O mito de Sísifo? que dá nome ao livro.
O apêndice, que é um estudo sobre Franz Kafka, é um show a parte.
Recomendo a leitura.
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lucineia.chamorro 06/11/2023

Sisifo
Vivemos no absurdo e rolamos nossas rochas todos os dias. O alívio virá ao tomar consciência do absurdo e apesar dele ser feliz.
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Thais 05/11/2023

Novamente, leiam Camus
Uma leitura fundamental, especialmente após ler o estrangeiro. Camus é genial! Vale cada minuto de leitura.
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Caroline Vital 24/10/2023

Lido em 2018
Complexo, bom. Dá aquela cansadinha para ler, mas vale a pena. Só insistir um pouquinho e ter paciência.
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carolayne.p 23/10/2023

Majestoso.
"O Mito de Sísifo" é uma obra filosófica profunda e provocativa escrita pelo renomado autor e filósofo Albert Camus. Publicado em 1942, durante a Segunda Guerra Mundial, o livro explora questões fundamentais da existência humana, mergulhando especialmente na filosofia absurda associada ao existencialismo.

A obra é estruturada em quatro ensaios, sendo o mais notável o que dá título ao livro. O mito de Sísifo, condenado a rolar uma pedra morro acima apenas para vê-la rolar de volta, torna-se uma metáfora poderosa para a condição humana. Camus introduz a ideia do absurdo, a contradição entre o desejo humano de significado e um universo aparentemente indiferente.

A reflexão central de Camus reside na questão crucial: por que continuar vivendo em um mundo aparentemente vazio de significado? A resposta, para ele, está na aceitação do absurdo e na revolta contra ele. A liberdade, argumenta Camus, é encontrada na recusa em ser esmagado pelo absurdo, na decisão de continuar vivendo e criando significado mesmo diante da aparente ausência.

Camus explora a filosofia existencialista, mas diverge de alguns de seus contemporâneos ao rejeitar a busca apaixonada por um significado transcendental. Em vez disso, ele celebra a rebelião individual como uma forma de criar significado na própria existência.

Outro ensaio significativo no livro aborda a figura do "homem revoltado". Camus examina as várias formas de rebelião, desde a revolta política até a revolta metafísica, destacando a tensão entre a busca da liberdade e os perigos da violência revolucionária desenfreada.

"O Mito de Sísifo" é um desafio intelectual que questiona as fundações de nossas convicções mais profundas. Camus oferece uma abordagem única para a questão do significado na vida, propondo não uma resposta definitiva, mas uma maneira de viver com dignidade e integridade diante do absurdo inescapável da existência.
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stephanie169 16/10/2023

Apaixonada pelo absurdo, pela essência da teoria e a identificação na clareza que ela traz. viver é absurdo, e a lucidez de camus neste livro foi uma experiência bem imersiva.
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Marcelo Rissi 14/10/2023

O mito de Sísifo (Camus). Desafio revisitado e vencido.
Há alguns anos, desafiei-me a ler a obra/ensaio O mito de Sísifo (Camus). Abandonei (depois de aproximadamente 30 páginas). Lia, lia e não absorvia nada. Todas aquelas reflexões, pensamentos e abstrações eram-me completamente inalcançáveis. Não captava sentido mínimo naquele emaranhado de ideias e, assim, sentia que apenas passava os olhos pelas linhas, sem apreender - e, assim, aprender - nada. Não estava à altura daquilo. Não, ao menos, naquele momento.

Há algumas semanas, desafiei-me novamente à leitura, após uma "provocação" que não foi dirigida diretamente a mim, mas que, lançada durante uma exposição/conversa que aconteceu na Flic em minha cidade (à qual estive presente, como espectador), me atingiu diretamente, fazendo-me eco.

Depois daquela primeira tentativa (há alguns anos), aferrei-me ao livro novamente. Numa trajetória indigesta e avançando a conta-gotas (fazendo, inclusive, um intervalo, com a inserção de uma leitura mais leve), encerrei hoje O mito de Sísifo.

Confesso que terminar uma obra anteriormente abandonada sempre me traz uma sensação de alívio e, mais que isso, de enorme satisfação. É assim que me sinto aqui, agora.

Tenho perfeita noção, claro, de que não captei a íntegra da ideia desenvolvida pelo autor, que publicou essa obra num outro contexto e por meio de uma narrativa dotada de altíssimo grau de abstração. De todo modo, creio que, diversamente do que aconteceu há alguns anos - quando abandonei a obra -, consegui, dessa vez, alcançar algum nível de compreensão. Consegui apreender a ideia central. A essência da mensagem.

Brinquei, ao início da leitura, que se, da outra vez, o problema era o de que eu não entendia nada, dessa vez, o "nó" era o de que eu estava compreendendo. Essa obra, por coincidência ou providência, chegou-me num momento em que eu questionava, no íntimo e em conversas, temas como o absurdo da existência (em toda e qualquer de suas formas ou expressões).

O cerne do livro é, justamente, o absurdo existencial. Ao início, imaginei que, talvez, essa leitura me fizesse mal, justamente pelo momento que vivia e sobre o qual eu refletia a respeito de questões idênticas (a obra conclui que a existência é inexplicável e, justamente por isso, sem sentido e, assim, sob certo ponto de vista, desnecessária).

De todo modo, a partir de argumentos refinados, o autor desenvolveu um potente ensaio por meio do qual sustentou, convincentemente, que a vida vale a pena, apesar da (no seu ponto de vista) absurdez da existência (absurdez essa decorrente da incapacidade humana de compreensão da origem e do "pós", se é que há algum).

O livro trouxe uma mensagem muito mais positiva e edificante àquela que, ao início, imaginei.

Eis um pensamento que, ao lado de tantos outros igualmente reflexivos, me marcou especialmente:

"Um homem é mais homem pelas coisas que silencia do que pelas que diz".

Frase enxuta, ideia gigante. Essa reflexão, atemporal, é especialmente oportuna em tempos em que tanta gente quer ter (e emitir) opinião sobre tudo, inclusive sobre o que não sabe/entende.

Ótima leitura, que recomendo.

Por fim, repito: estou realmente muito feliz por, dessa vez, ter alcançado o fim da obra - com algum grau de compreensão, ainda que mínimo - e, portanto, gostaria de aqui compartilhar essa alegria singela.

Boa leitura!
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